Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A utilidade
da lógica
Exemplos Exemplos
As casas são brancas. As casas são amarelas. As casas são brancas ou as casas são amarelas.
Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.
Deus existe. O mundo foi criado por Deus. Se Deus existe, então o mundo foi criado por ele.
Eu sou jogador de futebol. Eu não sou jogador de futebol.
Proposições
Simples Complexas
verdadeira
As proposições simples ou elementares são aquelas
proposições que não têm qualquer conectiva
proposicional (“se… então”, “e”, “ou”, “não”, entre
outras).
(P Ʌ Q).
A. Se não é verdade que a vida tem sentido, então Deus
existe.
B. ¬ (P → Q)
Do mesmo modo, é diferente afirmar (C)
. e (D):
C. (P Ʌ (Q → R))
Na proposição (D) já não se afirma que é
verdade que Deus existe, mas sim que se for
.
verdade que Deus existe e a vida tem sentido,
então também será verdade que há entrega
ativa a projetos de valor.
D. ((P Ʌ Q) → R)
•Prática de formalização
P = Deus existe.
Q = Há mal no mundo.
(P → ¬Q), Q ∴ ¬P
•Funções de verdade e Tabelas de verdade
V F Só P é verdadeira
F V Só Q é verdadeira
V F V
F V F
Conjunção
Regra: A conjunção é verdadeira se, e apenas se, as
proposições que a compõem forem ambas verdadeiras.
P Q (P Ʌ Q)
V V V
V F F
F V F
F F F
Disjunção inclusiva
Regra: A disjunção inclusiva só é falsa se, e apenas se, as
proposições que a compõem forem ambas falsas.
P Q (P V Q)
V V V
V F V
F V V
F F F
Disjunção exclusiva
Regra: A disjunção exclusiva só é falsa se, e apenas se, as duas
proposições que a compõem tiverem o mesmo valor de verdade.
P Q (P V Q)
V V F
V F V
F V V
F F F
•Funções de verdade e Tabelas de verdade
Disjunção exclusiva
Uma disjunção exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma
das suas frases disjuntas for verdadeira.
•Funções de verdade e Tabelas de verdade
Disjunção exclusiva
Uma disjunção exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma
das suas frases disjuntas for verdadeira.
Regra: Uma proposição condicional é falsa se, e apenas se, a
antecedente (condição) for verdadeira e a consequente falsa.
P Q (P → Q)
V V V
V F F
F V V
F F V
O que são condições
suficientes? E condições
necessárias?
P→Q
Tudo o que é P é Q,
Tudo o que é P é Q mas nem tudo o que é
Q é P.
P→Q
Condição Condição
suficiente necessária
Estou em
Estou em Portugal.
Santarém.
Bicondicional ↔
P Q (P ↔Q)
V V V
V F F
F V F
F F V
P↔Q
É H2O. É água.
Depois na penúltima variável alterna “V” e “F” em grupos de dois,
seguidamente para a antepenúltima em grupos de quatro e assim por
diante até completar as combinações de valores de verdade das
variáveis. Como nos seguintes exemplos:
OPERADORES VEROFUNCIONAIS
.
Símbolo Leitura Formas proposicionais
não Negação
e Conjunção
Constantes
lógicas ou Disjunção
→ se..., então Condicional
↔ se, e só se Bicondicional
Forma lógica Exemplos
P Não P. Deus não existe.
PQ P e Q. Deus existe e a vida tem sentido.
.
PQ P ou Q. Deus existe ou a vida tem sentido.
P→Q Se P, então Q. Se Deus existe, então a vida tem sentido.
P↔Q P se, e só se, Q. Deus existe se, e só se, a vida tiver sentido.
Operador singular,
Aplica-se apenas a uma proposição. «Não».
unário ou monádico
Tautologias ou
verdades lógicas
P Q (P Q) → P
V V V V
V F F V
F V F V
F F F V
•Valor de verdade de proposições compostas
Contradições ou
falsidades lógicas
Fórmulas
. proposicionais que são sempre falsas, independentemente do valor
de verdade das proposições simples que as compõem.
P Q ( P Q) ↔ (P Q)
V V F F F F V
V F F V V F F
F V V V F F F
F F V V V F F
•Valor de verdade de proposições compostas
Contingências ou proposições indeterminadas
P Q R (P Q) → R
V V V V V
V V F V F
V F V V V
V F F V F
F V V V V
F V F V F
F F V F V
F F F F V
Denominam-se contingentes as
fórmulas que tenham o valor V em
pelo menos uma circunstância e,
simultaneamente, o valor F em pelo
menos uma circunstância.
Operações Lógicas e Tabelas de Verdade
P Q R
[ (P V ( Q ^ R )] (¬ R P)
V V V V V V F V
V V F V F V V V
V F V V F V F V
V F F V F V V V
F V V V V V F V
F V F F F V V F
F F V F F V F V
F F F F F V V F
(2) (1) (5) (3) (4)
.
•Funções de verdade e Tabelas de verdade
Disjuntas
Disjunção
Q: Locke era empirista. disjunção inclusiva
inclusiva
P Q PQ
P Q (P ou Q) V V V
. Descartes era racionalista ou V F V
Locke era empirista. F V V
F F F
A disjunção inclusiva é uma proposição com a forma «P ou Q», simbolizando-se por «P Q», a qual será
sempre verdadeira, exceto quando P e Q forem simultaneamente falsas.
Tabela de verdade da
Disjunção P: Vou ao cinema. disjunção exclusiva
exclusiva Q: Fico em casa. P Q PQ
V V F
P Q (Ou P ou Q)
V F V
Ou vou ao cinema ou fico em F V V
casa. F F F
A disjunção exclusiva é uma proposição com a forma «Ou P ou Q», simbolizando-se por «P Q», a qual é
verdadeira se P e Q possuem valores lógicos distintos e falsa se P e Q possuem o mesmo valor lógico.
•Funções de verdade e Tabelas de verdade
Tabela de verdade da
Condicional P: Marco golos. condicional
(implicação Q: Sou desportista.
P Q P→Q
material)
P → Q (Se P, então Q) V V V
. Se marco golos, então sou V F F
desportista. F V V
F F V
Expressões
Antecedente É uma condição suficiente
alternativas
(P) para o consequente.
Sou desportista, se marco golos.
Sou desportista, caso marque golos. Consequente É uma condição necessária
Desde que eu marque golos, sou desportista. (Q) para o antecedente.
Ser desportista é condição necessária para eu
A condicional é uma proposição
marcar golos.
composta com a forma «Se P, então
Marcar golos é condição suficiente para eu ser
Q», simbolizando-se por «P → Q», a
desportista.
qual só é falsa se P – o antecedente –
Se marco golos, sou desportista.
é verdadeira e Q – o consequente – é
Não sou desportista, a menos que marque golos.
falsa. Em todas as restantes
situações, a nova proposição é
verdadeira.
•Funções de verdade e Tabelas de verdade
Tabela de verdade da
Bicondicional P: Sou escritor. bicondicional
(equivalência Q: Publico livros.
material) P Q P↔Q
.
P ↔ Q (Se, e só se) V V V
Sou escritor se, e só se, publico V F F
livros. F V F
F F V
Expressões
alternativas
Sou escritor se, e somente se, publico livros. A bicondicional é uma proposição
Sou escritor se, e apenas se, publico livros. composta com a forma «P se, e só se,
Publicar livros é condição necessária e suficiente Q», simbolizando-se por «P ↔ Q», a
para eu ser escritor. qual é verdadeira se ambas as
Se sou escritor, publico livros e vice-versa. proposições tiverem o mesmo valor
lógico e falsa se as proposições
tiverem valores lógicos distintos.
Operadores Verofuncionais
Argumento 2
Se há pobreza extrema, então não há dignidade
humana. Há dignidade humana. Logo, não há
pobreza extrema.
Tradução e avaliação de argumentos
Tradução e avaliação de argumentos
P
Q
P∧Q
V
P Q P → ¬Q Q ∴ ¬P
V
V V V F
V
F
F
V F V
F
V F V F
F
F
F
F F V
F
Tradução e avaliação de argumentos
P Q P → ¬Q Q ∴ ¬P
P
Q
P∧Q
V
V V F F
V F V V
V
V
V
F
F
F V V F
F
V
F
F
F
F
F F V V
Tradução e avaliação de argumentos
P
Q
P∧Q
V
P Q P → ¬Q Q ∴ ¬P
V
V V V F F V F
V
F
F
V F V V F F
F
V F V V F V V
F
F
F
F F V V F V
F
Tradução e avaliação de argumentos
P
Q
P∧Q P Q P → ¬Q Q ∴ ¬P
V
V
V V V F F V F
V
F
F
V F V V F F
F
V F V V F V V
F
F
F
F F V V F V
F
Trata-se de um argumento válido, pois
na única circunstância em que as
premissas são todas verdadeiras, a
conclusão também o é.
•Inspetores de circunstâncias
Inspetores de
Argumento Interpretação Formalização
circunstâncias
Se sou português,
então sou conhecedor
Num inspetor de P: Sou português. P→Q
de Camões.
.
circunstâncias, um Sou português.
Q: Sou conhecedor de P
argumento válido será Camões. Q
Logo, sou conhecedor
aquele no qual não de Camões.
existe nenhuma linha
que torne todas as Nota: Em vez do símbolo , também poderemos usar o símbolo ,
premissas verdadeiras que se designa por «martelo semântico». Ambos se leem «Logo»,
e a conclusão falsa. um indicador de conclusão.
(P) (Q)
Se corro, então sinto-
P→Q
. me bem. P: Corro.
Q
Sinto-me bem. (Q) Q: Sinto-me bem.
P
Logo, corro.(P)
P Q R P → Q, Q→R P→R
V V V V V V Estamos perante um
V V F V F F argumento válido, pois nas
V F V F V V circunstâncias em que
V F F F V F ambas as premissas são
F V V V V V verdadeiras, a conclusão
F V F V F V também o é.
F F V V V V
F F F V V V
•Aplicação da lógica para avaliar argumentos filosóficos
(P Ʌ Q) → R), P, Q ∴ R
Quarto, o passo seguinte é construir um inspetor de
circunstâncias:
.
(P Ʌ Q) → R), P, Q ∴ R
Quinto, por último resta fazer a análise do inspetor de
circunstância para determinar se o argumento é válido ou
inválido.
.
O argumento que se está a examinar é válido, pois
não existe qualquer circunstância (linha) em que todas as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
Exemplo Formalização
Exemplo Formalização
Se viajar , então aprendo novas coisas.
Silogismo Se aprendo novas coisas, então torno- P→Q
hipotético me melhor pessoa. Q→R
Logo, se viajar, então torno-me melhor P → R
pessoa.
Leis de De Exemplo Formalização
Morgan:
Não é verdade que fumo e que tenho
indicam-nos (P Q)
saúde.
que de uma P Q
Negação Logo, não fumo ou não tenho saúde.
conjunção da
negativa conjunção Exemplo Formalização
podemos
Não fumo ou não tenho saúde.
inferir uma PQ
Logo, não é verdade que fumo e que
disjunção (P Q)
tenho saúde..
de
negações; Exemplo Formalização
----------------
E que de Não é verdade que há sol ou chuva. (P Q)
uma Logo, não há sol e não há chuva. P Q
Negação
disjunção
da
negativa disjunção Exemplo Formalização
podemos
inferir uma Não há sol e não há chuva.
PQ
conjunção Logo, não é verdade que há sol ou
(P Q)
chuva.
de
negações.
•Formas de inferência inválidas – falácias formais
Falácia da
afirmação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q
consequente Dizes-me sempre a verdade. Q
Logo, és meu amigo. P
Exemplo Formalização
Falácia da
negação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q
antecedente Não és meu amigo. P
Logo, não me dizes sempre a verdade. Q
. Exemplo 1 Formalização
Exemplo 2 Formalização
P: Tenho livros. Se tenho livros, então estudo e sou feliz. P → (Q R)
Q: Estudo. Não é verdade que estudo e que sou feliz. (Q R)
R: Sou feliz. Logo, não tenho livros. P
Exemplo 2 Formalização