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Atlas de Urinálise
Atlas de Urinálise
1
Índice
Introdução 3-4
Procedimento operacional padrão no EQU 5-11
Exames químicos na urina 12-18
Cristais na urina acida 19-21
cristais de acido úrico 19
cristais de oxalato de cálcio 20
cristais de urato amorfo 21
cristais de acido hipúrico 21
Cristais na urina alcalina 22-26
cristais de fosfato triplo 22
Cristais de biurato de amônio 23
cristais de fosfato de cálcio 24
Cristais de fosfato amorfo 25
Cristais anormais na urina 26-30
cristais de leucina 26
Cristais de tirosina 26
cristais de colesterol 27
cristais de cistina 28
cristais de bilirrubina 28
cristais de carbonato de cálcio 29
cristais de sulfa e outros medicamentos 30
Grânulos de hemossiderina 31
Cilindros na urina 32-37
cilindro hialinos ou translúcidos 32
cilindro granulosos ou granulares 33
cilindro céreo 34
cilindro eritrocitário ou hemático 35
cilindro leucocitário 36
cilindroides 37
cilindro adiposo 37
cilindro misto 38
cilindro epitelial 39
Estruturas diversas 40-47
células epiteliais escamosas 40
células epiteliais pavimentosas 41
células epiteliais transicionais 41
células epiteliais dos túbulos renais 42
hemácias 43
leucócitos 44
corpos ovais gordurosos 45
candida albicans 47
trichonomas vaginalis 48
filamentos de muco 48
flora bacteriana 49
fibras na urina 50
Gotículas de gordura 51
espermatozoides 51
Bolhas de ar 52 2
bibliografia 53
Introdução
Urinálise compreende as análises física, química e microscópica da urina, com o
objetivo de detectar doença renal, do trato urinário ou sistêmica, que se manifesta
através do sistema urinário. É um teste laboratorial amplamente utilizado na
prática clínica, constituindo um dos indicadores mais importantes de saúde e
doença.
Trata-se de um dos exames mais antigos de que se tem conhecimento. Os
componentes do exame de urina incluem a avaliação das características
macroscópicas (cor e aspecto), físicas (pH e densidade ou gravidade específica),
químicas (através de tiras reagentes), bioquímicas e microscópicas, além de testes
confirmatórios quando necessário.
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Tipos de coleta da urina:
• amostra de 24 horas
• amostra colhidas por catéter
• punção suprapúbica
• jato médio de micção espontânea
• amostras pediátricas ( uso de coletores de plástico).
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Procedimento operacional padrão
EQU
1. SINÔNIMO: Exame Comum de Urina, EQU, Exame Qualitativo de Urina.
2. OBJETIVO:
Este POP estabelece critérios e procedimentos cujo objetivo seja realizar um Exame Qualitativo de
Urina.
3. APLICAÇÃO:
Essa técnica é empregada para avaliação do funcionamento do sistema urinário, diagnóstico de
infecções do trato urinário, detecção de início assintomático de doenças como Diabete mellitus,
hepatopatias e outras avaliações metabólicas.
4. INTRODUÇÃO:
O EQU é um exame para avaliação das funções renais e do trato urinário. Através dele também se
pode diagnosticar doenças do metabolismo, como Diabete mellitus, pois quando a glicose está
muito alta ultrapassa o limiar renal e a pessoa excreta glicose pela urina. Este exame se divide em 3
fases: exame físico, químico e microscópico.
Exame Físico: através do exame físico de urina, avaliam-se coloração, aspecto e densidade da
amostra.
- Coloração:
As descrições de coloração utilizadas pelo Laboratório Escola de Biomedicina são: amarelo-claro,
amarelo, amarelo citrino e amarelo-escuro.
- Aspecto:
O aspecto da urina se refere à turbidez da amostra e é determinado de maneira visual. Assim, a
urina é classificada como límpida (transparente) ou turva.
- Densidade:
A avaliação da capacidade de reabsorção renal é um componente necessário do exame de urina e é
realizada medindo-se a densidade da amostra através de um refratômetro devidamente calibrado.
Os limites fisiológicos variam de 1.005 a 1.040.
Exame Químico:
Preparativos e Cuidados:
Num tubo de uroanálise (cônico), colocar 10 mL de urina homogeneizada;
Exame microscópico:
O exame microscópico é realizado a partir de urina centrifugada, onde observam-se células
epiteliais, presença ou ausência de muco, bacteriúria, presença de cilindros e cristais,
espermatozóides, protozoários, leveduras, parasitas, realiza-se a contagem de leucócitos e
hemácias.
Procedimentos e preparativos para a análise:
• Calibrar o tubo e centrifugar de 1500 a 2000 RPM por 5 minutos;
• Inverter e descartar o sobrenadante até que reste 0,20 mL (200 uL);
• Resuspender o precipitado por agitação, pipetar 50 uL entre lâmina e lamínula (22 x 22
mm);
• Observar 5 campos em pequeno aumento (100X) para identificar grandes elementos;
• Contar os elementos figurados em 10 campos de grande aumento (400X), calcular a média
e expressar os resultados conforme relacionado abaixo:
5. AMOSTRA:
5.1 Tipo de Amostra:
Primeira urina da manhã ou após retenção da urina por pelo menos 04 horas, com prévia
higiene e desprezo do primeiro jato.
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5.2 Coleta:
A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco. Recomenda-se o uso de recipientes
descartáveis por serem econômicos e pôr eliminarem a possibilidade de contaminação
decorrente de lavagem incorreta.
O recipiente de amostra deve ser devidamente etiquetado, contendo data e nome do paciente.
As etiquetas devem ser postas sobre o recipiente e não sobre a tampa.
A amostra deve ser entregue imediatamente ao laboratório e analisada dentro de uma hora. A
amostra que não puder ser entregue ou analisada dentro desse tempo devera ser refrigerada ou
receber conservante químico apropriado.
6. MATERIAIS NECESSÁRIOS:
- Frasco seco, estéril e descartável para coleta da amostra;
- Tubo cônico;
- Refratômetro;
- Água destilada;
- Solução de NaCl a 5%;
- Papel absorvente;
- Micropipetas multivolumétricas;
- Ponteiras descartáveis;
- Centrífuga;
- Fitas reagentes de urina;
- Lâmina para microscopia;
- Lamínula 22mm X 22mm;
- Microscópio ótico.
7. METODOLOGIA:
7.1 Exame Físico:
A determinação de coloração e aspecto é realizada através de observação macroscópica da amostra.
A determinação da densidade é realizada com o uso de refratômetro devidamente calibrado, com
ajuste feito com água destilada (registro em planilha específica) e posterior determinação da
densidade da amostra pingando-se de 1 a 2 gotas da mesma sobre o prisma e voltando-o para luz.
- Pro teinúria: é provavelmente o achado isolado mais sugestivo de doença renal, especialmente
se associado a outros achados do exame de urina (cilindrúria, lipidúria e hematúria).
- Glicosúria: pode ocorrer quando a concentração de glicose no sangue alcança valores entre
160 e 200 mg/dl (limiar renal) ou devido a distúrbios na reabsorção tubular renal da glicose:
desordens tubulares renais, síndrome de Cushing, uso de corticoesteróides, infecção grave,
hipertireoidismo, feocromocitoma, doenças hepáticas e do sistema nervoso central e gravidez.
-Cetonúria: As principais condições associadas são diabetes mellitus e jejum prolongado.
- Sangue: a hematúria resulta de sangramento em qualquer ponto do trato urinário desde o
glomérulo até a uretra, podendo ser devido a doenças renais, infecção, tumor, trauma, cálculo,
distúrbios hemorrágicos ou uso de anticoagulantes. A pesquisa de hemácias dismórficas auxilia
na distinção das hemácias glomerulares e não glomerulares. A hemoglobinúria resulta de
hemólise intravascular, no trato urinário ou na amostra de urina após a colheita. Os limites de
detecção das tiras reagentes são: 5 hemácias por campo de 400X (hematúria) ou 0,015mg de
hemoglobina livre por decilitro de urina (hemoglobinúria).
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- Leucocitúria (ou piúria): está associada à presença de processo inflamatório em qualquer
ponto do trato urinário, mais comumente infecção urinária (pielonefrite e cistite), sendo,
portanto, acompanhada com freqüência de bacteriúria. A tira reagente detecta tanto
leucócitos íntegros, como lisados, sendo, portanto, o método mais sensível.
- Nitrito: sugere o diagnostico da infecção urinária, especialmente quando associado com
leucocitúria. Indica a presença de 105 ou mais bactérias/ml de urina, capazes de converter
nitrato em nitrito, principalmente Escherichia coli.
- Bilirrubinúria: observada quando há aumento da concentração de bilirrubina conjugada no
sangue (>1 a 2 mg/dL) geralmente secundária a obstrução das vias biliares ou lesão de
hepatócitos.
- Urobilinogênio aumentado: observado nas condições em que há produção elevada de
bilirrubina como as anemias hemolíticas e desordens associadas à eritropoiese ineficaz, e nas
disfunções ou lesões hepáticas (hepatites, cirrose e insuficiência cardíaca congetiva).
Cilindros: importantes marcadores de lesão renal, podem aparecer em grande número e de
vários tipos dependendo da gravidade e do número de néfrons acometidos. Cilindros largos, em
geral céreos ou finamente granulosos, são característicos da insuficiência renal crônica. Cilindros
leucocitários podem ocorrer em condições inflamatórias de origem infecciosa ou não-infecciosa,
indicando sempre a localização renal do processo. A presença de cilindros eritrocitários está
associada à hematúria glomerular.
- Células epiteliais: as escamosas revestem a porção distal da uretra masculina, toda a uretra
feminina e também a vagina e são as mais comumente encontradas no exame do sedimento
urinário. A presença de número aumentado de células epiteliais escamosas indica
contaminação da amostra de urina com material proveniente da vagina, períneo ou do meato
uretral.
- Flora bacteriana: A presença de bactérias na urina pode estar relacionada à infecção urinária,
mas apresenta baixa especificidade para esse diagnóstico.
10. BIOSSEGURANÇA:
A amostra de urina é uma amostra biológica que pode ser potencialmente infectante, assim,
todos os cuidados de biossegurança devem ser tomados. O uso de EPIs é indispensável.
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EXAMES QUÍMICOS NA URINA
pH; PROTEÍNA; GLICOSE; CETONAS; BILIRRUBINA; SANGUE; UROBILINOGÊNIO;
NITRITO; LEUCÓCITOS.
Reação de pH :
Os pulmões e os rins são os principais reguladores do equilíbrio ácido-básico do
organismo. A determinação do pH urinário é importante por ajudar a detectar
possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória,
também pode indicar algum distúrbio resultante da incapacidade renal de produzir
ou reabsorver ácidos ou bases. O controle do pH é feito principalmente da dieta,
embora possam ser usados alguns medicamentos.
O conhecimento do pH urinário, é importante também na identificação dos cristais
observados durante o exame microscópico do sedimento urinário, e , no
tratamento de problemas urinários que exija que a urina esteja em um
determinado pH.
Interferentes: O crescimento bacteriano em uma amostra, pode tornar o pH
alcalino, devido ao fato da uréia ser convertida em amônio. Deve-se ter o cuidado
de não umedecer excessivamente a fita, para que o tampão ácido da proteína não
escorra na placa do pH, tornando esse laranja.
CETONÚRIA:
Engloba três produtos intermediários do metabolismo das gorduras : acetona
(2%) , ácido acetoacético (20%) e ácido beta-hidroxibutírico (78%). A presença de
cetonúria indica deficiência no tratamento com insulina no diabete melito,
indicando à necessidade de regular a sua dosagem, e, provoca o desequilíbrio
eletrolítico, a desidratação e se não corrigida a acidose, que pode levar ao coma.
-NTERFERFERENTES : Podem ocorrer reações falso-positivas, após a utilização de
ftaleínas, fenilcetonas, conservente 8-hidroxiquinolona, ou com metabólicos de L-
dopa. Reações falso-negativos podem ocorrer, devido à drogas anti-hipertensivas.
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PROTEÍNA :
A urina normal contém quantidades muito pequena de proteínas, em geral, menos
de 10 mg/dl ou 150 mg por 24 horas. Esta excreção consiste principalmente de
proteínas séricas de baixo PM (albumina ) e proteínas produzidas no trato
urogenital ( Tamm – Horsfall ).
O teste com fita reagente é sensível a albumina , e o teste de precipitação ácida é
sensível a todas as proteínas indicando a presença tanto de globulinas quanto de
albumina, portanto, quando o resultado da fita for positivo, deve ser confirmado
com o método ácido sulfossalicílico( método de turvação).
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BILIRRUBINA:
A bilirrubina, é um produto da decomposição da hemoglobina , formado nas
células retículo-endoteliais do baço, fígado, medula óssea e transportado ao
sangue por proteínas. A bilirrubina não conjugada no sangue, não é capaz de
atravessar a barreira glomerular nos rins. Quando a bilirrubina é conjugada no
fígado, com o ácido glicurônico, formando o glicuronídeo de bilirrubina, ela se
torna hidrossolúvel e é capaz de atravessar os glomérulos renais, na urina. A urina
do adulto contém, cerca de 0,02mg de bilirrubina por decilitro, que não é
detectada pelos testes usuais. A presença de bilirrubina conjugada na urina sugere
obstrução do fluxo biliar; a urina é escura e pode apresentar uma espuma amarela.
A bilirrubinúria está associada com um nível sérico de bilirrubina(conjugada)
elevado, icterícia, e fezes acólicas(descoradas, pela ausência de pigmentos
derivados da bilirrubina).
A urina deve ser fresca , pois a bilirrubina é um composto instável à luz, que
provoca sua oxidação e conversão em biliverdina, apresentando resultado falso-
positivo. O glicuronídeo de bilirrubina, também hidrolisa rapidamente em contato
com a luz, produzindo bilirrubina livre, que é menos reativa nos testes de
diazotização.
INTERFERENTES : destruição da bilirrubina por exposição da amostra à luz,
presença de pigmentos urinários.
GLICOSE:
Em circunstâncias normais, quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é
reabsorvida pelo túbulo proximal, através de transporte ativo, e por isso a urina
contém quantidades mínimas de glicose. O limiar renal é de 160 a 180 mg/dl.
Um paciente com diabetes mellitus apresenta uma hiperglicemia, que pode
acarretar uma glicosúria quando o limiar renal para a glicose é excedido.
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UROBILINOGÊNIO:
Pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. É produzido no
intestino a partir da redução da bilirrubina pela ação das bactérias intestinais. A
bilirrubina livre no intestino, é reduzida em urobilinogênio e estercobilinogênio, e a
maioria do pigmento é excretado nas fezes como estercobilinas. Uma pequena
quantidade de urobilinogênio, é absorvida pela circulação portal do cólon e é
dirigida ao fígado onde é excretado novamente, não conjugado, na bile.
Normalmente, uma pequena quantidade chega aos rins, porque enquanto o
urobilinogênio circula no sangue, passa pelos rins, e é filtrado pelos glomérulos.
A excreção normal de urobilinogênio é de 0,5 a 2,5 mg ou unidades/24 horas.
NITRITO:
Útil na detecção da infecção inicial da bexiga ( cistite ), pois muitas vezes os
pacientes são assintomáticos, ou tem sintomas vagos, e quando a cistite não for
tratada, pode evoluir para pielonefrite, que é uma complicação frequente da
cistite, que acarreta lesão dos tecidos renais, hipertensão e até mesmo septicemia.
Pode ser usado para avaliar, o sucesso da antibioticoterapia, para acompanhar
periodicamente as pessoas que tem infecção recorrentes, diabéticos, e mulheres
grávidas que são considerados de alto risco para infecção urinária.
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SANGUE:
O sangue pode estar na urina na forma de hemáceas íntegras (hematúria) ou de
hemoglobina livre produzida por distúrbios hemolíticos ou por lise de hemáceas no
trato urinário (hemoglobinúria). O exame microscópico do sedimento urinário,
mostrará a presença de hemáceas íntregas, mas não de hemoglobina, portanto, a
análise química é o método mais preciso para determinar a presença de sangue na
urina.
INTERFERENTES:
falso negativo: ácido ascórbico, nitrito(infecção urinária), densidade específica alta, pH
ácido;
falso positivo: contaminação menstrual, mioglobinúria, peroxidase de vegetais e por
enzimas bacterianas.
LEUCÓCITOS:
Indica uma possível infeção do trato urinário.
INTERFERENCIAS: amostras com densidade específica alta, onde a crenação dos
leucócitos pode impedir a liberação de suas esterases.
PIÚRIA: Todas as doenças renais e do trato urinário. Também podem estar
aumentados transitoriamente durante estados febris, e exercícios severos.
CILINDROS:
Os cilindros são formados no interior da luz do túbulo contornado distal e ducto
coletor, suas formas são representativas da luz do túbulo, consistindo de lados
paralelos e extremidades arredondadas, o tamanho, depende da área de sua
formação. O principal componente é a proteína de Tamm-Horsfall, uma
glicoproteína excretada pela porção grossa ascendente da alça de Henle e pelo
túbulo distal.
Nas doenças renais, eles estão presentes em grande quantidade e sob várias
formas, a quantidade aumentada de cilindros, indica que a doença renal é
disseminada e que vários néfrons encontram-se envolvidos. Também podem estar
presente em indivíduos normais, após um exercício físico severo.
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CRISTAIS:
É comum encontrar cristais na urina. Deve-se proceder à identificação para ter
certeza de que não representam anormalidades. São formados pela precipitação
dos sais de urina submetidos a alterações de pH, temperatura, ou concentração
que afeta a solubilidade. Um pré-requisito para a identificação de cristais, é o
conhecimento do pH urinário.
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Cristais na urina acida
(a)
(b)
(a) Cristais de acido úrico com suas
extremidades agudas.
(a)
20
Cristais de urato amorfo
Numerosos na urina fortemente ácida. Como o ácido úrico, só se apresentam como
componentes normais nos carnívoros. Aparecem como sais de urato ( sódio,
potássio, magnésio e cálcio). Não apresentam significado clínico.
(a)
(b)
(a) (b)
(a) Cristais de acido hipúrico na urina. (b) Cristais de acido hipúrico na urina.
21
Cristais de Urina Alcalina
Podem ocorrer nos seguintes estados patológicos: pielite crônica, cistite crônica,
hipertrofia de próstata e retenção vesical. Aparecem também em urinas normais.
(a)
(b)
22
Cristais de biurato de amônio
(a)
(b)
(c)
23
Cristais de fosfato de cálcio
Não são frequentes, são incolores, tem forma de prismas finos, placas ou agulhas.
São solúveis em acido acético diluído.
(a)
(c)
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Cristais de fosfato amorfo
Aparência granular incolor amorfa, fornece coloração branca (turvação) a urina quando em
grande concentração.
(a)
(b)
25
Cristais anormais
Cristais de leucina
Tem significado patológico importante como em enfermidades hepáticas em fase
terminal, como a cirrose, hepatite viral, atrofia amarela aguda do fígado e em
severas lesões hepáticas provocadas por envenenamento porfósforo, tetracloreto
de carbono ou clorofórmio. Nas doenças hepáticas, estão normalmente associados
a cristais de tirosina.
(a)
Cristais de tirosina
Aparecem em enfermidades hepáticas graves ou em tirosinose.
(a) (b)
26
(c)
Cristais de colesterol
(a)
(b)
(c)
27
Cristais de cistina
(a)
(c)
(a) (b)
Carbonato de cálcio
São pequenos e incolores , com formas de halteres ou de esferas .
(a)
(b)
As novas sulfas são muito solúveis em meio ácido; por isso, atualmente não se
observam mais estes cristais na urina. A maioria, quando ocorre tem aparência de
agulhas em grupos, unida de forma concêntrica, de cor clara ou castanha.
(a)
(a)
(b)
31
Cilindros na urina
São estruturas semelhantes ao contorno dos túbulos contornado distal e coletor,
cuja matriz primariamente é composta de proteínas de Tamm-Horsfall, que são
secretas no local pelas células epiteliais que forram as alças de Henle, os túbulos
distais e os ductos coletores, preferencialmente se houver urina ácida concentrada
e estes cilindros tomam a aparência morfológica do local onde houve deposição
das proteínas. O pH alcalino, facilita a dissolução dos cilindros. Os diferentes tipos
de cilindros conferem diferentes significados clínicos, associados à proteinúria e a
densidade urinária.
(a)
32
(c)
(b)
(a)
(c) (d)
(a)
(a)
(c)
(a)
(b)
Cilindróide
São cilindros formados na junção da alça de Henle e do Túbulo
contornado distal, são afilados e possui como característica uma
"caudinha" no seu final.
36
(a)
Cilindro adiposo
São encontrados juntamente com corpos adiposos ovais, em distúrbios que
provocam lipinuria como a síndrome nefrotica. São formados pela agregação, a
matriz de gotículas lipídicas livres, são ligeiramente refringentes e contem
gotículas gordurosas de cor marrom-amarelada.
(a) (b)
(a)
(b)
38
Cilindro epitelial
Quando ocorre lesão tubular, as células são facilmente removidas do túbulo
durante a dissolução do cilindro, pois as células estão intimamente ligadas a
proteína de tamm-horsfall, aparecendo em casos de lesão tubular, doenças virais,
exposição a varias drogas, intoxicação por metal pesado, e rejeição aguda a
aloenxerto.
(a)
39
(c) Cilindro epitelial com células do túbulo renal.
Estruturas diversas
Células epiteliais escamosas
Não é incomum encontrar a menos que estejam presente em grande quantidade e
com formas anormais.
Em geral são registradas como raras , poucas, muitas e agrupadas..
Geralmente quando não é feita a coleta correta do jato médio aparecem em maior
numero.
(a)
40
Células epiteliais pavimentosas
Provem do revestimento da vagina e das porções inferiores da uretra feminina e
masculina.
(a)
(b)
(a) (b)
(a)
(c)
42
Hemácias na urina
A existência de hemácias na urina tem relação com lesões na membrana
glomerular ou nos vasos do sistema urogenital, uma grande quantidade costuma
decorrer de uma glomerulonefrite, mas também é vista em infecções agudas.
A observação de hematúria microscópica pode ser essencial para o diagnostico de
cálculos renais.
Considera-se normal achar pouco mais que 1 hemácia .
os valores normais são descritos de duas maneiras:
– Menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10.000 células por mL
(a) (b)
(c)
43
Leucócitos na urina
Indica uma possível infecção no trato urinário, hoje em dia se utiliza a analise
bioquímica para a detecção de leucócitos , mas a quantia ainda é avaliada
microscopicamente.
geralmente são encontrados menos de 5 por campo de grande aumento em urina
normal, mas na urina feminina esse numero pode ser maior.
Agrupamentos de leucócitos e grande numero de bactérias em geral são vistos em
amostrar que produzem culturas bacterianas positivas.
Valores normais estão abaixo dos 10.000 células por mL ou 5 células por camp
(a)
(b)
44
Corpos ovais gordurosos
Células dos túbulos renais com lipídios, esta associada com lesão no glomérulo,
lipidúria (síndrome nefrótica, nefropatia do diabetes mellitus e lupóide,
envenenamento por mercúrio ou etilenoglicol)
(a)
(c)
45
46
Candida albicans
Pode ser observada na urina de pacientes com diabetes melitos e de mulheres
com candidiase vaginal.
Deve-se observar atentamente os brotamentos.
(a)
(c)
47
Trichonomas vaginalis
Encontrado na urina devido a contaminação por secreções vaginais, este
organismo é flagelado.
(a)
(b)
Filamentos de muco
O muco é um material protéico ( mucina ou fibrina), produzido por glândulas e
células epiteliais do trato urogenital. Na microscopia, aparecem estruturas
filamentosas com baixo índice de refração, exigindo observação em luz de baixa
intensidade. Não é considerado clinicamente significativo.
Resultado: a quantificação de muco, é dada em cruzes.
(a)
(a) (b)
49
Fibras na urina
Presentes devido a pedaços de gaze, ou tecidos.
(a)
(b)
50
Gotículas de gordura
(a)
Espermatozoides na urina
Por vezes são encontrados na urina devido a relações sexuais ou a ejaculação
noturna.
(a)
52
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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