CENTRO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MIN

MINAS GERAIS
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS

PRÁTICA
PRÁTICA 01 - VISCOSIMETRIA

OBJETIVOS:
OBJETIVOS:
− Compreender os conceitos associados à viscosidade do fluido e os métodos de
medição, familiarizando com as unidades usuais;
− Medir a viscosidade cinemática de líquidos usuais e determinar a viscosidade dinâmica.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. INTRODUÇÃO

Viscosidade é a resistência interna de um fluido à mudança de sua forma aos movimentos

internos de suas moléculas, umas em relação às outras. A viscosidade de um fluido denota sua
resistência ao escoamento. O inverso viscosidade é a fluidez, ou seja, a facilidade de
escoamento. O mel, por exemplo, é mais viscoso do que a água.
Lei da Viscosidade de Newton: O esforço de separação entre as moléculas adjacentes no
interior do fluido contido entre duas placas paralelas, distantes de dy e sobre um diferencial de
velocidade du ou dv na direção perpendicular ao escoamento, expressa-se pela equação abaixo.

(1)
Onde:
F = Força tangencial, ou seja, paralela a superfície do fluido
A = Área da superfície
µ = Coeficiente de viscosidade dinâmica ou absoluta

Lab. de Mecânica dos Fluidos 1

 = Gradiente de velocidade transversal ou taxa de deformação angular
du
dy
τ = Tensão de cisalhamento entre as duas placas paralelas

A viscosidade cinemática (ν ) é a relação entre a viscosidade dinâmica ( µ ) e massa

específica do fluido, ou seja:

(2)
µ
ν=
ρ

Unidades usuais:

− Sistema internacional (metro, quilograma massa; segundo)

− CGS (centímetro, grama massa, segundo)
− Sistema Técnico
Técnico (metro, quilograma força; segundo)

Siste
Sistema Internacional (SI):
(SI):
µ = FL−2T = ML−1T −1 = kgm −1s −1 ou Pa.s ( Pouseuille − PI )
ν = L2T −1 = m 2 s −1

CGS:
CGS:
µ = dyn.s.cm −2 ( Poise − P)
ν = cm 2 s −1 ( Stoke − St )

Sistema Técnico (ST):

(ST):
µ = kgf .s.m −2
ν = m 2 s −1

Os viscosímetros determinam a viscosidade cinemática através da medição do tempo de

escoamento de um determinado volume do fluido sobre condições e instrumentos padronizados.
No viscosímetro Saybolt Universal, a viscosidade é obtida em SSU (Segundo Saybolt
Universal), ela pode ser convertida em unidades usuais utilizando-se as seguintes equações
experimentais:

(3)
C2
ν = C1t −
t

Lab. de Mecânica dos Fluidos 2

 Sendo t o tempo de escoamento em segundos (SSU), que é obtido depois que se
multiplica o tempo registrado ( T ) pelo fator de correção ( fc ) do recipiente.

t = fc.T (4)

Para a maioria dos líquidos usuais a viscosidade cinemática é dada em Stoke, com
C1 = 0,0022 e C 2 = 1,8

(5)
1,8
ν = 0,0022t −
t

A viscosidade dinâmica pode ser obtida multiplicando-se a viscosidade cinemática pela

massa específica do fluido ( µ = νρ ), ou pode-se utilizar a equação que expressa a viscosidade
dinâmica em centipoise em homenagem a Poiseuille.

(6)
1,78
µ=
1 + 0,0337θ + 0,000221θ 2

Onde θ é a temperatura em graus Celsius (ºC).

2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

2.1. Relação do material utilizado

− Viscosímetro Saybolt Universal

− Cronômetro digital
− 100 ml de óleo SAE 20
− 100 ml de glicerina
− Balão de vidro de 60 ml
− Becker de 100 ml
− Rolha com extrator
− Papel toalha, bucha e detergente para limpeza

2.2. Procedimento prático

Lab. de Mecânica dos Fluidos 3

 − Com o auxílio do papel toalha, da bucha e do detergente efetuar a limpeza do
viscosímetro Saybolt Universal, do balão de vidro e do Becker;
− Selecionar os recipientes adequados conforme o nível de viscosidade (recipiente 3 ou
4) e tampar com a rolha o furo no fundo dos mesmos;
− Virar o fluido a ser utilizado no Becker até a marca de 100 ml;
− Virar com o auxílio do becker o fluido nos recipientes de trabalho, observando para que
o mesmo não transborde;
− Ler a temperatura de ensaio no termômetro do viscosímetro;
− Com o cronômetro zerado retirar a rolha no fundo do recipiente, e quando pingar a
primeira gota de fluido no fundo do balão de vidro, então disparar o cronômetro para
determinar o tempo de escoamento até a marca de 60 ml do balão volumétrico;
− Repetir o procedimento para dois diferentes tipos de fluidos;

3. RESULTADOS

Preencher as tabelas de resultados obtidos abaixo:

TABELA 1 – Dados conhecidos.

FLUIDO
DADOS

Temperatura do termômetro
Furo utilizado
Fator de correção
Tempo de enchimento
Densidade relativa
Temp. de densidade relativa
Massa específica da água

TABELA 2 – Dados encontrados.

FLUIDO
DADOS

Viscosidade cinemática
Tempo corrigido
Massa específica
Viscosidade dinâmica

Lab. de Mecânica dos Fluidos 4

EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS

Mostrar manualmente toda a memória de cálculo dos seguintes exercícios:

1. Medir em SSU a viscosidade cinemática dos líquidos usuais, segundo as amostras

apresentadas.
2. Verificar os fatores de calibração e corrigir os valores encontrados no exercício 1.
3. Obter a viscosidade cinemática dos fluidos de ensaio no sistema CGS, SI e ST, aplicando as
equações adequadas.
4. Determinar a viscosidade dinâmica em centipoise e no SI.

Observaç
Observações
ervações:
ões:
− Os exercícios deverão ser feitos na próxima aula para discussão dos resultados junto
ao professor (todos os alunos deverão efetuar os cálculos);
− Logo após efetuar os cálculos, cada grupo deverá entregar apenas um portfólio com o
roteiro colado no caderno e a memória de cálculo (entregar na próxima prática);
− Todos devem assinar o portfólio concordando com o que foi realizado obtido pelo
grupo.

4. BIBLIOGRAFIA

BASTOS, Francisco de Assis A. Problemas de Mecânica dos Fluidos.

luidos Rio de Janeiro: Guanabara
Dois, 1983. 483p.
FOX, R.W; MC DONALD, A.T.. Introdução à Mecânica dos Fluidos.
Fluidos Tradução : R.N.N.Koury, G.A.
Campolina França. 5. ed. Editora Livros Técnicos e Científicos-LTC: Rio de Janeiro, 2001..
VENNARD, J.K. Elementos de Mecânica dos Fluidos.
Fluidos Editora Guanabara Dois, Rio de Janeiro/RJ,
1978..

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