- Art. 5º, XXXV, da Constituição da República - “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito.”.
- Princípio do acesso à Justiça em sentido lato engloba três princípios: a) Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional – Não pode a lei, muito menos o pronunciamento judicial, vedar ou inibir a concessão de uma tutela provisória. b) Princípio do direito de ação (ou do acesso à Justiça em sentido estrito) – Sua concepção desbordou os limites da possibilidade de propor uma ação para alcançar a plena e adequada atuação das faculdades oriundas do processo, inclusive quanto a tudo que se pode obter mediante o manuseio de uma tutela provisória.
c) Principio da efetividade da tutela jurisdicional – O
ordenamento jurídico deve ser completo, permitindo a quem dele se utiliza a exata satisfação da sua pretensão. A ausência de uma via processual adequada, também no que toca a prevenção, não pode impedir ou esgarçar a realização do direito material, sob pena de uma inaceitável incompletude desse ordenamento. 02. Estrutura normativa.
- CPC de 1973 – Livro para tutela cautelar, com alguns dispositivos
que não apresentavam natureza cautelar (ex.: alimentos e demolição de prédio). - Lei nº 8.952, de 13 de dezembro de 1994 – Inseriu clausula geral para a antecipação de tutela (poder geral de antecipação), que já existia no sistema em algumas situações específicas (ex.: possessórias e mandado de segurança). - Quebra da harmonia do sistema – Divergência quanto à aplicação das normas referentes à tutela cautelar para à tutela antecipada (ex.: caução e responsabilidade pela perda da eficácia). - CPC de 2015 – Restabeleceu a coerência do sistema tratando das tutelas provisórias no Livro V, da Parte Geral do código, o que significa que seus dispositivos se aplicam para todo sistema processual. - Divisões do livro:
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.
TÍTULO II - DA TUTELA DE URGÊNCIA.
Capítulo I – Disposições Gerais. Capítulo II – Do procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente. Capítulo III – Do procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente.
TÍTULO III - DA TUTELA DA EVIDÊNCIA.
- Divergência quanto à denominação: a) Tutela provisória (produz eficácia até que um provimento definitivo a substitui) X b) Tutela temporária (produz eficácia por certo tempo, independente de um novo provimento).
- Proto Pisani – Enquanto o provimento (tutela) é sempre provisório,
seus efeitos podem ser ou não definitivos conforme a decisão final.
- O perfil que o nosso sistema processual atribuiu a essas espécies de
tutela permite classifica-las como tutelas provisórias, uma vez que, em situação de normalidade, estão destinadas a produzir eficácia até que sobrevenha uma decisão fundada em cognição exauriente, apta a resolver de modo definitivo a pretensão levada a juízo. 03. Classificação. (art. 294)
- Tutela provisória (quanto à natureza): a) tutela de urgência e b) tutela da evidência.
- Tutela de urgência (quanto à satisfação): a) antecipada e b) cautelar.
- Tutela antecipada (quanto ao momento): a) antecedente e b) incidente.
- Tutela cautelar (quanto ao momento): a) antecedente e b) incidente. 04. Eficácia - Ao contrário do que diz textualmente o art. 296, do CPC, não é a pendência do processo que delimita a eficácia da tutela antecipada, mas sim as seguintes situações:
a) produz eficácia enquanto não for modificada por uma
decisão que lhe altera, seja em grau de recurso, seja pelo próprio magistrado.
b) quando a decisão relativa ao pedido principal é
prolatada e passa a produzir efeitos, modificando ou absorvendo os efeitos da tutela provisória. c) nas hipóteses específicas de cessação da eficácia da tutela cautelar antecedente, previstas no art. 309;
d) em situações excepcionais, nas quais o
magistrado pode atribuir ultra atividade a tutela concedida. Neste caso, mesmo encerrado o processo, continuará a medida a produzir eficácia. 05. Efetivação da tutela provisória.
- Art. 297 – Quais são as “... medidas adequadas
para efetivação da tutela provisória”.
- CPC de 1973 e tipicidade dos meios executivos.
Posterior inserção dos art. 461 e 461-A. Falta de norma para alcançar as execuções por quantia.
- Efetividade e incompletude do sistema
executivo. - CPC de 2015 – Inserção no sistema do Poder Geral de Coerção - “O art. 139, IV, do CPC, apresenta a regra matriz do ‘Poder Geral de Coerção’, que pode ser definido como ‘o poder que a lei confere ao juiz para determinar, conforme as exigências do caso concreto e visando a efetividade da tutela executiva, medidas coercitivas diversas das que são expressamente previstas na legislação processual.”.
- Essas medidas “adequadas para efetivação da tutela
provisória” (art. 297) nada mais são do que as medidas executivas atípicas que o juiz pode determinar com base no Poder Geral de Coerção, previsto no art. 139, IV, do CPC. 06. Generalidades.
- Art. 298 – Fundamentação da decisão.
- Art. 299 – Competência:
a) a competência no caso de causa em que se pleiteia tutela antecedente; b) a competência no caso de pedido incidente de tutela provisória; c) a competência no caso de ação originária de tribunal; d) a competência no caso de tutela provisória recursal.
- Competência para decidir a medida provisória entre a publicação
da sentença e a interposição do recurso de apelação.