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2024.

PNEUMONIA ADQUIRIDA NA
COMUNIDADE NÃO COMPLICADA
E COVID-19
PEDIATRIA GERAL
Apresentado por: Beatriz Baldi, Dhiego Couto e Manoel Luiz Correia Jr.
CONTEÚDOS
ABORDADOS

01. Anatomia 03. IRA

02. Epidemiologia 04. PAC

05. COVID.19
Introdução
Epidemiologia
• Causa mais comum de morbidade e
mortalidade em menores de 5 anos;

• 921 mil mortes por PAC em 2017 (mundo);

• 1.117.779 internações hospitalares no


Brasil (2017) - menores de 5 anos;
Infecção Respiratória
Aguda
Doenças que acometem o trato
respiratório - duração de até 7 dias;
25% de todas as doenças e mortes
entre crianças;
A maioria das crianças tem de 4-6
infecções/ano;
Infecção Respiratória Aguda
2-3% dos casos de IRA evoluem para
infecção do parênquima pulmonar;
10-20% destas evoluem para óbito;
A principal IRA do parênquima
pulmonar é a

Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)


Objetivos da Aula
1
Reconhecer a importância das PAC
na morbimortalidade das crianças,
principalmente as menores de 5
anos..

4 Diagnosticar PAC por meio de


sinais e sintomas clínicos

2 Conhecer os fatores de risco para


as PAC.

5
Tratar PAC de forma criteriosa, sem
abuso de ATBS e com abordagem

3
Compreender a dificuldade do
adequada nos casos complicados
diagnóstico etiológico e a
importância do tratamento
empírico bem embasado.
Conceitos Básicos
Pneumonia
Pneumonia
Adquirida na Comunidade

Infecção do parênquima Infecção do parênquima


pulmonar. pulmonar em pacientes
previamente hígidos, que não
estiveram hospitalizados no
último mês.
Conceitos Básicos
Condição inflamatória;
Álveolos preenchidos por exsudato;
Diminução da razão
ventilação/perfusão;
Comprometimento da hematose.
Fatores de Risco
Desnutrição;
Baixa Idade;
Comorbidades;
Baixo peso ao nascer;
Permanência em Creche;
Episódios prévios de sibilos e
pneumonia;
Ausência de aleitamento materno;
Vacinação incompleta;
Variáveis socioeconômicas;
Etiologia
Difícil diagnóstico etiológico;
Curso da doença semelhante por
diversos agentes;
Técnicas diagnósticas de baixa
sensibilidade e alto custo;
Identificação em cerca de 24 - 85%
dos casos.
Etiologia Viral
Principais agentes de PAC em
crianças menores que 5 anos;
Quanto mais jovem a criança, maior a
chance de doença viral;
Responsáveis por até 90% das PAC no
primeiro ano de vida.
Vírus Sincicial Respiratório, Influenza,
Parainfluenza, Adenovírus, Rinovirus,Sars-
Cov2...
Etiologia Bacteriana
Principais responsáveis pela maior
gravidade e mortalidade da PAC;
S. pneumoniae é o principal agente;
H. influenzae e S. aureus também são
destaque;

Coinfecção Vírus - Bactéria varia de 23 -32%


Etiologia Bacteriana
Crianças com Alto Risco para
infecção por Pneumococo

HIV; D.M.;
Erros Inatos da Imunidade; Hemoglobinopatias;
Imunodeficiências Adquiridas; Asplenia;
Cardiopatas;
Nefropatas;
Pneumopatas;
Pneumonia Típica Pneumonia Atípica
S. pneumoniae (Pneumococo), Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila
Haemophilus influenzae e S. aureus. pneumoniae, C. trachomatis e Mycobacterium

Quadro agudo e de rápida evolução; Quadro arrastado, sem febre;


Comprometimento global do estado Padrão infiltrativo, intesticial.
de saúde
Quadro Clínico
Variável e inespecífico;
Pode ter início discreto;

CLÁSSICO
FEBRE DE INÍCIO AGUDO + TAQUIPNEIA
+ TOSSE
ATENÇÃO!
Febre pode estar ausente (C. trachomatis, B.
pertussis, Ureaplasma);
Crianças podem apresentar apenas diminuição
do apetite;
< 5 anos: rinorreia e febre baixa (período
prodrômico);
SINTOMAS COMUNS
Sinais Gripais;
Otite Média;
Dor abdominal;
Dispneia;
Dor torácica;
Rigidez de nuca.
Exame Físico
FTV aumentado;
MV diminuído/abolido;
Macicez à percussão;
Estertores Crepitantes;
Sopro Tubário.
TAQUIPNÉIA
Pontos de Corte
< 2 meses: FR > 60 irpm;
2-11 meses: FR > 50 irpm;
1-4 anos: FR > 40 irpm
Classificando a PAC conforme a idade

< 2 meses

TOSSE + FR > 60 irpm Pneumonia Grave


com ou sem tiragem subcostal Internação
Classificando a PAC conforme a idade

> 2 meses
Pneumonia
FR AUMENTADA + Sintomas
Ambulatorial

Pneumonia Grave
FR AUMENTADA + TIRAGEM SUBCOSTAL
Internação
Diagnóstico
EMINENTEMENTE CLÍNICO;
Sinais e Sintomas relevantes >
autorizado iniciar antibioticoterapia;
Não é necessário raio x para
diagnóstico;
Avaliação laboratorial se aplica
basicamente em pacientes internados.
Exames Complementares

Hemograma;
Proteína C Reativa;
Procalcitonina;
Hemocultura;
Pesquisa Viral;
Sorologia;
Radiografia de Tórax
podem ser úteis para pacientes hospitalizados
Radiografia de Tórax

Não indicado para avaliação


ambulatorial;
Deve ser realizado em pacientes com
hipoxia, com esforço respiratório e que
não respondem ao tratamento;
Avaliação de complicações;
Crianças sem indicação de internação
NÃO precisam de rx
Tratamento
Ambulatorial Crianças sem sinais de gravidade - tratadas em casa

Crianças de 2 meses a 5 anos AMOXICILINA V.O 50mg/kg/dia


8/8 hrs ou 12/12hrs
Máx: 4g/dia
Hipersensibilidade a Penicilina Cefalosporina (2ª/3ª) 7 dias
não mediadas por igE

Macrolídeo ou Clindamicina
mediadas por igE
Tratamento
Ambulatorial
ORIENTAÇÕES AOS FAMILIARES Retorno para reavaliação em 48-72hrs;
Orientar quanto a identificação de
sinais de piora;
Manutenção da hidratação e
aleitamento materno;
Manutenção da alimentação.
Tratamento
Ambulatorial Falha Terapêutica

Sem sinais de melhora após 48-


72hrs do início do tratamento;
Avaliar condições associadas;
Aprodundar investigação.
Sinais de Alarme - Internação
SpO2 < 92% em ar ambiente;
Desidratação /incapacidade de manutenção alimentar e
hidratação V.O;
Desconforto respiratório moderado a grave;
Gemência, batimento de asas nasais, retrações, apneia;
Doenças de base;
Complicações
PREVENÇÃO
Incentivar aleitamento materno exclusivo
até os 6 meses de vida;
Eliminação do tabagismo passivo;
Orientar quanto à noções de higiene;
PREVENÇÃO
Vacinação!
Pneumocócica Conjugada 10-valente (VPC10);
Influenza
Revisão Sistemática

Excluir diagnóstico
diferencial 2 Iniciar imediatamente
Antibioticoterapia
4 Incentivar a
PREVENÇÃO!

1 Avaliar fatores de risco


3 Garantir consulta de
reavaliação: 48-72hrs.
5
A suspeita do COVID
Criança que apresente um ou mais dos
seguintes sintomas, sem causa específica

Febre; Odinofagia;
Fadiga; Dispnéia;
Cefaleia; Dor abdominal;
Mialgia; Diarreia;
Tosse; Êmese;
Congestão Nasal; Anorexia;
Rinorreia;
Anosmia Considerar contexto epidemiológico
Diagnóstico
Clínico
Síndrome Gripal, podendo ser associado ou
não a elevação progressiva de febre,
persistindo por 3-4 dias

Laboratorial
RT-PCR
Exames Complementares
Laboratorial
Hemograma;
PCR;
Procalcitonina;
Enzimas hepáticas

Imagem - Radiografia de Tórax


Alteração ausente no início;
Vidro fosco;
Infiltrados algodonosos;
Infiltrados intersticiais
Apresentação Clínica
Doença Leve Doença Moderada
Sintomas de IVAS; Pneumonia Leve;
Febre; Febre;
Congestão Faríngea; Tosse;
Odinofagia; Fadiga;
Curto período de tempo; Cefaleia;
Sem anormalidades radiológicas Mialgia
Sem outras complicações.
Apresentação Clínica
Doença Grave Taquipneia;
Hipóxia;
Características de doença leve ou Perda de consciência;
moderada associadas a qualquer Desidratação;
manifestação de complicação e Lesão miocárdica;
progressão da doença Elevação enzimas hepáticas;
Disfunção de coagulação;
Lesão de órgãos vitais
Apresentação Clínica
Doença Crítica Falência respiratória -
necessidade de ventilação
mecânica;
Rápida progressão da doença Choque séptico;
associada a qualquer alternativa: Disfunções orgânicas que
requerem monitorização em
UTIP
Tratamento

Casos Leves e Moderados SINTOMÁTICOS

Dipirona ou Paracetamol
Tratamento
Casos Graves INTERNAÇÃO

2020 Considerar Hidroxicloroquina/cloroquina (5 – 10


mg/Kg/dia de cloroquina base, por 10 dias) +
Azitromicina (10 mg/Kg no primeiro dia e, depois,
5 mg/Kg/dia por 4 dias – dose máxima total de
30 mg/Kg ou 1.500 mg
Casos Graves
PREVENÇÃO
Referências Bibliográficas
TRATADO DE PEDIATRIA / ORGANIZAÇÃO SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. - 5 ED. -
Barueri [SP] : Manole, 2022.

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