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Sistema Genital

Feminino

Matheus Lima de Oliveira MSc


Professor adjunto Pitágoras
http://lattes.cnpq.br/2819396811208570
INTRODUÇÃO

O sistema genital feminino é formado por dois ovários, duas tubas uterinas, o
útero, a vagina e a genitália externa.

Suas funções são:


(1) produzir gametas femininos (ovócitos).
(2) manter um ovócito fertilizado durante seu desenvolvimento completo ao
longo das fases embrionária e fetal até o nascimento.
(3) produzir hormônios sexuais que controlam órgãos do sistema genital e
têm influência sobre outros órgãos do corpo.
Estruturas internas do útero, ovário e de uma tuba uterina
Desenvolvimento inicial do ovário

Um ovo em desenvolvimento (ovócito) diferencia-se em um óvulo maduro (óvulo)


através de uma série de etapas, chamada ovogênese.

Durante o desenvolvimento embrionário inicial, as células germinativas


primordiais da endoderme dorsal do saco vitelino migram, ao longo do
mesentério do intestino posterior, para a superfície externa do ovário.

• Quando as células germinativas primordiais atingem o epitélio


germinativo, elas migram para o interior da substância do córtex
ovariano, convertendo-se em ovogônias ou ovócitos primordiais
Desenvolvimento inicial do ovário

• As ovogônias começam a entrar na prófase da primeira divisão meiótica, mas


param na fase de diplóteno e não progridem para as outras fases da meiose.
Essas células constituem os ovócitos primários (equivalentes aos espermatócitos
primários).

No nascimento, o ovário contém cerca de 1 a 2 milhões de ovócitos primários.

A primeira divisão meiótica do ovócito ocorre após a puberdade. Cada ovócito


é dividido em duas células, um óvulo grande (ovócito secundário) e um
primeiro corpo polar de pequenas dimensões.
Desenvolvimento inicial do ovário

O óvulo é submetido a uma segunda divisão meiótica e, após a separação das


cromátides irmãs, ocorre uma pausa na meiose.

Se o óvulo for fertilizado, ocorre o estágio final da meiose, e as cromátides irmãs


do óvulo convertem se em células separadas.

Quando o ovário libera um óvulo (ovulação) e, se este for fecundado, ocorre a


meiose final.
Desenvolvimento inicial do ovário

Na puberdade, permanecem apenas 300 mil ovócitos nos ovários, e só uma


pequena porcentagem deles atinge a maturidade. Os milhares de ovócitos que
não amaduram degeneram (Atresia).

A atresia continua pelo restante da vida reprodutiva da mulher, de modo que, aos
40 a 45 anos, restam aproximadamente oito mil ovócitos.

Ao fim da capacidade reprodutora (na menopausa), somente uns poucos folículos


primordiais permanecem nos ovários, e mesmo esses folículos se degeneram em
pouco tempo.
SISTEMA HORMONAL FEMININO

1. O hormônio de liberação hipotalâmica, chamado hormônio liberador de


gonadotropina (GnRH).
2. Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio foliculoestimulante
(FSH) e o hormônio luteinizante (LH), ambos secretados em resposta à
liberação de GnRH do hipotálamo.
3. Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, que são secretados
pelos ovários, em resposta aos dois hormônios sexuais femininos da
hipófise anterior.
HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS E SEUS EFEITOS
NOS OVÁRIOS

As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem


inteiramente dos hormônios gonadotrópicos FSH e LH, que são secretados
pela hipófise anterior.

Na ausência desses hormônios, os ovários permanecem


inativos, como ocorre durante toda a infância, quando quase
nenhum hormônio gonadotrópico é secretado.

Esse período de mudança é denominado puberdade, e o primeiro ciclo


menstrual é denominado menarca.
Controle hormonal do ciclo menstrual

A partir da puberdade a mulher entra na fase reprodutiva da sua vida. Nesse


período, a cada 28 dias aproximadamente, o organismo feminino prepara se
para a reprodução.

Se a fecundação não ocorrer, o revestimento do endométrio será eliminado


e o organismo feminino reiniciará outro ciclo de preparação.
Controle hormonal do ciclo menstrual

A eliminação de revestimento do endométrio e de sangue pela vagina é


chamada de menstruação, e ocorre, em média, a cada 28 dias, durante a
vida fértil da mulher.

• Durante o ciclo menstrual ocorrem grande variações nas taxas de


hormônios sexuais.
• A menstruação ocorre exatamente quando as taxas de todos esses
hormônios tornam-se muito baixas no sangue da mulher.
Controle hormonal do ciclo menstrual

• Durante o período de menstruação, a hipófise começa a aumentar a


produção de FSH
• O FSH induz o desenvolvimento de alguns folículos ovarianos que passam
a produzir estrógeno
• Isso induz o espessamento da parede interina do útero, o endométrio, que
se torna rico em vasos sanguíneos e em glândulas.
• Quando a taxa de estrógeno no sangue atinge determinado nível, ele
estimula a hipófise a liberar grande quantidade de FSH e LH.
• Esses dois hormônios induzem a ovulação.
Controle hormonal do ciclo menstrual

• O LH, presente em taxas sanguíneas elevadas desde a ovulação, induz as


células do folículo ovariano rompido a transformarem no corpo amarelo, que
produz um pouco de estrógeno e grande quantidade de progesterona.
• O corpo amarelo irá atingir seu desenvolvimento máximo cerca de 8 a 10 dias
após a ovulação.
• As altas taxas dos hormônios progesterona e estrógeno exerce agora um
efeito inibidor sobre a hipófise, que diminui a produção de FSH e LH.
• A queda do LH faz com que ocorra regressão do corpo amarelo que deixa de
produzir estrógeno e progesterona.
• A redução desses dois hormônios faz que a mucosa interina sofra
descamação
O ATO SEXUAL FEMININO

Ter pensamentos sexuais pode levar ao desejo sexual feminino, o que ajuda
bastante no desempenho do ato sexual. Esse desejo se baseia nos impulsos
psicológico e fisiológico, muito embora o desejo sexual de fato aumente em
proporção ao nível de hormônios sexuais secretados.

O desejo também muda durante o ciclo sexual mensal, atingindo seu pico em
torno da época da ovulação, provavelmente devido aos níveis elevados de
estrogênio durante o período pré-ovulatório.
Ereção e Lubrificação Femininas

Localizado em torno do introito e estendendo-se até o clitóris, existe tecido


erétil quase idêntico ao tecido erétil do pênis

• Nas fases iniciais da estimulação sexual, sinais parassimpáticos dilatam as


artérias do tecido erétil.

• Isso permite rápido acúmulo de sangue no tecido erétil, de maneira que o


introito se contrai ao redor do pênis, o qual ajuda muito o homem a obter
estimulação sexual suficiente para ocorrer a ejaculação
Ereção e Lubrificação Femininas

• Sinais parassimpáticos também passam para as glândulas bilaterais fazendo


com que secretem muco.

• Esse muco é responsável por grande parte da lubrificação durante o ato


sexual, muito embora ela também seja provida pelo muco secretado pelo
epitélio vaginal e pequena quantidade pelas glândulas uretrais masculinas.
Orgasmo Feminino
• Quando a estimulação sexual local atinge sua intensidade máxima.

• O orgasmo feminino é análogo à emissão e à ejaculação no homem e pode


ajudar a promover a fertilização do óvulo.

• De fato, sabe-se que a mulher é, de certa forma, mais fértil quando inseminada
pelo intercurso sexual normal do que por métodos artificiais

• Durante o orgasmo, os músculos perineais da mulher se contraem


ritmicamente, em decorrência de reflexos da medula espinal, semelhantes
aos que causam a ejaculação no homem.
Orgasmo Feminino

A cópula faz com que a hipófise posterior secrete ocitocina

A ocitocina causa mais contrações rítmicas do útero, que já se postulou


serem facilitadoras do transporte do espermatozoide.

Além dos possíveis efeitos do orgasmo na fertilização, as sensações sexuais


intensas, que se desenvolvem durante o orgasmo, também chegam ao
cérebro e causam tensão muscular intensa no corpo inteiro.
Período Fértil de Cada Ciclo Sexual

• O óvulo permanece viável e capaz de ser fertilizado depois de ser expelido


do ovário por período provavelmente não superior a 24 horas.

• Portanto, é preciso haver espermatozoide disponível logo depois da


ovulação para haver fertilização.

• Alguns espermatozoides podem permanecer férteis no aparelho reprodutor


feminino por até cinco dias.
Métodos contraceptivos

MÉTODOS DE BARREIRA

Preservativo masculino: popularmente conhecido


como camisinha, é um contraceptivo utilizado no
pênis, para recolher o esperma, impedindo-o de
entrar no corpo da mulher.

Preservativo feminino: conhecido também como


“camisinha feminina” é um contraceptivo inserido
na vagina antes da penetração do pênis, para
impedir a entrada do esperma no útero.
Métodos contraceptivos

MÉTODOS DE BARREIRA

Diafragma: é um contraceptivo composto por


uma membrana de silicone, em forma de cúpula,
envolvido por um anel flexível. O diafragma é
inserido na vagina antes da relação sexual,
impedindo a entrada do esperma no útero

O diafragma deve permanecer no lugar durante


seis a oito horas depois do coito para poder
evitar a gravidez, mas deve ser removido dentro
de 24 horas.
Métodos contraceptivos

MÉTODOS DE BARREIRA

Espermicidas: são substâncias químicas em forma de geleia, creme,


comprimido, tablete ou espumas, que devem ser colocadas na vagina 15
minutos antes da relação sexual.
Métodos contraceptivos
MÉTODOS DE BARREIRA

Dispositivo Intrauterino (DIU): é um método anticoncepcional constituído por


um aparelho pequeno e flexível que é inserido dentro do útero.
Métodos contraceptivos
MÉTODOS HORMONAIS

Pílula contraceptiva oral combinada: ou simplesmente pílula, como é


conhecida popularmente, é um método contraceptivo composto por
diferentes tipos de hormônios, que servem para inibir a ovulação e evitar a
gravidez.

O uso de pílulas anticoncepcionais não é


recomendado para mulheres fumantes, ou
com pressão arterial elevada, histórico de
câncer de mama, fígado, ou câncer
endometrial.
Métodos contraceptivos
MÉTODOS HORMONAIS
Contraceptivo hormonal injetável: esse método contraceptivo é feito com uma
injeção de hormônios, que é administrada uma vez por mês ou a cada três
meses, dependendo do tipo de contraceptivo injetável. Esse método é muito
eficaz para evitar gravidez.
Métodos contraceptivos
MÉTODOS HORMONAIS
Anel vaginal: é um anel fino e flexível e deve ser colocado na vagina, durante
três semanas. Na quarta semana, o anel vaginal deve ser removido e, assim,
reinserir um novo anel depois de sete dias de pausa.

O anel vaginal contém hormônios


como estrogênio e progesterona, que
são absorvidos para a circulação e
levam à inibição da ovulação.

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