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CONCEITOS BÁSICOS DE HISTÓRIA

Política: Política é a
O conceito de política tem
atividade
origem no grego politikós,
da governança, do Estado e
uma derivação de polis que
das relações de poder e
significa "cidade" e tikós,
também uma arte de
que se refere ao "bem
negociação para
comum".
compatibilizar interesses.

POLÍTICA A política é a atividade


própria da cidade, refere-se
às relações humanas em
O significado de política
um espaço comum,
está, em geral, relacionado
dividido e negociado entre
com aquilo que diz respeito
os indivíduos. Já o sistema
ao espaço público e ao bem
político é uma forma de
dos cidadãos e sua
organização e governo que
administração.
engloba instituições
políticas que compõe um
Estado.
Monarquia e República são os sistemas políticos
tradicionais. Dentro de cada um desses sistemas podem
ainda haver variações significativas ao nível da organização.
Por exemplo, o Brasil é uma República Presidencialista,
enquanto Portugal é uma República Parlamentarista.

O termo também pode ser utilizado como referência a

POLÍTICA um conjunto de regras ou normas de um determinado


grupo e a forma de relacionamento entre pessoas para
atingir um objetivo em comum.

Assim, a política de uma empresa, por exemplo, são regras


implícitas definidas pela sua visão, missão, valores e
compromissos com os clientes.
CONCEITO BÁSICOS DE HISTÓRIA
ECONOMIA
• Economia é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção,
distribuição e o consumo  de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de
vida.
• Economia Capitalista é a organização das atividades econômicas por meio do mercado,
baseada na propriedade privada e na qual a grande maioria das transações é mediada pelo
dinheiro.
• A Ciência Econômica é uma ciência social, que estuda o funcionamento da Economia
Capitalista, sob o pressuposto do comportamento racional do homem econômico, ou seja,
da busca da alocação eficiente dos recursos escassos entre inúmeros fins alternativos. Nesse
sentido, a Ciência Econômica visa compreender como a Economia resolve os três problemas
econômicos básicos: 1) O quê e quanto produzir? 2) Como produzir? e 3) Para quem
produzir? Ou seja, o estudo da eficiência e da equidade. Contudo, no mundo
contemporâneo, a sustentabilidade da produção para as gerações futuras se impõem como
um quarto problema econômico básico, exigindo que se repense o crescimento econômico
e o próprio sentido coletivo do consumo em permanente expansão sem propiciar um
verdadeiro bem-estar às sociedade humanas.
• A Ciência Econômica possui diversas correntes e divisões. Do
ponto de vista da corrente neoclássica, a Economia é estudada
em dois níveis: a Microeconomia e a Macroeconomia.
• A Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que estuda a
formação de preços, a principal variável que orienta a alocação
de recursos no contexto das Economias Capitalistas. Discute a
funcionalidade do mercado para garantir a  organização e
distribuição eficientes dos recursos escassos. Sua unidade de
análise são os mercados específicos, examinando o
ECONOMIA comportamento e a interação dos agentes (consumidores e
produtores).
• A Macroeconomia é o ramo da Ciência Econômica que estuda
o comportamento da Economia como um todo, tendo como
focos o Produto, o Emprego, a Inflação, e o Comércio
Internacional. É o campo que embasa a atuação do  Estado em
suas três funções fundamentais: Alocativa, Distributiva e
Estabilizadora.
CONCEITOS BÁSICOS DE
HISTÓRIA CULTURA
CULTURA

Em virtude de ser uma


Cultura é um termo
palavra derivada do latim
bastante explorado
que deu origem tanto a
pela Antropologia, ciência
expressões de cuidado e
que surgiu na mesma
cultivo quanto a
época em que
expressões que designam
a Sociologia e visa a
conjuntos de
analisar as sociedades
conhecimentos e hábitos
humanas a partir de sua
de determinadas
produção cultural, indo
sociedades, é difícil
das mais elementares
realizar o seu
formas de organização
esgotamento conceitual.
social até as mais
Consideramos o conceito
complexas.
de cultura polissêmico
CULTURA

Focando no termo cultura observado pelo viés


da Sociologia e da Antropologia, podemos dizer que “é
por meio da cultura que buscamos soluções para
nossos problemas cotidianos, interpretamos a
realidade e produzimos novas formas de interação
social”.

Para Claude Lévi-Strauss, não é possível estabelecer


uma hierarquização das culturas, ou seja, em termos de
cultura, não existe melhor ou pior, mais desenvolvido
ou menos desenvolvido, mas sim culturas distintas, que
florescem junto a outros elementos das diversas
estruturas sociais.
• Tipos e exemplos de cultura
• Podemos estabelecer três tipos básicos de cultura,
tomando uma concepção restrita da palavra que se refere
mais ao ambiente estético e artístico do que a um conjunto
de saberes coletivos. Esses tipos são:
• Cultura erudita
• A cultura erudita, muitas vezes utilizada como sinônimo de
CULTURA uma cultura muito desenvolvida esteticamente e de alto
valor, é um termo que, quando empregado, pode resultar
em uma visão etnocêntrica. Cultura erudita é a cultura
criada por uma elite, econômica, social ou intelectual, que
tenta se sobrepor aos outros tipos de cultura por meio de
sua própria classificação.
CULTURA ERUDITA
CULTURA

• Cultura popular
• CULTURA POPULAR
• É a expressão cultural geral de um povo que, em
muitos casos, em especial em países como o
Brasil, está fora do eixo erudito, por ser uma
CULTURA manifestação popular criada por povos
marginais, ou seja, que estão à margem da
sociedade, fora das elites.
• Se pensarmos no Brasil, temos uma vasta e rica
cultura nordestina, nortista, sertaneja e indígena
e, nos centros urbanos, das periferias e favelas,
as quais não se enquadram ao padrão erudito,
pois a nossa “erudição cultural” importou
padrões essencialmente europeus.
CULTURA

• Tomemos, como exemplos, a cultura indígena;


o cordel nordestino; a literatura de Ariano Suassuna (de
uma estética linguística erudita, no sentido de rebuscada,
mas partindo de elementos da cultura nordestina); a
música sertaneja de raiz; o samba, que foi rechaçado
pela cultura erudita por muito tempo por ter surgido
como expressão cultural dos negros, descendentes de
escravos e favelados; o rap brasileiro e o funk carioca
autêntico (o funk carioca de origem, sem a interferência
da indústria cultural), que hoje passam pela mesma
discriminação que o samba sofreu no início do século XX.
• Essas mudanças de visão demostram que os padrões
culturais e estéticos mudam ao longo do tempo. O
mesmo aconteceu com o jazz, nos Estados Unidos, que
era visto como uma cultura inferior por ter suas raízes
fincadas nos negros escravizados, mas hoje possui o
status de cultura erudita.
• CULTURA DE MASSA
• O termo cultura de massa foi cunhado pelos filósofos
e sociólogos da Escola de Frankfurt (considerados
pensadores da teoria crítica): Theodor Adorno e Max
Horkheimer. A ideia de cultura de massa perfaz uma
noção de que existe um tipo de produção
cultural industrial para satisfazer as necessidades de
uma indústria capitalista, que vende os seus produtos
CULTURA culturais como se fossem algo que se compra em um
supermercado.
• Nesse sentido, a indústria cultural apropria-se da
arte e faz dela um subproduto produzido em
massa para render lucros a uma indústria, que pode
ser cinematográfica, televisiva, musical ou das artes
plásticas.
• A cultura de massa está estreitamente ligada ao consumo.
As propagandas que são veiculadas na televisão e na
internet têm o propósito de levar o espectador a consumir
os produtos propagados. Não obstante, às propagandas
também são veiculados ideais de vida. Do mesmo modo que
as propagandas passam tais ideais, a cultura de massa
também é utilizada com tal objetivo. Filmes, novelas,
músicas, séries e estampas comerciais são exemplos desse
tipo de cultura.
CULTURA • A indústria de bens de consumo aliou-se à indústria cultural
para propagar os seus ideais. Nesse sentido, a indústria
cultural virou uma maneira vender os produtos do mercado,
além de propagar os ideais de vida burgueses do
capitalismo. Nesse sentido, a cultura de massa é uma
espécie de propaganda daquilo que é vendido como padrão
de vida, além de ser uma espécie de produto autônomo,
que sustenta a lógica do consumo capitalista.
CULTURA
NAÇÃO
NAÇÃO

Nação é um termo utilizado para se referir a um


Para sustentar o andamento de uma nação, sob
grupo de pessoas ou habitantes que
o ponto de vista cultural, os cidadãos adotam os
compartilha de uma mesma origem étnica, de
mesmos costumes, os mesmos padrões morais
um mesmo idioma e de costumes relativamente
que regem o que é certo e o que é errado, uma
homogêneos, ou seja, semelhantes entre os
mesma religião e os mesmos hábitos sociais.
seus pares. Além de apresentar todos esses
Além disso, há sempre uma busca por uma
aspectos, uma nação para ser considerada
coesão espacial ou geográfica, ou seja, uma
como tal precisa agregar um sentimento de
constante procura para que os indivíduos de
pertença ao todo desse grupo, ou seja, é
uma mesma nação se mantenham sempre
preciso haver uma vontade por parte dos
próximos e unidos em um mesmo local.
indivíduos em formarem uma nação.
TERRITÓRIO
TERRITÓRIO

• Território é um espaço delimitado e apropriado por relações de poder. O território político


seria aquele em que há uma divisão estabelecida por direitos e legislações
internacionalmente reconhecidas e que asseguram a autonomia e a soberania de um
determinado povo. Assim, podemos dizer que um Estado (com “E” maiúsculo, diferente
de estado, que corresponde a uma província), para se constituir, precisa estabelecer o seu
território.
• Dessa forma, podemos compreender que a grande maioria das nações – após o advento da
modernidade e da difusão do modelo europeu de Estado por todo o mundo – passou a
buscar a constituição fixa de seus respectivos países, que passariam a ser considerados
como Estados Nacionais ou Estados-nações. Mas engana-se quem pensa que um Estado
seja necessariamente detentor de um território em que se encontra apenas uma nação. Ao
contrário, a maioria dos países agrega, em um mesmo território, várias nações,
constituindo aquilo que se denomina por Estados multinacionais, a exemplo do Brasil.
NAÇÃO

E é justamente esse descompasso entre Estado e


Nação existente em diversos lugares que manifesta a
Apesar de ser possível o estabelecimento de um
maior parte dos inúmeros conflitos étnicos ou zonas
Estado com múltiplas nações, existem aqueles que
de instabilidade política em todo o mundo. Um
advogam a ideia de que um país deve ser mantido
exemplo é a Espanha: esse país é composto por
apenas por uma nação específica, ou seja, o Estado
inúmeros troncos étnicos ou nações, algumas delas
deve ser uma nação necessariamente. Esses são
com fortes sentimentos separatistas, como os catalães
chamados de nacionalistas, que buscam garantir que
e os bascos. Em outros casos, existem conflitos entre
uma nação seja sempre governada por um de seus
nações diferentes pela disputa de um mesmo
membros, sempre a serviço de seus interesses
território, como é o que acontece no conflito entre
específicos.
Israel e Palestina, que, é claro, transcende os valores
nacionais e se estabelecem em razões geopolíticas.
NAÇÃO
ESTADO

O Estado é uma entidade com poder soberano para governar um povo dentro de uma
área territorial delimitada. Assim, pode-se dizer que os elementos constitutivos do
Estado são: poder, povo, território, governo e leis.

Para o sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), o que define o Estado é o monopólio


do uso legítimo da força. Isto é, dentro de determinados limites territoriais, nenhum
outro grupo ou instituição além do Estado tem o poder de obrigar, cobrar, taxar e punir.
ESTADO

Para além do seu papel de prestador Na sua forma moderna, o Estado é


de serviços, o Estado é uma entidade constituído por um conjunto de
política que exerce poder soberano instituições permanentes que
dentro de um determinado território, organizam e controlam o
e esse poder soberano é geralmente funcionamento da sociedade. Os
aceito como legítimo pelas pessoas chamados três poderes (executivo,
que a ele se submetem (no caso de legislativo e judiciário) dividem entre
uma democracia, os cidadãos). si essas funções.
ESTADO

• Diferenças entre Estado e Governo

• Governo é um grupo de pessoas que governa (dirige, administra) o Estado. Portanto, a


principal diferença entre os dois é que o governo é um órgão que faz parte do Estado,
cumprindo as funções de gerir os mais diversos serviços públicos e executar as leis.
• De um modo geral, governos têm caráter transitório. Isso se verifica sobretudo nas
democracias, onde há alternância de poder. Na democracia brasileira, por exemplo, o
grupo político que ocupa o governo pode ser substituído de quatro em quatro anos
(quando há eleições). Nas ditaduras, governos podem durar décadas. Já o Estado tem
caráter permanente - costuma-se dizer que os governos passam, mas o Estado fica.
ESTADO

• Diferenças entre Estado e Nação

• Nação é um grupo de pessoas que se


mantêm unidas por "laços sociais" que
criam uma espécie de identificação entre
elas. Uma nação pode ser definida como
sendo um grupo que possui uma
"personalidade própria", unido por
interesses comuns e por traços culturais.
Já o Estado é uma entidade que exerce o
poder soberano dentro de um
determinado território. Para existir, a
nação depende de um sentimento de
pertencimento. O Estado está ligado à
questão do poder.
ESTADO
ATIVIDADES
“O senador José Medeiros (Pode-MT) fez críticas aos governos do PT, responsabilizando a ex-
presidente Dilma Rousseff por muitos dos problemas vividos hoje pelo país. No Plenário, nesta
sexta-feira (16), ele disse que órgãos e entidades estatais foram aparelhados de tal forma que
causou o travamento do Brasil.Fonte: Agência Senado”
“(...) Bolsonaro conseguiu colocar à prova o funcionamento das instituições do Estado sob seu
comando, fazendo um modelo de aparelhamento da máquina pública nunca visto, ora de forma
escancarada, ora camuflada. Utilizou as pastas dos ministérios, fundações públicas e agências para
fomentar políticas contrárias às finalidades para as quais foram criadas, destruindo o que havia e
perseguindo servidores.”
ATIVIDADES
A ideia de que tem havido um aparelhamento do Estado pelo governo federal é recorrente em discussões de articulistas de jornais, fóruns de discussão e até mesmo no discurso de vários políticos.

Analisando a tabela, que mostra dados a respeito do funcionalismo público federal de 1991 a 2010, torna-se evidente que essa hipótese é um mito:

1. De 1990 a 2002, a tendência era de queda no número de funcionários públicos ativos. O ano de 2002 foi particularmente marcante: apenas 30 funcionários foram admitidos por concurso público;

2. Desde 2003, a tendência tem sido de crescimento do número de funcionários públicos federais. O quadro de funcionários aumentou de 809.975 em 2002 para 970.605 em 2010, um acréscimo de
160.630 pessoas;

3. 155.534 foram admitidos por concurso público desde 2003. Mesmo com o aumento do número de funcionários públicos, em 2010 a administração federal tinha 21.391 funcionários a menos do
que em 1991;

4. Considerando a população de 1991, de 146.815.815, e a de 2010, 190.755.799 (dados do IBGE), o número de funcionários por 1000 habitantes era de 6,76 em 1991 e de 5,09 em 2010. Portanto, o
estoque de funcionários públicos federais caiu em relação à população total;

5. No Censo 2000, a população brasileira era de 169.872.856e o número de funcionários públicos federais era de 864.408, o que resulta em 5,09 funcionários públicos por 1000 habitantes. A mesma
taxa de 2010.

Diante dessas evidências, fica difícil falar em aparelhamento do Estado, pelo menos olhando somente os dados brasileiros.

Houve apenas uma recomposição do quadro de funcionários, que tinha clara tendência de queda, pelo menos até 2002, sem que a taxa de crescimento deste superasse a taxa de crescimento
populacional.

Será que essa conclusão fica diferente em comparativas internacionais? Conforme o gráfico, formulado com base em informações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o número de
servidores públicos (desta vez incluídos os demais entes federativos e as estatais) por mil habitantes evidencia que o Brasil tem um número baixo de funcionários públicos comparado a outros países.

A própria noção de que o aparelhamento do Estado é ruim é uma herança do período em que o seu desaparelhamento estava acontecendo. A palavra tomou uma acepção negativa, associado à
utilização da máquina pública em benefício próprio, que não necessariamente lhe corresponde.

Afinal, para prestar serviços públicos adequados, fiscalizar a atuação política e o gasto público, para investigar crimes e planejar o desenvolvimento da nação, é necessário que o setor público possua
um quadro mínimo de funcionários. No fundo, a crítica ao “aparelhamento” do Estado nada mais é do que um retorno à velha defesa de um estado mínimo.
ATIVIDADES
1. Após a leitura dos textos, explique o que é aparelhamento do
Estado e por quê isso é negativo?
2. Explique o que é Estado mínimo.

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