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SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................... 3
2. Agente Etiológico........................................................ 3
3. Manifestações Clínicas............................................. 5
4. Classificação ................................................................ 9
5. Exames complementares......................................11
6. Pneumonia nosocomial..........................................13
7. Tratamento..................................................................14
Referências Bibliográficas .........................................16
PNEUMONIA NA PEDIATRIA 3

1. INTRODUÇÃO FATORES DE RISCO PARA PNEUMONIA

As infecções respiratórias agudas


Menor de 5 anos
(IRA) são consideradas causas co-
muns de morbimortalidade na faixa
Desnutrição
pediátrica, principalmente nas crian-
ças menores de 5 anos. A prevalência
Comorbidades
de IRA nos primeiros 5 anos é seme-
lhante ao redor do mundo, de cerca Prematuridade
de 4 a 8 episódios por ano. Dentre as
causas de IRA, a pneumonia é avalia- Baixo peso ao nascer
da como a mais grave, sendo respon-
sável por 2-3% dos casos. Permanência em creche

Sibilo ou pneumonia prévia


CONCEITO: A pneumonia é uma sín-
drome clínica caracterizada pela infla-
mação do parênquima pulmonar. Ausência de aleitamento materno

Desmame precoce
A pneumonia é responsável por 20%
da mortalidade de menores de 5 anos Vacinação incompleta
ao redor do mundo. No Brasil, ocor-
rem em torno de 4 milhões de casos Tabagismo domiciliar

anuais. Em 2016, foram registrados


886 óbitos em pediatria decorrentes
de pneumonia. 2. AGENTE ETIOLÓGICO
O isolamento do agente etiológico da
pneumonia adquirida na comunidade
(PAC) é de difícil realização. As técni-
cas diagnósticas são de difícil acesso,
tem baixa sensibilidade e apresentam
um custo elevado, por isso, são pou-
co utilizadas na prática clínica. Uma
diversidade de estudos aponta que
a pneumonia é causada na maioria
das vezes por um agente viral, princi-
palmente nas crianças menores de 5
anos (excluindo-se os neonatos).
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O vírus sincicial respiratório (VSR) O Estreptococo do grupo B e Gram


é o agente mais frequente nas pneu- negativos têm grande incidência em
monias, seguido pela influenza, pa- recém-nascidos por infecção pré-na-
rainfluenza, adenovirus e rinovirus. tal ou intra-parto e, normalmente,
Os vírus são responsáveis por cer- está associado a um quadro de sepse
ca de 90% dos casos de pneumo- neonatal.
nia em menores de 1 ano e 50% em O Staphylococcus aureus também
escolares. acomete principalmente os neonatos,
Apesar da maior parte dos casos se- porém de forma mais tardia, a par-
rem virais, uma pneumonia de etio- tir do 3 dia de vida. Geralmente está
logia bacteriana tende a ser mais associado a uma infecção cutânea e
grava e ter uma maior mortalidade. maior gravidade. Está mais associado
O Streptococcus pneumoniae é a a quadros de pneumonia complicada,
principal entre as bactérias. Outros evoluindo com empiema pleural.
agentes bacterianos são Estreptoco-
cos do Grupo A, Hemofilus influenza
e Moraxela catarralis.

SAIBA MAIS!
Empiema pleural é o acúmulo de secreção purulenta na cavidade pleural com identificação de
bactérias, geralmente como complicação da pneumonia. Apresenta 3 fases:
Fase exsudativa: Com líquido fluido, livre na cavidade pleural, com baixa celularidade.
Fase fibrinopurulenta: Com secreção, espessa, com fibrina e maior número de células, princi-
palmente polimorfonucleares. Produz septações.
Fase crônica: Com a proliferação fibroblastos e formação de membrana que restringi a expan-
são do pulmão.

As pneumonias por bactérias atípicas Além de acometer neonatos, o Sta-


apresentam um quadro mais leve, po- phylococcus aureus, juntamente
rém mais arrastado. O principal agen- com as enterobactérias são os prin-
te é o Mycoplasma pneumoniae. cipais responsáveis por pneumonias
Acomete principalmente maiores de nosocomiais, especialmente em pa-
5 anos e responde por cerca de 10- cientes imunocomprometidos ou com
40% dos casos. suporte de ventilação mecânica.
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SE LIGA! A principal etiologia de pneu-


monia em crianças menores de 5 anos é
viral, mas as infecções bacterianas cau-
sam quadros mais agressivos.
Assim, separando-se por idade, até o
terceiro dia de vida os agentes mais
comuns são estreptococo do grupo
B, bacilos Gram negativos e Listeria
monocytogenis.
Entre 3 e 28 dias, Stafilococcus aureus
e Stafilococcus epidermidis são os prin-
cipais causadores.
De 1 a 3 meses os vírus são os principais
agentes, acompanhados por Clamydia
trachomatis e Ureaplasma urealyticum.
A partir de 4 meses até 5 anos os vírus
estão acompanhados de Streptococ-
cus pneumoniae, Stafilococcus aureus
e Haemophilus influenzae. Acima de 5
anos Streptococcus pneumoniae, Sta-
filococcus aureus e Micoplasma pneu-
moniae são os principais causadores.

SAIBA MAIS:!
Apenas 1 ano após a introdução da vacina pneumococica 10-valente na rede pública para
todas as crianças, houve redução nas hospitalizações por pneumonia no Brasil.

3. MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
dispneia, é o sinal clínico que indica
A pneumonia é uma patologia clíni- maior predição para o diagnóstico.
ca que pode se manifestar por diver- A tosse e a dificuldade respiratória
sas formas. Tosse, febre, taquipneia, são os sintomas mais prevalentes.
dispneia, dor torácica ou dor abdomi- Por isso, toda criança com esses dois
nal (referida) e estertores crepitantes sintomas deve ser investigada para
à ausculta respiratória são os possí- pneumonia.
veis sinais e sintomas da pneumonia.
A frequência respiratória aumenta-
da, associada ou não a presença de
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< 60 ipm. Entre 2 e 11 meses FR <


A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE
PARA RESPIRAR? 50ipm. Entre 1 e 5 anos FR < 40 ipm.

SE A RESPOSTA FOR SIM:


FREQUÊNCIA
IDADE
Observar/ determinar* RESPIRATÓRIA
Perguntar:
• Contar a frequência res-
• Há quanto 0 à 2 meses < 60 ipm
piratória em um minuto
tempo?
• Se há tiragem subcostal
• A criança tem
• Se há estridor ou 2 meses à 11 meses
sibilância? < 50 ipm
sibilância e 29 dias

*ATENÇÃO A criança deve estar tranquila


1 à 5 anos < 40 ipm
Figura 1: O que avaliar em criança com febre e dificul-
dade de respirar. Fonte: Ministério da Saúde, 2017

Após a contagem da FR deve-se ob-


A investigação deve seguir pergun- servar se a criança apresenta sinais
tando há quanto tempo os sintomas de esforço respiratório como batimen-
começaram e se a criança tem sibilân- to de asa de nariz, retração intercostal
cia. A sibilância ocorre principalmente ou tiragem subcostal. O batimento de
em crianças menores com infecções asa de nariz, como o nome já diz, é a
virais. presença de movimento de abertura
e fechamento das narinas durante a
respiração. A retração intercostal é a
SE LIGA! Paciente sintomático respi- visualização da musculatura intercos-
ratório há mais de 14 dias deve ser in-
vestigado para tuberculose, para afastar tal durante os movimentos de inspira-
a possibilidade dessa doença. Deve-se ção e expiração. A tiragem subcostal
Investigar se houve contato com adulto é a retração da parede torácica infe-
portador de tuberculose, se houve per-
rior durante a inspiração, é o primeiro
da de peso e se a criança está fazendo
tratamento com antibióticos e os sin- sinal de esforço respiratório a surgir.
tomas não melhoram. Caso as respos- Ela acontece quando a criança pre-
tas sejam positivas, deve-se investigar cisa de um esforço maior eu o habi-
tuberculose.
tual para respirar, fazendo com que a
parede torácica inferior se mova para
Deve-se contar a frequência respi- dentro durante a inspiração, possibili-
ratória (FR) em 1 minuto e definir se tando maior entrada de ar.
está adequada para a idade ou se
apresenta taquipneia. Menores de 2
meses tem frequência respiratória
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SE LIGA! A tiragem subcostal deve ser


bem visível e presente durante todo o
exame, se ela só é perceptível quando a
criança está chorando, não é considera-
da sinal de esforço respiratório.

SAIBA MAIS!
Sibilo é um som semelhante a um assobio à expiração, causado por obstrução da árvore
brônquica por secreção ou diminuição da luz. Pode ser auscultado com estetoscópio, mas em
alguns casos pode ser ouvido sem nenhum aparelho.
Estridor é um som áspero agudo inspiratório, causado por processo inflamatório na laringe,
epiglote ou traquéia.

SINAIS DE PERIGO
SE LIGA! Algumas crianças manifestam
a pneumonia com dor abdominal, princi-
palmente quando há acometimento dos Menores de 2 meses Maiores de 2 meses
lobos pulmonares inferiores.
FR > 60 ipm Tiragem subcostal

Tiragem subcostal Estridor em repouso


A Organização Mundial da Saúde
Febre alta Recusa de líquidos
(OMS) adverte sobre os sinais de
perigo que indicam internação ime- Sibilância Convulsão
diata do paciente. Em menores de 2
Estridor em repouso Alteração do sensório
meses os sinais de perigo são: FR >
60 ipm, tiragem subcostal, febre alta, Letargia Vômitos

sibilância, estridor em repouso, letar- Sonolência anormal


gia, sonolência anormal , irritabilidade
Irritabilidade
ou recusa ao seio materno por mais
de 3 mamadas. Em maiores de 2 me- Recuso ao seio materno
ses os sinais são: tiragem subcostal, > 3 vezes

estridor em repouso, recusa de líqui-


dos, convulsão, alteração do sensório
ou vômitos. O diagnóstico diferencial pode ser
feito com outros acometimentos pul-
monares agudos. Uma exacerbação
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de asma, por exemplo, se manifesta- Em um caso de bronquiolite a histó-


ria também com aumento da frequ- ria seria de uma infecção de vias aé-
ência respiratória e dispneia, porém reas superiores que evoluíram com
o paciente pode ter associação com dispneia e aumento da frequência
tosse seca e história de rinite alérgica respiratória e tosse seca. À auscul-
ou outras alergias. Além disso, o pa- ta, percebe-se um ruído polifônico,
ciente não apresentaria febre. À aus- com creptos, roncos e sibilos difusos.
culta respiratória é possível observar O paciente pode apresentar febre e
sibilos difusos à expiração. prostração.

MAPA MENTAL CLÍNICA

Maior preditor Taquipneia

Dispneia

Mais prevalentes

Febre
Estertores creptantes

Ausculta pulmonar
Roncos
alterada

Sibilos
Sinais

Pneumonia

Sintomas

Dor abdominal Referida

Tosse

Dor torácica
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4. CLASSIFICAÇÃO subcostal, o paciente evolua com


qualquer outro dos sinais de perigo,
A OMS classifica a criança com tos-
ele é classificado como pneumonia
se e dificuldade para respirar em três
muito grave.
categorias de acordo com critérios de
gravidade: pneumonia muito grave,
pneumonia grave e pneumonia. SE LIGA! A presença de tiragem sub-
costal pode significar pneumonia gra-
Um paciente apresentando esses ve, mas também pode estar presente
sintomas é classificado como pneu- em outras infecções de vias aéreas in-
feriores como bronquiolite. Caso, além
monia não grave se não tiver asso-
da tiragem subcostal, o paciente tenha
ciação com tiragem subcostal ou com sibilância, ela deve ser tratada antes de
qualquer outro sinal de gravidade. É classificar como pneumonia muito grave.
um paciente que provavelmente re-
ceberá tratamento ambulatorial.
Se a criança tiver em esforço respira-
Se o paciente evoluir com tiragem tório há muito tempo, ela pode apre-
subcostal, ele é classificado como sentar apenas tiragem subcostal,
pneumonia grave. Pois, uma criança sem taquipneia, pois o esforço para
com tiragem subcostal tem maior ris- expansão pulmonar é maior e a respi-
co de mortalidade do que a criança ração fica mais lenta.
sem tiragem. Caso, além da tiragem

CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA

Pneumonia muito grave Tiragem subcostal + outro sinal de perigo

Pneumonia grave Tiragem subcostal

Pneumonia não grave Clínica de pneumonia


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MAPA MENTAL CLASSIFICAÇÃO

Classificação
da pneumonia

Grave Muito grave Pneumonia

Sinais clínicos Tiragem Sinais clínicos Tiragem Outro sinal Sinais clínicos
+ + +
de pneumonia subcsotal de pneumonia subcsotal de perigo de pneumonia

Menores de 2 meses Maiores de 2 meses

Sonolência Convulsão

Letargia Recusa de líquidos

Irritabilidade Vômitos

Estridor em repouso Estridor em repouso

Sibilância Alteração do sensório

FR > 60 ipm

Febre alta

Recusa ao seio > 3 vezes


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5. EXAMES residual de pneumonia pode persis-


COMPLEMENTARES tir por algumas semanas. Porém, ela
deve ser solicitada, após 4 – 6 se-
Diferentemente do que é difundido,
manas, se o paciente tiver história de
a radiografia de tórax não é necessá-
pneumonia recorrente, com suspeita
ria em todos os casos de pneumonia.
de malformação ou de aspiração de
Ela fica restrita a pacientes com si-
corpo estranho. A radiografia de tórax
nais de gravidade e com necessida-
não é necessária rotineiramente nem
de de internamento hospitalar. Deve
para diagnóstico, nem para controle
sempre ser realizada quando houver
de pneumonia.
dúvida no diagnóstico, quando o pa-
ciente apresentar sinais de gravida- Quando necessária, a radiografia
de, quando houver falha na resposta de tórax é realizada nas incidências
ao tratamento após 48 – 72 horas póstero-anterior e perfil. Ela costu-
de antibioticoterapia, se houver piora ma apresentar um infiltrado alveolar
progressiva ou se houver necessida- ou um infiltrado intersticial na região
de de hospitalização. acometida, mas também pode ser
normal.
A radiografia de controle também
não é necessária, pois uma imagem

Figura 2: Infiltrado alveolar no lobo inferior esquerdo. Fonte: Atlas os Infectious Diseases, 1996
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Figura 3: Infiltrado intersticial bilateral. Fonte: Atlas os Infectious Diseases, 1996

A radiografia também pode ser útil na que ele se encontra. Na fase exuda-
busca por complicações da pneumo- tiva, percebe-se um derrame pleural.
nia como um derrame pleural ou um Na fase fibrinopurulenta percebe-se
empiema. Em um derrame pleural, uma leve hipotransparência, que per-
será achada uma imagem de opaci- mite a visualização da vascularização
dade homogênea no seio costofrênico do pulmão. Na fase crônica nota-se
lateral, gerando uma figura côncava uma redução dos espaços intercos-
no lado acometido. A imagem de um tais e tracionamento do mediastino
empiema varia conforme a fase em para o lado acometido.
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Figura 4: Derrame pleural volumoso a direita. Fonte: Bone’s Atlas of Pulmonary and Critical Care Medicine, 2005

A coleta de hemocultura está indica- 6. PNEUMONIA


da para todos os pacientes com ne- NOSOCOMIAL
cessidade de hospitalização, numa
A pneumonia nosocomial é uma in-
tentativa de identificar um provável
fecção pulmonar obtida após 48 de
agente etiológico. Na presença de
admissão em uma unidade de saúde,
derrame pleural, pode-se fazer cultu-
não associada à intubação orotra-
ra do líquido e relação entre a proteína
queal ou ventilação mecânica. Atinge
total e desidrogenase lática, para di-
pacientes com um estado de imuni-
ferenciar exudato de transudato. Em
dade mais debilitado devido à doen-
casos mais graves, com má evolução,
ça que levou à internação. Tem um
pode-se lançar mão de exames mais
diagnóstico mais complexo do que
invasivos como biopsia pulmonar ou
a pneumonia adquirida na comuni-
broncoscopia.
dade devido a uma maior inespecifi-
cidade do quadro. Na suspeita, está
indicada a radiografia de tórax e he-
mograma. Havendo sinal radiológico,
a criança normalmente se apresenta
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com dessaturação, hipo ou hiperter- Pacientes hospitalizados devem ser


mia sem causa aparente, leucopenia tratados conforme a gravidade. Na
(inferior a 4.000 leucócitos/mm3 ou pneumonia grave maiores de 2 me-
superior a 15.000 leucócitos/mm3), ses devem usar ampicilina parente-
taquidispneia, sinais de desconforto ral 50mg/Kg/dose a cada 6 horas ou
respiratório e alterações na ausculta penicilina cristalina 150 000U/Kg/ dia
pulmonar. a cada 6 horas e em menores de 2
Os agentes mais frequentes variam meses deve-se associar gentamicina
conforme o tempo de internação. 7,5 mg/kg/dia. Se houver suspeita de
Pacientes com até 5 dias de hospi- agente atípico, utiliza-se azitromicina
talização apresentam infecção prin- 10mg/kg/dia dose única por 5 dias.
cipalmente por pneumococo, He- Pacientes com pneumonia nosoco-
mofilus influenza e Staphilococcus mial tem tratamento orientado con-
aureus. Após 5 dias os agentes mais forme tempo de hospitalização. Até
comuns são Enterobacter, K. pneu- 5 dias usa-se amoxicilina com cla-
moniae e E. coli. vulonato. Se internamento maior que
5 dias, deve-se considerar o padrão
de resistência microbiana do hospi-
7. TRATAMENTO tal para determinar antibiótico mais
O tratamento da pneumonia é com adequado.
antibioticoterapia empírica baseado
nos principais agentes causadores de
pneumonia pela faixa etária. Quando
o tratamento é feito em regime ambu-
latorial, a amoxicilina é a primeira linha
de tratamento, na dose de 50 mg/Kg/
dia de 8 em 8 horas ou de 12 em 12
horas, para maiores de 2 meses. Caso
haja suspeita de infecção por bactéria
atípica, mais comum em maiores de
5 anos, um macrolídeo pode ser utili-
zado. O paciente deve ser reavaliado
após 48-72 horas do início do trata-
mento. Pacientes com alergia a peni-
cilina podem receber tratamento com
um macrolídeo.
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MAPA MENTAL GERAL

Ampicilina + gentamicina
Azitromicina Amoxicilina Ampicilina

Atípicos Ambulatorial Hospitalizados Neonatos

Taquipneia
Tratamento
Dor abdominal

Dispneia

Tosse
Agentes etiológicos Pneumonia Clínica
Dor torácica

Streptococcus pneumoniae Maior que 5 anos Febre

Vírus De 1 mês a 5 anos Ausculta pulmonar


alterada
Classificação
Stafilococcus aureus De 3 - 28 dias

Stafilococcus epidermidis Até 3 dias Grave Tiragem subcsotal

Gram negativos Muito grave Tiragem subcsotal

Estreptococo do grupo B Pneumonia Outro sinal de perigo

Sinais clínicos de pneumonia


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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Sociedade Brasileira de Pediatria. Pneumonia adquirida na comunidade na infância. Socie-
dade Brasileira de Pediatria - Departamento de Pneumologia, 2018.
Rodrigues, JC; Filho, LVRFS. Pneumonias agudas na criança. Atualize-se – Boletim da Socie-
dade de pediatria de São Paulo. São Paulo, 2016.
Brasil, Ministério da Saúde. Manual Aidipi criança: 2 meses a 5 anos. Ministério da Saúde,
Organização Pan-Americana de Saúde, Fundo das Nações Unidas para a Infância – Brasilia:
Ministério da Saúde, 2017
Sociedade Brasileira de Pediatria. Calendário de Vacinação da SBP 2019. Sociedade Bra-
sileira de Pediatria - Departamento de Imunizações e Departamento de Infectologia, 2018.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Tratado de pediatria. 4. ed. Barueri, SP : Manole, 2017.
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