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Modelos curriculares

UFCD 10650- CURRÍCULO E ÁREAS DE CONTEÚDO


E D U C AT I V O

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O que são modelos curriculares?

Evans e Spodek e Brown, consideram como a mais abrangente, referem-se a ela como uma representação
das componentes filosóficas, administrativas e pedagógicas consideradas essenciais num determinado
programa educacional.

Neste sentido, um determinado modelo curricular não implica necessariamente uma uniformização das
práticas, mas antes autoriza a sua diversidade, permitindo opções que, desejavelmente, se organizem como
processos saturados de intencionalidade educativa, e que o essencial se podem construir como currículos
diferenciados.

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Origem

Alguns modelos praticados em Portugal são modelo dos jardins-escola João de Deus , o movimento da
escola moderna , modelo High/Scope ( ou currículo de orientação cognitiva) e abordagem metodológica
conhecida por trabalho de projetos também referenciados em termos de pedagogia de projetos).

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Abordagem inatista: Maturacionista

Inatista- parte do principio de fatores hereditários ou de mutação, são mais importantes para o desenvolvimento da
criança.
Hereditariedade- refere-se à herança genética que a criança recebe de seus pais.
Mutação- refere-se a um padrão de mudanças comum a todos os membros de determinada espécie.

Na psicologia, Maturacionista supõem que aptidões individuais e inteligências são herdadas dos pais quando a
criança nasce.

As primeiras investigações psicológicas sobre a natureza hereditária das aptidões especial, normalmente tinham
familiares com mesmo tipo de aptidão.

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Behaviorismo:
O behaviourismo é um conceito generalizado que engloba as mais paradoxais
teorias sobre o comportamento, dentro da psicologia. Esta linha de pensamento só
tem interesse por este tema e a certeza de que é possível criar umas ciências que o
estude, pois, suas conceções são as mais divergentes, inclusive no que diz
respeito ao significado da palavra ‘’comportamento’’.

Os ramos principais desta teoria são o behaviourismo metodológico e o


behaviourismo radical.

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Teoria Cognitiva:
O termo cognição pode ser definido como o conjunto de habilidades
mentais necessárias para a construção do conhecimento sobre o
mundo. Os processos cognitivos envolvem, portanto, habilidades
relacionadas ao desenvolvimento do pensamento, raciocínio,
linguagem, memoria, abstração etc.; tem início ainda na infância
estão diretamente relacionados a aprendizagem.

De acordo com os principais teóricos cognitivistas, dentre os quais se


destacam Piaget, wallon e vigotsky, é preciso compreender a ação do
sujeito no processo de construção do conhecimento. Apesar de
diferenças entre suas teorias, procuraram compreender como a
aprendizagem ocorre no que se refere às estruturas mentais do sujeito
e sobre o que é preciso fazer para aprender.

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Jean Piaget (1896-1980)
Centraliza sua explicação para o desenvolvimento cognitivo nas
fases de desenvolvimento da criança. Para ele, o desenvolvimento
cognitivo ocorre em uma serie de estágios sequencias e
qualitativamente diferentes, através do quais vai sendo construída a
estrutura cognitiva seguinte, mais complexa e abrangente que a
anterior. Nesse sentido a teoria piagetiana considera a inteligência
como resultado de uma adaptação biológica, aonde o organismo
procura o equilíbrio entre assimilação e acomodação para organizar
o pensamento. O que determina o que o sujeito é capaz de fazer em
cada fase do seu desenvolvimento é o equilíbrio correspondente a
cada nível mental atingido.

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Henry Wallon (1879-1962)
Compreende o desenvolvimento cognitivo como um processo social
e interacionista, no qual a linguagem e o entorno social assumem um
papel fundamental. Assim como Piaget, Wallon também categoriza
o desenvolvimento em etapas, mas procura o entendimento do
sujeito em sua integralidade: biológica, afetiva, social e intelectual.
Desta forma, a existência do individuo se dá entre as exigências do
organismo e da sociedade e seu desenvolvimento ocorre por meio de
uma construção progressiva em que predominam ora aspetos
afetivos, ora cognitivos estabelecidos, através das relações entre um
ser e um meio que se modificam reciprocamente.

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Lev Vygotsky (1896-1934)
Postula que o desenvolvimento do individuo e a aquisição de
conhecimentos é resultado da interação do sujeito com o meio, através
de um processo sócio histórico construído coletivamente e mediado pela
cultura. De acordo com sua teoria, a aprendizagem promove o despertar
de processos internos de desenvolvimento que não ocorreriam senão por
meio das interações estabelecidas com o meio externo ao longo da vida.
Como fruto dessas trocas e interações, o cérebro tem a capacidade de
criar novos conhecimentos, isto porque o contato com outras
experiências ativa as potencialidades do aprendiz em elaborar seus
conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro.

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As áreas de conteúdo no jardim de Infância

As áreas de conteúdo desenvolvidas no jardim de Infância.

São consideradas três áreas de conteúdo a desenvolver no processo de planeamento e avaliação das
situações de aprendizagem.

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1. Área de formação pessoal e social: “A formação Pessoal e Social é considerada uma área transversal, dado que
todas as componentes curriculares deverão contribuir para promover nos alunos atitudes e valores que lhes permitam
tornarem-se cidadãos conscientes e solidários, capacitando-os para a resolução dos problemas da vida. Também a educação
pré-escolar deve favorecer a formação da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como se autónomo, livre
e solidário”.
(Ministérios da Educação, Orientações curriculares para a Educação Pré-Escolar página 51)

2. Área de expressão e comunicação - que inclui vários domínios: Domínio da Expressão Motora; Domínio da
Expressão Dramática; Domínio da Expressão Plástica; Domínio da Expressão Musical; Domínio da Linguagem e abordagem
à Escrita; Domínio da Matemática.

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3. Área do Conhecimento do Mundo: “Os seres humanos desenvolvem-se e aprendem em interação com o mundo
que os rodeia. A curiosidade natural das crianças e o seu desejo de saber é a manifestação da busca de compreender e dar
sentido ao mundo que é próprio do ser humano e que origina as formas mais elaboradas do pensamento, o
desenvolvimento das ciências, das técnicas e também das artes” / “O tratamento desta área não domine inteiramente os
conteúdos, a introdução a diferentes domínios científicos cria uma sensibilização que desperta a curiosidade e o desejo de
aprender.
O que parece essencial neste domínio, quaisquer que sejam os assuntos abordados e o seu desenvolvimento são os aspetos
que relacionam com os processos de aprender: a capacidade de observar, o desejo de experimentar, a curiosidade de saber,
a atitude crítica.”

(Ministério da Educação, Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar página 79/85)

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Expressão Musical:
Assente num trabalho de exploração de sons e ritmos, que a criança produz e
explora espontaneamente e que vai aprendendo a identificar e a produzir com
base num trabalho sobre os diversos aspetos que caracterizam os sons: intensidade, a
altura, timbre, duração, etc.”.(Ministérios da Educação, Orientações curriculares
para a Educação Pré-Escolar)

“A música baseia-se no som e o som é algo que nos rodeia, que nos influencia desde
muito cedo”.(M.E.; Perspectivas de Educação em jardins de infância s/d, p. 39)

Cantando, tocando ou quaisquer que sejam as outras formas que ela utilize, ela está
a comunicar, a desenvolver a sua capacidade criativa, a desenvolver o seu sentido
rítmico e auditivo, ela está a ter prazer”.

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Domínio da linguagem e abordagem à
escrita:
“Não há hoje em dia crianças que não contactem com código escrito e que por isso,
ao entrar para a educação pré-escolar não tenha já algumas ideias sobre a escrita.

Pretende-se acentuar a importância de tirar partido do que a criança já sabe,


permitindo-lhe contactar com as diferentes funções do código escrita, mas de facilitar
a emergência da linguagem escrita”.

(Ministérios da Educação, Orientações curriculares para a Educação Pré-escolar p.65)

“Se o Jardim quer favorecer a expressão da criança com base na comunicação: É cada
criança que o educador terá de conhecer. O seu individual. O falar da comunidade a
que ela pertence”,

(M.E.; Perspetivas da educação em Jardins de Infância, s/d, p.24).

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Domínio Da Matemática:
“É a partir da consciência da sua posição e deslocação no espaço, bem como da relação e manipulação de objetos que ocupam e espaço, que a
criança pode aprender o que está longe e perto, dentro, fora e entre, aberto e fechado. em cima e em baixo… permite-lhe ainda reconhecer e
representar diferentes formas… começas a encontrar princípios lógicos que lhe permite classificar reações, do seu poder sobre a realidade, criando
situações de comunicação verbal e não verbal.

…Permitindo às crianças recrear experiências da vida quotidiana, situações imaginarias, etc..”.

(Ministérios de Educação, Orientações curriculares para a Educação pré-Escolar)

“…é um meio de descoberta de si e do outro, de afirmação de si próprio em relação com os outros que corresponde a uma forma de se apropriar de
situações sociais. Na interação com outra ou outras crianças, em atividades de jogo simbólico, os diferentes parceiros tomam consciência das suas
reações, do seu poder sobre a realidade, criando situações de comunicação verbal e não verbal.

…permitindo às crianças recrear experiencias da vida quotidiana, situações imaginárias, etc”.

(Ministérios da educação, Orientações curriculares para a educação Pré-escolar)


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Expressão Plástica
“Possibilita á criança mais uma forma de descoberta e comunicação diferentes de outras.

…constitui uma forma de linguagem.

A criança através da expressão plástica exprime o que não pode confiar á expressão verbal”.

(Ministérios da Educação, Orientações curriculares para a Educação Pré-escolar)

“A criança como artista, Não copia traços ou formas, tonalidades ou sombras; a criança dá
ao que vê a sua interpretação.

Há que deixá-la crescer e afirmar-se para que se sinta que é ela própria única autora da sua
obra…”

(M.E.; Perspetivas de Educação em Jardins de Infância s/d, p.42)

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Desenvolto e aprendizagem como
vertentes indissociáveis
Fundamentos e Criança como sujeito do processo
Princípios educativo
Educativos
Resposta a todas as crianças

Construção articulada do saber

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Intencionalidade Educativa

Observar, registar
Avaliar
Comunicar e Articular

e documentar

Comunicar e Articular
Planear

Agir

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Organização
do Ambiente
ESTABELECIMENT
O EDUCATIVO
AMBIENTE
EDUCATIVO DA
RELAÇÕES E
INTERAÇÕES Educativo
SALA

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Áreas de Conteúdo

Formação Conhecimento Expressão e -Educação


Pessoal e Social do Mundo Comunicação: Motora

-Linguagem
-Educação Oral e
-Matemática
Artista Abordagem
Escrita

Continuidade Educativa e Transições

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