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A aprendizagem*

Geíse Pinheiro Pint0


Introdução
 Hábito versus aprendizagem
 Hábito: comportamento quase que automático;
 Importância: motivação e percepção;

 Aprendizagem: modificação da capacidade de um indivíduo de realizar uma tarefa.


Não somente a aquisição de conhecimentos, mas também mudanças de hábitos e de
condutas do indivíduo;
 O que não é aprendizagem?
 Amadurecimento (desenvolvimento normal do organismo);
 Senescência (processo de envelhecimento)

 Qual a importância da aprendizagem?


 Melhor adaptação do indivíduo ao meio ambiente.
O que é aprender?
 Aprender que...(Informar-se, obter esclarecimento, adquirir uma
informação);
 Essa capacidade depende de algo? Sim! Do amadurecimento das estruturas
intelectuais e também do próprio educando!
 Aprender a...(adquirir um saber-fazer, uma habilidade, uma
competência, saber ser)
 Depende de algo essa capacidade? Somente do educando! Ele pode aprender por
cópia ou por estudo e dedicação; A segunda opção é sempre a melhor, pois:
 Saber fazer não é saber imitar; é poder adaptar sua conduta à situação; é enfrentar situações
imprevistas; é conseguir improvisar onde os outros não fazem senão repetir; é conseguir agir
inteligentemente.
O que é aprender?
 Aprender...(instruir-se, compreender, apreender o sentido e o
alcance de alguma coisa, adquirir o poder de ação que o
aprendizado pressupõe);
 Isso pressupõe o quê? Uma atitude aberta para a experiência; pois:
 O indivíduo que aprende é ativo, não passivo. Só se aprende realmente por si

mesmo, que isso aconteça na escola ou na vida.

 Aprender pressupõe disposições pessoais e capacidade como a segurança


psicológica, o espírito aberto, a curiosidade, uma atitude voltada para a reflexão,
uma atitude analítica, imaginação, criatividade e espírito de colaboração.
Como aprender?
 Aprendizagem comporta três estágios: (1) motivação para
aprender; (2) experiência da aprendizagem e (3) aquisição de
conditas eficazes;

 A aprendizagem não acontece da mesma forma para todo o


mundo porque há diferenças individuais, sejam elas aptidões,
capacidade de aprendizagem, disposições pessoais ou interesses
que influem no processo. Além de outros fatores como: idade,
memória, motivação, inteligência, entre outros.
Como se aprende no behaviorismo?
 Estímulo  Resposta (expressão lógica);
 A aprendizagem é um processo de aquisição de comportamentos que se
segue a um condicionamento, ou seja, pelo estabelecimento de um
vínculo entre um comportamento e uma combinação de estímulos;
 O comportamento adquirido pode ser obtido através de um reforço
(recompensa) ou pela aplicação de uma sansão (punição);
 Três fatores precisam estar presentes: a repetição (lei do exercício),
proximidade entre o surgimento do comportamento e sua consequência
e o reforço (lei do efeito)
Como se aprende no behaviorismo?
Tipos de resultados de um estímulo no comportamento
Tipo de resultado Efeito no comportamento Exemplo

Recompensa ou reforço Aumento da probabilidade de surgir um Elaborar corretamente um dossiê (comportamento) e


comportamento forma econômica (recompensa)

Reforço negativo (ausência de Aumento na probabilidade de surgimento Aumento de defeitos em um componente


punição) do comportamento (comportamento) não ser objeto de repreensão
(reforço negativo)

Punição positiva (resultado Diminuição da probabilidade de surgimento Difamar uma pessoa (comportamento) e receber
negativo) do comportamento anotações em seu prontuário (punição)

Punição negativa (retirada de uma Diminuição da probabilidade de surgimento Cometer um erro grave (comportamento) e ser
vantagem) do comportamento excluído de um projeto (punição)

Nada (nenhum resultado) Inibição do comportamento (talvez sua Cochichar durante uma reunião (comportamento) e
extinção) não receber atenção dos outros (indiferença)
Aprendizagem e behaviorismo nas empresas
 Práticas administrativas ligadas ao behaviorismo:
 Recompensas e punições: quando o foco é mudar atitudes e
comportamentos;
 A implantação de um sistema de recompensas apropriado pode
estimular a mobilização dos funcionários;
 Isso acontece por tentativas e erros ou sondagens;
 Por isso, não é útil nem necessário compreender as atividades da
inteligência, da memória, da percepção ou da motivação para
explicar o comportamento, basta poder descobrir quais estímulos
tem efeitos positivos.
Como se aprende no cognitivismo?
 Aprendizagem e inteligência estão associadas;

 A aprendizagem se apoia nas experiências passadas da pessoa, em


seus diversos mecanismo de adaptação, em sua imaginação e em
sua criatividade;
Como se aprende no cognitivismo?
 Jean Piaget:
 Aprendizagem como adaptação inteligente do indivíduo ao seu meio;
 Adaptação tornada possível graças ao equilíbrio das tensões entre dois
processos:
 Assimilação;
 Acomodação;
 Noção de equilibração;
 Equilibração simples: reequilíbrio sem modificar a estrutura interna  não há aprendizagem
 Equilibração majorante: superação da estrutura e transformação na sua organização 
aprendizagem
Como se aprende no cognitivismo?
 Festinger:
 Dissonância cognitiva é a incompatibilidade entre as ideias que têm a
pessoa a respeito de um objeto, de um indivíduo, de uma situação e esse
objeto, esse indivíduo, essa situação;
 A aprendizagem resulta de contradições ou de conflitos entre ideias a
respeito de um mesmo objeto, ou de inconsistências entre um estado
afetivo e as ideias que se tem do objeto que provocou esse estado;
 A aprendizagem resulta igualmente dos conflitos inerentes à interação
com outras pessoas.
Como se aprende no cognitivismo?
 Bandura:
 A aprendizagem por observação ou indireta ocorre através da imitação dos
comportamentos dos outros;
 Quatro etapas da aprendizagem por observação:
 Atenção: saber como fazer;
 Memorização: gravar as etapas;
 Reprodução: praticar o saber-fazer;
 Reforço: replicar a ação.
 O indivíduo tende a imitar comportamentos com o qual se identifica:
 Identificação é a assimilação de um eu estranho que leva a pessoa a se comportar como
esse modelo.
Como se aprende no cognitivismo?
 Aprendizagem por insight:
 Algumas vezes se encontra repentinamente a solução para um problema
sem que se tenha consciência do processo que nos permitiu chegar a
isso;

 Motivaçãoe emoção: fatores importantes na aprendizagem por


compreensão súbita;

 Criatividade está relacionada aos insight’s.


Como se aprende pela experiência?
 A abordagem experiencial se baseia nas teorias de três autores:
 Jean Piaget (assimilação e acomodação);
 John Dewey (teoria/prática; reflexão/ação);
 Kurt Lewin (teoria/prática).

 Dewey:
 Aprendizagem é um processo dialético integra experiência concreta versus abstrato
e também reflexão versus ação.
 Lewin:
 Ciclo de quatro etapas: experiência imediata e concreta/ reflexão e teoria/ teoria e
prova/ afirma ou nega em novas experiências.
Como se aprende pela experiência?
 Ciclo de aprendizagem de Kolb:
 (1) Experiência concreta:
 indivíduo se engaja numa situação;
 Apreensão: pensamento analítico;
 (3) Conceitualização abstrata:
 Indivíduo interpreta os fenômenos percebidos;
 Compreensão: pensamento sintético;
 (2) Observação reflexiva:
 Indivíduo constrói hipóteses, inferências e classificação
 Intenção
 Extrovertido
 (4) Experimentação ativa:
 Indivíduo age e opera sobre objetivos e ideias compartilhadas
 Extensão
 Introvertido
Como se aprende pela experiência?

Ciclo de aprendizagem vivencial de David Kolb


Como se aprende pela experiência?
 Existem estilos de aprendizagem? Para Kolb 4:
 (1) Assimilação (observação reflexiva/conceitualização abstrata):
 Interesses: ideias (o quê?)
 Organizar a informação
 Desenvolver modelos teóricos
 Analisar dados
 (2) Acomodação (Experimentação ativa/experiência prática):
 Interesses: ações (como?)
 Envolver para atingir objetivos;
 Procura boas oportunidade e aproveita-as
 (3) Divergência (experiência concreta/observação reflexiva):
 Interesses: valores (por quê?)
 Sensível aos interesses dos outros;
 Colher informações
 (4) Convergência (Conceitualização abstrata/experimentação ativa):
 Interesses: decisão (quando? Onde?)
 Novas maneiras de pesar e fazer;
 Tomar decisões e fixar objetivos

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