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Filtro de Mangas

Manual de Instruções e Manutenção

Manual de Instruções
e
Manutenção

Filtro de Mangas
Modelo

PUBLICAÇÃO TÉCNICA / Publicación Técnica / Technical Publication

2012/08 Publicação nº MN 009 V01 R00 Pg. 1 de 25


Filtro de Mangas
Manual de Instruções e Manutenção

ADVERTÊNCIA

As imagens, tabelas, fotografias e exemplos apresentados nesta documentação são exclisivamente para
auxiliar-lhe a compreender o texto. Algumas ilustrações representam os detalhes ou acessórios que podem
ser diferentes de seu equipamento. Tampas e proteções também podem ter sido removidas para finalidades
ilustrativas.
A evolução contínua de nossos projetos e produtos podem ter causado alterações no modelo do seu
equipamento que não estão incluídas neste documento. As informações aqui contidas estão sujeitas a
alterações sem aviso prévio.
Sempre que surgir qualquer dúvida a respeito de seu equipamento ou desta documentação, consulte-nos
para informações mais atualizadas.

Fones: +55 (51) 3427-1314 / +55 (51) 3428-5299

Rua: Antônio Frederico Ozanan, 555/07 – B. São Luis


Canoas – Rio Grande do Sul – Brasil
CEP: 92420-360

www.ticel.ind.br

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Filtro de Mangas
Manual de Instruções e Manutenção

PREFÁCIO ........................................................................................................................................................ 4
Geral ........................................................................................................................................................ 4
Instruções de operação ........................................................................................................................... 4
Manutenção ............................................................................................................................................. 5
Advertências ............................................................................................................................................ 5
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 6
TERMO DE GARANTIA .................................................................................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO E CONCEITO DE FILTRO DE MANGAS ............................................................................ 8
2. FLUXO DA EXAUSTÃO DOS GASES E COMPONENTES DO FILTRO..................................................... 8
2.1. Válvula de pulso para limpeza das mangas ................................................................................... 10
2.2. Reservatório de Ar ......................................................................................................................... 10
2.3. Tampas Superior de Inspeção ....................................................................................................... 10
2.4. Tampa Inferior de Inspeção ........................................................................................................... 10
2.5. Mangas, Gaiolas e Venturi ............................................................................................................. 10
2.6. Caixa do Seqüenciador .................................................................................................................. 11
2.7. Helicoidal de Transporte dos agregados ....................................................................................... 11
2.8. Chaminé do Exaustor ..................................................................................................................... 11
2.9. Exaustor ......................................................................................................................................... 11
3. CONTROLADORES .................................................................................................................................... 12
3.1. Manômetro Coluna D’água ............................................................................................................ 12
3.2. Controle de Temperatura ............................................................................................................... 13
3.2.1. Programação do Controlador de Temperatura ...................................................................... 14
3.3. Seqüenciador ................................................................................................................................. 15
3.3.1. Regulagem do Seqüenciador................................................................................................. 15
4. PROCEDIMENTOS INICIAIS PARA OPERAÇÃO DO FILTRO ................................................................. 16
4.1. Procedimentos e cuidados antes de ligar o Filtro de Mangas ....................................................... 16
4.2. Ligando o Filtro de Mangas ............................................................................................................ 16
4.3. Desligando o Filtro de Mangas....................................................................................................... 17
5. MANUTENÇÃO NO FILTRO DE MANGAS E NO EXAUSTOR ................................................................. 18
5.1. EPI – Equipamentos de Proteção Individual .................................................................................. 18
5.2. Análise e Troca de Mangas ............................................................................................................ 19
5.3. Manutenção no sistema de Exaustão e Helicoidal ........................................................................ 20
5.3.1. Exaustor ...................................................................................................................................... 20
5.3.2. Helicoidal ................................................................................................................................ 20
5.4. Mancais e rolamentos .................................................................................................................... 21
5.5. Manutenção de motores elétricos .................................................................................................. 22
5.6. Redutores .................................................................................................................................. 22
5.7. Manutenção elétrica do equipamento ............................................................................................ 23
5.8. Reaperto de parafusos e conexões ............................................................................................... 24
5.8.1. Parafusos e porcas ................................................................................................................ 24
5.8.2. Tabelas de torques de aperto ................................................................................................ 24

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PREFÁCIO

Este manual contém instruções de operação e informações de lubrificação e manutenção.


Sempre que se fizer necessário, de acordo com o modelo de seu equipamento, poderá haver documentos
de terceiros os quais estarão em anexo a esta documentação, tais como: manuais de controladores,
compressores, motores, redutores e outros. Desta forma tão importante quanto ter atenção as informações
aqui fornecidas, deve-se sempre consultar as informações destes materiais.

Geral
Este equipamento foi fabricado de acordo com os atuais níveis tecnológicos e técnicas de segurança
reconhecidas. Independente disso, situações de perigo ao corpo e à vida do operador e terceiros ou danos
ao equipamento e/ou outros materiais podem ocorrer.
Este equipamento somente poderá ser operado quando em perfeitas condições técnicas e de acordo com
seu propósito, observando condições de risco e segurança. Qualquer problema deverá ser eliminado
imediatamente.
Modificações no equipamento somente poderão ser executadas após aprovação escrita da TICEL.

Instruções de operação
Estas instruções de operação têm por objetivo colocá-lo em condições de operar o equipamento com
segurança e utilizar todas as opções que ele possibilita. As instruções também fornecem informações sobre
a função de importantes componentes e sistemas.
Certas expressões usadas nestas instruções de operação serão sempre repetidas para evitarem mal
entendidos.

Perigo!
Risco de acidentes se o equipamento não for corretamente operado!
! Somente operadores qualificados e treinados podem operar este equipamento.

As instruções de operação, regulamentos da área de trabalho e especificações (tais como regras de


prevenção de acidentes) deverão ser seguidas.
A observância e utilização destas instruções de operação:
- facilita a familiarização com o equipamento
- evita problemas devidos a má operação
- aumenta a confiabilidade no uso
- aumenta a vida útil do equipamento
- reduz os custos de parada e manutenção

Mantenha sempre este manual de instruções de operação disponível na cabine do operador.


O manual de instruções de operação é parte do equipamento.
Somente opere o equipamento se estiver bem familiarizado com o equipamento e siga sempre as
instruções.
As informações adicionais, tais como boletins de informações técnicas, recebidas da TICEL deverão ser
seguidas e mantidas junto com o manual de instruções de operação.
Favor contatar-nos antes de iniciar qualquer trabalho significativo caso não tenha entendido alguma
instrução de operação ou algum capítulo individual.
As informações e ilustrações contidas neste manual de instruções de operação não poderão ser copiadas,
distribuídas sem autorização prévia da TICEL. Todos os direitos estão expressamente reservados de acordo
com as leis de propriedade.
Todas as indicações para evitar acidentes, instruções de operação, etc. estão baseadas na utilização do
equipamento.

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Manutenção
A seção da Manutenção é um guia aos cuidados necessários para a preservação do produto.
Ilustrado passo a passo as instruções são agrupadas por intervalos dos serviços de manutenção. Os artigos
sem intervalos específicos são listados como Quando Necessário. Os itens na Tabela de manutenção e
lubrificação são referências às instruções detalhadas que seguem.
Utilize o horímetro que consta no painel de comando de seu equipamento, para estabelecer os períodos de
manutenção. Os intervalos do calendário mostrados (diário, semanal, mensal, etc.) podem ser usados em
vez dos intervalos de unidade de horas. O serviço recomendado deve sempre ser executado no intervalo de
horas ou no intervalo do calendário, o que ocorrer primeiro.
Sob circunstâncias extremamente severas de ambientes empoeirados ou úmidos, a lubrificação deverá ser
mais freqüente do que o intervalo especificado na tabela de lubrificação e manutenção.
Execute os serviços em períodos múltiplos da exigência original. Por exemplo, em cada 500 horas de
serviço ou em 3 meses, preste serviço de manutenção também naqueles artigos listados em 250 horas ou
mensais, em cada 50 horas ou semanal e cada 10 horas ou diário, e assim sucessivamente.

Advertências
Os seguintes termos “Nota”, “Cuidado”, “Advertência” e “Perigo, utilizados nestas instruções de operação
tem como objetivo apontar importantes regras de conduta para todo o pessoal que trabalha com o
equipamento.

Nota:
O termo “Nota” é utilizado para chamar atenção para certos assuntos.

Cuidado:
O termo “Cuidado” é utilizado como advertência para possíveis danos a propriedade ou pequenos
ferimentos pessoais.
Advertência:
O termo “Advertência” é utilizado para indicar potencial de sérios ferimentos pessoais.

Perigo:
O termo “Perigo” é utilizado para indicar risco de vida.

Equipamento de segurança
Deve ser dedicada especial atenção ao equipamento de segurança montado no equipamento. A
funcionalidade destes deverá ser monitorada continuamente. O equipamento não poderá ser operado se o
equipamento de segurança não estiver operando ou operando incorretamente. Seu objetivo deverá ser
sempre:
! Segurança em primeiro lugar!
Este equipamento foi fabricado de acordo com as regulamentações aplicáveis a operação e deslocamento e
foi aprovado pelas autoridades relevantes.

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INTRODUÇÃO

Proprietários, usuários, e operadores:


A TICEL aprecia sua escolha de nosso produto para sua aplicação. Nossa prioridade é a segurança do
usuário que será melhor obtida por nossos esforços comuns.
Você pode fazer uma contribuição à segurança se forem levadas em consideração as seguintes premissas:

1. Conhecer e respeitar as regulamentações locais.


2. Ler, compreender, e seguir as instruções deste e outros manuais fornecidos com este produto.
3. Usar práticas seguras do trabalho.
4. Ter somente pessoal treinado operando este produto.

Se nesta documentação houver algum dado ou informação que considere que não esteja clara e/ou deva
ser adicionada, por favor, nos comunique através de seu representante mais próximo, ou a área de suporte
técnico TICEL.

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TERMO DE GARANTIA

A TICEL garante seus equipamentos quando em serviço ou uso normal que vierem a apresentar defeitos de material,
fabricação ou montagem, de acordo com os períodos especificados neste termo de garantia.
1 - PRAZO DE VALIDADE DA GARANTIA
É válida pelo prazo de 06 (seis) meses a partir da data de entrega técnica ou 08 meses após embarque do equipamento
(o que ocorrer primeiro).
2 - ABRANGÊNCIA
A garantia cobre as peças e componentes montados nos equipamentos TICEL que apresentarem defeito de acordo
com este termo, excetuando-se aqueles discriminados nos itens 4 e 5.
3 - CONDIÇÕES PARA VIGÊNCIA DA GARANTIA
Observar rigorosamente as instruções de operação e manutenção prescritas pela TICEL neste manual.
Manter a estrutura original deste equipamento.
Utilizar o equipamento respeitando os limites especificados pela TICEL.
4 - LIMITAÇÕES DA GARANTIA
As peças comprovadamente defeituosas e substituídas em garantia passarão a ser propriedade da TICEL.
Estão excluídos desta garantia itens como motores, juntas, correias, abraçadeiras, material elétrico, enfim, todo o tipo
de componentes fabricados por terceiros. Os componentes dos equipamentos da TICEL que não são por ela produzidos
possuem garantia do fabricante. Para acionar tal garantia, o adquirente deverá encaminhar estes componentes ao
representante autorizado da TICEL, que os remeterá ao fabricante, observado o prazo do item 1.
A garantia não abrange despesas relativas a deslocamento de pessoal, socorro, guincho, hospedagem, diárias dos
técnicos da TICEL e outras pertinentes à prestação de assistência técnica.
Excluem-se da garantia as peças que apresentarem defeitos oriundos de utilização inadequada ou aplicação de outras
peças e/ou componentes não originais que não mantenham as características técnicas conforme especificações da
TICEL, bem como itens que tenham seus lacres originais violados.
A substituição de peças ou componentes defeituosos ou prestação de assistência técnica, dentro do período de garantia
do equipamento, não implicam na extensão do período de validade original do produto descrito no item 1.
Esta garantia não cobre defeitos provocados pelo prolongado desuso, acidentes de qualquer natureza, assistência
técnica não autorizada, bem como casos fortuitos ou de força maior.
A descoloração ou alteração da pintura provocada pelo uso inadequado de solvente, desgaste natural ou acidental do
equipamento, não está abrangida pela garantia.
5 - A GARANTIA NÃO COBRE:
Transporte do material defeituoso, desde a instalação até a Fábrica e ou Assistência Técnica Autorizada do Fabricante
e posterior retorno às instalações do cliente.
Despesas de viagem e estadia do Técnico do Fabricante, que serão cobrados de acordo com a tabela de preços,
vigente na ocasião do fato, quando o reparo efetuado no local da instalação.
A garantia não cobre o reembolso ou indenização resultante de danos a instalações, materiais, ou pessoal do cliente.
A garantia não assegura: perdas eventuais, prejuízos causados pela paralisação do equipamento, lucros cessantes,
perdas e danos.
6 - EXTINÇÃO DA GARANTIA
A presente garantia cessará quando:
- esgotar-se o prazo de validade descrito no item 1;
- dentro do prazo de que trata o item 1, fica constatada a inobservância das condições pré-estabelecidas neste termo de
garantia.
Nos casos de deslocamento ou transferência dos equipamentos para outras unidades ou sítios do cliente, sendo
necessária a orientação e acompanhamento técnico da TICEL, tais serviços não estão cobertos pela garantia, sendo
cobradas tanto as despesas relativas a viagem como as horas técnicas .
7 - A GARANTIA PERDE SEU EFEITO SE A FALHA SE DER EM VIRTUDE DOS SEGUINTES CASOS:
- Desgaste normal decorrente do uso provocado por abrasão, erosão e ou corrosão.
- Manutenção deficiente ou inexistente.
- Colocação do equipamento em terrenos com fundações não apropriadas.
- Introdução de modificações, alterações e ou utilização de acessórios impróprios não autorizados.
8 - GENERALIDADES
A TICEL reserva-se o direito de introduzir modificações nos projetos e/ou aperfeiçoá-los, sem que isso importe em
qualquer obrigação de aplicá-lo em equipamentos anteriormente fabricados.
A TICEL recomenda aos proprietários de seus equipamentos, que para a completa vigência da garantia, consultem a
rede de representantes autorizados e o manual de instruções, a respeito da correta e adequada utilização de seus
equipamentos, colocando-se a inteira disposição para orientá-lo no que for necessário.

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1. INTRODUÇÃO E CONCEITO DE FILTRO DE MANGAS

O filtro de mangas é um equipamento anti-poluição extremamente eficiente e sua utilidade nas usinas de
asfalto é de grande importância para a purificação dos gases emitidos pelo processo de mistura e
fabricação do asfalto, que em seu principio usa derivados de petróleo e agregados finos que geram grande
quantidade de partículas poluentes.
A filtragem é feita através de bolsas de tecidos (as mangas) onde o ar contaminado com poluentes é
succionado da câmara de aspiração pelo exaustor, é forçado a passar do exterior para o interior das
mangas, depositando assim os contaminantes na superfície externa desta. O ar limpo retorna à atmosfera
através da chaminé do exaustor.
DUTO DE CHAMINÉ DO
EXAUSTÃO EXAUSTOR

CAMARA DE
ASPIRAÇÃO

FILTRO DE EXAUSTOR
MANGAS

NOTA: No caso do filtro de mangas é necessária uma correta operação em toda a usina, onde o
queimador e o exaustor devem estar corretamente regulados, pois a vida útil das magas esta ligada
diretamente a boas condições de trabalho destes conjuntos;
Observe atentamente as instruções descritas neste manual.

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2. FLUXO DA EXAUSTÃO DOS GASES E COMPONENTES DO FILTRO


AR
FILTRADO
A B C

POLUENTES

O Sistema de exaustão tem por finalidade a extração dos poluentes provenientes da queima dos
derivados de petróleo; Este sistema basicamente cria uma sucção no interior do secador auxiliando na
chama do queimador e secagem dos materiais.

A - Câmara de Aspiração:
Localiza-se entrada de material do secador, possui em sua estrutura uma válvula de entrada de ar frio
acionada pelo controlador de temperatura, a fim de diminuir a temperatura dos gases.

B - Tubulação de exaustão dos poluentes:


Transporta os gases até o filtro.

C - Filtro de Mangas:
Projetado para impedir a liberação de poluentes na atmosfera, o filtro também encaminha os
agregados finos para reaproveitamento, incluindo-os na mistura asfáltica.

2.2 2.1
2.5 3.3

2.8

2.9

2.4

2.7

2.6

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2.1. Válvula de pulso para limpeza das mangas

Permitem a passagem do ar na forma de pulsos para as mangas em sentido contrário ao fluxo de exaustão,
limpando as mangas e liberando os agregados finos para reaproveitamento. As válvulas de pulso são
acionadas por solenóides, que recebem um sinal elétrico do seqüenciador conforme tempo programado.

VÁLVULAS

SOLENÓIDES

2.2. Reservatório de Ar
O filtro possui reservatório de ar para limpeza das mangas, este acumula ar proveniente do compressor
para uso na limpeza das mangas.

DRENO

2.3. Tampas Superior de Inspeção


Permite o acesso para instalação e troca das mangas, gaiolas e venturi.

2.4. Tampa Inferior de Inspeção


Permite o acesso à inspeção na parte interna do silo do filtro.

2.5. Mangas, Gaiolas e Venturi


Formam o conjunto de filtragem, as mangas que são elementos filtrantes confeccionados em tecido (Nomex
ou Poliéster), as gaiolas são armações de arame que mantém as mangas em forma cilíndrica e o venturi
tem a função de reter o ar injetado nas mangas.
O princípio de funcionamento do filtro de mangas consiste basicamente no insuflamento das partículas
poluentes para a superfície externa, sendo o ar forçado a passar pelo tecido da manga, a qual retém as
partículas.

Entrada de ar
contaminado
Ar limpo
succionado pelo
exaustor
MANGA

VENTURI GAIOLA

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2.6. Caixa do Seqüenciador


Comporta o seqüenciador do filtro de mangas, que permite alterar ou regular a seqüência e o tempo dos
disparos de ar para limpeza das mangas.

2.7. Helicoidal de Transporte dos agregados


Transporta os agregados que se desprenderam das mangas, para um reaproveitamento no tambor
misturador.
FILTRO
TAMBOR
MISTURADOR

TRANSPORTADOR
HELICOIDAL

2.8. Chaminé do Exaustor


Dispensa o ar filtrado para a atmosfera após ter passado por todo processo de purificação.

2.9. Exaustor
Succiona o ar permitindo o trabalho de filtragem.

O exaustor é um importante componente da exaustão, mas se


utilizado sem ser feita uma regulagem correta pode trazer alguns
imprevistos na produção, como por exemplo:

- Resfriamento do sistema e arraste demasiado de finos e


aumento da amperagem do motor; (no caso da válvula estar
totalmente aberta).

- entupimento do sistema (se a regulagem da válvula estiver


fechada demasiadamente).

Regulagem: Feche a válvula com a usina em operação até o


queimador apresentar deficiência, isto pode ser observado pela
grande quantidade de pó na câmara de aspiração e na boca de
entrada de material;
Após, retorne a alavanca até o ponto onde se constata que o pó
demasiado não existe mais. Aperte a porca para manter a
ALAVANCA DE REGULAGEM
regulagem.
Este procedimento visa regular o exaustor às condições ideais
de trabalho de cada produção.

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3. CONTROLADORES

Exemplos de leitura

50
0
50

Pressão: Pressão:
0 (zero) 100 mmca

A diferença de pressão entre as câmaras é obtida na soma


do deslocamento das colunas.

3.1. Manômetro Coluna D’água

Através da leitura do manômetro pode-se controlar a


capacidade de permeabilidade que as mangas
oferecem para a passagem de ar;
A diferença de pressão entre as câmaras é que
indicará a eficiência das mangas em filtrar o ar.
Quando a usina está em funcionamento, o vácuo
normal marca em torno de 60mmca para cima e para
baixo na coluna d’água, somando seria 120mmca.
SENSOR DE TEMPERATURA TIPO PT-100 Observando pressão maior que a recomendada, é bem
provável que duas situações estão influenciando na
filtragem do ar, e são elas:

A- A regulagem do seqüenciador deve ser verificada,


pois o tempo de disparo dos tiros de ar pode ter sido
alterada. Ver regulagem na página do seqüenciador.
B- As mangas com determinado tempo de uso,
saturam-se de forma irreversível, mesmo com a
limpeza proporcionada pelos tiros de ar, indicando que
devem ser substituídas.

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3.2. Controle de Temperatura

Os sensores de temperatura monitoram as temperaturas dos gases na saída da câmara de aspiração e na


parte interna do filtro onde estão alojadas as mangas; O objetivo de tal monitoramento é controlar a
temperatura de chegada ao filtro, onde elevadas temperatura danificam e podem levar à queima de
mangas.
As mangas em poliéster suportam temperaturas até 140° C, e as temperaturas de saída dos gases na
câmara de aspiração podem chegar a 190° C, esta deve ser minimizada para o limite aceitável das mangas
através de um dos dois controles automáticos que o sistema possui:
O controlador de temperatura (T1) acusa elevado calor na saída do secador, o controle eletrônico abre a
comporta de entrada de ar ambiente através de um atuador pneumático instalado na câmara de aspiração
onde o ar externo é sugado misturando-se com o ar quente proveniente do secador e assim mantendo a
temperatura dentro do valor previsto.
Caso a temperatura não minimizar através da entrada de ar ambiente, o filtro possui outro controlador
automático que atua direto no queimador cortando o fornecimento da bomba de combustível, esse
controlador é chamado de T2 e monitora a temperatura dentro do filtro de mangas; Nesse procedimento é
necessário ligar o queimador novamente após a temperatura se estabilizar.
O visualizador de temperatura encontra-se instalado no painel de comando da cabine

VÁLVULA DE ENTRADA DE AR

CILINDRO PNEUMÁTICO

SENSOR DE TEMPERATURA (T1)

SENSOR DE TEMPERATURA (T2)

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3.2.1. Programação do Controlador de Temperatura

PARAFUSOS DE
Nesta programação você irá informar ao controlador as DISPLAY REGULAGEM
temperaturas que se deve atuar.

Regulagem do T-2:

1- Posicione o seletor para baixo (direção do T2)


2-pressione e mantenha pressionado o botão T2 para
exibir o setup de regulagem da temperatura;
3- Com auxilio de uma pequena chave de fenda gire o
parafuso, sendo que sentido horário, aumenta a
temperatura, e anti-horário diminui a temperatura.
4- Regule T2 para a temperatura máxima suportada pelas
mangas poliéster. (140° C).
5-Solte o botão de setup, T2 está ajustado.

Regulagem do T-1:

Agora mude a chave seletora para posição T1;


Pressione e mantenha pressionado botão T1 para exibir o
setup de regulagem;
Com a chave, ajuste o parafuso à uma temperatura de BOTÕES DE ACESSO
100° C que é a temperatura mínima de trabalho das AO SETUP
mangas; CHAVE SELETORA
PARA T1 E T2
(selecione umas das opções para
Agora você pode soltar o botão de setup e verificar as ver ou ajustar sua temperatura).
temperaturas no display quando a usina estiver em
produção.
Deve-se observar a temperatura do T2, se ficar
abaixo da temperatura mínima suportável pelas mangas,
siga ajustando T1 à um temperatura mais elevada para
abertura da válvula, permitindo assim a elevação da
temperatura dentro do filtro.

Atenção! Da mesma maneira que se deve ter o cuidado para não existir excesso de calor, também se faz
necessário que o filtro não trabalhe abaixo de 100°C, caso contrário o vapor d’água proveniente da
umidade retirada dos agregados passará ao estado liquido, danificando as mangas e a estrutura metálica
do filtro.

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3.3. Seqüenciador

O seqüenciador do filtro de mangas é um equipamento eletrônico responsável pela seqüência dos pulsos e
o tempo necessário que estes se mantêm para a limpeza das mangas.
As configurações da seqüência dos pulsos são feitas em função da quantidade de mangas do filtro.

3.3.1. Regulagem do Seqüenciador

Para regular o seqüenciador faça o seguinte: 1 2

Ligue o compressor até atingir a pressão máxima,


(verificar se a válvula de alivio encontra-se aberta);

Ligue o Filtro de Mangas;

Abra a caixa do seqüenciador;

No seqüenciador, existem dois potenciômetros, (1)


permite a regular do intervalo dos pulsos (freqüência),
e o outro (2) permite regular o tempo de cada dispara
(período);

No botão (1) regule inicialmente para 250ms


(milisegundos);

No botão (2) regule para 15s;

Observe no manômetro do compressor a pressão


que se mantém, a pressão de trabalho deve manter-se
em torno de 90psi;

Caso a pressão esteja acima desse valor diminua o


tempo de intervalo entre os pulsos, regulando o botão
(1).

NOTA: É recomendado manter a pressão de trabalho do compressor em torno de 90psi, pois abaixo
desse valor o sistema de limpeza não terá o efeito desejado para limpeza das mangas, e
consequentemente as mangas estarão empreguinadas em curto prazo, acima deste valor as costuras das
mangas poderão ser danificadas devido a pressão do ar.

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4. PROCEDIMENTOS INICIAIS PARA OPERAÇÃO DO FILTRO

4.1. Procedimentos e cuidados antes de ligar o Filtro de Mangas

Antes de iniciar a jornada de trabalho com o filtro é recomendado que se faça uma revisão em seus
componentes, medida esta que previne paradas desnecessárias durante a produção e garante o bom
funcionamento do equipamento.
A seguir segue procedimentos que devem ser adotados sempre antes de ligar o filtro:

Verifique o compressor e seus componentes quanto ao seu correto funcionamento, a pressão do


compressor com o seqüenciador ligado deve permanecer em torno de 90psi;

Verifique o sensor de temperatura (T2), ao energizar o controlador de temperatura do filtro, o


mesmo deverá indicar temperatura ambiente;
Este procedimento tem como objetivo verificar se realmente o sensor de temperatura indicará
excesso de calor dentro do filtro, para isso o sensor deve estar aferido.
Portanto, este teste deve ser feito antes de iniciar o trabalho com o equipamento, este estando
ainda frio.

Certifique-se do correto funcionamento do queimador, pois estando regulado de forma incorreta


influenciará em muito o funcionamento do filtro.
Ao final da produção abra a tampa de inspeção inferior e verifique o estado das mangas, se houver
fuligem regule o queimador ou faça uma analise o tipo de combustível usado e sua viscosidade.
Verifique com o seu fornecedor de combustível a que temperatura o combustível apresenta
viscosidade de 100ssu ou 21Cts, pois esta é a viscosidade recomendada para os queimadores Ticel.

4.2. Ligando o Filtro de Mangas

Acione o Compressor de ar do filtro;


Acione o exaustor;
Acione os dosadores e secador;
Ao sair material pelo secador, ligue o queimador;
Ligue o rosca helicoidal do filtro;
Acione o seqüenciador do filtro.

ATENÇÃO: o queimador somente deve ser ligado após passar material pelo secador, o acendimento
precipitado pode queimar as mangas, pois não há material para absorver o calor e é um sério risco de
INCÊNDIO!

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4.3. Desligando o Filtro de Mangas

Após ter feito os procedimentos de parada de produção, siga os seguintes passos:

Desligue o queimador;

Corte o abastecimento de material de entrada no secador;

Desligue o helicoidal transportador de agregados do filtro (Rosca);

Deixe o exaustor, seqüenciador de válvula e helicoidal ligados por alguns minutos após ter
desligado o queimador, para resfriamento e limpeza do circuito.

Desligue o compressor de ar;

Desligue o seqüenciador;

Desligue o exaustor;

Retire a água do reservatório de ar abrindo o registro na parte inferior do mesmo (este


procedimento deve ser efetuado diariamente no inicio e termino de operação).

RESERVATÓRIO
DE AR

REGISTRO PARA
RETIRADA DA ÁGUA

CUIDADO! A falta de material para absorver o calor do fogo pode causar superaquecimento do sistema e
por conseqüência queima das mangas dentro do filtro de mangas.

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Filtro de Mangas
Manual de Instruções e Manutenção

5. MANUTENÇÃO NO FILTRO DE MANGAS E NO EXAUSTOR

As paradas em meio a uma produção por motivos de manutenção corretiva (manutenção em uma situação
não planejada ou não esperada) geram transtornos que podem causar perda de material e tempo de
produção.
Para amenizar esses incidentes se faz necessário manter uma manutenção programada no seu
equipamento;
A atuação periódica da inspeção e manutenção com intervalos pré-determinados pode reduzir os níveis de
falhas em emergência e melhorar o funcionamento do equipamento.
O operador da usina deve ter conhecimento abrangente de todo o equipamento, o qual terá facilidade na
identificação de problemas em situações que necessitem rápido raciocínio.
A manutenção no filtro de mangas basicamente se concentra na troca de mangas, acompanhamento e
análise do funcionamento do exaustor, sistema pneumático, helicoidal (rosca), tópicos estes que serão
abordados neste manual.

5.1. EPI – Equipamentos de Proteção Individual

Antes de iniciar um serviço de manutenção é recomendado o uso de equipamentos de proteção;


Para sua maior segurança e evitar acidentes, não execute nenhuma tarefa na jornada de trabalho sem os
equipamentos corretos para cada tipo de operação.
Deverão ser usados protetores auriculares, macacão, capacete, e calçados especiais, ao executar
manutenção, verificar a necessidade de uso de luvas apropriadas para cada serviço.
O CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), em especial requer muita atenção em seu manuseio, Isto porque
sempre é usado em altas temperaturas e tem alta aderência a qualquer superfície podendo causar
queimaduras graves.

Vale lembrar que todo pessoal que


trabalha na Usina deve ter treinamento
do equipamento e de uso de EPI’s.

O pessoal que trabalha na usina


deve receber e usar os EPI’s

CUIDADO! Não utilize objetos como pulseiras, relógios, amuletos, roupas largas para o trabalho, pois
estes tendem a provocar acidentes muitas vezes irreversíveis.
LEMBRE-SE: Prevenir é melhor do que remediar!

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5.2. Análise e Troca de Mangas

O filtro de mangas possui tampas de inspeção que permitem verificar o estado das mangas no interior do
filtro.
As tampas inferiores possibilitam ver a parte externa das mangas onde acontece o bloqueio do pó;
Deve ser verificado periodicamente:

Se há mangas queimadas ou furadas, se


houver faça a substituição das mesmas;
Se existe saturação de pó nas mangas;
Se há pó contaminado com combustível;
Observar se existe gaiolas amassadas ou
oxidadas.

VISTA INTERNA PELA PORTA


DE INSPEÇÃO INFERIOR

PORTA DE INSPEÇÃO
INFERIOR Para trocar as mangas abra a tampa superior
do filtro:
Remova os tubos injetores;
Retire o conjunto gaiola-manga;
Remova a manga danificada;
Verifique se existe oxidação e se há
necessidade de trocar a gaiola;
Instale novamente a manga
Fixe firmemente os tubos injetores em seus
devido lugar, certificando-se de que os orifícios
dos dutos fiquem alinhados com o bocal do
venturi.

VISTA INTERNA PELA TAMPA DE


INSPEÇÃO SUPERIOR

MANGA, GAIOLA E VENTURI

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5.3. Manutenção no sistema de Exaustão e Helicoidal

5.3.1. Exaustor

Ao perceber ruídos e anormalidades no


funcionamento do exaustor fique atento e revise
periodicamente:

Tensão e estado de conservação das correias. É


possível removendo a proteção.

Parte interna do exaustor pode ser visto abrindo a


tampa de inspeção. Observe se há trincas na caixa
do exaustor e nas aletas do rotor, e posicionamento
do conjunto.

O aperto dos elementos de fixação, como


parafusos e porcas no conjunto.

Os ruídos e aquecimento exagerado dos


mancais. Faça lubrificação dos mancais ou
substituição dos rolamentos.

PROTEÇÃO DAS CORREIAS E POLIAS

5.3.2. Helicoidal
MANCAL DO HELICOIDAL
Freqüentemente abra a tampa de inspeção do silo do
filtro e verifique o estado da rosca helicoidal, desgaste
demasiado em sua extremidade indica que uma
reposição do mesmo deve ser feita.
É importante também que se faça uma revisão
periodicamente nos apertos dos parafusos e porcas
deste conjunto.

GRAXEIRA DO MANCAL: São


recomendadas graxas e óleos minerais
ou sintéticos.

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5.4. Mancais e rolamentos

A lubrificação é sem dúvida o item mais importante para o bom funcionamento e longa vida útil dos mancais
de rolamento.
A graxa recomendada é à base de sabão de Lítio.
A periodicidade para a aplicação de graxa em todos os mancais - com exceção dos motores elétricos - é
para cada 50 horas ou semanal - o que ocorrer primeiro.

Quando montar, desmontar, limpar ou lubrificar um mancal de rolamento, observe os seguintes cuidados:
- Evite pancadas ou forças aplicadas que danifiquem ou afetem as esferas, roletes, agulhas ou pistas;
- Evite penetração de impurezas, abrasivos ou partículas metálicas no mancal;
- Evite a utilização de graxa fora de especificações ou em quantidades inadequadas, pois problemas como
superaquecimento ou corrosão poderão acontecer;
- Os mancais de rolamentos deverão sempre ser lubrificados à mão ou pistola de graxa;
- Quando lubrificados a mão, utilize os dedos para forçar a graxa entre as esferas ou roletes, separadores e
pistas.
- É usual também se aplicar uma camada fina de graxa nas partes internas da caixa do mancal;
- Quantidade excessiva de graxa nas partes internas da caixa do mancal ocasionaria considerável
aquecimento, ruptura das vedações e escoamento de graxa. O excesso de graxa, portanto, é igualmente
prejudicial ao rolamento.
- Quanto a lubrificação à pistola de graxa, é necessário que além do pino graxeiro, a caixa possua um bujão
de dreno de esgotamento, o qual deverá ser retirado durante a lubrificação e algum tempo após estar
funcionando, até sair todo o excesso de graxa;
- A falta de lubrificação acarreta um rápido desgaste do mancal;
- É necessário renovar a graxa, não só para que as novas películas protetoras se formem sobre as peças
em movimento, como também para eliminar com segurança todas as impurezas que porventura tenham
conseguido penetrar no mancal.

Semanalmente, verifique o nível de aquecimento dos mancais. Se constatar um aquecimento anormal dos
mesmos, poderá ser desgaste prematuro, devendo neste caso, ser substituído.
O desgaste também pode ser constatado através do ruído anormal.

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5.5. Manutenção de motores elétricos

Motores elétricos requerem muito pouco em termos de manutenção, porém, é de importância fundamental
uma inspeção periódica para averiguar itens como:
- Nível de ruído;
- Aquecimento;
- Vibração;
- Limpeza: os motores elétricos são do tipo blindado e o seu arrefecimento depende da livre circulação de ar
através das aletas longitudinais (1). Portanto, o acúmulo de sujeira nestes pontos poderá provocar o
superaquecimento do motor.

Manutenção dos rolamentos e limpeza geral


Anualmente, abra o motor para uma limpeza interna e inspeção Aletas (1)
dos rolamentos, substituindo-os se necessário.
- Inspeção dos rolamentos: segure-os pela pista interna e gire a
pista externa. O rolamento não deverá emitir ruído nem
vibração. No caso de dúvida, substitua-o.
- Limpeza e lubrificação dos rolamentos: Caso estejam em bom
estado, faça uma limpeza dos mesmos. Para isso, utilize
solvente e pincel.
A secagem deve ser feita por escorrimento natural. Jamais
utilize ar comprimido ou estopas para secagem de rolamentos.
Após a limpeza, coloque graxa manualmente nos espaços
entre as esferas.
Limpeza das aletas do motor: utilize apenas ar comprimido e
uma escova, se necessário.

5.6. Redutores

Todos os redutores são fornecidos com o lubrificante apropriado. Freqüentemente deve ser observado o
seu comportamento quanto:

Ruídos estranhos em seu funcionamento;

Vazamentos do óleo;

Desgaste precoce dos elementos de vedação;

Para informações mais detalhadas, como período de manutenção, troca de óleo, consultar manual
do fabricante que acompanha esta documentação.

Faça a troca do óleo sempre após a jornada de trabalho, estando o redutor ainda quente, a fim de
facilitar o seu escoamento e limpeza.

NOTA: Verificar o nível de óleo periodicamente e completar se necessário.

Consultar o Manual do fabricante que acompanha esta documentação!

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5.7. Manutenção elétrica do equipamento

A manutenção no sistema elétrico somente pode ser realizada por pessoal técnico com o conhecimento
necessário do equipamento.

Perigo!
Use sempre EPI.
Certifique para que a energia elétrica esteja desligada.
Não permita que haja a possibilidade de que o equipamento seja energizado, retire as chaves do
comando e posicione a chave geral da usina na posição “Deslidada”.

Perigo!
As tensões e potências do equipamento podem ser fatais! Leia todas as recomendações sobre
segurança no módulo específico neste manual.

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5.8. Reaperto de parafusos e conexões

5.8.1. Parafusos e porcas

Proceda a cada semana o re-aperto de parafusos e porcas de fixação do equipamento e


das palhetas dos eixos misturadores, pois devido a situação de trabalho é natural o
afrouxamento destes, necessitando assim cuidado extra, para que não ocorram
incovenientes na produção e possíveis acidentes.

Indicação da classe de resistência, que deverá estar marcada na cabeça do parafuso conforme norma SAE:

Classe 5: Classe 8:

5.8.2. Tabelas de torques de aperto

SÉRIE POLEGADA (PASSO NORMAL E FINO)


Esta tabela contém torques de aperto, para parafusos e porcas de rosca polegada com passo normal e fino,
calculado com µ = 0,12 como coeficiente de atrito médio entre a cabeça do parafuso e o componente seco, de
acordo com a norma SAE.
UNC (Unificada Normal) UNF (Unificada Fina)
Classes de resistência Classe 5 Classe 8 Classe 5 Classe 8
Bitola Torque de aperto (N.m) Torque de aperto (N.m)
1/4 " 11 17 14 19
5/16 " 24 32 26 35
3/8 " 42 62 48 69
7/16 " 69 97 76 111
1/2 " 104 152 124 166
9/16 " 152 207 166 235
5/8 " 180 304 250 332
3/4 " 360 525 415 581
7/8 " 600 830 650 913
1" 885 1244 982 1380
1 1/8 " 1110 1770 1220 1990
1 1/4 " 1550 2520 1670 2770
1 3/8 " 2020 3290 2320 3760

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SÉRIE MÉTRICA PASSO NORMAL


Esta tabela contém pré-cargas (pré-tensão) e torques de aperto final, para parafusos e porcas de rosca métrica
passo normal: calculado com µ = 0,12 como coeficiente de atrito médio na rosca, e na cabeça do parafuso, seco,
com 90% de aproveitamento do limite de elasticidade, de acordo com a VDI 2230.

Classes de resistência 8.8 10.9 12.9 8.8 10.9 12.9


Bitola Pré-tensão inicial (N) Torque de aperto (N.m)
M5 x 0,8 6600 9700 11400 5,5 8,1 9,5
M6 x 1 9400 13700 16100 9,5 14 16,5
M8 x 1,25 17200 25000 29500 23 34 40
M 10 x 1,5 27500 40000 47000 46 68 79
M 12 x 1,75 40000 59000 69000 79 117 135
M 14 x 2 55000 80000 94000 125 185 215
M 16 x 2 75000 111000 130000 195 280 330
M 18 x 2,5 94000 135000 157000 280 390 460
M 20 x 2,5 121000 173000 202000 390 560 650
M 22 x 2,5 152000 216000 250000 530 750 880
M 24 x 3,0 175000 249000 290000 670 960 1120
M 27 x 3,0 230000 330000 385000 1000 1400 1650
M 30 x 3,5 280000 400000 465000 1350 1900 2250
M 33 x 3,5 350000 495000 580000 1850 2600 3000
M 36 x 3,5 410000 580000 680000 2350 3300 3900
M 39 x 4 490000 700000 820000 3000 4300 5100

SÉRIE MÉTRICA PASSO FINO


Esta tabela contém pré-cargas (pré-tensão) e torques de aperto final, para parafusos e porcas de rosca métrica
passo fino, calculado com µ = 0,12 como coeficiente de atrito médio na rosca, e na cabeça do parafuso, seco,
com 90% de aproveitamento do limite de elasticidade, de acordo com a VDI 2230.

Classes de resistência 8.8 10.9 12.9 8.8 10.9 12.9


Bitola Pré-tensão inicial (N) Torque de aperto (N.m)
M8 x 1 18800 27500 32500 24,5 36 43
M 10 x 1,25 29500 43000 51000 49 72 84
M 12 x 1,25 45000 66000 77000 87 125 150
M 12 x 1,5 42500 62000 73000 83 122 145
M 14 x 1,5 61000 89000 104000 135 200 235
M 16 x 1,5 82000 121000 141000 205 300 360
M 18 x 1,5 110000 157000 184000 310 440 520
M 20 x 1,5 139000 199000 232000 430 620 720
M 22 x 1,5 171000 245000 285000 580 820 960
M 24 x 2 196000 280000 325000 730 1040 1220
M 27 x 2 255000 365000 425000 1070 1500 1800
M 30 x 2 321000 457000 534000 1490 2120 2480
M 33 x 2 395000 560000 660000 2000 2800 3300
M 36 x 1,5 492000 701000 820000 2680 3820 4470
M 36 x 3 440000 630000 740000 2500 3500 4100
M 39 x 1,5 582000 830000 971000 3430 4890 5720
M 39 x 3 530000 750000 880000 3200 4600 5300

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