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Acidente Vascular Encefálico (Aula Atualizada 2024)
Acidente Vascular Encefálico (Aula Atualizada 2024)
Acidente Vascular
Encefálico (AVE)
Aula atualizada 2024
Segunda-feira, às 20h
PROFESSOR JOHN MORAIS
Acidente vascular
encefálico (AVE)
NOTA! Atualmente, o termo Acidente Vascular Encefálico (AVE) é o mais utilizado, mas algumas
fontes, ao tratar desse problema, apresentam a denominação de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Então, neste tópico, citaremos prioritariamente AVE, mas o termo AVC também será mencionado
para respeitar as fontes originais. Ambos tratam do mesmo evento.
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Consolidação das normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde: AVC. [Norma vigente].
Classificação
O AVE pode ser classificado em duas categorias principais: isquêmico (aproximadamente 87% dos
casos), em que ocorrem a oclusão vascular e a hipoperfusão significativa; e hemorrágico
(aproximadamente 13%), em que ocorre o extravasamento de sangue no encéfalo ou no espaço
subaracnóideo (HINKLE; CHEEVER, 2020).
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NOTA! Um AVE isquêmico, antes denominado doença vascular encefálica ou “ataque cerebral”,
refere-se a uma perda súbita da função em consequência da interrupção do suprimento sanguíneo
para determinada parte do encéfalo devido à obstrução de um vaso sanguíneo. Essa interrupção do
fluxo sanguíneo desencadeia uma complexa série de eventos metabólicos celulares, conhecidos
como cascata isquêmica (HINKLE; CHEEVER, 2020).
*De acordo com Morton e Fontaine (2019), esse tipo de ataque dura menos de 24 horas (tempo que
define esse estado), sendo que a maioria persiste por apenas alguns minutos a menos de 1 hora.
Conforme Azevedo, Taniguchi e Ladeira (2015), a maior parte dos AIT cursam com melhora do deficit
em menos de 2 horas. Em geral, quando o fluxo sanguíneo não é normalizado em menos de 1 hora, já
existe dano neuronal estabelecido. Fonte: HINKLE; CHEEVER, 2020.
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Fisiopatologia
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IMPORTANTE! Outra maneira de classificar o AVE é quanto a sua localização na circulação cerebral.
Os AVEs relacionados às carótidas são chamados de AVEs da circulação anterior ou do território
carotídeo e acometem, geralmente, os hemisférios cerebrais. Já os AVEs das artérias
vertebrobasilares são chamados de AVEs da circulação posterior ou do território vertebrobasilar e
afetam, na maior parte dos casos, o tronco cerebral ou o cerebelo (WHITAKER; GATTO, 2015).
NOTA! Os AVEs podem gerar uma ampla diversidade de deficits neurológicos, a depender da
localização da lesão, do tamanho da área de perfusão inadequada e da quantidade de fluxo
sanguíneo colateral. Em relação aos sintomas sugestivos do AVEh, podem-se destacar a cefaleia
intensa, a diplopia horizontal e as hemorragias retinianas (HINKLE; CHEEVER, 2020).
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7. (Prefeitura de Maravilha-SC/UNOESC/2021)
c) Os sintomas do acidente vascular hemorrágico intracerebral caracterizam-se com o aparecimento
de náuseas, vômito, confusão mental e, até mesmo, perda de consciência, é acompanhado por
sonolência, alterações nos batimentos cardíacos, frequência respiratória e convulsões.
d) Os principais fatores de risco para a ocorrência de AVC são: consumo frequente de álcool e drogas,
hipertensão, diabetes e tabagismo.
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A confirmação diagnóstica poderá ser feita por meio de tomografia computadorizada (TC) de crânio,
angiografia, angiorressonância ou angiotomografia (BRASIL, 2013)
A TC de crânio é o exame mais empregado no diagnóstico de ambos os tipos de AVE, pois apresenta
alta disponibilidade e menor custo. Deve ser realizada, preferencialmente, em até 25 minutos após
a chegada do paciente ao serviço de emergência e interpretada em até 45 minutos (WHITAKER;
GATTO, 2015).
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Aneurisma
A hemorragia subaracnioidea (HSA) representa cerca de 5% a 10% de todos os tipos de Acidente
Vascular Encefálico (AVE) e possui um pico de incidência entre 40 e 50 anos de vida.
Muitos aneurismas são assintomáticos e jamais causam problemas, mas podem ser detectados ao
exame de necropsia.
Fonte: MORTON; FONTAINE, 2019.
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A escala de Fisher é outro sistema de estadiamento utilizado para estimar a densidade do sangue
subaracnoide revelado à TC no momento da internação hospitalar do paciente.
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Uso de anticoagulantes orais com Tempo de Protrombina (TP) com RNI > 1,7; uso de heparina nas
últimas 48 horas com Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) elevado;
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TC de crânio com hipodensidade precoce > 1/3 do território da artéria cerebral média (ACM);
Melhoria rápida e completa dos sinais e sintomas no período anterior ao início da trombólise;
Coagulopatia com TP prolongado (RNI > 1,7), TTPA elevado ou plaquetas < 100.000/mm3;
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No que diz respeito à assistência no AVE, a triagem dos pacientes deve ser oportuna no tempo, e o
cuidado de enfermagem deve estar voltado para as estratégias de avaliação, monitorização e
estabilização. A terapia trombolítica é efetiva quando aplicada de forma segura, com os critérios de
inclusão e o manejo clínico adequados. A assistência de enfermagem é elemento primordial no
cuidado da fase aguda desse agravo (NUNES et al., 2018).
Vejamos o regime de tratamento do AVCi agudo com rtPA endovenoso, de acordo com o Manual de
Rotinas para Atenção ao AVC do Ministério da Saúde (BRASIL, 2013b):
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17. (Senado Federal/FGV/2022) Com base nas diretrizes para o manejo da fase aguda do acidente
vascular cerebral isquêmico, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F)
para a falsa.
( ) São critérios de exclusão para a aplicação de rt-PA (tratamento trombolítico) a ocorrência de AVC
isquêmico ou traumatismo crânio-encefálico grave nos últimos 3 meses, PA diastólica ≥ 110 mmHg e
glicemia < 60 mg/dL.
( ) A pressão arterial deve ser rigorosamente monitorizada antes, durante e após o tratamento com
rt-PA, devendo ser aferida a cada 30 minutos nas primeiras duas horas após o início da administração.
( ) O rt-PA deve ser administrado na dose de 0,9 mg/kg, até um total máximo de 90 mg, injetando
10% da dose EV em até 1 minuto, e o restante em 60 minutos, em bomba de infusão.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) F, V e F. b) F, V e V. c) F, F e V. d) V, F e V. e) F, F e F.
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19. (IJF/IMPARH/2020) Paciente idoso, 65 anos, admitido em serviço de emergência com queixa
súbita de fraqueza muscular de um lado do corpo, confusão mental e disfasia há cerca de 2 horas,
foi avaliado pelo médico e encaminhado para tomografia de crânio, com resultado compatível de
acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi), sendo indicado ao tratamento trombolítico
intravenoso. Dentre os cuidados apresentados, qual conduta é contraindicada para esse paciente?
a) Suplementar O2 para manter saturação de oxigênio maior ou igual 95%.
b) Realizar sonda vesical de demora nos primeiros 30 minutos para controle do débito urinário.
c) Monitoramento cardiovascular e pressórico não invasivo contínuo, pelo menos nas primeiras 24
horas.
d) Realizar medidas para evitar hipertermia.
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Dadas as afirmativas acerca da assistência de enfermagem a pessoa com AVC e a seus cuidadores
no ambiente hospitalar,
I. Para o diagnóstico de enfermagem “eliminação urinária prejudicada” têm-se como possíveis
intervenções: manter um registro da continência para estabelecer o padrão de eliminação urinária e
ensinar o paciente consciente a reter a urina até a hora determinada para urinar, a fim de melhorar o
tônus muscular.
II. A deglutição prejudicada é muito comum em pacientes com AVC; por isso, é indicado que o
enfermeiro auxilie o paciente a sentar-se em posição ereta, o mais próximo de 90 graus, para
alimentação adequada, evitando o risco de aspiração, assim como orientar o paciente e o cuidador
sobre as medidas de emergência em casos de aspiração, a fim de evitar complicações no ambiente
doméstico.
III. Encorajar o paciente a realizar uma respiração lenta e profunda, a mudança de decúbito e a tosse
com a finalidade de melhorar a permeabilidade das vias respiratórias aéreas, sem elevar a pressão
intracraniana (PIC).
IV. A constipação é o problema intestinal mais comum em pacientes com AVC. Diante dessa condição
clínica, são realizados enemas somente se os supositórios e a estimulação digital forem ineficazes,
visto o risco de causar estimulação vagal e aumento da PIC. Antes da alta hospitalar é importante
orientar a pessoa com AVC e o cuidador sobre a importância da ingesta hídrica e o consumo de fibras.
Verifica-se que está(ão) correta(s)
a) I, apenas. b) I e IV, apenas. c) II e III, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV.
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A hipertensão arterial não só é um forte fator de risco para o AVCh como é frequentemente
encontrada na sua fase aguda, mesmo em pacientes previamente normotensos. Ela também é
frequentemente intensificada nos pacientes com histórico de HAS.
A American Heart Association (AHA) recomenda que intervenções sejam feitas quando a PA sistólica
exceder 180 mmHg ou a PA média 130 mmHg.
Nos pacientes em pós-operatório de drenagem de hematoma, a AHA recomenda uma PAM abaixo
de 11O mmHg. Em pacientes sem sinais de hipertensão intracraniana, pode ser tentado um controle
mais rigoroso visando PAM de 11O mmHg.
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A escala do National Institutes of Health para avaliação de acidente vascular cerebral serve como
base para a abordagem diagnóstica (TIMERMAN; GUIMARÃES, 2020). Vejamos o resumo dessa
escala (HINKLE; CHEEVER, 2020):
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26. (EBSERH/IBFC/2013) A Escala utilizada para avaliar o prognóstico funcional após Acidente
Vascular Cerebral (AVC) na fase aguda e que exige treinamento específico para a aplicação trata-se
de:
a) NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale).
b) OPS (Orpington Prognostic Scale).
c) MIF (Medida de Independência Funcional).
d) Escala de Barthel.
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Referências
AZEVEDO, C. P. TANIGUCHI, L. U. LADEIRA, J. P. Medicina intensiva: abordagem prática, 2. ed.
Barueri, SP: Manole, 2015.
HINKLE, J. L.; CHEEVER, K .H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.
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