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Aula 3 Freud e A Sua Visao Sobre o Psiquismo Humano Parte 1 e 2
Aula 3 Freud e A Sua Visao Sobre o Psiquismo Humano Parte 1 e 2
Aula 1
FREUD E SUA VISÃO SOBRE A
ESTRUTURA DO PSIQUISMO HUMANO
Introduzindo
A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo
neurologista austríaco Sigmund Freud ( 1856 a
1936) e está intimamente relacionada a sua
prática psicoterapêutica. É uma teoria que
procura descrever a etimologia (ou seja a origem,
de onde deriva ):
1 - Os Transtornos Mentais
Como:
- Alterações no
funcionamento do
cérebro ( nesse caso
indica-se o
profissional medico
- Fatores genéticos. apto para cuidar).
- Fatores da própria personalidade do
indivíduo - Esse é uma linha de estudo
bem estudada por Freud.
- Condições da educação que o individuo teve acesso
( Essa também é uma linha de pensamento bem estudada
na psicanalise).
- A soma de um grande
número de eventos
estressantes.
- O resultado de agressões de
ordem física e psicológica.
- As perdas, as decepções,
as frustrações e os
sofrimentos físicos e
psíquicos que perturbam o
equilíbrio emocional.
- ATENCÃO
- Ao observarmos todos os pontos citados ate aqui
podemos
PERSONALIDADE PERSONA
é o conjunto das
características marcantes
de uma pessoa, é a força Persona significa máscara.
ativa que ajuda a A palavra vem do teatro
grego, onde cada
determinar o
personagem utilizava uma
relacionamento das pessoa máscara para construir seu
baseado em seu padrão de personagem. A palavra
individualidade pessoal e personagem, por sua vez,
surgiu da palavra persona.
social, referente ao pensar,
Em latim, per-sona que dizer
sentir e agir. através do som.
Lembrando que várias mentes brilhantes
estudaram a psique humana; e
na psicanalise nos mergulhamos em uma
metodologia especifica usada por anos e
validada através dos resultados da pratica
terapêutica ao longo de décadas.
Muitas vezes nossos conteúdos e aulas vão parecer repetitivos, porém nossa intensão é que você finalize
essa formação cheio de certeza referente ao conhecimento de tudo que engloba o universo psicanalítico
Quando chegamos a encontrar
dificuldade no entendimento da
estrutura metodológica dos seus
estudos, se dá pelo fato de muitos
institutos psicanalíticos
mantiveram a linguagem "mais
rebuscada da época”, em que foi
escrita com os termos técnicos
passando de geração para
geração.
Essa linguagem “técnica era de
fato muito técnica" e por vezes de
difícil entendimento.
psicanálise são
mantidos pois
são a identidade
no universo
terapêutico. A
partir de agora
nos vamos
conhecer a
A cura pela palavra, na
concepção de Sigmund Freud
Ouvir para Freud se tornou
bem mais do que uma arte,
“ouvir” se tornou um método
terapêutico, uma via
privilegiada para o
conhecimentos que lhe
davam acesso ao seu
paciente.
( A bíblia bem já dizia: a boca fala daquilo que esta cheio o coração - Mateus 12:34)
fantástico né.
E no método psicanalítico
percebeu-se que é só através da
“fala, da palavra” que o
individuo pode se livrar do que
lhe incomoda.
Em atendimento no consultório
no início da análise geralmente
as queixas referem-se à sua
mãe, ao seu pai, aos seus
irmãos, aos primos, aos avos, ao
padrastos ou madrastra, ao
conjuge, aos filhos, aos colegas
de trabalhos, aos patrões, aos
pastores, aos vizinhos, a Deus,
geralmente a culpa é bem
terceirizada.
Porém logo surgem novas queixas com o por exemplo a falta de sorte, o caso do destino... Por ai vai, e em alguns
casos, a lista é enorme; chegam a citar objetos, sociedade, cidade , sistema politico... São citadas algumas vítimas
que nada têm a ver com o que lhes acontece e nada podem fazer a respeito da desordem em que se encontram,
porque foram "colocados" neste lugar.
As emoções mal
resolvidas adoecem
o corpo .
Relatos de pacientes:
–Minha mãe sofreu com a traição.
–Eu fui traída .
Porque não conseguem aceitar a ideia
de ter filhos?
Investigando o inconsciente se descobre praticante tudo.
Pode ser:
Mae não gostava de ter filhos.
Mãe e filhos foram abandonados
Teve abortos.
Etc
Porque são dependentes químicos?
Fuga .
Encontrou no vício o
esconderijo de alguma
dor.
Porque são dependentes emocionalmente de alguém?
Quando a sua felicidade começa a depender de qualquer outra pessoa, realização
ou resultado – ou uma combinação destes – é possível que você seja
emocionalmente dependente.
Ocupamo-nos, especialmente com aquilo que "não anda" para o paciente, seus impedimentos,
fracassos, doenças. E trabalhamos com cada sujeito em particular. Se cada indivíduo tem sua
história, (seu lugar ao nascer - se foi desejado ou não, cada indivíduo tem sua posição na cadeia
familiar, na ordem entre os irmãos) sua subjetividade, (sua singularidade - particularidades ).
Como terapeutas analisamos cada caso como único, não existindo uma resposta coletiva ou
ortopédica, nenhum tratamento massivo. ( avaliado em massa ).
Somente falando no dispositivo
analítico, de si mesmo, de sua
própria história é que cada um
pode descobrir seu próprio
desejo inconsciente. Foi assim
que a interpretação dos seus
próprios sonhos, iniciada antes
mesmo da análise dos sonhos de
seus pacientes, permitiu a Freud
adentrar na complexidade do
inconsciente e seu
funcionamento.
Adentrar ao mundo complexo e
misterioso do inconsciente constitui
uma quebra de paradigma no campo das
ciências, na medida em que ele próprio
se implica no processo de construção da
sua teoria, passando a olhar para dentro
si mesmo. A partir dessa espécie de
“auto-análise” empreendida por Freud e
a partir de Anna O.
– paciente de Breuer, cujo caso clínico
foi publicado em 1895, na obra Estudos
sobre a Histeria
–, este método de tratamento inédito
passa a tomar contorno. O caso citado
fora tratado através da catarse e ab-
reação.
De acordo com o Dicionário de
Psicanálise de Roudinesco (1998), o
método catártico é o procedimento
terapêutico pelo qual um sujeito
consegue eliminar seus afetos
patogênicos e, então, “ab-reagi-los”,
revivendo os acontecimentos
traumáticos a eles ligados. A fala é o
meio pelo qual estes afetos são
eliminados. Segundo Ribeiro da Silva
(1996), pela primeira vez na história, é
dado à histérica o direito de usar a
palavra e, apesar da impossibilidade
de Freud traduzi-la, esse discurso
jamais foi considerado coisa do diabo,
como o era até então.
É provável que, já
nesse momento,
Freud estivesse
escutando para além
da moralidade, ( sem
juízo de valor -
julgamento ou
críticas) criando a
primeira forma de
conhecimento que
tenha dado voz à
loucura.
A psicanálise tenta, a todo instante, afastar-se da ideia de
que o sofrimento psíquico resulta de uma falta de adaptação
ao meio, rompendo, desde aí, com o paradigma médico.
Podemos pensar que Freud rompeu com a medicina de muitas
outras formas, como por exemplo, colocando o saber no
paciente, uma vez que eram as pacientes que forneciam a ele
o que constituíam os sintomas, e não o contrário.
Estrangulado
Que se
estrangulou,
apertou, sufocou,
asfixiou, esganou.
Apertado, estreito:
passagem Ao permitir que o “afeto estrangulado”
encontre uma saída através do discurso,
estrangulada. esta representação é submetida a uma
nova cadeia associativa.
Exemplo:
Aula 2
No mesmo texto, ao falar de trauma psíquico,
Freud expõe que , quando a reação é
reprimida, o afeto permanece vinculado à
lembrança. Entende-se por “reações ” todo
tipo de “reflexos involuntários, desde as
lágrimas aos atos de vingança”. (Estudo de
Caso: Natal quando as famílias se juntam …
Irritabilidade por afeto estrangulado , negado
e reprimido - Sentimento se medo de ser
rejeitado).
A fala mostrava reminiscências, concluiu Freud. Portanto, precisava ser anunciada como um
segredo, patogênico ou inconsciente, que o deixava em estado de alienação. Foi, também, em uma
das sessões com a paciente Emmy que Freud percebeu que deveria deixá-la falar livremente,
quando ela própria sugeria que ele a deixasse falar sem interrompê-la com perguntas.
Segundo Peter Gay (1989), foi essa paciente que permitiu a Freud ver que a hipnose era de fato
“inútil e sem sentido”. Até o início dos anos 90 do século XIX, Freud tentara extrair, à maneira de
Breuer, através da hipnose, as lembranças significativas que os pacientes relutavam em
apresentar. As cenas trazidas à mente tinham frequentemente, um efeito catártico.
Mas, alguns pacientes não eram hipnotizáveis e a fala sem censuras pareceu a Freud um meio de
investigação muito superior. ( De fato é!) Ao abandonar, aos poucos, a hipnose, Freud caminhava
para a adoção de um novo modo de tratamento.
Planejava-se o caminho para a construção da associação livre que, nos anos posteriores, passou a
ser considerada a regra fundamental da Psicanálise. Segundo Freud, a livre associação permitia
atingir com maior facilidade os elementos que estavam em condições de “liberar os afetos”, ( sejam
esses afetos estrangulados ou não), liberavam as lembranças e as representações.
E foi dessa forma que Freud foi levado a escutar os sonhos que seus pacientes
passaram a lhe contar. Em 1912, no texto Recomendação aos Médicos que Exercem
a Psicanálise, Freud introduziu a noção de uma escuta que não privilegiava nem
um nem outro conteúdo.
Surgiu também o conceito da atenção flutuante, que
é um conceito que vem da psicanálise. Refere-se ao
estado especial de consciência de que o terapeuta
necessita para ser capaz de ouvir o paciente e
detectar o que há de mais significativo em sua
história. Algo como abrir mão de coisas que não são
importantes ou relevantes no que ele diz e atender
apenas aquelas que servem para captar a essência
do problema. Dito assim, parece fácil, mas a atenção
flutuante requer um longo treinamento e um nível
de alerta muito peculiar. E, às vezes, precisa focar a
concentração em algo diferente da fala do outro
para capturar o que é verdadeiramente substancial.
Continuando…
O analista, da mesma forma que o
paciente, utiliza-se da associação livre
como se naquele momento abrisse mão
de seu pensamento consciente. A escuta,
assim como a fala, assume um lugar
central na Psicanálise.
Freud nos ensina que escutamos
Os sofrimentos mentais são tão antigos
quanto a busca por explicá-los. o paciente com o nosso
inconsciente e, por isso, não
devemos nos preocupar em
memorizar o que o paciente diz.
( * Eu particularmente discordo
um pouco aqui , eu anoto
palavras, frases, me atento
“conscientemente” para algumas
falas do meu analisado , elas
podem ser chaves
importantíssimas no
atendimento).
Há quase 300 anos antes de Cristo,
Hipócrates, considerado o “pai da
medicina”, já tentava explicar
sintomas como aversão à comida,
falta de ânimo e insônia como sendo
um desequilíbrio de bílis negra no
corpo.
sã o c o mo
c o m p le x o s
os m a s q ue
d a d e sa u t ô n o
pe rs o n a l i
n a r no ss as
o d e m d ir ecio
p , s e m um
ta s v e ze s
atitudes, mui a d a de
o d e to m
pro c es s m
m o se e
sc iê n ci a , co
co n o Ego
o sm o m e n t o s
de te r m in a d
la fo r ç a d e um
pe
fosse tomado o.
d o C om p l ex
determina
Disso advém, não raras vezes: o esquecimento, os
lapsos e as atitudes estranhas à personalidade do
indivíduo.
Em alguns momentos determinados, o
“complexo” pode se encontrará carregado
psicologicamente e a Consciência já se
encontra em estado perturbado.