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SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA

PROF.ME. ADRIANA NUNES DE


OLIVEIRA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 ANAMNESE:
- Dados Pessoais
- Queixa Principal
- HDA
- Antecedentes Pessoais
- Hábitos de Vida
- Consulta ao prontuário
- Sinais Vitais
- Exames Complementares
- Hipótese Diagnóstica
- Planejamento Terapêutico
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 ANAMNESE
-Estude o prontuário antes de sua avaliação
-Estabeleça contato visual de imediato
-Ajuste o tempo e conteúdo da entrevista ás
necessidades do paciente
-Evite perguntas direcionadas
-Termine a entrevista perguntando se tem
algo que o paciente queira acrescentar
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 DADOS FÍSICOS:
-Idade :
Criança: asma, síndrome membrana hialina
(surfactante), fibrose cística(dç da
mucoviscidose)
Adulto: DPOC, carcinoma brônquico (40 a 60
anos)
-Procedência:
Áreas endêmicas
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Profissão

 Antecedentes familiares:
-Asma, rinite alérgica, fibrose cística( diagnosticada
pelo teste do pezinho, herdada pelos pais, danifica
pulmões e sistema disgestivo)

 Antecedentes pessoais
-Agressões pulmonares prévias
(sarampo,coqueluche,PNM,bronquiectasias)
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

- Passado alérgico
- Uso de drogas imunossupressoras
- Corticóides – infecções por agentes
oportunistas

 Hábitos de vida
-Tabagismo
-Alcoolismo
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 HDA
-Curta, clara, concisa

 Queixa Principal:
-Palavras paciente
-Identificar os sintomas pulmonares
-Sintomas mais comuns: dispnéia, dor
torácica, tosse, expectoração, hemoptise,
cianose
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 DISPNÉIA:
-Aumento do estímulo respiratório
Ex: hipoxemia,, febre, acidose, exercício,
ansiedade
-Aumento do trabalho respiratório:
Alterações na complacência pulmonar: PNM,
edema pulmonar, deformidades toráxicas
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 TERMOS – DISPNÉIA
 Hiperpnéia: aumento do volume de ar
corrente e frequência respiratória
 Hipopnéia: respiração superficial e
diminuição da frequência respiratória
 Hiperventilação: aumento da quantidade de
ar que chega aos alvéolos – hipocapnia
aumento Fr diminuição PaCO2
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Ortopnéia: dispnéia na posição supina


decúbito alívio quando senta ICC
 Platipnéia: dispnéia em ortotastismo
(sentado ou em pé) Ex: pós pneumonectomia,
doença neurológica
 Trepopnéia: dispnéia em decúbito lateral
Ex: derrame lateral
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 DOR TORÁCICA

 Pleurítica
-Localiza-se lateral ou posteriormente
-Piora na inspiração profunda
-Doenças pulmonares
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Não Pleurítica
-Região medial do toráx, com irradiação para
o ombro ou dorso
-Independente dos movimentos respiratórios
-Angina ou refluxo gastroesofágico
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 TOSSE
-É a defesa do organismo
-É uma contração espamódica, repentina da
cavidade torácica, resultando em uma
violenta liberação de ar dos pulmões, e
geralmente acompanhada por um som
característico.Ela retira impurezas que
chegam na traquéia para eliminar excesso de
secreção
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 CARACTERÍSTICAS DA TOSSE
-Eficaz ou Ineficaz (aspirar ou não)
-Produtiva ou Improdutiva
-Aguda , crônica ou subaguda ( tosse com
duração superior a três e inferior a oito
semanas)
-Noturna (ICC, captopril, hipertenso)
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 EXPECTORAÇÃO
-Quantidade (peq., média, grande)
-Aspecto da secreção
• Mucosa – saliva, branca, transparente, espumosa
• Mucoíde – clara de ovo, transparente, viscosa, sem
espuma
• Purulenta – amarelo ou esverdeado, grossa
• Hemoptóica – com sangue vivo ou rajas de sangue
• Mucopiosanguinolenta – muco, pus e sangue
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 VISCOSIDADE
-Fluídica
-Viscosa ( pegajosa, consistente)

 COR E ODOR
-Muco saudável não tem cor
-Muco esbranquiçado: asma, rinite, quadros
alérgicos, infecções virais, gripes, resfriados
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Muco amarelado: infecção trato


respiratório(superior), rinites, sinusites,
laringites, (podendo iniciar viral e virar
bacteriano)
 Muco amarronzado + odor forte +
consistência forte = PNM + fumantes
 Quando apresenta odor fétido, sugere
infecção por bactérias/ abcessos
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 HEMOPTISE
-Estrias de sangue na secreção
• Maciça (grande quantidade)
• Não Maciça (peq.)
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 CIANOSE
 Cianose Central
-Sangue arterial com pouca oxihemoglobina
-Mucosa bucal

 Cianose Periférica
-Má perfussão periférica
-Extremidade digital
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 CIANOSE PERIFÉRICA
-Extremidades azuladas, nas línguas e
mucosas apresentam coloração rósea
-Redução do fluxo sanguíneo local
-Frio, Insuficiência cardíaca, choque
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 CIANOSE CENTRAL
-Extremidades e língua azuladas
-Redução da saturação arterial de O2 (< 80%)
-Alteração relação ventilação/perfusão /
Shunt ( mistura sangue venoso e arterial)
-Shunt pulmonar é quando os alvéolos se
enchem de líquido, fazendo com que os
pulmões não sejam ventilados.
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 EXAME FÍSICO DO TÓRAX


 Inspeção:
-Estática
-Dinâmica

 Palpação:
-Percussão
-Ausculta Pulmonar
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 INSPEÇÃO SE DIVIDE:

 1 Avaliação do aspecto geral


 2 Avaliação específica da cabeça e do pescoço
 3 Avaliação do tórax imóvel
 4 avaliação do tórax móvel
 5 avaliação da fala , respiração, tosse e
escarro
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 AVALIAÇÃO DO ASPECTO GERAL


-Avaliar o estado de consciência do paciente a
partir de sete estágios
-1 Alerta: orientado, cooperativo
-2 Automático: se está irritado, dificuldade de
julgamento, retém poucas orientações
-3 Confuso: paciente irracional, agitado,
hostil, não cooperativo
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

- 4 Delirante: paciente não responde ao


ambiente
- 5 Estuporoso: paciente apresenta dificuldade
de exibir reações motoras
- 6 Semicomatoso: paciente está inconsciente,
mas responde a estímulos dolorosos
- 7 Comatoso: está inconsciente e não
responde a estímulo nenhum
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Avaliar tipo corporal: normal, obeso,


caquético
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

- Avaliar postura ou mau alinhamento da coluna


ou postura: cifose, escoliose, inclinação
anterior
-Presença de deformidades, assimetria,
alterações ostemioarticulares, alterações pele
Ex:presença de mancha de nicotina nos dedos,
baqueteamento digital (doenças
cardiopulmonares ou do intestino delgado),
articulações edemaciadas e doloridas, tremor e
edema ( edema podálico sugere ICC)
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA CABEÇA E DO


PESCOÇO
-Observar a face para detectar sinais de angústia,
dessaturação de oxigênio
-Observar veias do pescoço para detectar sinais de
pressão venosa central elevada
-PVC – é a medida de pressão existente nas grandes
veias de retorno ao átrio direito do coração e
representa a medida de capacidade relativa que o
coração tem em bombear o sangue venoso
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Característica avaliada Sinal clínico Interpretação


 Expressão facial dilatação pupila sofrimento
intenso
 Cor das mucosas azul dessaturação intensa de O2
arterial
 Cor facial vermelho cereja possível HAS, possível
envenenamento por monóxido de carbono
 Tamanho das veias do pescoço dilatadas acima da
clavícula quando sentada PVC pode exceder 15 cm
H2O
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 AVALIAÇÃO DO TÓRAX IMÓVEL


-Estática (avaliar despido se possível)
• Pele: incisões/escaras e traumatismos
• Presença de deformidades do Tórax
- O aumento dos ângulos das costelas e dos
espaços intercostais anteriores sugere
hiperinsuflação dos pulmões
- Hipertrofia bilateral do músculo trápezio,
pode estar associado a dispnéia crônica
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

- Cicatrizes: toracotomia, drenagem torácica,


mastectomia
- Presença de edemas
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 FORMA DE TÓRAX
• Tonel: aumento diâmetro ântero posterior tôrax
insuflado
• Carinado ou peito de pombo: protusão sobre o
esterno, congênito
• Escavado ou de sapateiro: diminuição antero
posterior a nível do apêndice xifóide (afundado)
congênito
• Cônico ou em sino: comum na desnutrição
• Cifoescoliótico
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
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AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 AVALIAÇÃO DO TÓRAX MÓVEL


 Dinâmica:
-Frequência Respiratória
• Frequência Normal: 12 a 24 respirações por minuto
Crianças: menos 10 ipm
• Bradpnéia: menos 10 ipm
• Taquipneia: mais 24 ipm
• Apnéia: parada da respiração
• Obs: a febre aumenta a frequencia respiratória
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 EXPANSIBILIDADE TORÁCICA

• Simétrica ou Assimétrica
Manobra para examinar a expansão dos ápices
Mãos espalmadas sobre os ombros e polegares
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Imagem antero posterior


 Dedos unidos na base
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 RITMO REGULAR / IRREGULAR


 RELAÇÃO INSP. E EXP. ( exp. 2x mais longa
que a insp.)
 VOLUME CORRENTE
 UTILIZAÇÃO DA MUSCULATURA
ACESSÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 PADRÕES RESPIRATÓRIOS
-Respiração de Cheyne-Stokes: profundidade
aumentada e depois diminuída intercalada
com períodos de apnéia
-Respiração de Biot: Períodos de respirações
irregulares com momentos variados de
apnéia
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Respiração de Kussmal: são inspirações


profundas seguidas de apnéias e expirações
suspirantes
Ex: coma/ diabéticos descompensados
 Respiração Paradoxal: diafragma com
movimentos contrário
Ex: Insuficiência ventilatória/fadiga/paralisia do
diafragma
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 PADRÃO RESPIRATÓRIO
-Apical: uso predominantemente da
musculatura acessória ventilatória. Presente
em pacientes acamados por muito tempo ou
que realizam um grande esforço respiratório
-Misto: uso igualmente da musculatura
acessória e do diafragma. Vista em pacientes
que estão iniciando uma alteração
ventilatória
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Abdominal: Utilização somente do


diafragma . É o ideal pois é o músculo
responsável pela inspiração
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 AVALIAÇÃO DA FALA, RESPIRAÇÃO, TOSSE


E ESCARRO
-Fala: limitações da palavra sendo
interrompidas pela respiração
-Pouco volumo de voz incoordenação
musculo ou distúrbio do sistema nervos
central (paralisia cerebral)
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Tosse
- Seca ou Produtiva
-Persistente
-Paroxística ou ocasional
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
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 EXAME FÍSICO
 PALPAÇÃO
-Verificar partes moles
• Pontos dolorosos
• Arcos costais
• Expansibilidade torácica
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 PERCUSSÃO

-O som altera-se de acordo com a relação


entre a quantidade de ar e tecido
-Excesso de ar: som timpânico, ressoante e de
maior duração Ex: DPOC, pneumotórax
-Pouco ar: som maciço: curto e seco Ex:
PNM,atelectasia,derrame pleural
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 AUSCULTA PULMONAR
-Sempre comparativa
 Ruídos fisiológicos
-Som traqueal: som produzido na traquéia
para a passagem de ar e é audível na região
anterior do pescoço
-Murmúrio vesicular: som murmurante que na
inspiração mais longo e mais nítido e na
expiração mais curto mais fraco
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Ruídos adventícios:
• Contínuos
- Roncos: sons graves, secreções obstruções
em vias aéreas de grande calibre
- Sibilos: som agudo, assobia, são múltipols e
disseminados por todo tórax, quando tórax,
quando ocorre um estreitamento das vias
aéreas. Predominante na expiração. Ex: asma
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Estridor:
- Som musical, alto, timbre constante mais
proeminente na inspiração, pode ser ouvido a
distância do paciente. Suspeita de obstrução
da laringe (obstrução VAS) edema de glote
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 DESCONTÍNUOS
-Crepitantes finos: roçar do cabelo/ audível no
final da inspiração
-Crepitantes bolhosas: grossos/ precoces ou
tardias/ som semelhante ao de bolhas
estourando/ audível na inspiração
-OBS: Ambos ocorrem no final da inspiração,
são gerados pela abertura dos alvéolos que se
acham colapsadas ou ocluídos por líquidos.
Não se modificam com a tosse
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 Atrito Pleural:
-Som decorrente do atrito entre as duas
pleuras
-Semelhante a um rangido
-Audível na inspiração e na expiração ocorre
em inflamações/ traumas e neoplasias de
pleuras
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

 FRÊMITO TÓRACO VOCAL –FTV


-Ausculta da voz
-Solicitar que o paciente fale 33 ( sentir
vibração)
-Atelectasia = Aumento FTV
-DPOC = Diminuição FTV

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