Você está na página 1de 39

Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências de Saúde

FARMÁCIA III Nível

Bioquímica Clínica

Metabolismo Ósseo
Docentes:ENES XAVIER
Objectivos
Descrever a composicao da matriz ossea;
Mencionar as celulas que compoem a matriz
ossea;
Descrever as enfermidades causadas pelos
transtornos osseos;
Explicar os meios de diagnosticos das
enfermidades osseas;
Meios de prevencao e tratamento.
O Osso
Tecido conectivo de
suporte - esqueleto

• Matriz Óssea
– Inorgânica (65%) :
Cristais de fosfato e cálcio (hidroxipatite)
Produzem
ou
Destroem – Orgânica (35%):
Colagénio e proteoglicanos

• Células Ósseas
– Osteoblastos, osteócitos e osteoclastos
Células Ósseas

• Osteoblastos Ossificação / Osteogénese

1. Componente Orgânica

Matriz Óssea • Colagénio tipo I (95%)


• Proteoglicanos

2. Componente Inorgânica

• Cristais de hidroxiapatite

• Osteócito Osteoblasto rodeado por uma matriz


óssea por ele formada
Células Ósseas

• Osteoclastos Reabsorção / Destruição do osso

• Osteoblastos e osteoclastos actuam em conjunto para manter um equilíbrio

Crescimento: Formação > Reabsorção


Os ossos atingem um
determinado
comprimento,
espessura e forma
Idades avançadas: Reabsorção > Formação
Factores que Afectam o Crescimento Ósseo

• Vitaminas

• Vitamina D ( forma activa = calcitriol)


• Absorção de Ca2+ no tubo digestivo e sua deposição no osso
• Pode ser ingerida ou sintetizada no organismo
• Velocidade de síntese ↑ com exposição á luz solar

• Vitamina C
• Síntese de colágenio pelos osteoblastos
Osso e Homeostasia do Cálcio e Fósforo
FUNÇÕES

Cálcio Fósforo

- Co-fator da cascata de
coagulação sanguínea - Ligações de alta energia (ATP)
- Excitabilidade de membrana - Incorporado a proteínas, lipídios
- Contração muscular e ácidos nucleicos

- Exocitose - Regulação da atividade protéica

- Sinalização intracelular (fosforilação e defosforilação)

- Tampão
(atividade enzimática)
Osso e Homeostasia do Cálcio e Fósforo

Osteoblastos Fixam cálcio no osso

Osteoclastos Libertam cálcio do osso para o sangue

• Em condições normais, a actividade dos osteoblastos e dos osteoclastos encontra-


se equilibrada

• Níveis baixos de cálcio --> ↑ actividade dos osteoclastos


↓ actividade dos osteoblastos

• Níveis altos de cálcio --> ↑ actividade dos osteoblastos


↓ actividade dos osteoclastos
Osso e Homeostasia do Cálcio e Fósforo

• Minerais presentes no sangue são captados e armazenados no osso (cálcio e


fósforo)

O osso é o principal local Baixos níveis desses minerais no


de armazenamento de sangue levam à sua libertação do
cálcio osso para a corrente sanguínea
• O cálcio é mal absorvido pelo organismo (insolubilidade)
• O fosfato é muito bem absorvido, excepto quando há excesso de cálcio

Quando o cálcio é absorvido, o


mesmo ocorre com o fósforo
Osso e Homeostasia do Cálcio e Fósforo

Hormona paratiroideia (PTH) Principal reguladora dos níveis


de cálcio no sangue

1. Estimula a acção dos osteoclastos quando os níveis de cálcio


sanguíneo ↓
2. ↑ a captação de cálcio no intestino delgado
3. Estimula a formação de vitamina D e a reabsorção de cálcio nos
rins

Calcitonina Segregada pela glândula tiroideia; acção oposta à PTH

1. Efeito imediato: reduz a actividade dos osteoclastos, deslocando o equilíbrio no


sentido da deposição de cálcio nos ossos
2. Efeito prolongado: impede a formação de novos osteoclastos
Paratireóides

PTH
OSTEOMALÁCIA
OU RAQUITISMO

Mineralização deficiente da matriz óssea


Causa principal:
 Formação reduzida de vitamina D
 Pele coberta
 Carência alimentar
 Insuficiência renal
Doença de Paget

Destruição progressiva e descontrolada do osso por


osteoclastos anormalmente grandes que fragilizam o
osso. Caracteriza-se pela elevação da Fosfatase
alcalina e da excreção de Hidroxiprolina.
Osteoporose

A osteoporose é uma doença esquelética sistémica


caracterizada pela diminuição da massa e deterioração da
microarquitectura ósseas, com aumento da fragilidade do
osso e risco de fractura, alterando-se o equilíbrio entre a
formação e a reabsorção do osso.

A doença afecta 20 a 30% das mulheres após a menopausa,


50% das mulheres acima dos 60 anos, e 13% dos homens
acima dos 50 anos.
Osteoporose Primária
Não surge como consequência de nenhuma outra doença.

-Idiopática
criança e do jovem

-Involutiva:
• Tipo I -pós-menopausa
• Tipo II ou senil

–Idoso, homem e
mulher com mais
de 70 anos
Osteoporose Primária
Osteoporose secudária

Nos homens, a presença de uma causa secundária de


osteoporose é mais freqüente (30% a 60%), sendo o uso de
glicocorticóide, hipogonadismo e o alcoolismo, as mais
prevalentes.

Nas mulheres na pós-menopausa a presença de causas


secundárias é menos frequente, embora também deva ser
sempre considerada.
Osteoporose Secundária
 Álcool e Tabaco
 Fármaco
 Doença hematológicas
 Doenças Reumática e infiltrativa
 Alteração na nutrição
 Doenças Endócrinas
 Doenças gastrointestinais
 Doenças hereditária
Pontos mais frequentes de fractura óssea
• Coluna vertebral
• Bacia
• Pulso
• Fémur
Grupos de Risco
• Mulheres;
• Caucasianos;
• Fumadores;
• Consumidores de álcool ou café em excesso;
• Diabéticos;
• Pessoas que se exercitam em excesso.
Prevenção
 A reposição hormonal do estrogénio em
mulheres na menopausa consegue evitar a
osteoporose.
• Fazer exercício físico regularmente
• Dieta com alimentos ricos em cálcio: Leite,
iogurte, queijo, bróculos, laranja …
• Exposição ao sol essencial à formação da
Vitamina D
• Eliminação de hábitos prejudiciais
ANAMNESE
 Sexo / Idade / Raça
 Co-morbidades (AR, DPOC, DM, Def. de GH, hiperpara, etc.)
 Hábitos de vida (álcool, tabagismo e cafeína).
 Exercício – sedentarismo x excesso
 Menarca e menopausa
 Medicações
 Dieta
 História familiar
 Dor toraco-lombar aguda ou crônica.
 Relato de diminuição de estatura.
Diagnóstico
Avaliação Laboratorial
Avaliação mínima para todos os pacientes: – Hemograma completo +
VHS; – Bioquímida: cálcio (corrigido pela albumina), fósforo,
fosfatase alcalina, transaminases, eletroforese de proteínas e creatinina
plasmáticas; – Função tireoideana – Calciúria de 24 horas; – Sumário
de urina.

Recentemente foi apresentado um novo teste para avaliação


laboratorial da reabsorão óssea: a medida do NTx urinário.
MARCADORES DE REMODELAÇÃO ÓSSEA
 Fornecem uma avaliação dinâmica da atividade do esqueleto.

 Marcadores de formação:

– Fosfatase alcalina

– Osteocalcina

– Pró-peptídeos do colágeno tipo I


 Marcadores de reabsorção:

– NTX (N-telopeptídeo)

– CTX (C-telopeptídeo)

– Piridinolinas

– Hidroxiprolina

– Fosfatase ácida tartaro-resistente.


RADIOGRAFIAS
Indicado para o diagnóstico das fraturas.
Esta técnica não pode ser utilizada para diagnosticar osteoporose. – É
necessária perda de 30-40% da massa óssea para que a doença seja
detectada por Rx.
São úteis para o diagnóstico diferencial de outras doenças que possam
acometer o osso (mieloma múltiplo, osteomalácia e metastases ósseas)
DENSIDADE MINERAL ÓSSEA
Medição da DMO pela DXA é o padrão ouro para diagnóstico não
invasivo de osteoporose
Diagnóstico

Densitometria Óssea
1sd - Normal
-1- -2.5 sd – Osteopénia
> -2.5 sd - Osteoporose
Tratamento

 Cálcio e vitamina D

 Terapia de reposição hormonal (TRH) com estrogênio;

 Moduladores seletivos de receptores de estrogênio (raloxifeno


60mg);

 Bifosfonatos;
Os bisfosfonatos mais potentes - alendronato (Fosamax),
risedronato (Actonel) e acido zolendrônico (Aclasta).

 Calcitonina (Miacalcic) de salmão 200 U/dia por spray nasal


Obrigado
Estudem!!!

Você também pode gostar