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SEFAZ - DF

ECONOMIA

Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da


Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil –
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje,
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional –
AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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ECONOMIA
Rota Final
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Resumo......................................................................................................8
Macroeconomia...........................................................................................8
Lado Real da Economia................................................................................9
Lado Monetário da Economia.........................................................................9
Lado Real da Economia.............................................................................. 10
Lado Monetário da Economia....................................................................... 14
3 Razões que a Teoria Econômica Apresenta, pelas Quais os Agentes Econômicos
Desejam Reter Moeda:............................................................................... 19
Política Monetária...................................................................................... 20
2 – Microeconomia..................................................................................... 37
Lei da Escassez......................................................................................... 38
Teoria Elementar da Demanda..................................................................... 39
Teoria Elementar da Oferta......................................................................... 42
Teoria do Equilíbrio de Mercado................................................................... 45
Teoria da Produção.................................................................................... 49
Lei dos Rendimentos Decrescentes............................................................... 51
Isoquantas............................................................................................... 54
Economia de Escala................................................................................... 55
Teoria dos Custos de Produção.................................................................... 57
Estruturas de Mercado............................................................................... 59
Falhas de Mercado..................................................................................... 61
Exercícios................................................................................................. 64
Gabarito................................................................................................... 68
Gabarito Comentado.................................................................................. 69

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Apresentação

Olá, gran concurseiro(a) e futuro(a) Auditor(A) da SEFAZ-DF!

Hoje vamos apresentar o nosso ROTA FINAL elaborado especificamente para

esse certame, que consiste um resumo direcionado dos principais tópicos presen-

tes em nosso edital com base em estatísticas de concursos anteriores elaborados

pelo CESPE/CEBRASPE, seguido de questões comentadas inéditas (com gabarito e

comentários) que tratam dos temas que integram a matéria ECONOMIA.

Assim, esse ROTA FINAL vem complementar as 8 aulas do nosso curso, servindo

como instrumento tanto de revisão dos principais tópicos da matéria, quanto de

ferramenta para simulação prática de possíveis abordagens desses assuntos em

sua prova.

Espero que você goste desse material e que ele contribua efetivamente para a

sua aprovação

Boa Revisão!

Prof. Manuel Piñon

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Estatísticas

Inicialmente, precisamos destacar que no último certame realizado para o cargo

de Auditor Tributário da SEFAZ-DF foi no ano de 2001, e, naquela época, a banca

examinadora foi a FCC. Em 2010 um edital chegou a ser publicado, sendo organi-

zado à época pela banca UNIVERSA, mas foi cancelado.

Considerando a mudança da banca examinadora e que o último certame foi re-

alizado 18 anos atrás, vamos apresentar nossa análise estatística dos temas mais

cobrados pela banca CESPE/CEBRASPE, ao longo da década de 2010, em provas

similares em que a matéria ECONOMIA foi cobrada.


Número de
AULA Principais Temas %
questões
1 – Macroeconomia parte 1 Conceitos, Agregados Macroeconômicos 91 11
2 – Macroeconomia parte 2 Moeda. Multiplicador monetário 60 7
3 – Macroeconomia parte 3 Regimes Cambiais, Balanço de pagamentos 91 11
4 – Macroeconomia parte 4 Modelo IS-LM, Política Fiscal 92 11
5 – Microeconomia parte 1 Escassez, Custos de Oportunidade, CPP 43 5
6 – Microeconomia parte 2 Demanda e Oferta, Elasticidades 94 11
7 – Microeconomia parte 3 Teoria da Produção e dos Custos 132 15
8 – Microeconomia parte 4 Estruturas de Mercado 244 29
TOTAL 847 100

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Resumidamente, veja na figura abaixo:

Assim, vemos que os temas mais ligados a parte macroeconômica do nosso

curso, objeto das responderam juntos por aproximadamente 40% das questões

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elaboradas pelo CESPE ao longo dessa década, enquanto os temas mais ligados a

parte introdutória da economia e microeconômica do nosso curso, objeto das aulas

5 a 8 responderam juntos por aproximadamente 60% desse universo de questões.

Apresentados os números, vamos partir para o que nos interessa: estabelecer

a nossa rota final!

Vamos nessa!

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RESUMO
O estudo da Ciência Econômica, para fins didáticos, divide seu campo de atua-

ção em 2 áreas específicas principais:

• A Microeconomia – que estuda o comportamento das unidades produtivas

(empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc. Per-

tence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o estudo de um determina-

do mercado, as causas do desequilíbrio entre oferta e procura (se os preços

estão altos ou baixos, por exemplo), os tipos de mercado (por exemplo, se

ocorre monopólio ou se existe a concorrência perfeita), etc.;

• E a Macroeconomia – que estuda o comportamento dos grandes agregados

econômicos de forma global: Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desem-

prego etc.

Macroeconomia
A Macroeconomia parte do princípio de que existem dois grandes mercados no

lado real da economia (economia simplificada a 2 setores):

a) O Mercado de Bens e Serviços, correspondente à compra e venda dos di-

versos bens produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares etc.) e dos diversos

serviços (banda larga, planos de saúde, cursos para concursos, transportes etc.)

para satisfazer aquelas necessidades humanas.

b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda da-

queles 3 fatores (escassos) de produção: terra e recursos naturais, trabalho e capital.

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Lado Real da Economia

Lado Monetário da Economia

Relembre um modelo completo de economia a 2 setores, demonstrando os 2

lados da economia: o lado real e o lado monetário:

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Lado Real da Economia

AGREGADOS MACROECONÔMICOS

- PRODUTO = Σ(pi.qi) = Somatório de Preço x Quantidade

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No cálculo do Produto temos que somar o valor monetário da produção dos

diversos bens e serviços.

- RENDA = O total de pagamentos que as firmas fazem aos indivíduos, pelo uso

dos fatores de produção, é o que chamamos de Renda:

Renda = w + j + a + l

Sendo:

w = work = trabalho

j = juros

a = aluguel

l = lucro

- DESPESA: Os indivíduos realizam o Consumo, que nesse modelo representa

a DESPESA (ou Dispêndio). A Despesa corresponde ao total dos gastos realizados

pelos indivíduos nas compras de bens e serviços. Assim, temos outra identidade

para o nosso modelo simplificado:

Despesa = Consumo (C)

Identidade macroeconômica fundamental

Produto = Renda = Despesa

Para medir o desempenho de uma economia durante certo período de tempo,

temos três óticas diferentes, gerando o mesmo resultado:

• Sob a ótica da Produção: usando o total de bens e serviços finais produzi-

dos/vendido/gerados durante o período;

• Sob a ótica da Renda: usando o total de recebimentos dos indivíduos, por

terem vendido/cedido os fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital) às

empresas e;

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• Sob a ótica da Despesa: usando o total de pagamentos que os indivíduos

fizeram durante o ano na aquisição/consumo de bens e serviços diversos.

- POUPANÇA = RENDA - CONSUMO

Ótica da Produção: Produto = Somatório pi.qi (preço x quantidade)

Ótica da Renda: Renda = C + S = Consumo + Poupança

Ótica da Despesa: Despesa = C + I = Consumo + Investimento

Como Produto = Renda = Despesa, temos que:

C + S = C + I Logo:

S = I ou Poupança = Investimento

Critério de Diferenciação e variáveis:

• Bruto (B) X Líquido (L) - o diferenciador é a depreciação (d):

PNL = PNB – d

IL – = IB -d

Sendo:

PNL = Produto Nacional Líquido

PNB = Produto Nacional Bruto

IL – = Investimento Líquido

IB = Investimento Bruto

d = depreciação

• Custo de Fatores (cf) X Preços de Mercado (pm) - o modificador é a di-

ferença entre Tributos Indiretos e Subsídios:

PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub

PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub

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Sendo:

PNBpm = Produto Nacional Bruto a preços de mercado

PNBcf = Produto Nacional Bruto a custo de fatores

Imp ind = Impostos indiretos

Sub = Subsídios

• Interno (I) X Nacional (N) - o diferencial é a Renda Líquida Enviada ao

Exterior (REE – RRE):

PIB – RLEE = PNB

PIL – RLEE = PNL

Sendo:

PIB = Produto Interno Bruto

PIL = Produto Interno Líquido

RLEE = Renda Líquida Enviada ao Exterior

REE = Renda Enviada ao Exterior

RRE = Renda Recebida do Exterior

Por meio da técnica do “deflacionamento”, que nada mais é do que a conver-

são de valores correntes (valor nominal) em moeda de poder aquisitivo constante

(valor real), expulsamos o efeito de inflação, de modo a podermos comparar o

agregado macroeconômico Produto de períodos diferentes em termos reais.

O Produto (seja o PIB, PIL, PNB ou PNL) pode ser valorado a preços correntes

(nominais) ou a preços constantes (reais). Os valores são ditos a preços correntes

quando não forem deflacionados e, em contraposição, são ditos a preços reais ou

constantes quando forem deflacionados por meio de um deflator.

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DEFLATOR DO PIB:

Produto Real = Produto Nominal

Deflator

Deflator = Produto Nominal

Produto Real

Lado Monetário da Economia

As 4 funções de um Sistema Monetário são:

1– Apresentar quem tem $ para quem não tem e precisa de $, ou seja, faz a

transferência de recursos financeiros entre os agentes econômicos chamados de

“poupadores” ou “superavitários” (quem tem recursos sobrando num dado momen-

to) e os agentes econômicos chamados de “deficitários” (aqueles que no mesmo

instante se encontram com insuficiência de recursos);

2– Dinamizar as relações de trocas de mercadorias entre os indivíduos, sendo a

moeda o meio que possibilita esta circulação de bens e serviços;

3- Aumentar da liquidez dos ativos reais, possibilitando a realização de um

maior número de transações envolvendo os diversos bens (ativos) que represen-

tam o patrimônio (ou seja, a riqueza acumulada) dos indivíduos;

4– Servir de instrumento por meio do qual o Governo possa realizar a Política

Monetária, ou seja, ajustar a quantidade de moeda em circulação às necessidades

reais da economia, produzindo efeitos nos níveis de Produção e, consequentemen-

te, de Renda.

Conceito de Moeda: todo objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens

e serviços, que tem poder liberatório (ou seja, capacidade de pagamento).

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AS 3 FUNÇÕES BÁSICAS DA MOEDA SÃO:

• Meio ou instrumento de troca: a moeda surgiu para intermediar as trocas

de mercadorias entre os diversos produtores, sendo a mesma um elemento

de aceitação geral;

• Unidade de conta: uso fundamental se dá pelo fato de a moeda ser ampla-

mente usada para se fazer comparações entre os valores das diversas merca-

dorias. A moeda funciona como um denominador comum, tornando possível

somar, por exemplo, o valor de uma motocicleta com o de uma televisão e

com o de uma fazenda, e encontrar um valor total para esses três bens dis-

tintos, expresso num total de unidades monetárias;

• Reserva de valor: aspecto relevante a destacar é que na prática os vende-

dores das mercadorias aceitam a moeda nas suas trocas porque sabem que

a mesma tem aceitação geral, por isso eles não terão dificuldade em “trans-

formá-la” novamente nos diversos bens e serviços de que necessitam.

Oferta de moeda

A Oferta de Moeda (ou “Meios de Pagamento”): M = PP + DV

Onde:

M = Total dos Meios de Pagamento (Oferta de moeda)

PP = Papel-moeda e moedas metálicas em poder do público;

DV = Total dos depósitos à vista nos bancos comerciais.

O item PP (papel-moeda e moedas metálicas em poder do público) corresponde

ao conceito de moeda manual.

As duas situações que são cobradas em prova: a criação e a destruição de meios

de pagamento

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• Criação de moeda: quando acontece um aumento do volume de M1, ou

seja, quando cresce o volume da soma de moeda manual ou de moeda es-

critural (ou ambos).

• Destruição de moeda: quando se reduz o volume de meios de pagamento.

O volume total dos meios de pagamento aumenta ou diminui devido às relações

que ocorrem entre os setores bancário e não-bancário da economia.

Diferenciação dos setores bancário e não bancário de uma economia

• Setor bancário, em sentido estrito, é formado basicamente pelos bancos

comerciais. Um banco comercial é aquele que possui correntistas, ou seja,

nele os clientes podem abrir uma conta corrente. Esse dinheiro que deixamos

em conta corrente tecnicamente é chamado de depósito à vista e pode ser

emprestado pelo banco.

• Setor não bancário, em sentido estrito, por sua vez, é formado por todos

os demais agentes econômicos, exceto os bancos comerciais.

O crescimento da oferta de moeda (saldo dos meios de pagamento) pode ser causado:

1) pelo Banco Central, que tem o monopólio das emissões de moeda.

2) pelos bancos comerciais, por meio dos depósitos à vista.

Fórmulas

r = Reservas dos Bancos

Depósitos à Vista

m = 1/r

M1 = m. B

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Onde:

r = taxa de reservas ou de encaixes bancários

m = multiplicador bancário

M1 = Moeda em poder do público + Depósitos à vista nos bancos comerciais

B = Base monetária

c = Moeda em Poder do Público

Meios de Pagamento (M1)

Onde:

c = taxa de retenção do público em relação em relação ao total dos meios de pagamento

M = PP + DV

Onde:

M = Total dos Meios de Pagamento (Oferta de moeda)

PP = Papel-moeda e moedas metálicas em poder do público

DV = Total dos depósitos à vista nos bancos comerciais

c = PP

M1

d = DV

M1

c + d =1

Onde:

c = taxa de retenção do público em relação em relação ao total dos meios de pagamento

d = proporção de ativos monetários mantido em depósitos à vista

Multiplicador dos meios de pagamento:

m = 1________

1 – d (1 – r)

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c = PP_

DV

m=1+c

c+r

m = 1_______

1 – d. (1 – r)

Mas, por outro lado, se o coeficiente “c” estiver representando uma relação com

o saldo dos depósitos à vista, use a fórmula:

m=1+c

c+r

Onde:

c = taxa de retenção do público em relação em relação ao total dos meios de

pagamento

d = proporção de ativos monetários mantido em depósitos à vista

PP = Papel-moeda e moedas metálicas em poder do público

DV = Total dos depósitos à vista nos bancos comerciais

Agregados monetários

No Brasil são cinco os agregados monetários, calculados periodicamente pelo

Banco Central:

• M0 = Moeda em poder do público (papel-moeda e moedas metálicas);

• M1 = M0 + Depósitos à vista nos bancos comerciais;

• M2 = M1 + Depósitos especiais remunerados + Depósitos de poupança +

Títulos emitidos por instituições depositárias;

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• M3 = M2 + Quotas de fundos de renda fixa + Operações compromissadas

registradas no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia);

• M4 = M3 + Títulos públicos de alta liquidez (Letras do Tesouro Nacional,

Notas do Banco Central etc.).

3 Razões que a Teoria Econômica Apresenta, pelas Quais os


Agentes Econômicos Desejam Reter Moeda:

Motivo-Transação: os indivíduos precisam de dinheiro para suas transações

do dia-a-dia, para alimentação, transporte, pequenas despesas etc. Portanto, exis-

te uma necessidade de os indivíduos portarem moeda para realizar seus negócios

diários. Também as empresas necessitam manter recursos em caixa para cumprir

seus compromissos empresariais habituais

Motivo-precaução: o público e as firmas precisam ter uma certa reserva mo-

netária para fazer face a pagamentos imprevistos, ou atrasos em recebimentos es-

perados. Os agentes econômicos lidam com a incerteza e dessa forma necessitam

ter reservas para tratar com tais acontecimentos

Essas duas primeiras razões (transações e precaução) dependem diretamente

do nível da renda nacional. Quanto maior a renda nacional, maior será o volume

de negócios e desse modo a quantidade de transações na economia (e também

os riscos), e, portanto, maior será a necessidade de moeda para transações e por

precaução.

Motivo-especulação ou Motivo-Portfólio: Os agentes econômicos decidem

como vão montar suas carteiras (portfólios) de ativos para preservar seu poder

de compra (sua riqueza). Nesse sentido, têm que escolher a composição de suas

“cestas” de ativos, distribuindo o valor numa certa proporção entre moeda e títulos,

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sabendo que quanto mais moeda tiverem, menor será o rendimento do seu portfó-

lio, mas em compensação maior será a sua liquidez.

Existe uma relação inversa entre demanda por moeda para especulação e taxa

de juros.

Política Monetária

Conjunto de medidas que objetivam modificar a quantidade de moeda na eco-

nomia, assim como outras variáveis que nela exercem influência, ou ainda, é à

atuação do governo (na verdade em conjunto com o Banco Central) sobre a quan-

tidade de moeda (meios de pagamento em geral) e de títulos públicos.

Os instrumentos de Política Monetária são:

1 -Reservas / Encaixes (depósitos) compulsórios:

O Banco Central exige que os Bancos recolham diariamente uma parte dos de-

pósitos efetuados para o banco Central.

• As Reservas Compulsórias não rendem juros por isso são consideradas

como um imposto sobre depósitos avista dos bancos. Mudanças nas taxas de

reservas compulsória afeta o multiplicador monetário (e a liquidez da eco-

nomia), sendo que um aumento nas taxas de reservas reduz o multiplicador

monetário, e uma redução da taxa de reserva aumenta a liquidez da econo-

mia.

• Depósitos compulsórios: é um mecanismo que representa o recolhimento

de parte dos recursos capitados pelos bancos para o BACEN, diminuindo o

poder de multiplicação da moeda bancária.

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2- Política de Redesconto:

A política de Redesconto tem um impacto sobre a base monetária e na oferta

da moeda, porque afeta o volume de empréstimos que o banco central concede

aos bancos. Redesconto é o nome dado para os empréstimos que o banco central

concede aos bancos.

Existem duas maneiras pelas quais o BC pode afetar o volume de empréstimos

para os bancos, um aumento nos empréstimos de redescontos concedidos aumenta

a base monetária e a oferta da moeda por outro lado uma redução nesse volume

segura a base monetária e a oferta da moeda.

3- Operações de Mercado Aberto (títulos públicos):

São compras e vendas de títulos do Governo pelo Banco Central, e o mais im-

portante instrumento de política monetária, e o fator que determina os movimentos

da base monetária e a oferta da moeda.

Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez da economia)

o BACEN toma uma (ou mais de uma) das 3 medidas contracionistas abaixo:

1- Aumentar as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;

2- Aumentar a taxa de redesconto;

3 – Vender (emitir) títulos públicos.

Por outro lado, quando o que se quer é aumentar a liquidez, o BACEN toma uma

(ou mais de uma) das 3 medidas expansionistas abaixo:

1- Reduzir as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;

2- Reduzir a taxa de redesconto;

3 – Comprar (resgatar) títulos públicos

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Setor Externo

Conceito de taxa de câmbio

Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram necessaria-

mente em jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre ambas.

A taxa de câmbio é a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros

países, ou seja, é a operação financeira que expressa troca de valores em moeda

entre países.

Taxa de câmbio nominal x real

• taxa de câmbio nominal é a taxa simplesmente usada para trocar duas

moedas diferentes;

• taxa de câmbio real é aquela que reflete o custo da mesma mercadoria em

países diferentes, que na verdade acaba por demonstrar a competitividade

das exportações.

taxa câmbio real =taxa câmbio nominal x nível de preços no exterior

nível doméstico de preços

Regimes Cambiais

• Regime de Câmbio Fixo: Banco Central fixa a taxa de câmbio. O Banco

Central é obrigado a disponibilizar as reservas cambiais. Num sistema em

que vigora a taxa de câmbio fixa, o valor da moeda estrangeira é determi-

nado pelo Banco Central e não se altera. Essa Autoridade Monetária adminis-

tra a oferta e demanda da moeda estrangeira como seu valor fixado.

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• Regime de Câmbio Flexível (flutuante): O mercado (oferta e demanda

de divisas) determina a taxa de câmbio. O Banco Central não é obrigado a

disponibilizar as reservas cambiais.

• Regime de Bandas Cambiais: é um regime de câmbio misto ou híbrido que

apresenta as características de câmbio fixo e de câmbio flutuante. Na ver-

dade, no regime de bandas cambiais a taxa flutua até certo limite superior e

inferior.

BALANÇO DE PAGAMENTOS

No Balanço de Pagamentos ocorrem os registros contábeis de transações eco-

nômicas entre os residentes do país e os não-residentes (residentes no exterior).

Guarde que o que vale não é nacionalidade da pessoa (física ou jurídica) mas

o local definido como de sua residência. Assim, um brasileiro que resida na China

e uma multinacional Holandesa serão tratados como não-residentes. Chamo sua

atenção que em prova se chama o conjunto dos “outros países” como “resto do

mundo” ou “setor externo”.

Guarde ainda que os registros tratam de transações verificadas em determinado

período do tempo (um mês, um semestre ou um ano), pois referem-se ao fluxo do

movimento transacionado em determinado período.

O balanço de pagamentos tem a seguinte estrutura resumida atual pelo o BPM6:

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Balanço de Pagamentos - BPM6 – principais aspectos

O BPM6 garante consistência com a nova metodologia das Contas Nacionais a

adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, também em 2015.

O BPM6 define o BP como a estatística macroeconômica que sumariza transa-

ções entre residentes e não residentes ao longo de um período. Compreende a con-

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ta de bens e serviços, conta de renda primária, conta de renda secundária, conta

de capital e conta financeira.

• A conta corrente apresenta os fluxos das contas de bens, serviços, renda

primária e renda secundária;

• A conta de renda primária, que no BPM5 era denominada “rendas”, per-

manece indicando os montantes a pagar ou a receber em troca do uso tem-

porário de recursos financeiros, trabalho ou ativos não financeiros não pro-

duzidos;

• A conta de renda secundária, antes denominada “transferências unila-

terais”, tem sua nomenclatura ajustada às contas nacionais, e apresenta a

renda gerada em uma economia e distribuída para outra;

• Na conta de capital figuram as transações envolvendo compra e venda de

ativos não financeiros não produzidos, e transferências de capital;

• As transferências de migrantes deixam de ser entendidas como transa-

ção, posto que não há transferência de propriedade econômica de bens ou

direitos entre um residente e um não residente, e, portanto, não compõem

mais o BP;

• A conta financeira permanece mostrando as aquisições de ativos e pas-

sivos, identificados nas categorias de investimento direto, investimento em

carteira (ações e títulos) e outros investimentos (depósitos, empréstimos,

créditos comerciais e outros ativos e passivos);

Política Cambial e Inflação

Amigo (a), observe que uma taxa elevada de câmbio significa que o preço da

divisa estrangeira está alto, ou que a moeda nacional está desvalorizada.

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Nesse sentido, a expressão desvalorização cambial indica que houve um au-

mento da taxa de câmbio, ou seja, passa a ser necessário um maior número de

reais por unidade de moeda estrangeira

Em sentido contrário, por sua vez, a valorização cambial significa moeda na-

cional mais forte, isto é, paga-se menos Reais por Dólar (por exemplo) tendo-se,

assim, uma queda na taxa de câmbio

As taxas de câmbio estão intimamente relacionadas com os preços dos produtos

exportados e importadas e consequentemente, com o resultado da balança comer-

cial do país

De modo contrário, do lado das importações, a situação se inverte, pois, se o

preço dos produtos importados se eleva em moeda nacional, haverá um desestímu-

lo às importações e, consequentemente, uma queda na demanda de divisas

Fique ligado no seguinte: se a taxa de câmbio estiver em um patamar elevado,

estimulará as exportações, pois os exportadores passarão a receber mais “Reais”

pela mesma quantidade de divisas derivadas da exportação e, em consequência,

haverá maior oferta de divisas

Guarde que, para controlar a inflação, é melhor a valorização do Real frente ao

dólar, ou seja, a depreciação do dólar, ou, em outras palavras, a desvalorização da

moeda americana, porque os preços de importação, seja de bens de consumo ou das

máquinas e equipamentos têm um baixo custo, pressionando os preços dos produtos

nacionais para baixo, ajudando, desse modo, no combate à inflação.

Em sentido inverso, com a desvalorização do Real frente ao dólar, ou seja, com a

apreciação do dólar, os preços de custos de importação são elevados, e assim influen-

ciam elevando os custos de produção e diminuem a concorrência dos importados. Assim,

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ocorre repasse de custos para o consumidor final, causando a inflação de custos ou de

oferta (inflacionando-se os preços de aquisição de mercadorias pelos consumidores).

POLÍTICA FISCAL

Medidas que provocam variações no orçamento público com o objetivo de modi-

ficar seus agregados, tais como a receita/despesa pública e o investimento.

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Se, o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fis-

cais normalmente utilizadas, são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento

da carga tributária (o que inibe o consumo). Ou seja, visam diminuir os gastos da

coletividade. É a chamada política fiscal reducionista ou contracionista.

Mas se o objetivo é um maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais

são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada. É a

chamada política fiscal Expansionista.

ESTABILIZADORES AUTOMÁTICOS

A chamada função estabilizadora do sistema tributário é composta pela

influência da Política Fiscal e seus respectivos estabilizadores automáticos.

Os dois principais tipos de política fiscal usados ​​pelo governo são as políticas dis-

cricionárias fiscais (aquelas que são deliberadas e aprovadas em uma base caso a

caso dependendo da situação económica) e os estabilizadores automáticos, que

são projetados para entrar em vigor automaticamente ao certo situações, como um

sobreaquecimento da economia ou um período de fraco desempenho econômico

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Um estabilizador automático é qualquer ação do sistema econômico que

tende a reduzir mecanicamente as forças de recessão e/ou da expansão da de-

manda, sem que sejam necessárias medidas discricionárias de política econômica.

O importante é entender o benefício dos estabilizadores automáticos que é o fato

de que eles não precisam ser objeto de debate e de procedimentos burocráticos

antes de tomar efeito, para que eles possam lidar com situações econômicas mais

rapidamente. Guarde que são 2:

1) as variações automáticas nas receitas fiscais, associadas à própria com-

posição dessas receitas. A ideia é que o aumento automático das receitas fiscais em

períodos de inflação e a sua diminuição também automática em períodos de reces-

são contribui por vezes decisivamente para a moderação dos ciclos económicos e

estabilidade das economias

2) os subsídios de desemprego e outras transferências sociais do Esta-

do. A ideia é que à medida que mais pessoas ficam desempregadas, elas coletam

benefícios do governo, o que significa que eles têm dinheiro para gastar em bens e

serviços. Veja que, sem subsídios de desemprego, os consumidores como um todo

teriam menos dinheiro para gastar e, logicamente, a economia iria se recuperar

muito mais lentamente.

Modelos de Equilíbrio Macroeconômico

Modelo Clássico

A ideia chave da Teoria Clássica é considerar que a demanda é determinada pela

oferta, ou seja, a oferta ou nível de produto é determinado em função fatores de pro-

dução existentes e o nível de conhecimento técnico para a utilização desses fatores.

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Segundo a Lei de Say, a oferta cria a sua própria procura e assim, de acordo

com o economista clássico Adam Smith, existe uma “mão invisível” responsável

pelo equilíbrio da economia.

A Teoria Clássica usa como premissa fundamental que os preços e os salários

são flexíveis, a fim de compensar as diferenças entre a oferta e a demanda, o que

significa o pleno emprego dos fatores de produção, ou seja, existindo diferença

entre a oferta e a demanda de um produto ou serviço em determinado mercado,

o respectivo preço variaria até atingir o equilíbrio entre a oferta e a demanda.

Modelo Keynesiano básico

Explicação teórica

Enquanto os Clássicos defendiam o Laissez-Faire (deixai fazer, deixai acontecer),

Keynes sugeriu a interferência do Governo na Economia, mas de modo bastante es-

pecífico: quando houvesse funcionamento inadequado das relações entre os agen-

tes econômicos.

Abaixo temos a representação gráfica da demanda e da oferta agregada, em

função do nível geral de preços e das quantidades produzidas em uma economia:

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A curva da Demanda Agregada - DA mostra que quando há uma queda no nível

de preços, a demanda total real aumenta, enquanto curto prazo a curva de oferta

agregada tem inclinação positiva, pois alguns fatores são rígidos, como os salários,

por exemplo, mas quando a economia atinge o pleno emprego, ou está muito pró-

xima disto, então a curva de oferta agregada é vertical.

Teoria de Determinação do Equilíbrio da Renda Nacional, ou modelo keynesiano

básico, que se divide em:

1) lado real (mercado de bens e serviços e mercado de trabalho);

2) lado monetário (mercado monetário e de títulos)

O modelo básico analisa a Teoria de Determinação da Renda no curto prazo,

ou seja, analisa o papel das políticas macroeconômicas na estabilização do nível de

atividade e emprego, e do nível de preços.

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Como a Teoria Keynesiana supõe curto prazo, e, portanto, fatores fixos de produ-

ção, a oferta agregada potencial permanece constante nesse curto prazo.

A ideia principal do modelo keynesiano é que as Flutuações da Demanda Agre-

gada são as responsáveis pelas Variações do Produto e da Renda Nacional no Curto

Prazo (Princípio da Demanda Efetiva).

O objetivo de política econômica, no modelo keynesiano, é encontrar o equilí-

brio a pleno emprego, ou seja, fazer o equilíbrio entre oferta e demanda agregadas

coincidirem com a renda ou produto de pleno-emprego.

Como a oferta agregada é fixada no curto prazo, a política econômica deve-se

concentrar em elevar a demanda agregada, por meio de instrumentos que propor-

cionem aumento dos gastos em consumo, investimento, gastos do governo, eleva-

ção das exportações acima das importações etc.

Consumo Agregado

O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores, tais como

renda nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, dis-

ponibilidade de crédito, expectativas sobre a renda futura, rentabilidade das apli-

cações financeiras, dentre outros.

RND Renda Nacional Disponível = renda nacional – impostos

C = f (RND)

O Consumo varia em função da Renda Nacional Disponível.

A propensão marginal a consumir é o acréscimo esperado no consumo de-

corrente de um acréscimo na renda disponível, diferentemente da propensão média

a consumir, que é o nível (e não o acréscimo) de consumo sobre o nível de renda

disponível.

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Função Consumo

C = CO + Cyd

Consumo total = Cons autônomo + Cons em função da renda disp.

Onde:

CO = consumo autônomo (mínimo para subsistência do ser humano)

Cyd = consumo em função da renda

Poupança Agregada

A poupança agregada é a parte residual da renda nacional disponível, ou seja,

a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo.

Investimento Agregado

O Investimento é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da

capacidade produtiva (construções, instalações, máquinas etc.), podendo ser de

curto ou longo prazo.

Investimento de longo prazo é aquele necessário para a ampliação da capa-

cidade produtiva. Como decorre um certo período de tempo até a maturação do

investimento, considera-se que ele afetará a produção ou oferta agregada apenas

no longo prazo.

Em função desse prazo de maturação, no curto prazo o Investimento afeta ape-

nas a demanda agregada, não “ampliando” a oferta.

O investimento agregado é determinado por dois fatores básicos: a taxa de ren-

tabilidade esperada e a taxa de juros de mercado, tendo uma relação inversamente

proporcional com as taxas de juros de mercado.

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Guarde que no modelo Keynesiano o Investimento é “autônomo” (I = Ia)

Multiplicador Keynesiano dos gastos

Se uma economia estiver com recursos desempregados, um aumento de um

elemento na demanda agregada provocará um aumento da renda nacional mais

que proporcional ao aumento da demanda.

Tal efeito multiplicador depende das propensões marginais a consumir e a pou-

par: quanto maior a propensão a consumir da coletividade, maiores os gastos com

bens e serviços, em cada etapa, e maior o efeito multiplicador; por outro lado,

quanto maior a propensão a poupar, menor o multiplicador.

m = 1/ (1-C)

Onde:

m = efeito multiplicador dos gastos

C = Propensão marginal a consumir

Determinação da renda nacional de equlíbrio

A renda nacional de equilíbrio (RN) é determinada pelo encontro da oferta agre-

gada (OA) com a demanda agregada de bens e serviços (DA):

OA = DA

Sendo que oferta agregada é o próprio produto ou renda nacional, ou seja:

OA = RN

E a demanda agregada é

DA = C + I + G + (X – M)

Onde:

C é a despesa com bens de consumo

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I – os gastos das empresas com investimentos

G os gastos do governo

X – as exportações

M as importações agregadas

Modelo IS-LM

O modelo IS-LM, que é um aperfeiçoamento da Teoria de Keynes, trata do equi-

líbrio do produto, incorporando os movimentos do mercado monetário. Assim, são

considerados os impactos causados pela variação da taxa de juros na economia.

O pressuposto básico do modelo IS-LM é existência de dois mercados distintos:

1) O mercado de bens e serviços (lado real da economia) no qual o equi-

líbrio entre oferta e demanda agregada ocorre a partir da igualdade entre o inves-

timento planejado (I) pelas empresas e a poupança planejada pelas famílias (s),

ou seja:

Ip = Sp

Onde:

Ip = Investimento planejado pelas empresas

Sp = Poupança planejada pelas famílias

Guarde que a Política Fiscal, onde o Governo atua por meio da Tributação ou

do Gasto Público, trabalha ao lado real da economia, ou seja, atua no mercado de

bens e serviços (IS).

2) O mercado de moeda, também chamado de mercado monetário, onde

o equilíbrio se dá pela igualdade entre a demanda (M) e a oferta (L) de moeda,

ou seja:

M=L

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Guarde que a Política Monetária atua na Oferta de Moeda, ou seja, trabalha

no mercado monetário (LM). Seus mecanismos atuam na Oferta de Moeda (M) e

podem ser no sentido de expansão ou de contração, reduzindo ou aumentando a

oferta de moeda

No modelo IS-LM o Investimento é sensível à taxa de juros”, logo temos que:

I – = Ia – h.i

Onde:

I – = Investimento

Ia = Investimento autônomo

H = taxa de sensibilidade dos investimentos em relação à taxa de juros

i =taxa de juros

Veja graficamente os mercados de bens e serviços (IS) e o mercado monetá-

rio (LM):

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Armadilha da Liquidez

A armadilha da Liquidez acontece quando a economia está em situação depres-

siva, na qual o aumento da oferta de moeda não tem por consequência a queda da

taxa de juros de mercado, mas sim provoca o incremento na retenção de saldos

monetários ociosos e/ou reservas bancárias. Trata-se de uma situação bem atípica.

Efeito expulsão ou “crowding out”

O chamado efeito expulsão ou “crowding out” ocorre quando as políticas fiscais

podem não influenciar tão fortemente como esperado. Nessa situação, um aumento

nos gastos do governo causa um aumento da taxa de juros e um aumento na taxa

de juros causa uma redução no investimento (reduzindo a demanda agregada).

Essa redução na demanda causada por um aumento da taxa de juros é chamada

de Efeito expulsão. Esse efeito tende a diminuir os efeitos positivos de um aumento

dos gastos governamentais.

2 – Microeconomia
A Microeconomia estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas

ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc. Pertence ao campo da

Microeconomia, por exemplo, o estudo de um determinado mercado, as causas

do desequilíbrio entre oferta e procura (se os preços estão altos ou baixos, por

exemplo), os tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe a

concorrência perfeita), etc.

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Lei da Escassez

Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu Princípio basilar, é a

chamada lei da escassez que nos diz que os recursos são escassos, mas as neces-

sidades são ilimitadas. Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a

ideia da eficiência: maximizar a produção de bens e serviços, dadas as restrições

colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção.

Escolha- Questões Econômicas Fundamentais

A principal questão da economia é a escassez de recursos, surgindo desta as

seguintes questões econômicas fundamentais:

Eficiência econômica

Maximizar a produção de bens e serviços dadas as restrições colocadas pela

quantidade limitada de fatores de produção.

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Custo de Oportunidade

O “custo de oportunidade”, “custo alternativo” ou “custo implícito”, nada mais

é do que se atribuir um custo às várias oportunidades de uso de recursos sempre

limitados. Em suma, considera-se como Custo de Oportunidade o que se deixa de

ganhar por não se ter optado pela melhor alternativa.

Curva de Possibilidade de Produção - CPP

A CPP – Curva de possibilidade de Produção expressa a capacidade máxima de

produção de uma empresa, setor econômico ou até de um país. A escassez de re-

cursos cria um limite máximo à capacidade produtiva de uma empresa que terá de

fazer escolhas entre opções de produção.

A CPP, também chamada de Fronteira de Possibilidades de Produção - FPP, que

ilustra três conceitos: Escassez, Escolha e Custo de oportunidade.

Essa definição de capacidade máxima de produção considera que todos os re-

cursos ou fatores de produção que se dispõe em determinado momento estão

sendo utilizados em 100% da sua capacidade. Em outras palavras, não tem

desperdício nem ociosidade. Tudo está funcionando a pleno emprego.

Teoria Elementar da Demanda

A Demanda é a quantidade de um determinado bem que os consumidores es-

tão aptos e dispostos a adquirir, em determinado período de tempo, aos diversos

preços alternativos.

A quantidade demandada de um determinado bem é inversamente proporcional

ao seu preço, com tudo o mais permanecendo constante.

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Diferença entre os Termos: Demanda e Quantidade Demandada

• Demanda é toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a de-

terminadas quantidades demandadas de um bem ou serviço.

• Já o termo Quantidade demandada é um ponto específico na curva que

relaciona um preço a uma quantidade demandada de um bem ou serviço.

Sofre alterações somente quando é alterado o preço do produto que está

sendo estudado. Ou seja, estamos falando da demanda para aquele produto

nos seus vários níveis de preços dentro da mesma curva.

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Função demanda ou procura:

Dx = f (Px)

Sendo:

Dx = quantidade demandada do bem x

f = função

Px = preço do bem x

A curva de demanda é negativamente inclinada devido a relação inversa en-

tre preço e quantidade demanda, que resultam em dois efeitos: efeito substituição

e efeito renda.

• Efeito-substituição: é uma mudança no consumo que tem origem na mu-

dança de preços relativos dos bens. Quando sobe o preço de um bem que

você consome, esse bem se torna mais caro comparado a outros bens, in-

duzindo você a consumir menos do bem que se tornou mais caro e mais dos

outros bens.

• Efeito-renda: é uma mudança no consumo que tem origem na mudança

da renda real do consumidor. Quando aumenta o preço de um bem que você

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consome, sua renda real é reduzida porque você não consegue mais ter o

mesmo nível de consumo. Pela mesma lógica, quando cai o preço de um bem

que você consome, sua renda real aumenta.

Os fatores determinantes da demanda são:

1. Preço do bem.

2. Preço dos outros bens (substitutos e complementares)

3. Renda do consumidor

4. Gosto ou preferência do indivíduo

Teoria Elementar da Oferta

Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores,

a relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o

quanto eles estão dispostos a vender, a um determinado preço.

Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos

preços altos. Se os preços elevados, por um lado, desestimulam os consumido-

res, por outro estimulam os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto,

quanto maior o preço maior a quantidade ofertada.

Função Oferta

A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os pro-

dutores desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante.

A oferta de um bem, não depende somente do preço, sendo na verdade resulta-

do de um conjunto de variáveis: preço do bem, custo dos insumos, tecnologia dis-

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ponível, produtos concorrentes, expectativa do produtor sobre os preços futuros,

impostos ou subsídios, dentre outros.

A função oferta: Ox = f (Px)

Sendo:

Qx = quantidade ofertada do bem x

f = função

Px = preço do bem X

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Podemos ver no gráfico acima que o deslocamento da curva de oferta pode

ocorrer para a direita ou para a esquerda. Se o preço sobre a oferta é aumentada e

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a curva se desloca para direita. Contrariamente, se o preço diminui, a oferta tam-

bém diminui e a curva se desloca para a esquerda.

Teoria do Equilíbrio de Mercado

O equilíbrio da oferta e da procura num mercado em que exista concorrência é

atingido com um preço que faz igualar as forças da oferta e procura. O chamado

Equilíbrio de Mercado ocorre quando a quantidade demandada de um bem é igual

à quantidade ofertada. Nesse caso não existe pressão para mudança de preço.

A alteração do equilíbrio ocorre quando há um deslocamento da curva de de-

manda ou de oferta.

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Pressões que afetam o equilíbrio

• Excesso de demanda: quando o preço do bem estiver abaixo do preço de

equilíbrio, ou seja, os consumidores estão dispostos a consumir mais do que

é ofertado pelas empresas. Essa situação fará o preço subir.

• Excesso de oferta: quando o preço do bem estiver acima do preço de equilí-

brio, ou seja, a quantidade ofertada do bem é maior do que os consumidores

desejam consumir desse bem.

Classificação dos bens

Quanto ao inter-relacionamento dos bens

• Bens substitutos: são aqueles bens que atendem a necessidade do consu-

midor no mesmo nível de satisfação. São bens, digamos, concorrentes.

• Bens Complementares: São aqueles bens que dependem um do outro para

satisfazer a necessidade do consumidor, são demandados em conjunto, ne-

cessariamente.

• Bens Independentes: aumenta o preço do bem “y”e a quantidade procura-

da do bem “x” não se altera e vice-versa.

Quanto aos efeitos da variação do preço na quantidade demandada

• Bem normal é aquele cuja quantidade demandada aumenta quando aumen-

ta a renda. Exemplo clássico: carne de 1ª;

• Bem inferior é aquele cuja quantidade demandada diminui quando aumenta

a renda. Exemplo clássico: carne de 2ª;

• Bem de primeira necessidade é aquele que ao aumentar a renda, a quan-

tidade demandada do bem aumenta em menor proporção;

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• Bem de luxo é aquele que ao aumentar a renda, a quantidade demandada

do bem aumenta em maior proporção;

• Bem de Giffen é um bem cujo consumo aumenta quando os preços são au-

mentados, e cujo consumo diminui quando os preços são diminuídos.

Elasticidade

A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de

certas mercadorias/serviços em função das alterações verificadas em seus respec-

tivos preços. Veja a elasticidade preço da demanda como é calculada:

Elasticidade preço da demanda

A elasticidade preço da demanda serve para indicar a variação percentual da

quantidade demandada de um bem em função da variação percentual no seu pre-

ço, ou seja, é a variação percentual da demanda de um bem em função da variação

percentual do preço:

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Elasticidade renda da demanda

Mede o quanto a quantidade demandada de um bem muda com uma alteração

na renda dos indivíduos.

Elasticidade preço da oferta

Mede o aumento ou diminuição em percentagem da quantidade ofertada devido

a uma mudança percentual nos preços.

Importante destacar que, para a análise microeconômica, é mais relevante a

análise dos preços relativos, ou seja, a análise dos preços dos bens objeto

da análise em relação aos preços dos demais bens, do que a análise dos os

preços absolutos, ou seja, dos preços isolados dos bens ou serviços.

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Podemos citar como exemplo uma situação em que, o preço da manteiga caia

20%, mas também o preço da margarina caia 20%. Nesse caso nada de relevante

deve acontecer na demanda desses dois bens

Entretanto, se apenas o preço da manteiga seja reduzido, permanecendo inalte-

rado o preço da margarina, é de se esperar um aumento na quantidade procurada

de manteiga e uma queda na da margarina. Repare que, nesse caso, embora não

tenha havido alteração no preço absoluto da margarina, seu preço relativo aumen-

tou, quando comparado com a manteiga

Merece destaque ainda no campo da análise microeconômica o chama do Prin-

cípio da Racionalidade, aquele que nos revela que as empresas sempre têm

como objetivo a maximização dos lucros condicionados pelos custos de produção,

enquanto os consumidores procuram sempre maximizar sua satisfação no consumo

de bens e serviços, em função da sua limitação de renda e dos preços dos bens e

serviços. Temos aqui um “cabo de guerra” movido por interesses antagônicos do

ponto de vista econômico

Teoria da Produção

Em termos de Teoria Econômica, pode-se dizer que a Teoria da Firma é a parte

da microeconomia que se preocupa em estudar o comportamento das empresas

e engloba a Teoria da Produção, a Teoria dos Custos de Produção e os Rendi-

mentos da Firma.

A Teoria da Produção visa proporcionar ao produtor a base racional necessária para

suas decisões, com relação à produção, que é precondição para se chegar à oferta.

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Fatores de Produção

• Fatores fixos: São aqueles cuja quantidade utilizada não se modifica, em-

bora se altere a quantidade produzida do produto.

• Fatores variáveis: São aqueles em que a quantidade varia com a variação

na quantidade produzida do produto.

Curto prazo x Longo Prazo

• Curto prazo: É o período de tempo no qual existe pelo menos um fator de

produção fixo.

• Longo prazo: É o período de tempo no qual todos os fatores de produção

variam.

Função de Produção

É a relação técnica entre as quantidades físicas produzidas de determinado

produto e as quantidades físicas dos fatores empregados na sua produção em

determinada unidade de tempo. Em suma, a função de produção expressa as pos-

sibilidades de produção.

A função de produção pode ser representada por:

Y = f(X1, X2, X3,... Xu),

onde:

Y = quantidade máxima produzida do bem

X1 , X2,..., Xn são as quantidades utilizadas dos diversos fatores de produção.

Uma função de produção total é um gráfico (ou tabela, ou equação matemá-

tica) mostrando o montante máximo de produção que pode ser produzido a partir

de qualquer conjunto especificado de insumos, dada a tecnologia existente.

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Nível de produção

O nível de produção depende das técnicas de produção utilizadas (tecnologia)

e dos níveis de uso dos fatores dos fatores de produção (alocação).

No estudo da Teoria da Produção, admite-se que o produtor utiliza a mais efi-

ciente tecnologia. Desse modo, o nosso objeto de estudo será apenas a alocação

dos insumos.

Conceitos importantes:

O montante máximo de produção que pode ser produzido é o chamado Produto Total.

O Produto Médio de um insumo é o produto total dividido pelo montante do insu-

mo utilizado para produzir este produto. Assim, o produto médio é a proporção produ-

to-insumo para cada nível de produção e o correspondente volume de insumo.

A Produtividade Média do fator de produção variável é a relação entre o nível do

produto e a quantidade do fator de produção, num determinado período de tempo

O Produto Marginal de um insumo é o acréscimo do produto total atribuível ao

aumento de uma unidade de insumo variável no processo de produção, mantendo-

-se constante todos os demais insumos.

Lei dos Rendimentos Decrescentes

A lei dos rendimentos decrescentes descreve o sentido geral e a taxa de mudan-

ça na produção da firma quando varia a quantidade de apenas um recurso/insumo

no curto prazo.

Ela estabelece que se a quantidade de apenas um recurso for aumentada de

quantidades iguais, por unidade de tempo, enquanto a de outros recursos perma-

necer constante, a quantidade total de produto aumentará, mas se esse incremen-

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to for além de determinado ponto, o acréscimo resultante no produto tornar-se-á

cada vez menor.

Pontos importantes:

1) só ocorre quando temos apenas um fator variável e todos os demais fixos.

2) ocorre devido a uma alteração nas proporções da combinação entre os fato-

res.

3) os fatores de produção empregados são homogêneos.

Só vale para o curto prazo

A lei dos rendimentos decrescentes não se impõe, necessariamente, no longo

prazo. Na verdade, as características da função de produção de longo prazo são tão

específicas e peculiares, que se desenvolveu um novo instrumento de análise da

mesma: as isoquantas.

Pode-se ver com clareza o efeito da Lei dos Rendimentos Decrescentes na curva

do produto total que é a representada pela linha preta no gráfico seguinte.

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Veja outra representação gráfica:

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Isoquantas

Isoquanta significa igual quantidade e pode ser definida como sendo uma linha

na qual todos os pontos representam infinitas combinações de fatores, que indicam

a mesma quantidade produzida, expressando os vários métodos ou processos al-

ternativos de produção, que proporcionam a mesma quantidade produzida.

Um conjunto de isoquantas, cada qual mostrando um nível de produção, repre-

senta uma família de isoquantas ou mapa de produção.

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Elasticidade de substituição

A elasticidade de substituição permite medir a o que seria o grau de “substituibi-

lidade” entre dois elementos, ou entre dois bens de consumo, independentemente

de suas respectivas unidades de medida.

Economia de Escala

Economia de escala é aquela que resulta de ser organizar o processo produtivo

de maneira que se alcance a máxima utilização dos fatores produtivos envolvidos

no processo, procurando como resultado baixos custos de produção e o incremento

de produção de bens e serviços.

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Ela ocorre quando a expansão da capacidade de produção de uma empresa pro-

voca um aumento na quantidade total produzida sem um aumento proporcional no

custo de produção. Como resultado, o custo médio do produto tende a ser menor

com o aumento da produção.

Podemos dizer que existem economias de escala se, quando a empresa aumen-

ta os seus fatores produtivos (trabalhadores, máquinas etc.), a produção aumen-

ta mais do que proporcionalmente. Assim, por exemplo, se forem duplicados

todos os fatores produtivos a produção mais do que duplicará.

Efeito da economia de escala no custo médio

. 

Curvas de Isocusto

Como o próprio nome sugere, a curva ou linha de isocusto na verdade represen-

ta todas as possíveis combinações de trabalho e capital que podem ser adquiridas

a um custo total constante.

A inclinação da linha é a razão entre os preços dos insumos trabalho e capital.

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Linhas (curvas) de Isocusto

Teoria dos Custos de Produção

Os custos totais de produção (CT) são divididos em custos variáveis totais (CVT)

e custos fixos totais (CFT):

CT=CVT+CFT

• Custos Fixos Totais (CFT): correspondem à parcela dos custos totais que

independem da produção. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos

de produção.

• Custos Variáveis Totais (CVT): refere-se à parcela dos custos totais que de-

pende da produção e por isso muda com a variação do volume de produção.

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Na Teoria da Produção, a análise dos custos de produção é também dividida em

curto e longo prazos:

• Custos totais de curto prazo: são caracterizados pelo fato de serem com-

postos por parcelas de custos fixos e de custos variáveis.

• Custos totais de longo prazo: são formados unicamente por custos variá-

veis. Ou seja, em longo prazo não existem fatores fixos.

Custo Médio x Custo Marginal

• Custo Médio - o custo médio (CM) resulta da divisão do custo total (CT)

pela quantidade produzida (Q), podendo ser entendido como custo unitário

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de produção, ou seja, para um determinado nível de produção representa o

custo de cada unidade produzida sendo, por isso, muito utilizado nas empre-

sas que comparam com o preço de venda.

• Custo Marginal - o Custo Marginal (Cmg) representa o acréscimo de custo

que se verifica quando é produzida uma unidade adicional do bem.

Observe que a curva de custo marginal (CMa) na verdade cruza tanto com a

curva de custo variável médio (CVMe) quanto com a curva de custo médio ou custo

total médio (CMe) em seus pontos mínimos.

Estruturas de Mercado

Os diversos tipos de estruturas de mercados estão relacionados às suas carac-

terísticas essenciais em relação aos 3 seguintes aspectos:

• o número de firmas que integram o mercado.

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• o tipo do produto no que diz respeito à sua homogeneidade ou à sua hete-

rogeneidade, ou seja, se as empresas ofertam produtos iguais ou diferentes.

• se estão presentes ou não barreiras ao acesso de novos ofertantes nesse mercado.

Sinteticamente falando, a ciência econômica classifica os mercados em dois ti-

pos e subtipos:

• Perfeitamente competitivo: mercado ideal, referência, qualquer empresa

pode entrar ou sair quando quiser, sem sofrer restrições das demais concor-

rentes, tais como práticas desleais de preços e associações de produtores

com o fim de impedir a entrada de empresas novas. Aqui o Estado somente

atua se houver abusos.

• Imperfeitamente competitivo: aqui temos os mercados monopolistas,

onde as empresas exercem um acentuado poder, a ponto de influenciar não

só os preços do mercado, mas, também o conjunto das políticas macroeco-

nômicas. Os mercados imperfeitamente competitivos podem ser subdivididos

nas seguintes categorias:

− Monopólio: mercado que se caracteriza pela existência de um único ven-

dedor. Será um monopólio legal, quando a primazia no mercado lhe for

assegurada por lei, ou técnico, quando a produção por meio de única em-

presa for a forma mais barata de fabricação do produto.

− Oligopólio: ocorre quando existe um pequeno número de vendedores e uma

parcela restrita destes dominar a maior parte do mercado, a exemplo da in-

dústria de papel e celulose, cujo poder econômico inibe a entrada de novas.

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− Monopsônio: trata-se de estrutura de mercado com apenas um compra-

dor. É o caso de uma região onde há um número expressivo de pequenos

produtores de carne e apenas um grande frigorífico na qual este produto

pode ser abatido, a qual poderá impor preços para comprá-lo.

− Oligopsônio: uma pequena parte do número total de compradores (não

importa o tamanho do grupo) é responsável por parcela bastante signifi-

cativa das compras ocorridas no mercado.

Falhas de Mercado

As falhas de mercado relacionadas pela Teoria Econômica são as seguintes:

-Imperfeições na concorrência

A falta de concorrência faz com que normalmente o monopólio produza uma

quantidade menor de bens e serviços do que o mercado do tipo concorrência per-

feita, e a um preço unitário mais elevado. Assim, a economia estará perdendo efi-

ciência, e gerando um nível de bem-estar menor. A intervenção do Governo se dá,

nesses casos, através de instrumentos de regulação, pelos quais se busca proibir as

práticas ante concorrenciais, e estimular uma maior competição entre as empresas.

–Mercados incompletos

Os mercados incompletos são aqueles que poderiam ser explorados pelas em-

presas privadas, nos quais elas obteriam lucros normalmente, mas que apresentam

características inibidoras para tais empresas: uma estrutura produtiva que exige

investimentos muito elevados, com alto grau de risco, e muito tempo para come-

çar a gerar retornos. Nesse caso, o setor estatal assume a iniciativa de produzir

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tais bens, ou então tenta influenciar o setor privado, através de incentivos fiscais,
dentre outros.

–Assimetria de Informação

Nas suas decisões de compra e venda, os agentes econômicos necessitam ter


informações suficientes sobre as reais características e atributos das mercadorias.
Porém, frequentemente uma das partes envolvidas na transação (geralmente o
comprador) não possui a informação completa sobre o produto que está negocian-
do, o que leva a ineficiências no processo decisório.
Nestes casos o governo deve agir para garantir que toda informação relevante
a respeito de um determinado produto seja conhecida por todos os participantes
do mercado.

-Externalidades

Ocorrem quando alguma atividade de produção ou consumo possui efeitos indi-


retos sobre outras atividades de produção ou de consumo que não estejam direta-
mente refletidas nos preços de mercado.
Assim, o comportamento dos participantes de um dado mercado acaba geran-
do “custos” para terceiros, que não atuam no mesmo, o que caracteriza, portanto,
uma externalidade negativa na produção.
Na presença de uma externalidade negativa na produção, o Governo intervém
no mercado visando a internalização de tais custos. É possível, por exemplo, cobrar
um imposto sobre a emissão de substâncias nocivas ao meio ambiente, ou obrigar
as empresas a adquirir equipamentos antipoluentes – aumentado assim seus cus-

tos privados.
Guarde que as externalidades podem também ser positivas! Os serviços edu-
cacionais, por exemplo, beneficiam não somente o aluno, mas toda a sociedade.

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Assim, guarde ainda que a política de subsídio é utilizada para mercados


com externalidade positiva, como educação e pesquisa, cujos efeitos são bené-
ficos para toda a sociedade.

–Bens públicos

Para os diversos bens produzidos pelo mercado, os preços funcionam como “si-
nais” que guiam as decisões de compradores e vendedores. Os bens públicos, por
sua vez, são gratuitos; para eles as forças de mercado deixam de funcionar, e não
servem como guia para a produção e o consumo. Assim, não haverá oferta de bens
públicos pelo mercado, levando o Governo a produzir tais bens.
Os bens privados obedecem a dois princípios: a exclusividade e a rivalidade.
A exclusividade está relacionada a possibilidade de impedir uma pessoa de usar um
bem, se ela não pagar por esse uso. A rivalidade ocorre quando o consumo de um
bem por uma pessoa diminui a disponibilidade deste bem, prejudicando o consumo
por parte de outras pessoas.
Os bens públicos, por sua vez, são não excluíveis e não rivais. Os bens públicos,
por não possuírem os atributos da exclusividade e da rivalidade, fazem surgir a fi-
gura do “carona” (ou free-rider): o indivíduo que quer consumir o bem sem pagar,
não sendo possível impedir que o mesmo tenha acesso ao bem.
Os Bens semipúblicos ou meritórios possuem parte das características dos bens
públicos, sendo definidos pelo mérito da sua oferta. São excludentes, mas podem
ser ofertados tanto pelo governo quanto pelo mercado. Os exemplos clássicos são
os serviços das áreas de saúde e educação.
A chamada economia do bem-estar usa técnicas microeconômicas para deter-
minar simultaneamente eficiência de alocação dentro de uma economia e a dis-
tribuição de renda associada a ela, ou seja, procura medir o bem-estar so-
cial examinando as atividades econômicas dos indivíduos que compõem a sociedade.

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EXERCÍCIOS
Questão 1    (INÉDITA/2019) Considerando as óticas da renda, da produção e da

despesa, Julgue:

O PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de capital físico da economia.

Questão 2    (INÉDITA/2019) Considerando as óticas da renda, da produção e da

despesa, Julgue:

A diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua carga tribu-

tária líquida.

Questão 3    (INÉDITA/2019) Considerando as óticas da renda, da produção e da

despesa, Julgue:

Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu PIB medido a

custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e sua variação de estoques

e adicionada a carga tributária bruta.

Questão 4    (INÉDITA/2019) Considerando as óticas da renda, da produção e da

despesa, Julgue:

A Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional, deduzidos os

impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras receitas correntes do

Governo e os lucros não distribuídos pelas empresas.

Questão 5    (INÉDITA/2019) Julgue:

Acerca da teoria da paridade do poder de compra, no âmbito da análise do comér-

cio internacional, podemos dizer que seu foco é no longo prazo.

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Questão 6    (INÉDITA/2019) Julgue:


Considerando que em uma economia hipotética a renda líquida recebida do exterior
é superior, em valor absoluto, ao montante da depreciação do estoque de capital da
economia, podemos afirmar que o Produto Nacional Líquido é maior que o Produto
Interno Bruto.

Questão 7    (INÉDITA/2019) Julgue:


Considerando uma economia hipotética em que o Governo tem a intenção de ex-
pandir a renda, para um modelo IS-LM, com demanda por moeda infinitamente
elástica em relação à taxa de juros, que já está muito baixa, será preferível uma
política fiscal expansionista a uma política monetária.

Questão 8    (INÉDITA/2019) Julgue:


Com base nas contas do Balanço de Pagamentos, a Necessidade de financiamento
Externo − NFE é obtida por meio do saldo da conta de transações correntes líquidas
dos investimentos estrangeiros diretos.

Questão 9    (INÉDITA/2019) Suponha que o governo faça uma grande expansão
em seus gastos. Com base nessa premissa, julgue:
Considerando o modelo IS-LM, esse aumento dos gastos governamentais configura
um aumento da demanda que leva ao crescimento tanto da taxa de juros quanto
do produto.

Questão 10    (INÉDITA/2019) O termo trade-off é usado para explicar a tomada


de decisões por parte das pessoas, em que toda a decisão requer a comparação
entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação. Agora
julgue a assertiva:

O trade-off enfrentado pelo agente econômico implica um custo de oportunidade.

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Questão 11    (INÉDITA/2019) Com base em conhecimentos microeconômicos, julgue:

A curva de demanda descreve a quantidade ofertada a cada preço possível.

Questão 12    (INÉDITA/2019) Com base em conhecimentos microeconômicos, jul-

gue:

Uma curva de demanda pode ser representada graficamente, onde o eixo vertical

mostra a quantidade demandada e o eixo horizontal os preços correspondentes.

Questão 13    (INÉDITA/2019) Considerando um mercado de concorrência perfeita,

Julgue:

Se a renda dos consumidores aumenta, dependendo do tipo do bem, é possível que a curva

de demanda se desloque para a direita ou para a esquerda de sua posição original.

Questão 14    (INÉDITA/2019) Considerando um mercado de concorrência perfeita,

Julgue:

Há um grande número de pequenos compradores e um pequeno número de gran-

des vendedores.

Questão 15    (INÉDITA/2019) Considerando um mercado de concorrência perfeita,

Julgue:

A firma maximizará seus lucros quando seu preço for igual ao seu custo médio de produção.

Questão 16    (INÉDITA/2019) Considerando um mercado de concorrência perfeita,

Julgue:

Os custos fixos da firma são uma variável fundamental para ela decidir qual será a

quantidade ótima que deve produzir para vender no mercado.

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Questão 17    (INÉDITA/2019) Acerca das estruturas de mercado, julgue:

A estrutura setorial que se caracteriza por ser composta por um pequeno grupo de

grandes empresas que produzem produtos pertencentes a uma mesma categoria,

mas que se diferenciam em termos de qualidade, atributos, estilo e serviços, é cha-

mada de oligopólio diferenciado

Questão 18    (INÉDITA/2019) Julgue:

Em uma situação em que o custo marginal exceda a receita marginal, podemos

afirmar que a firma reduzirá seus lucros se aumentar o produto.

Questão 19    (INÉDITA/2019) Julgue:

Um restaurante faz propaganda por meio de folhetos distribuídos nas ruas. Ao abrir

uma filial, a administração passou a distribuir os mesmos folhetos com os dois en-

dereços, de modo que o custo da propaganda permaneceu o mesmo. Este é um

exemplo de economia de escala.

Questão 20    (INÉDITA/2019) Julgue:

No equilíbrio da firma, qualquer que seja o regime de mercado, o custo marginal é

sempre igual à receita marginal.

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GABARITO
1. E 8. C 15. E

2. E 9. C 16. E

3. E 10. C 17. C

4. E 11. E 18. C

5. C 12. E 19. C

6. C 13. C 20. C

7. C 14. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (INÉDITA/2019) Considerando as óticas da renda, da produção e da

despesa, Julgue:

O PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de capital físico da

economia.

Errado.

Na verdade, o PNL corresponde ao PNB menos a depreciação.

Questão 2    (INÉDITA/2019) Considerando as óticas da renda, da produção e da

despesa, Julgue:

A diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua carga tribu-

tária líquida.

Errado.

Na verdade, a mencionada diferença é a depreciação.

Questão 3    (INÉDITA/2019) Considerando as óticas da renda, da produção e da

despesa, Julgue:

Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu PIB medido a

custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e sua variação de estoques

e adicionada a carga tributária bruta.

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Errado.

Na verdade, a renda pessoal disponível é obtida a partir do PIB a preços de mercado.

Questão 4    (INÉDITA/2019) Considerando as óticas da renda, da produção e da

despesa, Julgue:

A Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional, deduzidos os

impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras receitas correntes do

Governo e os lucros não distribuídos pelas empresas.

Errado.

Na verdade, a renda pessoal logicamente depende daqueles lucros que efetivamen-

te foram distribuídos pelas empresas. Se não foram distribuídos pelas empresas

não integram a Renda Pessoal.

Questão 5    (INÉDITA/2019) Julgue:

Acerca da teoria da paridade do poder de compra, no âmbito da análise do comér-

cio internacional, podemos dizer que seu foco é no longo prazo.

Certo.

A chamada teoria da paridade do poder de compra foca no longo prazo, já usa

teoria de preço único segundo a qual, na ausência de custos de transação, um produto

deve custar o mesmo valor em dois países quando medido na mesma moeda.

Dessa forma, na ausência de tais custos, no longo prazo, o mesmo produto deve,

necessariamente, custar o mesmo valor nos diferentes países, quando expresso na

mesma moeda.

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Em suma, de acordo com a chamada teoria da paridade do poder de compra,

que foca no longo prazo, se US$ 1,00 equivale a R$ 4,00 e um tênis custa US$

100,00 nos EUA, deve custar R$ 400,00 no Brasil.

Questão 6    (INÉDITA/2019) Julgue:

Considerando que em uma economia hipotética a renda líquida recebida do exterior

é superior, em valor absoluto, ao montante da depreciação do estoque de capital da

economia, podemos afirmar que o Produto Nacional Líquido é maior que o Produto

Interno Bruto.

Certo.

Excelente oportunidade de revisar a diferenciação do Produto Nacional do Produto

Interno.

O Produto Interno corresponde de fato ao total de bens e serviços finais produzidos

por um determinado país, num certo período de tempo, dentro de suas fronteiras

territoriais.

Mas tem um detalhe: parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai remunerar

indivíduos que estão fora do país: remessa de lucros, pagamentos de assistência

técnica, royalties, etc.

Isto significa que nem toda a renda gerada internamente vai de fato pertencer aos

residentes no país.

Logo, temos que abater do PIB a Renda Enviada ao Exterior”!

Beleza, mas lembre-se também que os residentes no país recebem remuneração

por serviços prestados em outros países.

Logo também devemos somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior.

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Portanto, teremos a seguinte situação:

PIB – REE + RRE = PNB

“E o Produto Nacional”?

Ahhh sim, já ia me esquecendo de conceituar

O Produto Nacional corresponde à renda que pertence efetivamente aos nacionais,

incluindo a renda recebida por nossas empresas no exterior e excluindo a renda

enviada por nossas empresas para o exterior.

Assim, temos:

PIB – RLEE = PNB

A questão também exige que estejamos lembrados que a diferença entre o Produto

Bruto e o Produto Líquido decorre da Depreciação.

Como a questão nos informou que a RLRE – Renda Líquida Recebida do Exterior é

maior que a depreciação, podemos concluir que o PNL é maior que o PIB.

Questão 7    (INÉDITA/2019) Julgue:

Considerando uma economia hipotética em que o Governo tem a intenção de ex-

pandir a renda, para um modelo IS-LM, com demanda por moeda infinitamente

elástica em relação à taxa de juros, que já está muito baixa, será preferível uma

política fiscal expansionista a uma política monetária.

Certo.

O efeito da política fiscal será maior quanto maior for a sensibilidade da demanda

por moeda em relação à taxa de juros, ou seja, será maior quanto menos inclinada

for a curva LM, já que não haverá elevação dos juros quando aumentarem os gas-

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tos do governo e, desse modo, não haverá compensação negativa do aumento dos

gastos públicos.

Guarde que se a curva LM for horizontal, a política fiscal tem máxima eficácia. Veja

no gráfico abaixo o caso da armadilha da liquidez:

Questão 8    (INÉDITA/2019) Julgue:

Com base nas contas do Balanço de Pagamentos, a Necessidade de financiamento

Externo − NFE é obtida por meio do saldo da conta de transações correntes líquidas

dos investimentos estrangeiros diretos.

Certo.

A poupança externa é demonstrada por meio do déficit na conta de transações cor-

rentes no Balanço de Pagamentos, ou em outras palavras, pelo saldo da conta de

transações correntes líquidas dos investimentos estrangeiros diretos.

Questão 9    (INÉDITA/2019) Suponha que o governo faça uma grande expansão

em seus gastos. Com base nessa premissa, julgue:

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Considerando o modelo IS-LM, esse aumento dos gastos governamentais configura

um aumento da demanda que leva ao crescimento tanto da taxa de juros quanto

do produto.

Certo.

Note que a utilização de uma política fiscal expansionista, via aumento dos gastos

do governo, estimula a demanda agregada e faz com que a renda seja aumentada.

Nessa toada, esta elevação da renda será maior na medida em que seja maior tam-

bém o multiplicador da economia, e que seja menor a sensibilidade do investimento

à taxa de juros.

Mas temos um probleminha aqui. O mencionado aumento da renda faz com que

também aumente a demanda por moeda, mas a quantidade de moeda é fixa...

xxxxiiiiiii.... e agora?

O que fazer para equilibrar oferta e demanda por moeda?

Elevar a taxa de juros!

Assim, podemos concluir que o aumento dos gastos públicos provoca o aumento da

demanda agregada e do respectivo produto de equilíbrio, mas também numa taxa

de juros maior!

Questão 10    (INÉDITA/2019) O termo trade-off é usado para explicar a tomada

de decisões por parte das pessoas, em que toda a decisão requer a comparação

entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação. Agora

julgue a assertiva:

O trade-off enfrentado pelo agente econômico implica um custo de oportunidade.

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Certo.

Amigo(a), a questão em tela exige o conhecimento do conceito de Custo de Oportunidade.

E você, sabe o que é esse tal custo de oportunidade?

Você, como concurseiro(a), já deve ter percebido que para passar em um concurso

público vai ter que fazer escolhas ao longo da sua preparação, já que o seu tempo

dedicado aos estudos fará com que abra mão de certos hábitos, já que não terá

tempo disponível suficiente para fazer todas coisas que deseja.

“E aí, estudo até mais tarde ou vou dormir... estou tão cansado(a)...?”

“Vou ao parque ou ao cursinho?”

O tempo certamente é um recurso escasso para um concurseiro que tem que utili-

zá-lo da melhor maneira possível!

Na prática, o concurseiro lida diariamente com decisões relacionadas a custo de

oportunidade entre estudar e realizar outra atividade.

Então, vamos logo conceituar esse tal de custo de oportunidade.

O “custo de oportunidade”, também chamado de “custo alternativo” ou “custo im-

plícito”, nada mais é do que se atribuir um custo às várias oportunidades de uso de

recursos sempre limitados.

O Custo de Oportunidade, portanto, está diretamente relacionado com o princípio

que considera que os recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tec-

nologia, e no caso do concurseiro individualmente como falamos o tempo) sempre

são escassos, pois sempre são insuficientes para satisfazer todas as necessidades

da sociedade como um todo.

É justamente pela falta de recursos que, por exemplo, as empresas optam por

direcionar suas disponibilidades para alguns empreendimentos, abrindo mão de

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aplicá-los em outros, pois a escassez de recursos torna as alternativas mutuamente

excludentes.

Em suma, considera-se como Custo de Oportunidade o que se deixa de ganhar por

não se ter optado pela melhor alternativa.

Em termos práticos, para a firma esse é um custo derivado de sua escassez de re-

cursos, escassez que a obriga a fazer escolha por esse ou aquele projeto, a optar

por uns empreendimentos em detrimento de outros, uma vez que o total dos re-

cursos disponíveis é o limite da possibilidade de investimentos.

O custo de oportunidade é sempre uma comparação entre alternativas para utiliza-

ção de um recurso, onde “abre-se mão” de uma aplicação em detrimento de outra.

Questão 11    (INÉDITA/2019) Com base em conhecimentos microeconômicos, julgue:

A curva de demanda descreve a quantidade ofertada a cada preço possível.

Errado.

Na verdade, a assertiva descreveu a curva de oferta.

Questão 12    (INÉDITA/2019) Com base em conhecimentos microeconômicos, jul-

gue:

Uma curva de demanda pode ser representada graficamente, onde o eixo vertical

mostra a quantidade demandada e o eixo horizontal os preços correspondentes.

Errado.

Na verdade, a representação gráfica é feita ao contrário: colocamos o preço no eixo

vertical e a quantidade demandada no eixo horizontal.

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Questão 13    (INÉDITA/2019) Considerando um mercado de concorrência perfeita,

Julgue:

Se a renda dos consumidores aumenta, dependendo do tipo do bem, é possível que a curva

de demanda se desloque para a direita ou para a esquerda de sua posição original.

Certo.

Em regra, quando ocorre aumento de renda a curva desloca-se para a direita (bem

normal), acontecendo o oposto se estivermos falando de bem inferior.

Questão 14    (INÉDITA/2019) Considerando um mercado de concorrência perfeita,

Julgue:

Há um grande número de pequenos compradores e um pequeno número de gran-

des vendedores.

Errado.

Na verdade, existe grande número tanto de vendedores quanto de compradores.

Questão 15    (INÉDITA/2019) Considerando um mercado de concorrência perfeita,

Julgue:

A firma maximizará seus lucros quando seu preço for igual ao seu custo médio de produção.

Errado.

Na verdade, tal maximização ocorre quando o preço for igual ao custo marginal.

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Questão 16    (INÉDITA/2019) Considerando um mercado de concorrência perfeita,

Julgue:

Os custos fixos da firma são uma variável fundamental para ela decidir qual será a

quantidade ótima que deve produzir para vender no mercado.

Errado.

Na verdade, em termos de quantidade ótima analisa-se os custos médio, variável mé-

dio e marginal. Agora para quantidade mínima, os custos fixos são relevantíssimos.

Questão 17    (INÉDITA/2019) Acerca das estruturas de mercado, julgue:

A estrutura setorial que se caracteriza por ser composta por um pequeno grupo de

grandes empresas que produzem produtos pertencentes a uma mesma categoria,

mas que se diferenciam em termos de qualidade, atributos, estilo e serviços, é cha-

mada de oligopólio diferenciado

Certo.

O Oligopólio diferenciado é aquela situação em que existe certa diferenciação de

produto, de maneira que cada produtor desfruta de algum poder de monopólio sobre

seu produto; só que existem bons substitutos para ele. Os casos típicos de oligopólio

diferenciado são o setor automobilístico e as empresas de cervejas e refrigerantes.

Dessa forma, um pequeno grupo de grandes empresas que produzem produtos per-

tencentes a uma mesma categoria, mas que se diferenciam em termos de qualidade,

atributos, estilo e serviços atuam em uma estrutura de oligopólio diferenciado.

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Questão 18    (INÉDITA/2019) Julgue:

Em uma situação em que o custo marginal exceda a receita marginal, podemos

afirmar que a firma reduzirá seus lucros se aumentar o produto.

Certo.

Quando uma firma está no ponto em seu custo marginal é superior à sua receita

marginal, significa dizer que a partir desse ponto quanto mais ela produzir, maior

será o seu prejuízo, já que cada unidade adicional lhe traz um prejuízo adicional

unitário. Diante desse quadro, podemos ver que a alternativa compatível com esse

raciocínio é a D.

Questão 19    (INÉDITA/2019) Julgue:

Um restaurante faz propaganda por meio de folhetos distribuídos nas ruas. Ao abrir

uma filial, a administração passou a distribuir os mesmos folhetos com os dois en-

dereços, de modo que o custo da propaganda permaneceu o mesmo. Este é um

exemplo de economia de escala.

Certo.

Repare que a relação entre a escala de operação da empresa e seus custos, note

que quando são modificadas as proporções entre os insumos, o caminho de expan-

são deixa de ser uma linha reta, e o conceito de rendimentos de escala não mais

se aplica.

Em vez disso, dizemos que a empresa apresenta economias de escala quando ela é

capaz de duplicar sua produção com menos do que o dobro dos custos.

Da mesma forma, existem deseconomias de escala quando a duplicação da produ-

ção corresponde a mais do que o dobro dos custos.

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O termo economia de escala abrange, como um caso especial, os rendimentos

crescentes de escala, sendo, porém, mais amplo, pois permite que as combinações

de insumos sejam alteradas à medida que a empresa varia seu nível de produção.

Nesse contexto mais geral, a curva de custo médio em formato de U é coerente

com o fato de que a empresa pode apresentar economias de escala para níveis de

produção relativamente baixos e deseconomias de escala para níveis mais elevados

de produção.

Questão 20    (INÉDITA/2019) Julgue:

No equilíbrio da firma, qualquer que seja o regime de mercado, o custo marginal é

sempre igual à receita marginal.

Certo.

Podemos dizer que custo marginal é igual à receita marginal quando se atinge o

equilíbrio! Se eles não forem iguais, não há que se falar que estamos em equilíbrio,

independentemente do regime de mercado vigente.

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Caro(a) aluno(a),

Chegamos ao final da nossa aula de hoje e do nosso curso. Antes de nos despe-

dirmos, lhe convido para um momento final de reflexão ...

Sabe-se que a grande maioria das pessoas desiste dos seus sonhos quando já

estão a um passo da conquista. Desistem muitas vezes por muito pouco, pois é

mais fácil desistir do que prosseguir. Desistem dos estudos, do objetivo perseguido

por muito tempo ou de um grande sonho, do trabalho, dos projetos etc.

Neste momento, pense um pouco, quantas coisas você deixou de fazer e quanto

sacrifícios realizou!

Agora é hora de pensar positivo, de ter fé!

Chegou a sua hora de vencer!

Você vai passar!

Obrigado por tudo, um grande abraço, bons estudos e boas provas!

Espero ver o seu nome na lista de aprovados!

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