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(PTDC/CED/68813/2006 / FCOMP-01-0124-FEDER-007106)
2007 > 2010
Autoras
Ana Margarida Botelho Ana Paula Ramos Ana Raquel Simões Helena Aleluia Helena Araújo e Sá Susana
Pinto Susana Senos
Quadro-síntese de apresentação
Título:
Da minha língua vê-se o mar. E das outras?
Representações de alunos de diferentes anos escolares face à LM e ao ILE
Objectivo Principal:
Promover a consciencialização dos alunos relativamente às representações (suas e dos outros) das línguas e
culturas, bem como processos de reflexão que conduzam ao desenvolvimento dessas representações no sentido
de uma maior sensibilização à Diversidade Linguística e Cultural.
Oficina de Formação Colaborar em práticas de sensibilização e educação plurilingue e intercultural: que possibilidades
de desenvolvimento profissional? (Grupo de Trabalho A - GTA)
CCPFC/ACC 54448/08
Formadoras
Ana Isabel Andrade Ana Sofia Pinho Ângela Espinha Filomena Martins Susana Sá Ana Raquel Simões
Mónica Bastos Helena Araújo e Sá Sílvia Gomes Susana Pinto
Ana Margarida Botelho Ana Paula Ramos Ana Raquel Simões Helena Aleluia Helena Araújo e Sá Susana Pinto Susana Senos
Da minha língua vê-se o mar. E das outras?
Aula de Inglês (Língua Estrangeira)
Unidade didáctica: The Multicultural World
Conteúdo: Relação Sujeito/Língua/Cultura
Humano.
- Registo esquemático no quadro.
“Textos namoradeiros” – Diversos excertos
Diálogo professor(a)-alunos: de textos relacionados com a Língua
- Reflectir sobre a importância da língua - Análise e interpretação de vários textos que evidenciam as relações Portuguesa de vários autores.
e cultura portuguesas. sujeito-língua-cultura; (Ficha 1).
- Registo esquemático no quadro das ideias essenciais de cada excerto. Documento de reflexão sobre a Sessão
(Ficha 2).
Diálogo professor(a)-alunos:
- Seleccionar e relacionar informações.
Articulação com a aula anterior, recapitulação das ideias principais.
Trabalho individual escrito:
- Reflectir sobre as representações
Pequenas frases em que os alunos transmitam, através de palavras e Papel e caneta/lápis
acerca da língua e cultura inglesas.
imagens, o que é a Língua Inglesa para eles.
- Troca de textos individuais na turma e comentário crítico acerca dos
Fase II
- Comentar e reflectir sobre os textos vários textos que evidenciam as relações sujeito-língua-cultura dos Textos produzidos individualmente pelos
dos colegas. colegas. alunos
- Diálogo professor(a)-alunos e alunos/alunos.
Trabalho em grupo escrito:
- Reflectir sobre representações
Construção de textos/materiais sedutores de apresentação da Língua e “Apresentando a Língua Inglesa” (Ficha 4)
colectivas acerca da língua e cultura
Cultura Inglesa: pequenas frases/textos em que os alunos transmitam, Material diverso à escolha dos alunos.
inglesas.
através de palavras e imagens, o que é a Língua Inglesa para eles.
Ana Margarida Botelho Ana Paula Ramos Ana Raquel Simões Helena Aleluia Helena Araújo e Sá Susana Pinto Susana Senos
Da minha língua vê-se o mar. E das outras?
Ficha 1
Textos namoradeiros
“As palavras são boas. As palavras são más. As palavras ofendem. As palavras pedem desculpa.
As palavras queimam. As palavras acariciam. As palavras são dadas, trocadas, oferecidas,
vendidas e inventadas. As palavras estão ausentes. Algumas palavras sugam-nos, não nos
largam: são como carraças, vêm nos livros, nos jornais, nos slogans publicitários, nas legendas
dos filmes, nas cartas e nos cartazes. As palavras aconselham, sugerem, insinuam, ordenam,
impõem, segregam, eliminam. São melífluas ou azedas.”
(José Saramago, “As palavras”, in Deste mundo e do outro, 1999)
“Uma língua em que as vogais não têm todas a mesma cor (…). Para já não entrar nas
consoantes que, em Portugal, como se sabe, assobiam, na África cantam e no Brasil dançam.
Temos uma língua com vogais multicolores e consoantes sibilantes, ondeantes e serpenteantes.”
(Excerto da conferência Língua Portuguesa, Língua de Culturas proferida por Manuel Alegre
durante a Expolíngua)
(Sophia de Mello Breyner Andresen, Poema de Helena Lanari, Geografia in Antologia, 1975).
“A língua é a mesma. Mas não é a mesma. É una. Mas é diversa. Tanto mais ela quanto mais
diferente. Tanto mais pura quanto mais impura. Tanto mais rica quanto mais mestiça (…)”
(Excerto da conferência Língua Portuguesa, Língua de Culturas proferida por Manuel Alegre
durante a Expolíngua)
3. Sophia diz que gosta muito de ouvir o Português do Brasil. E tu? Porquê?
4. Concordas que uma língua é tanto mais rica quanto mais mestiça?
“Na língua do nosso lugar não há palavra exacta para dizer pescar. Diz-se ‘matar o peixe’. Não
há palavra própria para dizer barco. E oceano se diz assim: ‘o lugar grande’. Somos gente da
terra, o mar é recente.”
(Mia Couto, Mar me quer, 2000)
“Diz-se que numa das línguas faladas pelos indígenas da América do Sul, talvez na Amazónia,
existem mais de vinte expressões, umas vinte e sete, creio recordar, para designar a cor verde.
Comparando com a pobreza do nosso vocabulário quanto a esta matéria, parecera que devia ser
fácil para eles descrever as florestas em que vivem, no meio de todos aqueles verdes minuciosos
e diferenciados, apenas separados por subtis e quase inapreensíveis matizes.”
(José Saramago, A viagem do elefante, 2008)
“Da minha língua vê-se o mar. Na minha língua ouve-se o seu rumor como na de outros se ouvirá
o da floresta ou o silêncio do deserto.”
(Vergílio Ferreira, À voz do mar, 1998)
2. Por que é que achas que não há palavra para dizer barco, pescar e mar?
3. Por que é que achas que há, na Amazónia, 27 expressões para dizer verde?
Da minha língua vê-se o mar. E das outras?
Ficha 2
Ficha 3
Imagina que tinhas de apresentar a língua portuguesa a alguém que nunca tivesse contactado
com ela. O que lhe dirias e porquê?
Da minha língua vê-se o mar. E das outras?
Ficha 4
Imagina que tinhas de apresentar a língua inglesa a alguém que nunca tivesse contactado com
ela. O que lhe dirias e porquê?
Imagine you had to present the English Language to someone who had never been in touch with it.
What would you say and why?