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ANÁLISE COMPARATIVA DE DUAS TEORIAS EXPLICATIVAS DO CONHECIMENTO Ceticismo
ANÁLISE COMPARATIVA DE DUAS TEORIAS EXPLICATIVAS DO CONHECIMENTO Ceticismo
CONHECIMENTO A PRIORI
CONHECIMENTO A POSTERIORI
• CETICISMO
• REGRESSÃO INFINITA
– é um processo que não tem fim. Uma explicação dá origem a uma
regressão infinita se explicarmos A em termos de B, mas B exige uma
explicação em termos de C, e C outra explicação em termos de D, e
assim por diante, sem que se chegue a compreender A.
• Dá-se uma regressão infinita sempre que se inicia um processo de recuo que
não tem fim.
• O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO OU POSSIBILIDADE DO
CONHECIMENTO
• FUNDACIONISMO OU FUNDACIONALISMO
– Fundacionismo cartesiano
– Fundacionismo clássico
– o racionalismo.
– o empirismo.
• O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO OU POSSIBILIDADE DO
CONHECIMENTO
• Racionalismo:
– é a corrente filosófica que atribui um valor superior à
razão, defendendo que os nossos conhecimentos
verdadeiros procedem dela.
• Empirismo:
– Metafísica
• Põe em dúvida não só as opiniões que de imediato lhe parecem ser falsas,
mas todas aquelas que não lhe ofereçam a garantia total de certeza.
• EVIDÊNCIA
– “não tomar nenhuma coisa por verdadeira sem que a conheça evidentemente
como tal, quer dizer: em evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção,
e não integrar nada mais nos meus juízos do que aquilo que se apresenta tão
nítida e distintamente ao meu espírito, que não tenha ensejo de duvidar dele.”
• ANÁLISE
– “dividir cada uma das dificuldades a examinar em tantas parcelas quantas as
necessárias, e requeridas para melhor as resolver.”
• SÍNTESE
– “conduzir os meus pensamentos por ordem, começando pelos objetos mais
simples e mais adequados ao conhecimento, para me elevar pouco a pouco,
como por degraus, até ao conhecimento dos mais complexos, e supondo
mesmo uma ordem entre aqueles que não se precedem, naturalmente, uns
aos outros.”
• ENUMERAÇÃO
– “proceder sempre a enumerações tão completas e a revisões tão gerais, que
pudesse estar certo de nada ter omitido.”
3. Função da dúvida no pensamento cartesiano :
• CARACTERÍSTICAS DA DÚVIDA:
– Metódica
• é o método proposto por Descartes para procurar o conhecimento
tão seguro de que nem os céticos possam duvidar. A ideia é
duvidar de tudo o que seja possível duvidar até encontrar algo de
que não possamos duvidar; é um instrumento do conhecimento.
– Hiperbólica
• considera como absolutamente falso o que for minimamente
duvidoso e como sempre enganador aquilo que alguma vez nos
enganar.
CARACTERÍSTICAS DA DÚVIDA CARTESIANA:
– Radical
• Nada foge à dúvida; tudo pode ser posto em dúvida.
– Voluntária
• Nasce de um ato de vontade no sentido de expurgar do entendimento os juízos
falsos.
– Construtiva
• Ambiciona construir um saber rigoroso e atingir verdades filosóficas
fundamentais (crenças básicas). Distingue-se dos céticos pois para estes não é
possível atingir o conhecimento verdadeiro.
– Provisória
• Atingindo a verdade a dúvida desaparece (cessa a regressão infinita dos céticos).
– Metafísica
• Põe em dúvida a existência de dois dos três objetos da metafísica: Deus e o
mundo, e dá novas bases à prova da imortalidade da alma e da sua relação com
o corpo.
4. Níveis de aplicação da dúvida
• CRENÇAS A POSTERIORI
– Os sentidos enganam-nos muitas vezes (ilusões perceptivas e
alucinações):
• duvida das informações dos sentidos sobre as qualidades ou
propriedades dos objetos.
• duvida da crença na existência das realidades físicas ou sensíveis
– Como distinguir o sonho da realidade? - ausência de critério para
distinguir os objetos reais daqueles que nos sonhos se apresentam
com o mesmo grau de vivacidade.
“Sonhei esta noite que era uma borboleta. Como sei eu agora se sou uma pessoa
que julga ter tido aquele sonho, ou se, realmente, sou uma borboleta que está
agora sonhando que é uma pessoa?”
Pensador Chinês
4. Níveis de aplicação da dúvida
• CRENÇAS A PRIORI
– duvida das proposições da matemática:
“Duvidaremos também de todas as outras coisas que outrora nos pareceram
certíssimas, mesmo das demonstrações matemáticas e dos seus princípios,
embora por si mesmos bastante manifestos, porque há homens que se
enganaram sobre essas matérias, mas principalmente porque ouvimos dizer que
Deus, que nos criou, pode fazer tudo o que lhe agrada, e não sabemos ainda se
ele nos quis fazer de tal maneira que sejamos sempre enganados, até sobre as
coisas que pensamos conhecer melhor. Pois, uma vez que permitiu que algumas
vezes nos tivéssemos enganado, como já foi assinalado, por que não poderia
permitir que nos enganássemos sempre?”
René Descartes, Princípios da Filosofia, § 5
• CRENÇAS A PRIORI
– duvida das proposições da matemática:
“Vou supor, por consequência, não o Deus sumamente bom, fonte da verdade,
mas um certo génio maligno ao mesmo tempo extremamente poderoso e
astuto, que pusesse toda a sua indústria em me enganar.”
René Descartes, Meditações Sobre a Filosofia Primeira
5. Primeiro Princípio da Filosofia
• Cogito ergo sum = Penso, logo existo.
“Serei eu tão dependente do corpo e dos sentidos que não possa existir sem eles?
Mas eu persuadi-me de que não havia nada no mundo, que não havia nenhum
céu, nenhuma terra, nenhuns espíritos, nem nenhuns corpos; não me terei por
isso persuadido de que também eu não existia? De modo algum! Se fui capaz de
pensar e de me persuadir de alguma coisa, existia com certeza. Mas há um
enganador, não sei qual, muito poderoso e muito astuto, que emprega todo o
seu engenho em me enganar. Não há dúvida de que eu existo, se ele me engana;
e que me engane quanto queira, nunca conseguirá que eu seja nada, enquanto
eu pensar que sou alguma coisa. De modo que, após ter pensado muito nisto e
cuidadosamente examinado todas as coisas, deve finalmente concluir-se e
reconhecer como constante que esta proposição – Eu sou, eu existo – é
necessariamente verdadeira, sempre que a pronuncio ou a concebo no meu
espírito.”
René Descartes, Meditações Metafísicas (Meditação Segunda), pp.22-23
6. Características do Cogito
• Firme e certo.
• Ser ou substância pensante (uma substância é o que subsiste em si).
• É uma intuição racional.
• Este princípio cumprirá duas exigências:
– deve ser de tal modo evidente que o pensamento não possa dele
duvidar
– dele dependerá o conhecimento do resto, de modo que nada pode ser
conhecido sem ele, mas não reciprocamente
“Por intuição entendo (...) uma representação que é o ato da inteligência pura e atenta,
representação tão fácil e distinta que não subsiste nenhuma dúvida acerca do que nela
compreendemos; ou então, uma representação inacessível à dúvida (…) que nasce só da luz
da razão, e que, porque é mais simples, é ainda mais certa que a dedução (…). Deste modo,
cada um pode ver por intuição que existe, que pensa, que o triângulo é delimitado apenas por
três linhas, que a esfera é apenas limitada por uma superfície, e outras coisas semelhantes,
que são mais numerosas do que se apercebe a maior parte das pessoas, porque não aplicam o
seu espírito a coisas tão fáceis (…).”
René Descartes, Regras para a Direção do Espírito (Terceira Parte)
OPERAÇÕES DA RAZÃO
• A intuição é a fonte primordial de todo o conhecimento:
– é através dela que se atinge a simplicidade e a clareza dos primeiros
princípios.
Capta a
Intuição Regra da evidência simplicidade do que
é claro e distinto
OPERAÇÕES DA RAZÃO
• Dedução
“Podemos perguntar-nos por que motivo propusemos, para lá da intuição, um outro modo de
conhecimento que consiste na dedução, operação pela qual entendemos tudo o que conclui
necessariamente de outras coisas conhecidas com certeza.
Foi preciso proceder assim, porque muitas coisas são conhecidas com certeza, ainda que não
sejam evidentes, pela razão exclusiva de serem deduzidas a partir de princípios verdadeiros,
conhecidos por um movimento contínuo e sem nenhuma interrupção do pensamento, o qual tem
uma intuição clara de cada coisa em particular. Não é de outro modo que conhecemos o laço que
une o primeiro ao último anel de uma longa cadeia, muito embora uma única e mesma olhadela
seja incapaz de nos fazer captar intuitivamente todos os anéis intermediários que constituem esse
laço. É preciso que os tenhamos percorrido sucessivamente e que guardemos as recordações de que
cada um deles, do primeiro ao último, adere aos que lhe estão mais próximos (…).
Distinguimos (…) a intuição da dedução certa na medida em que nesta se concebe um movimento
ou uma determinada sucessão, enquanto naquela não acontece o mesmo (…).”
René Descartes, Regras para a Direcção do Espírito (Terceira Parte)
OPERAÇÕES DA RAZÃO
Regras da análise,
Resolve problemas
Dedução da síntese e da
complexos
enumeração
Inatas
Adventícias
Factícias
“Porém, destas ideias parece-me que umas são inatas, outras adventícias, outras feitas
por mim próprio. Porque, para que eu compreenda o que é «coisa», o que é
«verdade», o que é «pensamento», parece-me que reside na minha própria natureza e
que o não recebo de outra parte. Mas, que eu ouça agora um ruído, que veja o sol, que
sinta o calor das chamas, isto, segundo julguei até agora, procede de certas coisas
situadas fora de mim. E, por último, as sereias, os hipogrifos e seres semelhantes, são
inventados por mim próprio.”
René Descartes, Meditações Sobre a Filosofia Primeira
2ª PROVA – DEUS COMO CAUSA DO MEU PRÓPRIO SER.
Divisível em partes.
Está em movimento.
• Os Empiristas:
– Mas, para saber que Deus existe, tenho primeiro que ter a ideia clara
e distinta da sua existência.
– Por que é que a ideia de perfeição tem que ser causada por um ser
perfeito? Tal ideia não pode, pura e simplesmente, ser inventada por
nós?
• impressões
• Ideias ou pensamentos
PERCEÇÕES são o conteúdo da mente, o que existe na mente
• a) Impressões:
• b) Ideias ou pensamentos:
– As ideias são as representações ou imagens debilitadas,
enfraquecidas das impressões no pensamento, são uma cópia
enfraquecida da impressão original.
• b) Ideias ou pensamentos:
IMPRESSÕES
IMPRESSÕES
SIMPLES (indecomponíveis
porque não admitem distinção ou
separação)
IDEIAS
SIMPLES (indecomponíveis porque
não admitem distinção ou separação)
• semelhança
QUESTÕES DE FACTO OU
RELAÇÃO DE IDEIAS OU
CONHECIMENTO DE FACTOS
CONHECIMENTO DE IDEIAS
(matters of fact)
• MODOS OU TIPOS DECONHECIMENTO
PERCEÇÕES ou conhecimento
Elementos Tipos
• CETICISMO MODERADO/MITIDADO
ORIGEM DO CONHECIMENTO
DESCARTES HUME
DESCARTES HUME
POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO
DESCARTES HUME
Ceticismo moderado: a
Dogmatismo: realidade a que temos
depositava inteira acesso reduz-se ao
confiança na Razão. âmbito das perceções. A
Partiu de um ceticismo capacidade cognitiva do
metódico entendimento humano
limita-se ao âmbito do
provável.
ANÁLISE COMPARATIVA DAS TEORIAS DE DESCARTES E DE HUME
PERSPETIVAS METAFÍSICAS
DESCARTES HUME
Podemos ter
Não temos Não se pode
ideias claras
impressões afirmar a
e distintas
Deus é o do eu existência de
dos atributos
fundamento pensante, qualquer
essenciais
do ser e do de uma fundamento
das três
conheciment realidade metafísico
substâncias:
o. exterior para o
pensante,
nem de conheciment
extensa e
Deus. o.
divina.
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