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O PAPEL DO PROFISSIONAL

ACOMPANHANTE NO CRESCIMENTO DA
AUTONOMIA INTELECTUAL E
EMOCIONAL DO ALUNO ESPECIAL

PSICOPEDAGOGAS
CRISTIANE VASCONCELOS E MARINA GABRIELLE
O QUE É INCLUSÃO ESCOLAR
• É uma prática que se preocupa com a participação de qualquer
aluno em escolas comuns, visto que é dever da instituição de
ensino adaptar a estrutura física e curricular para acolher essa
diversidade de alunos.
• A acompanhante é um profissional que, no âmbito escolar,
tem a função de intermediar a relação aluno-professor, agindo
como intérprete e tradutor do indivíduo acompanhado,
finalizando sua intervenção no momento em que a sala de aula
se torna um ambiente acolhedor para determinada criança/
adolescente. A Acompanhante pode ser um parceiro na
inclusão escolar. Porém, essa proposta de parceria é atribuída
a casos que necessitam de um manejo específico, como as
crianças diagnosticadas.
QUAL A FUNÇÃO ACOMPANHANTE OU
MEDIADOR ESCOLAR?
• O Acompanhante tem a função de trabalhar com os alunos
especiais, conforme suas limitações e potencialidades, já que
esse profissional, supostamente, terá o conhecimento da
necessidade específica da criança ou adolescente.

• Age como intérprete e tradutor da relação aluno-professor-


crianças/adolescente, e seu trabalho finaliza quando a sala de
aula passa a ser referencial de acolhimento para o aluno em
suas construções cognitivas e de aprendizagem. Em suma, o
Acompanhante serve para orientar, dar suporte e
condições, tanto ao sujeito quanto aos que interagem
com ele, para que haja um ambiente de respeito e
acolhedor para ambas as partes.
O ACOMPANHANTE:
• Tem em como objetivo proporcionar ao indivíduo o suporte necessário, por meio de sua
assistência ao indivíduo acompanhado e de atos como a potencialização dos aspectos
peculiares em sua relação a fim de que, com o tempo, possa haver condições de
generalizar esse repertório para suas relações sociais. Assim, o indivíduo se reintegra na
sociedade.
• Tem como objetivo dar significado ao que o sujeito expressa em seu sofrimento, de
forma que ele possa interagir de maneira saudável, equilibrando o seu psicológico, o seu
social e seu biológico.
• Deve possuir empatia, autonomia, firmeza em suas decisões (mas esta não deve ser
confundida com autoritarismo) e flexibilidade. A empatia é imprescindível para a
realização e fortalecimento do vínculo, pois este irá compartilhar com o indivíduo
acompanhado, alguns conteúdos pessoais que necessitam de uma sensibilidade por parte
da acompanhante. A firmeza nas decisões vai desde a escolha em se tornar da
acompanhante, até às decisões repentinas ao longo do trabalho, visto que o indivíduo
acompanhado, baseando-se na experiência da autora nessa intervenção, avalia
constantemente da acompanhante a fim de verificar suas limitações. Caso o da
acompanhante se mostre frágil e inseguro, dificulta a criação e fortalecimento de um
vínculo baseado em segurança e confiança. A autonomia, por sua vez, acompanha as
decisões rápidas, precisas e inesperadas que da acompanhante precisa tomar ao longo do
acompanhamento. E, por fim, a flexibilidade é necessária durante todo o processo, visto
que, os imprevistos são esperados na execução dessa atuação, afinal essa atividade é
realizada conforme as demandas do sujeito. Os imprevistos podem ocorrer devido a
condição desfavorável do tempo (caso seja uma atividade externa), o estado emocional
do indivíduo, a falta de disposição do mesmo, dentre outros..
Inclusão, o papel do Acompanhante (na Escola)
• Deve ser discreto(a) e deve saber se vestir de acordo com o ambiente onde ele se encontra;
• Jamais deve passar informações que não sejam relevantes para o bom aproveitamento da
criança/adolescente que ele acompanha, tanto em casa, como na escola.
• Evitar de responder o pai no horário de aula. Só em caso de emergência
• Não ficar na sala de aula conversando com o professor, somente o necessário sobre seu aluno;
• Não rir e nem valorizar as piadas dos alunos quando fazem na sala de aula. Lembre-se que você
é adulto e pedagoga;
• Evitar se envolver emocionalmente com a alunos da turma. Lembre-se ele não é seu amigo para
ficar de segredos com eles(as), falando de suas intimidade dentro da escola;
• Você só deve sair de sala para acompanhar seu aluno e não os colegas deles, exceto quando
determinar . Nunca acompanhe os alunos sem nos consultar.
• A acompanhante DEVE EVITAR FOFOCAS nosso grupo tem que ser unidos não há divisão de
segmentos.
• Deve saber qual o seu papel dentro da escola e da sala de aula: mediador, facilitador,
representante do aluno em todas as situações;
• Deve ter como meta principal ser o mediador, nunca o professor;
• Deve seguir todas as orientações passadas a ele pelo coordenador e orientador educacional da
Equipe gestora e nunca tomar decisões porque ‘decidiu que é melhor assim’. Se não concorda
com algo, ou se algo não está dando certo, deve imediatamente, comunicar à equipe e pedir uma
reunião;
• Evite usar o celular no horário de aula, exceto para pedir auxilia ao SAP quando houver
necessidade.
• A acompanhante NÃO é auxiliar de classe!!! Portanto, não deve fazer
serviços para ajudar a professora, ou ajudar algum outro aluno, como por
exemplo, colocar tênis nas crianças após uma atividade ou brincadeira.
• A acompanhante deve mediar situações com os professores e colegas,
porém, NUNCA deve chamar atenção dos colegas. Imprevistos
devem  ser comunicados ao professor responsável;
• A acompanhante não deve fazer pelo aluno, mas favorecer que o aluno
faça as atividades da melhor forma;
• É papel da acompanhante  estar sempre presente ao lado do aluno,
mediando situações, favorecendo o aprendizado, inclusive, nas aulas
complementares;
• A acompanhante deve ter em mente que ele representa o aluno e sua
família;
• A acompanhante auxilia o aluno nas atividade e avaliações. Lembre-se
que você é um mediador e não deve nunca dar a resposta para os alunos
que acompanha e nem para os demais.
• A acompanhante deve e pode cobrar de forma amigável,
do professor, a antecipação dos objetos dos
conhecimentos. Isso é essencial para que a equipe
trabalhe com os objetos de conhecimento e a criança
tenha sucesso com as mesmas, quando o conteúdo for
apresentado em sala de aula.
• Hora do recreio não é cafezinho da acompanhante!!! É
no recreio que as crianças se socializam, aproveitam o
espaço para brincar e desenvolver outras habilidades, que
a sala de aula não permite, como a motricidade ampla,
por exemplo. Portanto, neste momento o acompanhante
deve favorecer que a criança interaja com as outras e se
beneficie de todos os brinquedos do local onde estiver.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Alves, F. (2003). Inclusão – muitos olhares, vários caminhos e um
grande desafio. Rio de Janeiro: WAK.
• Caiaffa, R. A. (1991). O Acompanhamento Terapêutico e a rua. O
social como constitutivo do acompanhamento. In: Equipe de
Acompanhantes Terapêuticos do Hospital Dia – A CASA (Org). A
rua como espaço clínico – Acompanhamento Terapêutico. São
Paulo: Escuta.
• Carvalho, R. E. Temas em Educação Especial. Rio de Janeiro:
WVA. (2004). Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto
Alegre: Mediação.
• Lopes, R. P. V. & Marquezan, R. (2000). O envolvimento da
família no processo de integração/inclusão do aluno com
necessidades especiais. Disponível em:
http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2000/01/a3.htm. Acesso em 19
abr. 2008.
• Santana, A. Z. (2005, out.). Como enfrentar os desafios da inclusão
de crianças especiais no Brasil? Brasil Responsável, 15, 31-33.

• http://abapsicologiacomportamental.blogspot.com.br/
2012/03/inclusao-o-papel-do-acompanhante.html

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