• Funções executivas: Conjunto de habilidades cognitivas que
permite um indivíduo planejar, organizar e executar tarefas de forma eficaz.
• Para muitos autistas essas habilidades podem ser desafiadoras,
o que pode impactar várias áreas da vida do indivíduo, desde a realização de atividades diárias, até o desempenho no trabalho e nos estudos. • Dificuldade de conectividade neural. O cérebro do autista tem maior dificuldade em fazer conexões entre regiões do cérebro, o que resulta numa dificuldade nas funções executivas.
• Funções executivas: conjunto complexo de habilidades
cognitivas que desempenham um papel crucial na autorregulação, no planejamento, na organização e na execução de tarefas diárias. Exemplos de funções executivas: • Planejamento: capacidade de criar uma estratégia para atingir um objetivo específico, como elaborar um plano de estudo ou organizar uma tarefa.
• Organização: habilidade para estruturar informações de uma
forma lógica e eficiente, seja ao arrumar um espaço físico ou ao organizar pensamentos durante a escrita, ou durante um diálogo. • Controle inibitório: capacidade de inibir ou controlar impulsos automáticos, como resistir à tentação das distrações ao realizar uma tarefa.
• Flexibilidade cognitiva: capacidade de se adaptar a mudanças de
contexto, em alternar entre diferentes tarefas ou perspectivas com facilidade.
• Memória de trabalho: habilidade para manter e atualizar
informações relevantes durante a execução de uma tarefa • Resolução de problemas: capacidade de analisar uma situação, identificar obstáculos e desenvolver estratégias eficientes para superar os desafios.
• Autoregulação emocional: habilidade de monitorar e
regular as suas próprias emoções, que contribui para a tomada de decisões equilibradas. • Essas funções interagem entre si para desenvolver o pensamento e o comportamento adaptativo no dia a dia.
• Quando existem dificuldades nas funções executivas, isso
pode impactar significativamente a capacidade da pessoa de enfrentar demandas complexas e ambientes em constante mudança. Como a disfunção executiva pode se manifestar: • Dificuldades em organizar as atividades diárias de maneira eficaz, resultando em atrasos, esquecimentos ou a sensação constante de estar sobrecarregado.
• Dificuldades na organização do espaço e do tempo, como
manter um espaço físico organizado, gerenciar o tempo de forma eficaz e seguir uma sequência lógica de atividades diárias. • Problemas na transição entre tarefas, em encerrar uma atividade e iniciar a próxima, enfrentando uma resistência à mudança que pode impactar a eficiência e a agilidade dessas transições.
• Comprometimento na tomada de decisões, onde a sobrecarga
cognitiva associada a fazer escolhas e a dificuldade em pesar prós e contras pode resultar em procrastinação ou em evitar decisões. • Desafios na resolução de problemas, como dificuldade em identificar soluções alternativas, em analisar problemas de forma abstrata e aplicar estratégias eficazes para superar os obstáculos.
• Dificuldade com a gestão de tarefas mais complexas onde precisa
dividir uma tarefa em partes menores.
• Dificuldade em expressar necessidades e preferências de forma clara,
o que pode resultar em mal-entendidos e frustrações nas interações sociais. • Dificuldade em priorizar tarefas de acordo com sua importância e urgência, o que pode fazer com que que tarefas mais urgentes sejam adiadas optando por realizar atividades menos urgentes e necessárias.
• Comprometimento no autocuidado, dificultando a criação e a
manutenção de rotinas e hábitos de autocuidado regulares, o que influencia no bem-estar físico e emocional. • Dificuldade na gestão de compromissos e prazos, tendo maior dificuldade em lembrar datas importantes, em gerenciar horários e cumprir prazos, o que pode influenciar significativamente no desempenho acadêmico ou profissional.
• No ambiente de trabalho, a organização do espaço e a gestão de
tarefas podem ser desafiadores, e a desordem no ambiente de trabalho pode aumentar o estresse e dificultar o foco e a produtividade. • Dificuldade para lidar com mudanças inesperadas na rotina profissional, o que pode dificultar a adaptação a novas tarefas, projetos ou processos, impactando o desempenho no trabalho.
• Dificuldade na tomada de decisões, em avaliar opções, prever
possíveis resultados e objetivos escolher a melhor abordagem para um problema. • Dificuldade na gestão do estresse. A incapacidade de lidar com situações estressantes pode levar a dificuldades emocionais.
• Tudo isso faz parte da disfunção executiva e pode trazer
uma série de desafios que impactam a vida diária e profissional de autistas adultos. • Isso destaca a importância de estratégias de suporte que abordem essas áreas específicas, que promovam a autonomia e a capacidade de enfrentar esses desafios da vida diária.
• A personalização das estratégias, considerando as
necessidades individuais da pessoa, é fundamental para garantir uma intervenção eficaz. Estratégias de gestão: • Implementar ferramentas visuais.
• Utilizar lembretes visuais e alertas por meio de aplicativos
no celular.
• Estabelecer rotinas diárias e semanais previsíveis.
• Técnicas de divisão de tarefas.
• Definir metas mais realistas e objetivos alcançáveis.
• Sistema de recompensas.
• Práticas de autoregulação.
• Treinamento em habilidades sociais e comunicação.
• Adaptação do espaço de trabalho e estratégias de gestão do
tempo. • Importante: adaptar estratégias às necessidades individuais de cada um.
• A compreensão de tais dificuldades é essencial para
desenvolver estratégias de suporte que não apenas ajudem na superação de desafios, mas também capacitem esses indivíduos a atingir seu potencial máximo, de forma a fornecer recursos que promovam a independência, a realização pessoal e a participação plena na sociedade.