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Organização e Gestão da Educação

em Espaços Não Formais


Webconferência de Boas-vindas - Aulas 1, 2 e 3

Profa. Dra. Carla Moura de Paulo


carla.mpaulo@sp.senac.br

Período 2023-4
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• Apresentação

• Aula 1 – A Era do Conhecimento

• Aula 2 – A Era do conhecimento

• Aula 3 – Gestão do Conhecimento


AULA 1
A Era do Conhecimento

Fonte: Google imagens. Acesso em 05 maio 2016


AULA 1
A Era do Conhecimento
A sociedade industrial caracterizou-se por três grandes
fenômenos:

• Houve a substituição das habilidades humanas por


ferramentas mecânicas: entramos aqui na visão
mecanicista, em que o homem era visto como máquina,
utilizando-se de racionalização do trabalho preconizada
por Frederick Taylor (1856-1915) em 1911;

Fonte: Google imagens. Acesso em 28 ago. 2017.


AULA 1
A Era do Conhecimento

Frederick Winslow Taylor defendia cinco princípios básicos:


1. Toda responsabilidade pelo planejamento e
pela organização do trabalho cabe ao gerente. Aos
trabalhadores cabe a tarefa de implementar isso na prática.
2. Determine a forma mais eficiente de fazer o trabalho com
uso de métodos científicos e especifique com detalhes a
forma pela qual o trabalho deva ser feito.
AULA 1
A Era do Conhecimento

3. Selecione a melhor pessoa para desempenhar o cargo,


assim especificado.
4. Treine o trabalhador para fazer o trabalho eficientemente.
5. Fiscalize o desempenho do trabalhador para atestar que os
procedimentos apropriados estejam sendo seguidos e que os
resultados esperados estejam sendo obtidos.
AULA 1
A Era do Conhecimento

Assim, sistematizou as ideias de divisão do trabalho,


estabelecendo as funções de planejamento, supervisão
funcional e execução; as ideias de hierarquia, realização do
trabalho por tarefa, identidade de objetivos entre capitalista e
operário (o lucro), motivações econômicas subjacentes ao
trabalho e o conceito de homem racional. (ZUNG, 1984, p.
40).
AULA 1
A Era do Conhecimento

• A máquina a vapor, que tomou o lugar do homem e do


animal;

• Houve melhoria nos moldes de extrair e transformar a


matéria-prima, com as indústrias metalúrgicas e químicas.
(AULA 1, p. 3)
Fonte: Google imagens. Acesso em 05 Ago. 2017.
AULA 1
A Era do Conhecimento
Da mesma maneira que a máquina a vapor sobrepôs e
aumentou a capacidade corporal do homem, as Tecnologias
de Comunicação e Informação suprem e expandem o seu
trabalho intelectual. Surge então uma nova sociedade: a
sociedade da informação, na qual os valores materiais não
possuem mais força, e sim os valores informacionais que
impulsionam a formação e o desenvolvimento dessa nova
sociedade. (AULA 1, p. 3)

Fonte: Google imagens. Acesso em 05 Fev. 2017.


AULA 1
A Era do Conhecimento
Dado:
• Registro de um evento;
• Objetivo;
• Assignificativo.
 “[...] Dados descrevem apenas parte daquilo que aconteceu,
não fornecem julgamento nem interpretação e nem qualquer
base sustentável para tomada de ação” (DAVENPORT, 1998,
p. 3).
AULA 1
A Era do Conhecimento

Informação:
• Conjunto de dados com significado para o sistema;
• Contextual/ relacional;
• Significativo.
 “[...] a informação é um conjunto de dados em um contexto”.
(CARVALHO, 2012, p. 6).
AULA 1
A Era do Conhecimento
Conhecimento:
• Significativo;
• Contextual/ relacional;
• Informação devidamente tratada que muda o sistema.
 “[...] é um conjunto total incluindo cognição e habilidades que os
indivíduos utilizam para resolver problemas. Ele inclui tanto a teoria
quanto a prática, [...] baseia-se em dados e informações, mas, ao
contrário deles, está sempre ligado às pessoas. Ele é construído
por indivíduos e representam suas crenças sobre relacionamentos
causais”. (PROBST; RAUB; ROMHARDT, 2002. p. 29) (AULA 1, p.
5-6)
AULA 1
A Era do Conhecimento
AULA 1
A Era do Conhecimento

“O conhecimento faz com que uma visão totalize os fatos, ou


seja, dado e informação, sempre os inter-relacionando,
permitindo perceber que os diversos fenômenos da vida
social estabelecem suas relações tendo como referência a
sociedade como um todo” (BACEGGA, 2001, p. 8). (AULA 1,
p. 7)
AULA 2
A Era do Conhecimento
Conhecimento
Explícito
Pode ser documento,
facilmente replicado

Conhecimento
tácito
Deriva do
aprendizado pela
experimentação,
internalizado,
pessoal, de difícil
verbalização,
aprender fazendo
Fonte: Google imagens. Acesso em 05 Ago. 2017.
AULA 2
A Era do Conhecimento
O conhecimento é gerado a partir da relação entre dois tipos de
conhecimento: explícito e tácito.
Carvalho (2012) explica que o conhecimento tácito é intangível
e de difícil explicação. Trata-se de um conhecimento pessoal,
complicado de ser transmitido, compartilhado e disseminado.
Este conhecimento não é teórico, é intrínseco, pois está nas
pessoas, são sensações, emoções, crenças, intuições, feelings,
habilidades e experiências informais, modelos mentais,
percepções e palpites, que pertencem a cada indivíduo. (AULA 2,
p. 3, grifos meus).
AULA 2
A Era do Conhecimento

Já o conhecimento explícito, como o nome sugere, é o


conhecimento tangível, mensurável, ou seja, ao qual
podemos ter acesso, já está codificado, traduzido em forma
de manuais, livros, artigos, escrita, fala, imagens, palavras,
banco de dados etc. Este tipo de conhecimento possui fácil
acesso e transmissão (CARVALHO, 2012). (AULA 2, p. 3,
grifos meus).
AULA 2
A Era do Conhecimento

(AULA 2, p. 5).
AULA 2
A Era do Conhecimento

Segundo Nonaka e Takeuchi (1997 apud SABINO, 2013),


uma organização cria e utiliza conhecimento convertendo o
conhecimento tácito em conhecimento explícito e vice-
versa.
Os autores identificaram quatro modos de conversão de
conhecimento: Socialização, Externalização,
Combinação e Internalização, chamado Modelo SECI.
(AULA 2, p. 6, grifos meus).
AULA 2
A Era do Conhecimento
a. Socialização (de tácito para o tácito) – trata-se de um
processo de compartilhamento de experiências e, a partir daí,
da criação do conhecimento tácito, como modelos mentais ou
habilidades técnicas compartilhadas. “Os aprendizes trabalham
com seus mestres e aprendem sua arte não através da
linguagem, mas sim através da observação, imitação e prática”
(NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. 69). Um dos exemplos de
socialização do conhecimento é o brainstorning – reuniões
formais para discussões detalhadas destinadas a resolver
problemas difíceis nos projetos de desenvolvimento.
AULA 2
A Era do Conhecimento

b. Externalização (de tácito para o explícito) – a externalização


do conhecimento tácito em conhecimento explícito é um
processo de articulação do conhecimento tácito em
conhecimento explícito. É um processo de criação de
conhecimento perfeito, na medida em que o conhecimento tácito
se torna explícito, expresso na forma de metáforas, analogias,
conceitos, hipóteses ou modelos. Este processo é provocado
pelo diálogo ou pela reflexão coletiva.
AULA 2
A Era do Conhecimento

c. Combinação (de explícito para o explícito) – a combinação do


conhecimento explícito em conhecimento explícito é um processo
de sistematização de conceitos em um sistema de
conhecimento. Esse modo de conversão envolve a combinação
de conjuntos diferentes de conhecimento explícito. Os
indivíduos trocam e combinam conhecimentos através de
meios como documentos, reuniões, conversas ao telefone ou
redes de comunicação computadorizadas.
AULA 2
A Era do Conhecimento

d. Internalização (de explícito para tácito) – a internalização do


conhecimento explícito em conhecimento tácito é o processo de
incorporação do conhecimento explícito no conhecimento
tácito. É intimamente relacionada ao “aprender fazendo”.
Quando são internalizadas nas bases do conhecimento tácito
dos indivíduos sob forma de modelos mentais ou know-how
técnico compartilhado, as experiências através da socialização,
externalização e combinação tornam-se ativos valiosos. (AULA 2,
p. 6-7)
AULA 3
Gestão do Conhecimento

Peter Drucker (1909-2005)

 conhecimento se tornaria base para os setores de


produção, serviços e informação e que as organizações
seriam responsáveis em criar conhecimentos de diversas
formas para se manterem ativas e obter vantagem
competitiva;

Fonte: Google imagens. Acesso em 05 ab. 2015


AULA 3
Gestão do Conhecimento

 as habilidades seriam adquiridas pela experiência, que


não poderiam ser explicadas por palavras (AULA 3, p. 3)
AULA 3
Gestão do Conhecimento

Ikujiro Nonaka - Criação de conhecimento na empresa


(publicado no Brasil em 1995)
gestão do conhecimento, um modelo de gestão baseado em
uma proposta japonesa que veio como uma prática de gestão
moderna às práticas tayloristas, tendo por base uma gestão
participativa e polivalente.
AULA 3
Gestão do Conhecimento

Este novo momento se constitui como um processo que se


estrutura nas bases do conhecimento a partir de sua
socialização, externalização, combinação e internalização
dentro das empresas (CARVALHO, 2012; NONAKA;
TAKEUCHI, 2008).
AULA 3
Gestão do Conhecimento

“A gestão do conhecimento é o processo pelo qual a


organização gera riqueza, a partir do seu conhecimento ou
capital intelectual” (BUKOWITZ; WILLIAMS, 2002, p. 17).
Ainda de acordo com os autores, “[...] a gestão do
conhecimento representa um esforço para reparar prejuízos
anteriores e uma política de segurança contra a perda de
memória organizacional no futuro” (BUKOWITZ; WILLIAMS,
2002, p. 23).
AULA 3
Gestão do Conhecimento

Segundo Teixeira Filho (2000, p. 22), “[...] a gestão do


conhecimento pode ser vista como uma coleção de processos
que governa a criação, disseminação e utilização do
conhecimento para atingir plenamente os objetivos da
organização”.
AULA 3
Gestão do Conhecimento

Moresi (2001, p. 137) afirma que a “[...] gestão do


conhecimento pode ser vista como um conjunto de atividades
que busca desenvolver e controlar todo tipo de conhecimento
em uma organização, visando à utilização na consecução de
seus objetivos”.
AULA 3
Gestão do Conhecimento

Guia Europeu de Boas Práticas em Gestão do


Conhecimento (2008): a gestão do conhecimento está
diretamente relacionada à gestão de atividades e de
processos que utilizam o conhecimento, individual ou
coletivo, para potencializar a competitividade, contribuindo
assim para melhoria contínua da produtividade por meio da
gestão de processos, pessoas e tecnologias no contexto
organizacional.
AULA 3
Gestão do Conhecimento

De acordo com Stankosky e Baldanza (2000) os pilares da


GC podem ser definidos como:

Liderança: coordena a implementação da gestão do


conhecimento na organização; oportuniza o alinhamento das
estratégias e projetos de GC com a missão e a visão da
organização; apoia e aloca recursos para a implementação
dos projetos de GC.
AULA 3
Gestão do Conhecimento
Pessoas: são ao mesmo tempo usuários e produtores de
conhecimento; congregam as competências (incluindo o
conhecimento – principal fator de geração de valor
organizacional) e os relacionamentos dos indivíduos; parte-se
do pressuposto que os indivíduos interagindo, em uma
determinada atividade de trabalho, colaboram entre si e
compartilham, ao máximo, os seus conhecimentos; elas criam
e são donas do capital intelectual; confiança é um pré-
requisito para o compartilhamento do conhecimento.
AULA 3
Gestão do Conhecimento
Tecnologia: deve servir de suporte aos processos e às
pessoas. Consideram-se as várias TIC existentes para
suportar e/ou permitir as estratégias e funções da gestão do
conhecimento; acelera o processo de GC por meio de práticas
efetivas de GC cujo foco central é a base tecnológica e
funcional; práticas como comunidades virtuais de prática e
outros espaços para trabalho colaborativo viabilizam a
participação à distância e em qualquer momento; disponibiliza
plataforma para a retenção do conhecimento organizacional.
AULA 3
Gestão do Conhecimento

Aprendizado: a organização deve contar com estratégia de


aprendizagem; programa de desenvolvimento e aprendizado;
responsabilidade pela estratégia de aprendizagem;
colaborações e parcerias para acelerar o aprendizado
empresarial; e mensuração do valor agregado pelo
aprendizado. (AULA 3, p. 7)
AULA 3
Gestão do Conhecimento
Etapas da GC (SANTOS, apud SABINO, 2013)

• Identificação e mapeamento dos ativos intelectuais ligados à


organização;
• Geração de novos conhecimentos para oferecer vantagens
competitivas no mercado; e
• Tornar acessíveis grandes quantidades de informações
corporativas, compartilhando as melhores práticas e a
tecnologia que torna possível tudo isso – incluindo
groupwarese intranets. (AULA 3, p. 7-8).
Referências
ZUNG, Acacia Zeneida K. A teoria da administração educacional: ciência e ideologia.
Cadernos de Pesquisa, São Paulo, nº 48, p. 39-46, fev 1984.

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