Revisão SBOT 2011 • Deformidade da coluna com aumento da cifose torácica • 1921 Holger Scheuermann =
“CIFOSE RÍGIDA DA COLUNA TORÁCICA OU
TORACOLOMBAR QUE ACOMETE ADOLESCENTES”
• Acomete igualmente ambos os sexos
ETIOLOGIA DESCONHECIDA • Característica familiar (autossômico dominante) ?? • Scheuermann necrose avascular do anel vertebral (Mais tarde: não contribui para crescimento) • Schmorl e Junghans (1971) Hérnia intraesponjosa do disco sobre a porção anterior corpo • Bado (1978) miodisplasia dos isquiotibiais • Multifatorial Desequilibrio entre as forças de tensão (posteriores) geradas pelo complexo musculoligamentar e compressão (anteriores), promovida pelos corpos e discos. Quadro clínico • Infância ou próximo a puberdade • Má postura • Cifose torácica ou toracolombar • Dor leve na região do ápice da deformidade • Hiperlordose lombar e cervical • Acentuação da deformidade com a flexão do tronco • Encurtamento de isquiotibiais e flexores do quadril • Hipotrofia dos músculos da cintura escapular • Associação com deformidades da parede anterior do tórax Aspectos radiográficos • Rx AP em ortostatismo Panorâmico e perfil com 90° de EXTENSÃO dos membros superiores. • Mensuração pelo método de Cobb – Cifose torácica normal = 20 – 45 ° • Lordose lombar normal (40 a 60°) • Observar: Irregularidades da placa subcondral, nódulos de Schmorl e encunhamento vertebral • Sorenson (1964) encunhamento maior que 5° em pelo menos 3 vértebras apicais ADJACENTES caracteriza Scheuermann • Associação com escoliose toracolombar – 15 a 20° COBB 2 Tipos de Curva • Mais frequente com ápice da cifose torácica em T7 ou T8 (T1-T3 a T12-L1) – Curva mais rígida
• + distal = com ápice em T12 e L1 (cifose
toracolombar) = – mais flexível – menos responsiva ao tratamento – acompanhada de escoliose Diagnóstico diferencial • É comum pacientes com sinais clínicos de dorso curvo, porém sem sinais radiográficos característicos curva mais flexível, sem alterações estruturais
Dorso Curvo Postural
Tratamento • Baseia-se: - Gravidade da curva - Idade - Existência de deformidade vertebral Fisioterapia • Dorso curvo postural • Deformidades discretas = – valores de Cobb < 50° • Alongamentos de isquiotibiais, flexores do quadril, peitorais e paravertebrais lombares • Fortalecimento de abdominais, glúteos, paravertebrais torácicos e escapulovertebrais • Conscientização da postura Adolescentes com cifose de até 50° sem evidência de progressão da curva devem ser seguidos clinicamente a cada 6 meses, incluindo radiografias controles. Não há necessidade de acompanhamento após a maturidade esquelética nesses casos. Indicações para intervenção na cifose de Scheuermann são: dor, deformidade progressiva e comprometimento estético. O tratamento varia com o grau da deformidade e sua flexibilidade. Critérios específicos para o uso de colete incluem paciente com curva entre 50 e 80° e pelo menos 40% de correção mediante extensão passiva. Terapia física com exercícios posturais e fortalecimento dos extensores do tronco e isquiotibiais devem ser encorajados. A hiperlordose lombar também merece atenção, sendo tratada com exercícios abdominais. Curvas com mais de 80° tendem a responder menos favoravelmente ao colete, devendo-se considerar a cirurgia nesses casos. Os coletes podem ser do tipo cervicotoracolombossacral (p.ex., Milwaukee) utilizados quando o ápice da deformidade é proximal a T7, ou toracolombossacral (p.ex., OTLS), quando os ápices são distais a T7. O regime dos coletes inclui um período inicial de uso integral (23 horas/dia), que deve ser mantido por 12 a 18 meses. A cirurgia está indicada em casos de cifose progressiva a despeito do uso de colete, dor crônica não responsiva a tratamento conservador mesmo em paciente com curvas menores (< 80°), comprometimento neurológico ou alterações estéticas graves. A rigor, a cifose representa um relativo encurtamento da coluna anterior. Com isso, a correção cirúrgica visa à restauração do comprimento da coluna anterior e/ou ao encurtamento da coluna posterior. Esses objetivos podem ser alcançados por meio de acessos anteriores à coluna vertebral, via toracotomia ou toracoscopia, associados a osteotomias posteriores. O encurtamento da coluna posterior pode se conseguido com a ressecção das facetas articulares intervertebrais e das margens de lâminas adjacentes na área cifótica, visando ganhar espaço para aplicação de instrumental de compressão. Coletes (Milwaukee) • Deformidades não-graves e flexíveis • Cobb < 70 graus (entre 50-70) • Tem que ser um paciente que tenha correção parcial da curva com extensão do tronco • Potencial de crescimento restante (12-18m) • Uso integral (22 a 23h) até a correção das deformidades • Retirado progressivamente • Uso noturno até o fim do crescimento • Retorno parcial da curva (30%) após tirá-lo Colete gessado • Casos mais graves • Cifoses > 70° e rígidas • Gesso em mesa de tração (Risser) na posição de correção da deformidade • Excelentes resultados, se aplicado de forma correta Tratamento cirúrgico • Raramente utilizada • Deformidades rígidas e graves • Fim do crescimento ou em adultos • Melhores resultados nos casos de cifose acima de 80° com deformidades estética importante • Correção em duplo acesso - Abordagem anterior ( retirada dos discos em todo o ápice da curva e artrodese de sustentação) - Abordagem posterior (instrumentação e artrodese posterior) Questões 1- o colete de milwaukee , pelas características de sua almofada de apoio, não deve ser usado no tratamento da doença de Scheuermann. ( ) certo ( ) errado
Cervico-toraco-lombar para curvas torácicas (Milwaukee)
Lombosacral para curvas toracolombares (TLSO) Questões 1- o colete de milwaukee , pelas características de sua almofada de apoio, não deve ser usado no tratamento da doença de Scheuermann. ( ) certo ( ) errado R- A deformidade uniplanar da cifose na doença de Scheuermann aceita bem as forças corretivas no plano sagital, aplicadas através do colete de Milwaukee. O príncipio de fixação em três pontos é utilizado para aplicar forças posteriormente ao esterno e pelve, a forças direcionadas anteriormente, aplicadas ao ápice da deformidade cifótica. Questões 2- Na coluna torácica, considera-se normal cifose entre 20 e 55° ( ) certo ( ) errado Questões 2- Na coluna torácica, considera-se normal cifose entre 20 e 55° ( ) certo ( ) errado R- A cifose torácica varia de entre 20 e 45°. A medida é realizada entre T2 até T12. A vértebra T7 é considerada o ápice da cifose. Em geral, A cifose acima de 50° é considerada anormal.
Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente.