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Documentos de Identidade:

das teorias tradicionais às teorias


críticas

aula 6
Nascem “estudos sobre currículo”
- Por quê?
- Didactica magna, de Comenius
- Currículo atual -> utilizado na Europa, sob influência norte-americana.
- Livro base: The curriculum, de Bobbitt (1918) -> formar
trabalhador especializado x proporcionar educação geral
- Bobbit: escola como empresa, especificando os resultados,
rumo à eficiência ->taylorismo
- Livro contraposto: The child and the curriculum, de Dewey (1902)
- Foco -> construção democrática
- Para Bobbitt, “o currículo se transforma numa questão de organização. O currículo é
simplesmente uma mecânica.”
- PALAVRA-CHAVE: desenvolvimento curricular
- Livro que consolida o currículo: Os princípios do currículo e o ensino, de Tyler (1949)
- O currículo deve ter: OBJETIVOS, CONTEÚDO, METODOLOGIA, AVALIAÇÃO
- FOCO: objetivos, que devem ser claramente estabelecidos e definidos.
- “Cada um dos modelos curriculares contemporâneos, o
tecnocrático (Bobbitt e Tyler) e o progressista (Dewey), ataca o
modelo humanista por um flanco.”
T -> destacava a abstração e inutilidade de conhecimentos
P ->distanciamento dos interesses e das experiências
Onde a crítica começa
- anos 60
- Estudos europeus: Michael Young, Althusse, Bordieu, Baudelot
- Influência latino-americana: Paulo Freire
- “as teorias críticas desconfiam do status quo”
- IMPORTANTE: não como fazer currículo, mas o que faz o currículo
- referências de Althusser com o conceito de ideologia e os AIE
- “A ideologia é constituída por aquelas crenças que nos levam a aceitar as estruturas
sociais (capitalistas) existentes como boas e desejáveis” (p.31)
- FOCO: como a escola transmite ideologia?
- conceito de reprodução de Bordieu e Passeron
Contra a concepção técnica
- fim dos anos 70 currículo técnico não mais satisfatório
- Influência da sociologia crítica (Bourdieu) e filosofia marxista (Althusser)
- FOCO: a fenomenologia RECONCEPTUALIZA a função do currículo
- “Sou-me estando no mundo” frase de Merleau-Ponty
- “A investigação fenomenológica coloca em questão, assim, as categorias do senso
comum, mas elas não são substituídas por categorias teóricas e científicas abstratas.”
(p.39)
- pontos principais: método fenomenológico e autobiográfico
A crítica neomarxista de Michael Aplle
- parte de conceitos como sociedade capitalista e dominação de classe
- aborda a relação economia E educação e economia E cultura ->reprodução cultural e
social
- o currículo é estrutural e relacional, não neutro ou desinteressado
- “...qual conhecimento é considerado verdadeiro.” (p.46)
- produção, distribuição e consumo de recursos materiais

x
- produção, distribuição e consumo de recursos simbólicos
- RELAÇÕES DE PODER
O currículo como política cultural: H. Giroux
- ponto de partida: cultura popular
- o foco na eficiência e racionalidade esquecem o caráter histórico, ético e político e
com isso contribuem para a reprodução das desigualdades sociais
- FOCO: emancipação e libertação
- “A escola e o currículo devem ser locais onde os estudantes tenham a oportunidade
de exercer as habilidades democráticas da discussão e participação, de
questionamento dos pressupostos do senso comum da vida social.” (p.55)
- professores como intelectuais transformadores
- política cultural -> pedagogia e currículo
Pedagogia do oprimido versus do conteúdo
- não pensou o currículo, mas o foco é “o que -crítica a Freire por não enfatizar a aquisição do
ensinar?” saber, mas o método
- contra educação bancário e FOCO: educação
- apropriação do saber é fonte de emancipação,
problematizadora
- relação de conhecimento e poder
construção pertinente de um currículo
- “conhecer envolve intercomunicação, - currículo é tudo que a escola faz
intersubjetividades” (p.61)
O currículo como construção social
- Nova sociologia do currículo, surgido na Inglaterra
- crítica à variante aritmética (dados de entrada e saída, por exemplo), ao
desenvolvimento conceitual
- FOCO: caráter social do conhecimento
- “... o que conta como conhecimento” (p. 66)
- currículo como invenção social
- “... quais os princípios de estratificação e de integração que

governam a organização do currículo.” (p.68)


Códigos e reprodução cultural: Basil Bernstein
- FOCO: como o currículo está estruturalmente organizado
- educação formal: currículo, pedagogia e avaliação -> todos implicados
- Currículo - > poder e controle
- Poder = classificação e Controle = forma de transmissão
- currículo coleção (não há relação entre os campos do conhecimento) X currículo
integrado (as distinções entre as áreas não são tão nítidas)
- “como as estruturas de classe se traduzem em estruturas de consciência?” (p.74)
- “O código é a gramática implícita e diferencialmente adquirida pelas

pessoas das diferentes classes (...)” (p.


Quem escondeu o currículo?
- “O currículo oculto é constituído por todos
aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem
fazer parte do currículo oficial, explícito,
contribuem de alguma forma implícita, para
aprendizagens sociais relevantes.” (p.78)
- valores e rituais

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