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MÓDULO IV: Múltiplas

linguagens - um olhar para


a criança e a arte

Sejam Bem-Vindas!
Dinâmicas

 das cores;
 Quando ouço a palavra
ARTE....
• O que vem em minha
memória?
➔ Contribuir para a reflexão crítica e a
(trans)formação de concepções e práticas
sobre a arte na Educação Infantil;
➔ (Re)pensar a práxis educativa por meio da
realização de oficina de arte.
➔ Discutir estratégias de mediação de leitura
Objetivos: para formação de leitores literários.
Nossa rota

➔ A criança e o pensamento criativo;


➔ A criança e as artes plásticas e visuais;
➔ A literatura infantil indígena.
Rememorando…
➔ Jogos, brincadeiras e interações: o conhecimento matemático.

➔ Jogos brincadeiras e interações: processos mentais para a aprendizagem da


matemática.

➔ Estações de trabalho.

➔ Literatura Infantil e Educação Inclusiva.

➔ Trabalhando com o sistema de numeração.

➔ Trabalhando com noções de quantidade, espaço e medida.


Reflexões sobre
infâncias e cultura a
partir de literatura
indígena

https://leiturinha.com.br/blog/por-que-falar-
sobre-literatura-indigena-com-as-crianca
População indígena (IBGE 2022)

• O Brasil tem 1,7 milhão de pessoas indígenas, o que representa 0,83% da


população total do país.
• O Norte concentra 45% dos indígenas brasileiros. O estado do Amazonas tem
490,9 mil indígenas, ou 29% do total.
• O Nordeste tem 31% dos indígenas do país. Bahia, o segundo estado com mais
indígenas do país – quase 230 mil.
• Mesmo com essa concentração, há indígenas em todas as regiões e em todos os
estados brasileiros. Das 5.570 cidades do país, 4.832 têm moradores indígenas
(86,8%).
Círculo de Cultura

Obra de Referência:
LIMA, Graça. Abaré. São Paulo: Paulus,
2009.
Estratégias de Círculo de Cultura - Planejamento
mediação de leitura e
a literatura indígena
Obras:
➔ O Tupi que você fala. Claudio Fragata.
➔ Poeminhas da terra. Márcia leite/ tatiana Moés.
➔ Coisas de Índio - versão infantil. Daniel
Munduruku.
➔ Tixopai e Itôhã - Kanátyo Pataxó
● O desenho como linguagem e como linguagem
expressiva, ainda é pouco valorizado, conforme
O Desenho como
Cunha (2022);
pensamento visual
na educação • As manifestações ficam empobrecidas pela ausência
infantil: as de propostas que garantam processos de criação e para
produções grafo- isso é preciso garantir:
plásticas das • Os materiais
crianças • Os suportes
• Os espaços
• Para a fruição estética e a nutrição criativa.
Sigam-me vamos conhecer …

A arte, o brincar e o pensamento


criativo nas obras de Ivan Cruz
Quem é Ivan Cruz ?

Ivan Cruz nasceu no Rio de Janeiro em 1947 e teve uma


infância muito rica do ponto de vista lúdico.

Seu objetivo sempre foi exercitar a criatividade, sem


necessariamente entrar para algum movimento artístico.
“A criança que não brinca não é feliz, ao
adulto que quando criança não brincou, falta-
lhe um pedaço no coração”.

Ivan Cruz
Vivência
Ateliê Biográfico/ou memórias e narrativas estéticas

• Movimento inicial: ativação das memórias, buscar de localizar o primeiro encontro


forte com a arte e compartilhar com o grupo, em narrativa oral .
• Segundo movimento: vivências corporais e produção de atividades plástico-
pictóricas, através de uma imersão nas histórias vividas, aproximando lembranças,
sensações, gostos e desgostos.
• Terceiro movimento: exercício-esboço de escrita de si, narrativa da atividade, para
compreensão das experiências estéticas constituintes de sua história com a arte, a cultura,
a natureza, com o intuito de quem sabe, produzir um Diário de memórias.
Arte na Educação Infantil: das ausências à construção de
sentidos

• Ostetto e Bernardes (2019, p. 174) defendem “a necessária formação estética do


professor que precisaria sair em busca de suas linguagens, pelo exercício de
autoconhecimento, abertura de sentidos para (re)visões e (re)aprendizagens.

• Vamos fazer um exercício de olhar para nós mesmos e identificar as primeiras


lembranças de contato com a arte?
• Como você tem alimentado os seus processos criativos?
• Como foi a sua relação com a arte na escola?
• Qual a sua relação com a arte atualmente?
A arte e as ausências históricas…

• A história da Educação, no âmbito do ‘ensino de arte’, revela


processos de incorporação de práticas de outras etapas da
Educação para a Educação Infantil.
• Algumas práticas questionáveis, como por exemplo: pintura
de personagens que reforçam a indústria de massa ou a indústria
de brinquedos e símbolos de datas comemorativas, desenho de
números, letras.
A arte e as ausências históricas…

• Aqui, pisamos no terreno das ausências, dos apagamentos do


tempo de criação na infância, da escola como espaço para pensar
sem o corpo, onde resta à criança apenas uma linguagem, pois lhe
roubaram noventa e nove, como metaforicamente alertou Loris
Malaguzzi (2016, p. 21, apud EDWARD; GANDINI; FORMAN,
2016) em as cem linguagens da criança.
Sentidos da Arte (Miriam Celeste, 2011)

1. Nutrição estetica
enriquecer com que as próprias obras trazem – poesia, fragmentos de filmes, imagens,
obras de arte, trabalhos de crianças ou jovens – para alimentar olhares, percepções,
pensamentos.
2. Curadoria Educativa
modo de operar consciente na escolha criteriosa do que levamos para a sala de aula e das
exposições visitadas com nossos aluno.
3. Espaço de dialogo
Abrir a porta, “tirar a tranca, levantar o trinco”.
O termo estética origina-se do grego clássico aisthesis, referindo-se ao conhecimento
sensível, através dos sentidos, das sensações.
A arte como princípio da Educação Infantil
Éticos: da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do
respeito ao bem comum, ao meio
ambiente e às diferenças culturais,
identidades e singularidades
As propostas
pedagógicas de
Educação Infantil
devem respeitar os Estéticos: da sensibilidade,
Política: dos direitos de
seguintes princípios: da criatividade, da ludicidade
cidadania, do exercício da
e da liberdade de expressão criticidade e do respeito à
nas diferentes manifestações ordem democrática.
artísticas e culturais.
Desenhar, brincar, poetar, Manchar,
riscar, construir, se encantar… Eixos estruturantes da prática
pedagógica

Direitos de
aprendizagem e
lugar da arte na Educação desenvolvimento:
Infantil? Conviver
Participar Interações Brincadeiras
Explorar
Brincar
Expressar
Conhecer-se
As DCNEIs destacam que as propostas
pedagógicas devem prever condições para o
trabalho coletivo e para a organização de
materiais, espaços e tempos que assegurem: a
indivisibilidade das dimensões expressivo-
De acordo com a Base Nacional Comum
motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética,
Curricular (BNCC), o ensino das artes na
estética e sociocultural da criança.
educação infantil possui o intuito de trazer a
expressividade de diferentes linguagens
artísticas, promovendo nas crianças um olhar
perceptivo, a sensibilidade e expressividade
de diferentes formas.
Espaços, tempos e materiais e a sua relação com a arte!

➔Como planejamos e organizamos as propostas de


arte na sala de aula?

➔Quais são os materiais que disponibilizamos


para as crianças?

➔Com qual periodicidade as crianças vivenciam


arte na Educação Infantil?

➔Como propomos as exposições?


A potência da arte, sobre os materiais e as materialidades...

Como estão sendo oferecidos, explorados, propostos e utilizados os


“materiais “na educação infantil?

As crianças de forma espontânea elaboram o mundo e personagens


atribuindo outros significados aqueles comumente dados aos objetos e
brinquedos.
As crianças em contato com materiais do cotidiano, experenciam a
imaginação, criação, um exercício de ressignificação do mundo.
No campo da Arte, significa “apropriação” pelos artistas
contemporaneos.
Material: objeto material, físico que as escolas
historicamente propõem.

Materialidade: Conforme Souza e Tebet (2021, p. 06),


materialidade é toda a potência da matéria e o que ela
provoca na criança e sua exploração que vai além dos
materiais usuais.

Apropriar-se do objeto: que remete a resignificar,


combinar a outros com intuitos diversos.
Criança, a Arte, a Natureza e as Materialidades…
A natureza e a arte provocam emoção estética.

• Qual a importância de valorizar as experiências com a arte


na Educação Infantil?

• Como a natureza e a arte podem contribuir para o


desenvolvimento e a aprendizagem da criança?

• Como oportunizar experiências estéticas de produção e


apreciação artística através da relação da criança com a
natureza?
Por que os jogos de construção?

https://www.meucastelinho.com.br/blog/page/2/

➔ Os jogos de construção são um ato social que estimula o aprender com os outros;
➔ são experiências que entram em jogo as relações espaciais;
➔ estimula desenvolvimento da capacidade de criação.
Critério na escolha dos materiais

https://www.afasc.com.br/noticias/Criancas-do-CEI-Afasc-
Carlos-Piazza-exploram-materiais-nao-estruturados

Tipos de material - Naturais e artificiais Como organizar os espaços:


➔ Intencionalidade pedagogica
➔ Riqueza dos materiais (multifuncionalidade); ➔ permitir a criança explorar, inventar,
➔ Variedade de cor, tamanho, forma, materia; investigar
➔ relação entre material e obra a construir; ➔ favoreça crianças interagirem entre si.
➔ relação entre materiais e espaços ➔ materiais diversos e suficientes para
construtores. compartilhamento entre as crianças;
➔ Sejam atoxicos, higienizados
manipuláveis.
https://artecostaviana.wordpress.com/

• Experienciando construções com diversos materiais


➔ Historicamente:

➔ Presença de estereótipos;
Desenho e ➔ Presença de modelos:
imaginação ➔Caminhamos para:

➔ A prática da liberdade de expressão. Não existe uma


única forma de desenhar.
➔ O desenho de desenhar precisar ser um ato de criação;
➔ O desenho conta uma história;
Perceber as diferenças estéticas entre desenhos criados com a
imaginação e os desenhos estereotipados
O papel do professor…
• O professor é mediador. É aquele que faz uma curadoria e oportuniza experiências para a
nutrição estética;

• O professor precisa ser observador porque há uma estreita relação entre o “escrito” e o
narrado.

• Nos interessa entender, no desenho, as experiências e os pensamentos das crianças.


Vamos desenhar!

O desenho como linguagem potente para a expressão e a produção artística


Em síntese
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O Desenho como p aço s com
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Te expe r fa n m
Educação Infantil: as ra ã o In pensa
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Para onde caminhamos …

Transição da Educação Infantil para o Ensino


Fundamental.
➔ Envolve estratégias que assegurem a linearidade no processo, escuta ativa das crianças,

troca de informações entre os professores das duas etapas e conversas com as famílias.
➔ Suporte e fluidez são noções-chave para que esse processo não represente uma ruptura,

o que exige planejamento e boas práticas por parte dos professores e gestores.
As experiências de aprendizagem devem ser planejadas de acordo com o nível
de desafio necessário para ampliar as capacidades das crianças.
Orientações importantes:
1. Observação: ter clareza a respeito de quais aspectos da aprendizagem e do
desenvolvimento da criança estão sendo analisados.
2. Escuta: prestar atenção às interações e narrativas da criança ao se envolverem
com o mundo à sua volta.
As experiências de aprendizagem (...)
Orientações importantes…

3. Registro: anotar os aspectos relevantes de modo eficiente e adequado, refletindo


acerca do que se observa e fazer conexões entre as observações e os processos de
planejamento e avaliação.
4. Questionamento: fazer perguntas aos pais, às crianças e a outros adultos para
esclarecer, confirmar ou rejeitar julgamentos sobre o que foi observado.
Orientação inglesa do Early Years Foundation Stage Curriculum Guidance (DEPARTMENT FOR
CHILDREN, SCHOOLS AND FAMILIES, 2008)
Modelo de Ficha de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental

Nome da criança:____________________
Escola/Creche de origem:_________________
Nome do professor:_____________________
Nome do coordenador: ____________________
Campo de Experiências Síntese das aprendizagens Espaço para Narrativa do professor das
conquistas e recomendações a respeito da
criança.

Respeitar e expressar sentimentos e emoções.


Atuar em grupo e demonstrar interesse em
O eu, o outro e o nós construir novas relações, respeitando a
diversidade e solidarizando-se com os outros.
Conhecer e respeitar regras de convívio social,
manifestando respeito pelo outro

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