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Ae Pfug1122 Ppt8
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Epistemologia
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao
cogito
I. Epistemologia
3. René Descartes, a resposta racionalista
3. René Descartes, a resposta racionalista
Aprendizagens Essenciais
Clarificar os conceitos nucleares, as
teses e os argumentos da teoria
racionalista (Descartes) enquanto
resposta ao problema da
possibilidade e da origem o
conhecimento.
Da dúvida ao cogito
Da dúvida ao cogito
Notei, há alguns anos já, que, tendo recebido desde a mais
tenra idade tantas coisas falsas por verdadeiras, e sendo tão
duvidoso tudo o que depois sobre elas fundei, tinha de deitar
abaixo tudo, inteiramente, por uma vez na minha vida, e
começar, de novo, desde os primeiros fundamentos, se
quisesse estabelecer algo de seguro e duradoiro nas ciências.
René Descartes (1991). Discurso do método. Edições 70, p. 73.
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao cogito
Da dúvida ao cogito
Mas, porque agora desejava dedicar-me apenas à procura
da verdade, pensei que era forçoso que eu fizesse
exatamente ao contrário e rejeitasse, como absolutamente
falso, tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida,
a fim de ver se, depois disso, não ficaria alguma coisa na
minha crença que fosse inteiramente indubitável.
René Descartes (1988). Meditações sobre a filosofia primeira. Almedina, p. 105.
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao cogito
Rejeitar qualquer crença que admita a mais
pequena dúvida, descobrir princípios
indubitáveis – crenças básicas – e, a partir
deles, inferir por dedução, de modo a que
tudo o que seja derivado desses princípios
seja também absolutamente certo, eis o
caminho que decide seguir Descartes.
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao cogito
Metódica
A dúvida cartesiana é
distinta da dúvida Voluntária
cética. O objetivo de Provisória
Descartes é alcançar
certezas e não Universal
permanecer na dúvida Hiperbólica
e suspender o juízo.
Sistemática
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao cogito
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao cogito
Primeiro nível da dúvida – Os sentidos enganam-nos
Da dúvida ao cogito
Primeiro nível da dúvida – Os sentidos enganam-nos
Da dúvida ao cogito
Segundo nível da dúvida – Vigília e sono não se podem distinguir
(…) observo este papel seguramente com os olhos abertos, esta
cabeça que movo não está a dormir, voluntária e
conscientemente estendo esta mão e sinto-a: o que acontece
quando se dorme não parece tão distinto. Como se não me
recordasse de já ter sido enganado em sonhos por pensamentos
semelhantes! Por isso, se reflito mais atentamente, vejo com
clareza que vigília e sono nunca se podem distinguir por sinais
seguros (…).
René Descartes (1988). Meditações sobre a filosofia primeira. Almedina, p. 108.
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao cogito
Segundo nível da dúvida – Vigília e sono não se podem distinguir
Da dúvida ao cogito
Terceiro nível da dúvida – A possibilidade de um génio maligno
Vou supor (…) não um Deus sumamente bom, fonte de verdade, mas
um certo génio maligno, ao mesmo tempo extremamente poderoso e
astuto, que pusesse toda a sua indústria em me enganar. Vou
acreditar que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons, e todas
as coisas exteriores não são mais que ilusões de sonhos com que ele
arma ciladas à minha credulidade. Vou considerar-me a mim próprio
como não tendo mãos, não tendo olhos, nem carne, nem sangue,
nem sentidos, mas crendo falsamente possuir tudo isto.
René Descartes (1988). Meditações sobre a filosofia primeira. Almedina, p. 113.
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao cogito
Terceiro nível da dúvida – A possibilidade de um génio maligno
Da dúvida ao cogito
Terceiro nível da dúvida – A possibilidade de um génio maligno
Da dúvida ao cogito
Terceiro nível da dúvida – A possibilidade de um génio maligno
Da dúvida ao cogito
Níveis da dúvida metódica
Se os sentidos nos enganam, ainda que A hipótese de estarmos a ser manipulados
apenas algumas vezes, então não são por um génio maligno ou um deus
indubitáveis e é melhor não confiarmos enganador não pode ser afastada: as
neles nunca: não são fundamentos verdades da razão e a existência do mundo
infalíveis. físico não são indubitáveis.
Da dúvida ao cogito
A descoberta do cogito
Da dúvida ao cogito
A descoberta do cogito
Da dúvida ao cogito
A descoberta do cogito
• A existência do eu que pensa (ou cogito) é assim uma certeza
inabalável que resiste, inclusivamente, à dúvida hiperbólica, à
extravagante ficção de um génio maligno que deliberadamente
o enganasse.
• Eu, que penso e que me posso enganar ou ser enganado ou
mesmo duvidar da existência do meu corpo e da própria
realidade física, bem como de todas as crenças dos sentidos e
da razão, devo necessariamente ser qualquer coisa e não nada.
3. René Descartes, a resposta racionalista
Da dúvida ao cogito
Da dúvida ao cogito