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Classificação doutrinária:
a) Sujeito Ativo – Sujeito passivo = crime comum x Crime próprio
(Puro x Crime de mão própria ). Art. 29 do Código Penal
EMENTA: Recurso ordinário. Habeas corpus. Falso testemunho (art. 342 do CP). Alegação de
atipicidade da conduta, consistente em depoimento falso sem potencialidade lesiva.
Aferição que depende do cotejo entre o teor do depoimento e os fundamentos da sentença.
Exame de matéria probatória, inviável no âmbito estreito do writ. Co-autoria. Participação.
Advogado que instrui testemunha a prestar depoimento inverídico nos autos de reclamação
trabalhista. Conduta 8 que contribuiu moralmente para o crime, fazendo nascer no agente a
vontade delitiva. Art. 29 do CP.
Possibilidade de co-autoria. Relevância do objeto jurídico tutelado pelo art. 342 do CP: a
administração da justiça, no tocante à veracidade das provas e ao prestígio e seriedade da
sua coleta. Relevância robustecida quando o partícipe é advogado, figura indispensável à
administração da justiça (art. 133 da CF). Circunstâncias que afastam o entendimento de que
o partícipe só responde pelo crime do art. 343 do CP. Recurso ordinário improvido. (RHC
81327, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Primeira Turma, julgado em 11/12/2001)
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À luz do art. 354-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, verifico que a
proposta observa os requisitos formais previstos no art. 103-A, § 2º, da Constituição da
República e na Lei nº 11.417/2006, uma vez que: (i) foi formulada por parte legítima; (ii)
acena com o envolvimento de tema de extração constitucional e objeto de reiteradas
decisões desta Casa - como ilustram os atos decisórios mencionados na peça de ingresso da
proposta; e (iii) contempla controvérsia revestida de atualidade. (02/08/2023)
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• EUCLIDES CUSTÓDIO DA SILVEIRA: “São motivos de relevante valor moral ou social, (...)
aqueles que a consciência ética de um povo, num dado momento, aprova. E bastaria falar-
se de motivo ‘moral’, uma vez que a ética é individual e social ao mesmo tempo: a
expressão ‘social’ é pleonástica e equívoca” (Direito Penal – Crimes contra a pessoa, p. 44).
• Agressão física x agressão moral
• Circunstâncias atenuantes
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
• Ciúme como fundamento para a causa de diminuição. Cabe arrependimento posterior? Art.
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ADPF 779 Decisão: O Tribunal, por unanimidade, julgou integralmente procedente o pedido formulado na presente
arguição de descumprimento de preceito fundamental para: (i) firmar o entendimento de que a tese da legítima defesa
da honra é inconstitucional, por contrariar os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da
CF), da proteção à vida e da igualdade de gênero (art. 5º, caput, da CF); (ii) conferir interpretação conforme à
Constituição aos arts. 23, inciso II, e 25, caput e parágrafo único, do Código Penal e ao art. 65 do Código de Processo Penal,
de modo a excluir a legítima defesa da honra do âmbito do instituto da legítima defesa e, por consequência, (iii) obstar à
defesa, à acusação, à autoridade policial e ao juízo que utilizem, direta ou indiretamente, a tese de legítima defesa da
honra (ou qualquer argumento que induza à tese) nas fases pré-processual ou processual penais, bem como durante o
julgamento perante o tribunal do júri, sob pena de nulidade do do ato e do julgamento; (iv) diante da impossibilidade de
o acusado beneficiar-se da própria torpeza, fica vedado o reconhecimento da nulidade, na hipótese de a defesa ter-se
utilizado da tese com esta finalidade. Por fim, julgou procedente também o pedido sucessivo apresentado pelo
requerente, de forma a conferir interpretação conforme à Constituição ao art. 483, III, § 2º, do Código de Processo Penal,
para entender que não fere a soberania dos vereditos do Tribunal do Júri o provimento de apelação que anule a absolvição
fundada em quesito genérico, quando, de algum modo, possa implicar a repristinação da odiosa tese da legítima defesa da
honra. Tudo nos termos do voto reajustado do Relator. Presidência da Ministra Rosa Weber. Plenário, 1º.8.2023.
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• Narra-se que o fim da trajetória de Freud deveu-se à eutanásia. “No final de setembro de
1939 disse a seu médico, Max Schur: hoje em dia, viver não é nada mais do que tortura.
Não faz mais sentido (SCHUR, 1972, p. 529). O médico havia lhe prometido que não o
deixaria sofrer desnecessariamente. Ele ministrou três injeções de morfina nas 24 horas
seguintes, cada dose maior do que o necessário para a sedação, e pôs fim aos longos anos
de sofrimento de Freud” (SCHULTZ & SCHULTZ, Teorias de personalidade, p. 47).
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2. Se a ação é praticada sob violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima,
mas o autor erra a execução, vindo a atingir e matar terceira pessoa, responde pelo homicídio
privilegiado, simples ou qualificado? (Art. 73 do CP?)
3. Motivo torpe é aquele que, em razão de sua natureza vulgar, medíocre e vil, desvia-se dos
padrões de moralidade aceitos, em geral, pela sociedade. O inconformismo com o término de
relacionamento não se enquadra em um contexto capaz de despertar especial repúdio, e, por
isso, não tem o condão de, por si só, fazer incidir a qualificadora de motivo torpe, sobretudo
quando se tem notícia nos autos de que estaria preenchido pelo sentimento de ciúme. 4. “O
ciúme, por si só, sem outras circunstâncias, não caracteriza o motivo torpe.” (HC 123.918/MG,
Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 13/08/2009, DJe 05/10/2009).“ (HC
198.377/SP, j. 24/09/2013)
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“A falta de motivo não é motivo fútil, algo que se aprende já nas primeiras lições de direito
penal, relativas ao crime de homicídio. Portanto, imputar a futilidade sob a acusação de ter
sido o crime cometido ‘sem motivo aparente’ é juridicamente inviável” (Ap. Crim.
70064652084-RS, 2.a C. Crim., rel. Luiz Mello Guimarães, 25.06.2015, v.u.)
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
• Veneno - é a “substância que, introduzida no organismo, altera momentaneamente ou
suprime definitivamente as manifestações vitais de toda matéria organizada” (ODON
RAMOS MARANHÃO, Curso básico de medicina legal, p. 282)
• Tortura - a Convenção da Organização das Nações Unidas, de Nova York, aprovada pelo
Brasil por intermédio do Decreto 40/91, que cuidou do tema (art. 1.º): “Para os fins da
presente Convenção, o termo ‘tortura’ designa qualquer ato pelo qual dores ou
sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a
fim de obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por
ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de
intimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas;...
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ou por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais dores
ou sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no exercício de
funções públicas, ou por sua instigação, ou com seu consentimento ou aquiescência. Não se
considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de
sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram”
• meio insidioso (pérfido, enganoso, que constitui uma cilada para a vítima);
• meio cruel (que exagera, propositadamente, o sofrimento impingido à vítima);
• meio que traz perigo comum (aquele que provoca dano à vítima, mas também faz outras
pessoas correrem risco)
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STJ: “A existência de desavenças familiares, mesmo que acompanhadas de ameaças de morte, não
torna manifestamente improcedente a qualificadora de recurso que impossibilitou a defesa da vítima”
(AgRg no REsp 1.125.372-RS, 6.a T, rel. Sebastião Reis Júnior, 09.08.2011, v.u.)
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VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes
do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição:
Princípio da Igualdade?
Lei 8.072/1990: Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte
(art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
(Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
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VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Lei 10.826/2003 - Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos: (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
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§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar;
Lei. 11.340/2006 - Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de
pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos
direitos humanos
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IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.