O documento discute a ação monitória no direito processual brasileiro, definindo-a como uma ação de conhecimento condenatória de procedimento especial com característica de cognição sumária. Detalha os requisitos para propositura da ação, como a necessidade de prova documental escrita que demonstre a probabilidade do crédito alegado, e os efeitos da ordem de pagamento inicial caso não haja embargos ou seu julgamento procedente. Apresenta também as divergências doutrinárias sobre pontos como a natureza dos embargos
O documento discute a ação monitória no direito processual brasileiro, definindo-a como uma ação de conhecimento condenatória de procedimento especial com característica de cognição sumária. Detalha os requisitos para propositura da ação, como a necessidade de prova documental escrita que demonstre a probabilidade do crédito alegado, e os efeitos da ordem de pagamento inicial caso não haja embargos ou seu julgamento procedente. Apresenta também as divergências doutrinárias sobre pontos como a natureza dos embargos
O documento discute a ação monitória no direito processual brasileiro, definindo-a como uma ação de conhecimento condenatória de procedimento especial com característica de cognição sumária. Detalha os requisitos para propositura da ação, como a necessidade de prova documental escrita que demonstre a probabilidade do crédito alegado, e os efeitos da ordem de pagamento inicial caso não haja embargos ou seu julgamento procedente. Apresenta também as divergências doutrinárias sobre pontos como a natureza dos embargos
Lei 9.079/95 acrescentou os art. 1.102a, 1.102b e 1.202c ao CPC.
Ao de conhecimento condenatria de procedimento especial, com caracterstica de cognio sumria. Criou-se a ao monitria com o ensejo de garantir a efetividade do processo. Com o objetivo de dar um meio mais efetivo para a obteno de ttulo judicial pelo autor, eventual e suposto credor. O resultado, contudo no alcanou o objetivo, tratando-se de uma ao pouco utilizada e que muitas vezes no leva a obteno clere do ttulo executivo. Calamandrei quem criou a ao monitria, dividindo-a em dois grupos. Ao monitria pura e Ao monitria documental. -Pura: se expede o mandado de pagamento diante do convencimento do juiz quanto a probabilidade do crdito. No se exige documento, mas um juzo do probabilidade do crdito. -Documental: sistema brasileiro. Exige-se prova documental (sem fugir do juzo de probabilidade, de qualquer forma) instruindo a petio inicial, sem o que no pode expedir o mandado monitrio. A ao monitria pode ser ajuizada para exigir o pagamento de quantia em dinheiro; entrega de coisa fungvel; entrega de mvel determinado. No cabe ao monitria: obrigao de fazer; de no fazer e entrega de bens imveis. O CPC no indica quais so os documentos que indicam a probabilidade do crdito. Documento confeccionado somente pelo credor: a) Nelson Nery no se admite ao monitria neste caso. b) Eduardo Talamini no importa se o documento foi produzido unilateralmente pelo credor, basta convencimento quanto a probabilidade do direito. Se o juiz entender que o documento preste para isso, no h vedao legal. Prova testemunhal: o CPC no admite. O nosso sistema exige no s prova, como prova documental e, mais do que isso, ESCRITA. Frise-se, prova documental escrita. Outros exemplos incabveis como prova para efeito de cabimento de ao monitria: gravao de vdeo no se trata de prova documental. O e-mail aceito como prova suficiente para ajuizamento da ao monitria, mas ainda sim depende do convencimento da probabilidade do direito. O e-mail, contudo, trata-se de uma prova bastante frgil.
No necessrio que seja um isolado documento apenas. Pode ser que
vrios documentos, em conjunto, atestem o crdito. Smula 247/STJ Contrato de conta corrente acompanhado de demonstrativo do dbito constitui prova suficiente para ajuizamento da ao monitria. Ao monitria concede um incentivo ao devedor para realizar o pagamento, consistente na iseno ao pagamento de custas e honorrios advocatcios, caso o devedor pague no prazo de 15 dias do mandado monitrio. Utilidade da ao monitria: 1-Pagamento nos 15 dias; 2 Ausncia de embargos, pois constitui de pleno direito o ttulo judicial. Somente nestas hipteses a ao monitria til. Se for apresentado os embargos segue o rito ordinrio comum, o mesmo rito de uma ao ordinria de cobrana. a ineficincia do judicirio trabalha em favor do devedor. A ao monitria no um mero suporte de documento. A petio deve se preocupar em convencer acerca da existncia do crdito. Mostrar que o documento serve para provar o crdito alegado. O pedido deve ser lquido, certo e determinado. O magistrado, ao receber a petio inicial, realiza um juzo de verossimilhana e, caso se convena, expede a ordem de pagamento. A deciso deve ser fundamentada, para demonstrar como o juiz chegou quele convencimento. Ou seja, j se expede uma ordem de pagamento antes da oitiva do ru. O contraditrio, neste primeiro momento, no se verifica. O contraditrio postergado. A possibilidade de emenda inicial um direito subjetivo do autor, nos termos do art. 284, CPC. A citao pode ser realizada pelo correio. No h vedao citao ficta (por hora certa e por edital). Ver smula n. 282, STJ: cabe a Citao por edital na ao monitria. Art. 9, II, CPC Na citao ficta, se no for apresentada contestao pelo ru dever ser nomeado um curador especial para apresentar a defesa. No se constitui de pleno direito o ttulo executivo judicial. Citado, o ru ter 3 opes: 1)Pagar em 15 dias(contado da juntada); 2)manter-se inerte; 3)embargar em 15 dias.
Nelson Nery: Embargos monitrios defesa.
Marcado: Embargos monitrios ao. A deciso que determina a ordem de pagamento no atacvel via agravo de instrumento, por falta de interesse. O meio prprio para impugnar a via eleito o prprio embargo monitrio. A inrcia na ao monitria mais danosa do que a revelia da ao de conhecimento, pois nesta ltima o processo no necessariamente seria julgado procedente. Matria de defesa dos embargos monitrios: no possui limitao. ampla. A ao monitria, apresentado os embargos, segue o rito ordinrio. A apresentao dos embargos suspende a ordem de pagamento (automaticamente). Na execuo, ao contrrio, os embargos no suspendem, em regra, a execuo. Dinamarco, tutti, marcado, Ernani fideli dos santos, Vicente greco filho natureza dos embargos de ao: Os embargos servem para desconstituir a ordem de pagamento inicial, da a natureza da ao. Isto porque, no a sentena que se constituir em ttulo executivo judicial, mas a prpria ordem de pagamento. Nelson Nery jr., Srgio chimura, carreira alvim embargos defesa: Embargos no sistema processual para desconstituir um ttulo (natureza de ao). Na monitria, ao contrrio, no existe ttulo para desconstituir. Tratase de uma ao de conhecimento, por isso natureza de defesa (contestao).
Independentemente da natureza que se atribua aos embargos, no interfere
no nus da prova. Existem duas correntes, contudo, se nus da prova do ru ou do autor. Fazenda pblica: prazo em dobro para recorrer e em qudruplo para contestar. E na monitria? A improcedncia dos embargos permite que a ordem inicial se constitua de pleno direito em ttulo executivo judicial. Por tratar-se de sentena, cabe recurso de apelao. Obs> ver sobre efeito translativo ou profundidade do efeito devolutivo, bem como sobre as consequncias. Dinamarco, Vicente greco filho e marcato entendem que a apelao ter efeito apenas devolutivo. Trata-se de posio minoritria na jurisprudncia.
A jurisprudncia majoritria, inclusive do STJ (ex. RE 207.728, Min. Nancy
Andrighi), entende que a apelao recebida no duplo efeito, devolutivo e suspensivo. Ver, tambm, RE 207.750. A defesa na execuo realizada atravs da impugnao.
Quanto ao cabimento da monitria quanto a fazenda pblica existem duas
posies. Tutti, Vicente greco filho, Theodoro junior, marcato, entendem que no cabe monitria em face da fazenda pblica. Entendem que prprio do procedimento monitrio a expedio da ordem de pagamento, quanto a fazenda pblica jamais poder cumpri-la, pois deve respeitar a regra do precatrio. Os posicionamentos diversos (Nelson Nery, etc), entendem que a fazenda pblica podem cumprir voluntariamente os seus contratos, ou seja, podem pagar expontaneamente. O regime de precatrios serve apenas na execuo. No mesmo sentido, o STJ: smula: cabvel ao monitria contra a fazenda pblica.