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A política na Primeira República

Ano: 9º ano do Ensino Fundamental.

Unidade O nascimento da República no Brasil e os processos

temática: históricos até a metade do século XX.

Objeto(s) de Experiências republicanas e práticas autoritárias:

conhecimento: as tensões e as disputas do mundo contemporâneo.

A proclamação da República e seus primeiros

desdobramentos.

Habilidade(s) EF09HI01 Descrever e contextualizar os principais aspectos

da BNCC: sociais, culturais, econômicos e políticos da emergência da

República no Brasil.
Conhecer formas de
participação política
durante a Primeira
República (1889-1930)
Leia a definição do verbete
República/republicanismo e
depois observe as imagens
República/republicanismo
[...] Pode-se dizer que república é uma forma de governo que
se distingue da forma monárquica. Tal distinção deve-se ao
fato de que o fundamento do poder nas repúblicas não está
associado a governo unipessoal e à sucessão dinástica, tal
como nas monarquias, invariavelmente governadas por casas
reais. [...] de modo geral a ideia contemporânea de república
aproxima-se da de democracia, posto que está associada à
soberania popular, exercida por meio da participação em
eleições regulares, livres, competitivas e extensivas a todos os
postos politicamente relevantes. A tais traços devem ser
acrescentadas a distinção e a separação entre teologia e
política.
LESSA, Renato. Confira o significado do termo República segundo o Dicionário de Políticas Públicas. São Paulo: Editora Unesp, 2016. Disponível em:
<http://editoraunesp.com.br/blog/confira-o-significado-do-termo-republica-segundo-o-dicionario-de-politicas-publicas>. Acesso em: 20 fev. 2019.
Fotografia de antiga urna de lona

BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Urna de lona. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/imagens/fotos/urna-de-lona>. Acesso em: 5 fev. 2019.
Cédula das eleições municipais de São Paulo em 1988

BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Cédulas eleitorais. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/o-tse/cultura-e-historia/museu-do-voto/temas/cedulas-eleitorais>.


Acesso em: 5 fev. 2019
Urna eletrônica brasileira

CRUZ, José. Urna eletrônica que é usada nas eleições brasileiras. Agência Brasil, 2005. Wikipedia. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Urna_eletr
%C3%B4nica.jpeg>. Acesso em: 5 fev. 2019.
Observe a charge e, em
seguida, leia o texto
STORNI. As próximas eleições… De cabresto. Careta (Revista), ano 20, nº 974, 1927. Disponível em:
<http://diariodebordoguilherme.blogspot.com/2010/08/primeira-republica-sob-otica-das.html>. Acesso em: 4 fev. 2019.
Voto de cabresto e política dos governadores na
Primeira República

Com a República, os fazendeiros passaram a ter seu prestígio


avaliado pela capacidade de barganha eleitoral, determinada
pelo controle que exerciam sobre os eleitores, característica
que reforçou o coronelismo. O termo “coronel” surgiu na
Guarda Nacional (1832) e designava a patente mais alta de
comando. A Guarda perdeu sua importância após a Guerra do
Paraguai, quando o Exército se fortaleceu, mas o título
persistiu como forma de expressar o poder dos latifundiários
no interior do país. [...]
Os “coronéis” se beneficiaram do voto aberto, o que lhes
permitia o pleno controle sobre os eleitores no momento da
eleição e a formação dos “currais eleitorais”. Valiam-se de
todo tipo de coação, inclusive da força, para impor o
chamado “voto de cabresto” e assegurar a vitória de seus
candidatos. Também eram comuns as chamadas “eleições a
bico de pena”, em que fraudes eram praticadas em todas as
etapas do processo: no alistamento dos eleitores, na
composição das mesas de votação e apuração, nas
transcrições das atas e nos diplomas dos eleitos. O processo
eleitoral era tratado como uma formalidade, e a vontade
dos eleitores, como questão secundária. Munidos de cacife
eleitoral, os “coronéis” se articulavam aos grupos
oligárquicos que mantinham a hegemonia no plano
estadual. Assim, estabeleciam uma ampla rede de alianças,
por meio da troca de votos por favores, bens, nomeações
para cargos públicos, obras, total impunidade e outros
privilégios, que aumentavam seu poder local.
A partir dessa prática surgiu a “política dos governadores”,
em que os coronéis se utilizavam do voto de cabresto para
garantir a eleição de prefeitos, parlamentares e governadores
em troca de favores em todas as esferas do governo. A política
dos governadores “é considerada a última etapa da montagem
do sistema oligárquico ou liberalismo oligárquico, que
permitiu, de forma duradoura, o controle do poder central
pela oligarquia cafeeira”.

DIAS, Carlos Alberto Ungaretti. Política dos Governadores. Dicionário da Elite Política Republicana. São Paulo: FGV, 2011. Disponível em:
<https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/POL%C3%8DTICA%20DOS%20GOVERNADORES.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2019.
Escreva um texto
relacionando o voto de
cabresto e a política dos
governadores da
Primeira República à
política dos dias atuais

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