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Conclui que é sim possível uma maior efetivação dos direitos sociais. Ela só não ocorre
pq uma maior realização dos direitos fundamentais sociais passa por uma maior
necessidade de distribuição de renda (dentre outros fatores). Quanto mais se realiza
os direitos sociais, mais é necessário se distribuir a renda.
DEBATE
Pela corrida das dimensões dos direitos fundamentais, proclamando diversos direitos,
leva ao esvaziamentos do conceito de direitos fundamentais, e se perde o fundamento
dessa fundamentalidade.
Outra é a questão que está em jogo o próprio mínimo existencial, as condições para
uma vida digna, o próprio núcleo intangível dos direitos fundamentais sociais, sob a
pena de ocorrer o esvaziamento desses direitos; nesses casos sim, mesmo sem a
previa atuação do legislador o judiciário poderia atuar, realizar direitos sociais,
limitando-se a realização do mínimo existencial. Mas essa questão no cenário
brasileiro, perde um pouco a relevância, pois no brasil a maioria dos direitos sociais já
foram densificados, ou tem a aplicação imediata, nesses casos poderia o judiciário ir
além da realização do mínimo existencial. Mas devendo sempre tomar cuidado para
questões macroeconômicas, porque ele não tem conhecimento o contexto geral,
sendo assim poderia tomar uma decisão que não contribuísse para uma justa
distribuição dos recursos públicos.
Aceitamos a efetivação do direito a saúde por meio do judiciário, pois se não for
efetivado por este meio, não estaremos garantindo nem o mínimo existencial. Mas
não há a mesma aceitação a efetivação de outros direitos f sociais, imagine-se se
entrasse na justiça pra pedir uma casa (direito a moradia), ou uma vaga de escola
(direito a educação), são df de difícil individualização. A partir disso, estaríamos
errados efetivando o direito a saúde através dos meios jurisdicionais? E porque não
poderiamos realizar os outros direitos sociais através dos meios jurisdicionais?
O que é mínimo existencial? Não há uma resposta fixa. Fundamento desse mínimo
existencial seria para evitar o esvaziamento do núcleo essencial do df, para garantir da
dignidade da pessoa humana.
Quem é legitimado para fazer as escolhas de tirar recursos de um lugar para por em
outro é o legislativo, e não o juiz.