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Seguidores e Dissidentes de

Freud: Winnicott

Disciplina: As Teorias Psicanalíticas.


Docente: Prof.Sara Castro.
Seguidores e Dissidentes de Freud: Winnicott

 Donald Winnicott - médico


pediatra/psicanalista.

 Reconheceu a importância do
meio emocional da criança no
desenvolvimento das doenças
físicas.
Seguidores e Dissidentes de Freud: Winnicott

 Ressalta a dependência da criança em relação ao ambiente.


O ambiente é sinônimo de cuidados maternos.

 Para a criança ter uma boa estruturação psíquica é


necessário ter uma “mãe suficientemente boa” e o pai deve
dar à mãe um apoio moral, para sustentá-la em sua
autoridade.
Seguidores e Dissidentes de Freud: Winnicott

De que forma uma mãe pode ser suficientemente


boa e o pai introduzir a lei paterna?
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 O desenvolvimento do bebê passa por alguns estágios
sucessivos:

1. Fase inicial – nascimento até os seis meses.

A criança encontra-se num estado de dependência


absoluta em relação ao meio.

2. Segunda fase – seis meses aos dois anos.

A criança encontra-se num estado de dependência


relativa em relação ao meio.
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3. Rumo a independência

Relacionamento do indivíduo com os objetos


externos. O ser humano é potencialmente criativo
mas precisa de um ambiente facilitador para que se
desenvolva.
Seguidores e Dissidentes de Freud: Winnicott
 Por volta de 1941 – Winnicott tece elaborações sobre
experiências de bebês.

Artigo: “A observação de bebês numa situação


padronizada” – relata uma experiência realizada
com bebês entre 5 e 13 meses.

Ele utiliza uma espátula reluzente, objeto que é


colocado ao alcance do bebê para que ele possa
tocá-lo sem o auxílio da mãe.
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1º momento - período de hesitação.

O bebê estende a mão para a espátula mas entra num


dilema: “Ou ele pousa a sua mão sobre a espátula
com os olhos bem abertos, olha para mim e para a
sua mãe, observa e espera, ou em certos casos,
retira o seu interesse e enterra a cara na blusa da
mãe”.
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2º momento

Os sentimentos do bebê crescem e a aceitação do


seu desejo pela espátula tornar-se evidente. Há uma
mudança no comportamento (sente que a espátula
está em sua posse).

Está associado ao momento de ilusão – quando o


bebê concebe o seio como uma criação sua.
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3º momento

O bebê deixa cair a espátula para que lhe seja


restituída. Se isso acontece, manifesta grande
satisfação e posteriormente, quando lhe é devolvida,
ele a joga propositalmente no chão de forma
agressiva.

A fase termina quando o bebê deseja descer para o


chão para brincar com a espátula.
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“Ao fazer o objeto cair no chão, é também o bebê que


cai do corpo de sua mãe”

A espátula é considerada um representante do objeto


transicional (apazigua a angústia).

Isto só é possível se houver uma maternagem


suficientemente boa e uma continuidade de cuidados
(holding ou sustentação psíquica).
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 Os objetos transicionais representam o elo entre a criança e a


mãe, sustentam a falta, permitindo que a criança perceba a
incompletude do Outro.

 Função: impedir a emergência da angústia e suportar a


separação.
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 Holding (sustentação) - suporte físico e psíquico oferecido ao
bebê pelo seu cuidador que envolve uma rotina de cuidados.
Permite estabilidade do ambiente para que se sinta seguro e
protegido.

 Handling (manejo) - cuidados físicos e manuseio corporal do


bebê durante suportes básicos. Permite harmonizar a vida
psíquica (realidade interna) com o corpo (esquema corporal).
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 A criança sabe “inconscientemente” o motivo do seu conflito.

 O lugar do analista deve ser similar à situação de holding, ou


seja, de continente para as necessidades do paciente.

 A preocupação não deve ser com o diagnóstico ou com a


interpretação. O importante é estabelecer uma comunicação
espontânea com a criança.

 Não recomendava análise para todas as crianças que


apresentavam sintomas.

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