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Contratos Internacionais
Contratos Internacionais
Canal do Suez
O canal de Suez é um canal artificial localizado no Egito, que liga o mar mediterrâneo ao mar
vermelho. Ou seja, está entre o continente asiático e africano.
História
Embora sua inauguração tenha sido no século XIX, a ideia de construir um canal que unisse os
dois mares, já remonta a antiguidade no governo do faraó Sesóstris III, (1878 a.C. a 1840 a.C.).
Por esse motivo, a união do Rio Nilo ao Mar Vermelho é conhecida como o “Canal dos Faraós”.
O canal do Suez foi inaugurado a 17 de novembro de 1869. A construção foi financiada por
dois países: França e Egito. Mais tarde, a parte do Egito foi vendida ao reino Unido, decorrente
da dívida externa.
Uma vez que permite a passagem entre o Oriente e o Ocidente, o canal de Suez, desde sua
construção, foi muito importante para a economia mundial.
O transporte foi o principal intuito para a construção, sendo que muitas embarcações passam
pelo canal diariamente (aproximadamente 15.000 navios por ano).
Se não fosse o canal, as embarcações que saíssem do mar mediterrâneo, deveriam contornar o
continente africano para chegar ao mar vermelho e vice-versa.
São reputadas avarias todas as despesas extraordinárias feitas com o navio ou com a sua
carga, conjunta ou separadamente, e todos os danos ou perdas que acontecem ao navio e
carga desde que começam os riscos do mar até que acabam.
Avaria simples ou particular: é aquela avaria ocorrida somente no navio ou na carga durante o
tempo dos riscos. Afeta somente o dono da mercadoria avariada sendo que os danos são
suportados por uma só pessoa.
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Aula contratos internacionais 21/03/2022
Aos CI para determinar os seus aspetos, vamos atender, desde ao Roma I, Roma II, a
convenção de Viena de 1980, os princípios unidroit.
Em concordância com o artigo 3º CV, podemos definir um contrato de compra e venda com o
contrato que uma parte tem a intenção de transmitir certa mercadoria, por outro lado, temos
o comprador que tem a intenção de adquirir certa mercadoria. O âmbito de aplicação
encontra-se no artigo 1º, a al. a) estabelecem a aplicação espacial, podemos aplicar a CISG
quando se trata de empresas com empresas em estados contratantes, só que às vezes
podemos aplicar a CISG no caso da al. b), aqui as empresas dos estados envolvidos não
ratificou a convenção de Viena, podemos aplicar a convenção, porque temos de ver o que diz o
dip do estado que não ratificou a convenção de Viena, para onde aponta o DIP do estado
contratante, artigo 4º do Roma I, critério supletivo da lei da residência habitual, se por acaso o
estado da norma de conflitos apontar para um estado na convenção, aplica-se a CISG.
Porque este contrato de compra e venda tem outros satélites, temos evidentemente de ver o
contrato de transporte marítimo (Grupo 2).
Conhecimento de carga – Título negociável, isto é, podemos embarcar cargas no navio de alto
mar e quem comprou a carga vendou-o, ou seja, é título negociável, assim há negócios que
podemos comprar, mas que, entretanto, vendemos, e a rota deixa de fazer sentido, então
procura-se um porto que descarregue a carga e que a faça seguir para uma rota que considere
viável.
A lex mercatória nasceu nas corporações medievais, esta é sempre sectorial (nasce no setor do
mercado), assim são os comerciantes através dos costumes que vão sedimentando as suas
regras. A lex mercatória é direito espontâneo.
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O soft-law são regras que não brotam espontaneamente, que foram pensadas, provem de
entidades, organizações internacionais, ou seja, emergem de organismos internacionais.
Regras (artigo 52º LAV) – Chamam-se regras porque a lei é lei estadual, assim, engloba quer a
lex mercatória, quer soft-law. No artigo 52º nº3, as partes podem escolher as regras.
Cláusula escalonada – Aqui as partes dizem que se houver algum conflito recorrem à
arbitragem, depois à mediação e caso estes dois não resultem recorre-se aos tribunais, ou seja,
há sempre uma forma alternativa.
Artigo 1º LAV – Convenção de arbitragem – Este é um acordo pelo qual as partes querem, caso
surja um conflito, submetê-lo à arbitragem.
Direito indisponível de caráter patrimonial, exemplo, artigo 54º código dos autores e dos
direitos conexos.
Artigo 1º nº3 LAV – 2 modalidades – Compromisso arbitral – Isto acontece quando primeiro há
um litígio e depois estabelecem que é a arbitragem; Cláusula compromissória – Antes do litígio
nascer estabelece-se que é a arbitragem que resolve. O que ao distingue é um elemento
temporal.
Artigo 1º nº4 LAV – Mostra que existem outras arbitragens, exemplo, arbitragem
administrativa, arbitragem tributária (não vamos dar nesta cadeira).
Artigo 2º LAV - Os “meios alternativos” aqui o que acontece é que toda a gente diz que são
meios alternativos, o que é meio alternativo é arbitragem, de notar que uma mediação, um
acordo, não são meios alternativos, verdadeiramente alternativos é apenas a arbitragem.
O nº4 fala o que vale como convenção de arbitragem. Temos 2 tipos de convenções:
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- Compromisso arbitral – O contrato não previu nada;
Artigo 3º - O que acontece se não se respeitar a forma? Violação da forma dá lugar à nulidade.
As partes podem escolher árbitros de fora, sem ser árbitros que a arbitragem tem. Aqui
também existem medidas provisórias cautelares. Estas medidas podem ser pedidas aos
tribunais judiciais.
Pergunta teste:
Arbitragem ADOC – Estas arbitragens são mais baratas e, é o advogado que tem de constituir
tudo para a arbitragem. Exemplo: Secretária, juízes, local, etc.
A convenção de arbitragem pode ser revogada, exemplo, se não tiver confiança num árbitro.
Nota: Não é possível ir para um tribunal judicial ir discutir uma convenção de arbitragem. E
também não é possível discutir autonomamente a convenção de arbitragem. O regulamento
de arbitragem não pode refutar uma lei da arbitragem.
Artigo 7º - Fala da convenção de arbitragem e das providências cautelares. O legislador diz que
os tribunais arbitrais são uma jurisdição de apoio à convenção de arbitragem, também se
encontra no artigo 9º da lei modelo. Remeter este artigo 7º para o artigo 29º da LAV -Aqui fala
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que se pode pedir uma medida cautelar a um tribunal arbitral – De notar aqui que a professora
considera que aqui tem de se pedir ao tribunal judicial, porque aos tribunais arbitrais falta a
autoridade. Assim, os tribunais arbitrais podem indicar medidas que não tem coercibilidade.
Número de árbitros (artigo 8º LAV) – Singular ou coletivo (normalmente são coletivos, cada
parte nomeia um arbitro). Requisitos: As pessoas coletivas não podem ser árbitros.
Não há recurso na designação do árbitro. Ninguém pode ser obrigado a ser árbitro, o árbitro
deve ainda declarar que aceita, caso não se pronuncie entende-se que não aceita. O processo
de recusa encontra-se no artigo 14º da LAV.
Os tribunais administrativos não podem ultrapassar o poder que lhe é dado pela convenção.
Convenção de Viena
Esta foi assinada em 1980, sobre a direção do UNCITRAL (Comissão das Nações Unidas para o
Direito Mercantil Internacional – CNUDMI – Em português). CNUDMI e UNCITRAL são a mesma
coisa.
A convenção teve a adesão de grande parte dos países, incluindo Portugal, com decreto-lei
5/2020 é que a convenção de Viena passou a fazer parte do ordenamento jurídico português.
A convenção tem regras muito claras sobre aquilo em que se aplica, aplicando-se aos contratos
de compra e venda de mercadorias, sendo as partes que tenham os seus estabelecimentos em
ordens jurídicas diferentes, quando os estados sejam estados contratantes da convenção ou
quando as regras de DIP mandem aplicar a lei do estado que tem na sua ordem jurídica a
convenção de Viena.
Uma parte pode ter vários pontos de estabelecimentos, não são tomadas na convenção de
Viena a nacionalidade das partes, nem interessa saber se o contrato é comercial ou não.
Nota: A convenção de Viena é só para os contratos de compra e venda, não regula por
exemplo, a empreitada.
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O artigo 2º coloca de fora de certas situações, nomeadamente, as compras e vendas de bens
para consumo.
Assim, só se aplica à compra e venda de relações comerciais, isto é, para revenda para
comercialização.
Artigo 7º - Vem tratar da forma como se interpreta a convenção, esta é uma convenção
internacional que diz respeito a uma compra e venda internacional, sendo que o intérprete
deve ter a noção que a convenção visa regular compra e venda internacional.
Nº 2 – Caso haja lacuna, o juiz deve ter de tratá-la de acordo com o espírito da convenção,
caso não consiga, lançamos mão do direito internacional privado.
A convenção no nº1 do artigo 8º começa com um sentido objetivista, mas depois aplica a
teoria da impressão do destinatário.
Artigo 9º - Contempla o valor dos usos, de notar que na lex mercatória o uso comercial tem
muito mais força do que o uso doméstico. Aqui o uso é quase lei. Portanto, cada atividade
comercial terá os seus usos, que são normais para as partes, tendo então no contrato
internacional o uso muita mais força, presumindo-se que as partes sabem desses
usos/costumes.
Artigo 11º - Princípio da liberdade de forma – O contrato de compra e venda não tem de
constar de documento escrito, vigora a liberdade de forma e a liberdade probatória.
Artigo 12º - Qualquer disposição que estabeleça um princípio de liberdade de forma, desde
que uma das partes tenha a sua sede num estado contraente, pode ser afastado desses
princípios constantes do artigo 11º e 29º.
Nota: O estado pode aderir à convenção e colocar uma reserva a dizer que não se aplica uma
determinada regra.
Artigo 13º - Arqueologia jurídica, ou seja, já não existe como é o caso do telegrama e do telex.
A formação do contrato
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Artigo 14º - Se o comportamento reunir os requisitos do artigo 14º está em causa uma
proposta contratual. Distinção proposta contratual e convite a contratar.
Artigo 15º - A proposta contratual torna-se eficaz quando chega ao seu destinatário.
Artigo 16º - Até ao momento de conclusão de um contrato pode uma proposta contratual ser
revogada.
Nº2 – No entanto, não pode ser irrevogável se esta era irrevogável, ou se se presumisse que
tal proposta era irrevogável.
Artigo 18º - O silêncio e a inação não podem valer como aceitação. Uma proposta feita
verbalmente deve ser feita de imediato.
Dois sistemas jurídicos - anglo saxónica, common law e sistema da civil law - duas grandes
tradições jurídicas. Common law desenvolve se no direito inglês, nas ilhas, direito de raiz
costumeira, a lei comum e os costumes comuns aos diferentes clãs. Essas tradições aplicam se
ao caso concreto e caso procedente, baseado numa regra e princípios comuns que são
aplicados pelos tribunais aos casos concretos. Quando se julga um caso, é importante saber
como um caso julgado foi igual.
Direito baseado na regra do procedente, princípio de uma lei comum. Não há código civil
inglês, os Tribunais decidem baseados nos casos procedentes e pode haver recurso para
tribunais que não são da estrutura judicial, ou seja, para outros tribunais da equidade.
O Direito europeu é regulado por um código Civil baseado em regras, o que se decidiu no caso
A não quer saber, depois para decidir no caso B nem no caso C, ou seja, uma decisão pode ser
diferente da outra, não estão vinculados áquilo que se decidiu anteriormente, tenta-se criar
regras e princípios que se desprendam da dicotomia procura-encontrar princípios para que os
intervenientes dos comércios possam regular.
As partes podem dizer que o contrato está regulado pelos princípios UNIDROIT ou dizer que é
regulado pela lex mercatória que depois pode ir aos princípios.
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Projeto do código europeu dos contratos
FIDIC – É uma federação internacional dos consultores e engenheiros, importante numa área
essencial da economia, a área da construção e da arquitetura, engenheiros e advogados. Que
desenvolvem nas minutas aplicadas aos diversos tipos de obras e construção e ao longo dos
anos tem drafts contratuais feitas como factos feitos a medida. Nesta federação são
encontrados livros onde indicam as minutas. Para evitar horas de discussão de minutas, onde
se indicam bases, bases do modelo FIDIC adequado e preencher o resto, modelo base do
contrato e um modelo equilibrado, organização de pessoas realizadas com a construção e
quando se adota uma minuta usa-se um contrato que está equilibrado. A FIDIC faz arbitragens
técnicas.
O contrato regula-se a ele próprio e apresenta métodos para resolução de litigo não há
momento de intervenção nem de tribunais nem de leis arbitrais.
De notar que, contratos internacionais não são só comercio - FIDIC não tem haver com
comércio, mas sim com obras de engenheiro e arquitetura. Uma outra área é a área financeira.
Financiamentos de grande valor, só um banco não chega para financiar tudo. Na parte
financeira há uma organização que se chama LMA, baseada em Londres capital financeira do
mundo, onde está o centro financeiro. Operações de financiamento, algo desequilibrado as
minutas feitas pela LMA são para o banco, pro banco, são feitas para o interesse do banco.
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Produção de documentos contratuais, feitas para os bandidos, para os advogados, LMA e uma
estrutura feita para os bancos e advogados. Produz instrumentos e modelos contratuais de
financiamento. Este tipo de modelos ninguém passa pela cabeça em querer fazer uma minuta,
estão ali os modelos, LMA fonte importante para a lex mercatória.
- A CNUDCI já fez direito vinculativo, mas, entretanto, mudou a sua postura e fez a lei modelo
da arbitragem internacional.
O legislador entendeu que é possível pedir medidas provisórias cautelares, sobretudo, durante
o processo. As medidas que fazem sentido pedir ao arbitro, por exemplo, antecipação
provisória. Para a professora o arresto e o arrolamento não tem qualquer sentido serem
pedidos. Na arbitragem não podem ser decretadas medidas cautelar com efeito surpresa.
Ordem preliminar – Antecâmara de uma medida provisória cautelar de arbitragem (artigo 22º
LAV). Esta ordem não é vinculativa, é uma espécie de um aviso.
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Regras de direito – Pode ser soft -law; lex mercatória; direito vinculativo.
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Aula Contratos Internacionais (Teórica) 09/05/2022
Fases do petróleo
Apólice – Contém as cláusulas e as condições gerais que o regem. Aqui existem 3 tipos de
apólices no direito marítimo: Apólice por viagem; apólice flutuante; Apólice aberta.
Avaria grossa - aquela que é praticada deliberadamente pelo capitão ou responsável, com o
objetivo de preservar o navio e a carga de um perigo iminente.
Na atualidade a arbitragem está a cair em descrédito, tendo contribuído para ela o problema
do investimento estrangeiro. No investimento estrangeiro, de um lado, temos um estado
recetor, do outro, temos multinacionais e, querem investir em economias emergentes,
normalmente o que acontece é o estado onde pertence o investidor irá celebrar uma espécie
de acordo bilateral e os dois estados, entretanto, estabelecem um contrato de investimento
estrangeiro. Estes contratos tem quase sempre cláusulas de arbitragem, os litígios decorrentes
deste contrato vão para o ICSID. Acontece desde logo que as arbitragens ICSID tem emitido
decisões quase sempre para o investidor (para os ricos).
Artigo 39º LAV – Apenas se pode aplicar ao comércio interno, no caso da arbitragem
internacional (artigo 52º), podemos aplicar qualquer regra, tal como, lex mercatória, soft-law.
Artigo 39º nº3 – Estabelece a amigável composição, esta é mais flexível do que julgar em
equidade (esta é a justiça do caso concreto), nesta julga-se com base nos interesses das partes,
entrar numa situação de equilíbrio.
Artigo 40º - Tribunal coletivo – Decisão por maioria, o presidente é o voto de desempate.
Artigo 42º nº7 – Estabelece que a sentença arbitral tem a mesma força executiva que a
sentença de um tribunal estadual. Remeter deste artigo para o 705º nº2 CPC.
Artigo 43º - Estabelece o prazo para proferir sentença, estabelecendo o seu nº2 os casos de
prorrogação.
Artigo 46º - Pedido de anulação. O nº3 alínea a) do artigo 46º estão os casos em que a parte
tem de demonstrar estas situações. Alínea a) ponto iii – Aqui temos o problema de uma
arbitragem ultra petita infra petita. O conhecimento oficioso encontra-se na alínea b) do nº3.
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Numa arbitragem interna, posso anular uma decisão arbitral por violação dos princípios da
ordem pública internacional do estado português?
A ordem pública internacional portuguesa já é parte da ordem pública interna, só que numa
fração mais pequena da ordem pública portuguesa. Assim, tudo que é ordem publica
internacional é ordem pública interna, mas nem tudo que é ordem pública interna é ordem
pública internacional.
Artigo 47º - Uma decisão arbitral é um título executivo. O tribunal arbitral não tem é poder
executivo.
Artigo 49º LAV – Estabelece quando é que uma arbitragem é internacional. Temos uma
arbitragem internacional sempre que essa arbitragem põe em jogo interesses do comércio
internacional.
NOTA: As leis da arbitragem internacional não podem contrariar a lei da arbitragem do lugar
onde ocorre a arbitragem.
Artigo 46º nº3 alínea B) – Fala das situações em que o tribunal pode conhecer oficiosamente,
são os fundamentos de conhecimento oficioso do tribunal.
Artigo 52º LAV – Regras de direito aplicáveis ao fundo da causa – Estabelece que as partes
podem designar as regras (não diz o direito), ou seja, não tem de ser direito estadual, podem
ser regras de direito.
Nº2 – As partes podem não escolher a lei reguladora do fundo da causa, então o tribunal
arbitral vai aplicar o direito do estado com o qual o objeto do litígio apresente uma conexão
mais estreita. O nº3 estabelece que o tribunal arbitral deve tomar em consideração as
estipulações contratuais das partes e os usos comerciais relevantes. De notar que o legislador
acabou por limitar um bocado as coisas, uma vez que este número parece limitar com o direito
estadual. De notar que o nosso legislador não diz que o árbitro irá aplicar o direito mais
adequado ao litígio, a única coisa que diz é que o árbitro aplica o direito do estado com o qual
o objeto do litígio apresenta uma conexão mais estreita.
A sentença arbitram em regras é irrecorrível, conforme artigo 53º LAV, ou seja, ela é apenas
sindicável, controlável pela impugnação do artigo 46º LAV.
Artigo 54º - Ordem pública internacional – de que estado? Aqui o legislador foi infeliz, aqui o
que se presume é que do nosso ordenamento, o legislador não disse, mas se é para produzir
alguns efeitos aqui, não pode ser atentatória da ordem pública portuguesa.
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Artigo 55º LAV – É um ato formal de reconhecimento, atenção que o estado português
formulam uma reserva só a estados que adotaram a convenção anteriormente referida.
Um dos méritos da convenção de Nova York é o artigo II, ou seja, os estados que ratificarem a
convenção, aceitam as convenções arbitrais. No artigo 2º há todo um princípio pro convenção
de arbitragem, ou seja, devemos ter uma posição favorável.
Artigo V (convenção de Nova York) – Aqui a questão da capacidade diz respeito a saber se a
pessoa que está a representar a pessoa coletiva tem poderes/legitimidade para estar lá.
O árbitro arbitral tem de ser visionário, uma vez que tem de ver que o litígio tem de ser
arbitrável no tribunal da sede, porém se um dia a decisão tiver que ser executada num outro
estado, tem de ver que essa decisão seja arbitrável num outro estado. Temos ainda o
problema da ordem pública, conforme o artigo V nº2 alínea B) da convenção de Nova York.
Os fundamentos do artigo 56º da LAV são uma cópia da convenção de Nova York do artigo 5º e
35 da CNUDCI. Os fundamentos são apenas estes, não há outros, não havendo revisão de
mérito, as alíneas do nº1 são alegadas pelas partes, o nº2 são de conhecimento oficioso.
Tribunal competente – artigo 59º LAV. De notar que quando se impugna uma decisão é para o
tribunal da relação.
Tudo que não for mão do homem é força maior, tudo que for coberto pela mão do homem é
HARDSHIP. O covid foi um caso de força maior, mas em março, já não é força maior.
VER CASOS DE HARDSHIP E CASOS DE FORÇA MAIOR. Ver como é que o Tribunal da relação
tem aplicado a convenção de Nova York.
É provável que saia uma pergunta de incoterms, o que é, para que serve. Âmbito de aplicação
da CISG. A importância da harmonização do direito no comércio internacional. A importância
das garantias bancárias no comércio internacional. O que é um contrato de transporte
marítimo, documento de embargo.
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reguladora do seu contrato. Em matéria de comércio internacional, as partes podem escolher
a lei que as aprouver. Esta lei escolhida pode ser lex mercatória (usos e costumes do comércio
internacional) ou soft-law, uma das cláusulas típicas do contrato internacional é a cláusula de
escolha de lei.
Problema das cláusulas de sigilo – Não pode revelar nada do contrato a terceiro, quer antes
do contrato estar fechado, quer depois.
Cláusula de idioma do contrato – Este problema prende-se com as interpretações que podem
surgir.
Cláusulas tipo - Disposições pré-estabelecidas por uma das partes, que as partes não abdicam,
existindo um conflito entre as cláusulas tipo de um contrato e as cláusulas tipo de outro
contrato, as cláusulas chocam entre elas, chama-se a isso a batalha das formas.
O artigo 2.2.2, dá a solução a essa batalha. Esse contrato é pautado pelas cláusulas que são
convergentes, ignorando as cláusulas que colidem.
NOTA: No comércio internacional há aquilo que nós chamamos contratos sem lei, ou seja, o
contrato auto regulamenta-se, se estivermos num contrato de construção com uma barragem
que liga dois estados, havendo ajustes a fazer à medida que o contrato vai seguindo. Nos
contratos de empreitada existe sempre uma cláusula de disputes bordes, isto para evitar
futuros litígios.
Há contratos sem lei, porque não se arriscam a ir para a frente de um contrato sem
regulamentarem todos os aspetos.
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Os princípios Unidroit são posteriores à CISG. Chamam-se princípios Unidroit porque são
regras gerais.
O preâmbulo dos princípios Unidroit explica em que é que estes se aplicam. Estes aplicam-se a
qualquer contrato e, portanto, de alguma forma flexíveis, podendo ser utilizados para
interpretar ou suplementar instrumentos internacionais de direito uniforme.
Avarias no direito marítimo – Ver a avaria grossa e avaria simples; Ver o que é o contrato de
frete; Ver o que é um transporte marítimo; principal documento no transporte marítimo;
quem são as partes no transporte marítimo; garantias bancárias para que servem no comércio
internacional; perceber o que são os seguros em matéria de comércio internacional; Incoterms
saber para que servem, para que se usam, qual o contributo da CCI; saber a importância da
arbitragem, o que se passa relativamente ao comércio internacional; o que é a mediação, aqui
são as partes que chegam à solução, com a ajuda do mediador; problema da lei modelo; as
cláusulas típicas do contrato; Problema da autoridade no canal do Suez, este acaba por se ligar
muito ao dano, à navegabilidade, aquilo que acontece no transporte marítimo.
Acórdão sobre avarias; acórdão sobre responsabilidade pelo risco; a CISG a propósito de
incumprimento.
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