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AMANDA ANCETI
JANETE LIMA BARBOSA
ROBERTA AGUIAR BERNARDINO
STEPHANY KITAMURA
VINICIUS ASSENSIO
Monografia
de Projetos de Indústria Químicas:
Produção de Cerveja Pilsen Artesanal
AMANDA ANCETI
JANETE LIMA BARBOSA
ROBERTA AGUIAR BERNARDINO
STEPHANY KITAMURA
VINICIUS ASSENSIO
ARARAQUARA – S.P.
2017
RESUMO
Beer has been present in humanity for thousands of years and since then, various
production processes and beverage styles emerged. It was restricted to the upper classes until
the arrival of the Portuguese royal family in 1808, who introduced beer in large scale to the
rest of the country.
Currently, Brazil is the third largest producer of the beverage, the United States and
China occupy first and second positions, respectively. It is basically made with four
ingredients: malt, hops, yeast and water, with the last ingredient being about 90% of the
recipe.
There are two large beer families: the Ales and the Lagers. The first one is
characterized by high fermentation and the second by low fermentation. This classification is
based on the temperature and the yeast used. All styles of the existing beers are classified
within these families.
Malting is the first step in the brewing process and consists of grain germination under
controlled conditions. In the sequence, malt is separated, the grains are milled and the brazing
process begins. The obtained wort is filtered, boiled, fermented, and then cooled to begin the
clarification process. Then, carbonation is proceeded and followed by filtration, finally, the
beer can be pasteurized and packaged.
In this paper, the project of a microbrewery is presented focusing in the Lager beers,
widely appreciated in Brazil, particularly in the state of Sao Paulo. All suggested equipment,
PFD diagrams, ingredients, mass and energy balances, physical-chemical properties, utilities
and an economic analysis of raw material are described.
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................8
3 CONCLUSÃO....................................................................................................................67
4 Referências bibliográficas....................................................................................................68
8
1 INTRODUÇÃO
1.2.1 Água
1.2.2 Malte
Malte é o nome popular para designar os cereais que já maltados. A princípio, qualquer
cereal pode sofrer esta transformação, mas no caso das cervejas, o cereal empregado é a
cevada. A malteação consiste em transformar bioquimicamente os grãos de um cereal,
elevando seu teor de enzimas. Em etapas posteriores, estas enzimas serão capazes de
converter amido em açúcar (NAKANO, V., 1999)
A malteação dos cereais acontece em quatro etapas. Na primeira, a cevada é submersa
em água; No segundo passo, a água é eliminada e inicia-se a germinação do grão, com valores
específicos de temperatura, durando de 3 a 4 dias, para que as enzimas descritas anteriormente
sejam produzidas. O terceiro estágio da malteação é a secagem, no qual a germinação é
interrompida pelo calor. A última etapa é a torrefação/queima do malte, variando os tipos, em
termos de cor e sabor, dos maltes obtidos (NAKANO,V., 1999).
10
1.2.3 Lúpulo
O lúpulo, Humulus lúpulo é uma planta do tipo trepadeira perene, cujas flores fêmeas
possuem resinas amargas e óleos essenciais que conferem o sabor amargo e o aroma que
característico à bebida. O tipo de lúpulo é um diferenciador de tipos de cerveja. Além das
características citadas, o lúpulo ainda evita o “espumamento” durante a fervura e funciona
como agente bacteriostático (MARCELO G., ROSA, G, 2012).
1.2.4 Antioxidantes
1.2.5 Estabilizantes
1.2.6 Acidulantes
Atuam de forma conjunta, conferindo aroma e sabor e são encontrados tanto na
natureza, como comercialmente. Geralmente são obtidos da fermentação de sacarose
altamente refinada. Um dos principais acidulantes das cervejas é o ácido lático
(REINOLD,M., 1997).
1.2.7 Leveduras
importância industrial, pois realizam a fermentação alcoólica que tem como produto final o
álcool e o gás carbônico. (QUALI, 2016)
Existem mais de 100 estilos de cervejas e elas são divididas em duas famílias: Ale e
Lager. As cervejas tipo Ale são fermentadas pela levedura Saccharomyces cerevisae e são de
alta fermentação. Essas leveduras trabalham em temperaturas mais altas e se localizam
próximas ao topo dos fermentadores e, por isso as cervejas Ale são ditas como de alta
fermentação. Elas possuem sabores e aromas mais acentuados devido a quantidade de
subprodutos ser maior, portanto, as características provêm em sua maior parte dos
subprodutos. Já as tipo Lager são de baixa fermentação, pois as leveduras utilizadas,
Saccharomyces Pastorianus, trabalham em temperaturas mais baixas e ficam localizadas no
fundo do fermentador. Produzem uma menor quantidade de subprodutos, portanto, possuem
sabor e aroma característicos das matérias primas, o malte e o lúpulo. (CONTENT, 2017)
Dentro dessas duas famílias existem diversos estilos de cerveja como especificado
na imagem abaixo:
A indústria cervejeira também deve seu peso econômico à atuação das grandes
empresas, cujo marketshare é representado na figura abaixo, as quais se dedicam à produção
em larga escala destas semi-commodities promovendo um mercado competitivo e
aumentando as margens de lucro por meio de ganhos de produtividade. (BNDES, 2012).
Contudo, há um crescente segmento em que predominam 95 empresas pequenas e
médias que enfatizam a diferenciação como forma de competição, oferecendo produtos
premium destinados ao público da classe de consumo A, fenômeno que não é somente
observado no mercado de cervejas especiais, mas também no de cachaça artesanal e
exploração turística do vinho. (BNDES, 2012).
Para medir a cor das cervejas, geralmente são utilizadas duas escalas. Ambas se
baseiam no uso de um espectrofotômetro que mede a absorção da luz em um determinado
comprimento de onda. A estimativa da cor final depende de três variáveis: composição do
malte, quantidade de malte e volume final do mosto. O malte é o principal responsável pela
cor final, porém, outros processos podem influenciar, tais como a fervura, resfriamento,
clarificação, lúpulos e leveduras. As escalas são: Escala EBC: é a abreviação de European
Brewing Convention utilizados por cervejeiros da Europa.
2.3.1 Malteação
temperatura (geralmente as temperaturas ficam entre 20 e 100°C, conforme o malte deve ser
claro ou escuro) que gerará a diminuição da umidade. Essa diminuição fará com que a
atividade enzimática seja reduzida quanto maior for a temperatura. Para maltes muito escuros,
utiliza-se tostadores de 200 a 300 °C, nesse caso, a atividade enzimática é praticamente nula.
Esta etapa da malteação é responsável pelo amargor e coloração da cerveja. Quanto mais
tostados os maltes, mais pronunciado é o amargor da cerveja, além da coloração escura.
Na etapa final, o malte é separado da radícula e do caulículo por uma operação
denominada clivagem. Essa separação pode ser feita por abrasão em peneiras vibratórias,
esfregaço manual ou com uso de pano seco. As radículas e os caulículos são destinados a
fábricas de ração. Em geral, as cervejarias não fazem esta parte do processo por necessitar de
muitos equipamentos e espaço, por isso, na maioria das vezes o malte já é comprado pronto.
O malte pode ser composto por vários tipos de grãos como o trigo e o arroz, porém, a cevada
é o principal na indústria cervejeira (GROUPE VIVESCIA, 2017).
2.3.2 Moagem
Com o malte peneirado, inicia-se a moagem. Ela tem como objetivo a quebra da
casca do malte, expondo o endosperma do interior do grão. A moagem ideal deixa as cascas
tão inteiras quanto possível e o endosperma fino o suficiente para que possa liberar facilmente
seu extrato.
Em uma etapa posterior do processo, a casca do malte servirá como filtro, sendo
assim, caso ela esteja muito triturada, a filtração não será tão eficiente quanto deveria. Além
disso, quando muito triturada, a casca libera substâncias tânicas em excesso que gerarão um
sabor adstringente na cerveja.
Quanto a endosperma, é desejável que suas partículas consigam se hidratar para que
suas enzimas e outros constituintes celulares sejam liberados facilmente. Sendo assim, é ideal
que as partículas possuam um tamanho relativamente reduzido, porém, suficientemente
grandes para que estas não fiquem muito empacotadas e não prejudiquem a filtração
(HOUGH, 1990).
Após o malte ter sido moído, pode-se começar o processo de brassagem, também
chamado de mosturação. Nesse processo, o malte é cozido para que as enzimas contidas
21
A rampa de temperatura que dura mais tempo na maior parte das cervejarias está
entre 62 e 67°C, temperatura onde agem a beta e a alfa amilase, que quebram o amido em
açúcares pequenos, que poderão ser fermentados posteriormente. Ao final do processo,
obtém-se um líquido rico em açúcares denominado mosto.
Existem dois métodos principais para fazer a mosturação: infusão e cocção.
Na infusão, o malte é colocado dentro de uma caldeira e hidratado por água quente,
enquanto é agitado constantemente. A temperatura pode ser colocada em várias rampas de
temperatura, dependendo das características da cerveja desejada. Este processo leva entre 60 a
90 minutos. (HOMINI LÚPULO, 2011)
Já na cocção, hidrata-se o mosto com água em baixa temperatura e retira-se uma
parte deste mosto (menos de 30%), que é levada para uma caldeira para entrar em ebulição.
Após entrar em ebulição, o vapor quente volta para o mosto principal, aumentando sua
temperatura. Pode-se repetir o processo de retirar parte do mosto e leva-lo a ebulição quantas
vezes for necessário para se obter a cerveja com as características necessárias (HOMINI
LÚPULO, 2011).
Durante este processo, o mosto principal vai atingir várias rampas de temperatura,
que favorecerão a atividade de diferentes grupos de enzimas. Essa técnica era utilizada
quando os maltes possuíam baixa qualidade, uma vez que ela realça o sabor do malte. Apesar
de ser uma técnica que melhora a qualidade do mosto final, ela é muito mais cara do que a
infusão, por isso é pouco utilizada (CERVEJARIA BAMBERG, 2011).
23
2.3.4 Filtração
O mosto obtido na brassagem ser filtrado. Este processo tem como objetivo separar
o máximo possível do extrato do mosto do bagaço (parte sólida). Após a filtração, o bagaço
restante pode ser mandado para fazendas para a fabricação de ração. Os sistemas de filtração
mais comuns utilizados em cervejarias atualmente são as tinas de filtração ou filtros prensa.
Como mostrado na figura 4, as tinas de filtração são cilindros de grande diâmetro
com teto em formato de chaminé para a exaustão do vapor. Possuem um fundo falso,
constituído de peneiras, onde o bagaço decanta e fica acomodado enquanto a parte líquida do
mosto passa pelos furos do fundo. Além disso, as tinas possuem um dispositivo rotativo que
acomoda melhor o bagaço (CERVESIA, 2017).
Depois de toda a parte líquida do mosto ter sido drenada, água quente começa a ser
borrifada sobre o bagaço para que o conteúdo ainda preso às sementes seja diluído e se junte
ao mosto. Quando sobrar cerca de 1% de extratos solúveis no bagaço, pode-se considerar que
este está esgotado.
O filtro prensa, como mostrado na figura 5, é composto por uma série de placas
cobertas com telas filtrantes colocadas em série. Primeiramente o mosto é bombeado,
passando entre estas placas, sendo que o bagaço fica preso nos filtros. Após todo o líquido do
mosto ter sido drenado, inicia-se a lavagem do bagaço preso no filtro com água quente. A
passagem de água continua até que o bagaço esteja esgotado. (CERVESIA, 2017)
24
Em relação ao filtro prensa, a tina de filtração possui algumas vantagens, como, por
exemplo, a capacidade de filtrar grandes quantidades de mosto e baixos custos operacionais.
Em geral, a tina de filtração é mais utilizada na indústria cervejeira.
2.3.5 Fervura
2.3.6 Whirlpool
Após ter sido fervido, o mosto precisa passar pelo whirlpool, que pode ser
considerado como uma segunda filtração do mosto. Nesta etapa, o mosto é bombeado em alta
velocidade tangencialmente em um tanque, iniciando um movimento circular. Este
movimento faz com que os sólidos mais densos se precipitem na parte central do fundo do
tanque, formando o chamado trub, assim como está mostrado na figura 6.
Figura 6: Whirlpool.
2.3.7 Resfriamento
O resfriamento do mosto é feito de uma forma muito rápida por trocadores de calor.
A temperatura geralmente cai de 80 para aproximadamente 10 °C (HOUGH, 1990).
Esta etapa é importante, pois ela evita a formação de DMS na cerveja, diminui a
turbidez pela precipitação de proteínas e, principalmente, porque ela adequa o mosto à
temperatura das leveduras que serão utilizadas posteriormente na fermentação. Quanto mais
26
rápido for resfriamento, melhor será para garantir as características sensoriais da cerveja
(CONDADO DA CERVEJA, 2016).
Na maior parte das vezes, a concentração de oxigênio dissolvido no mosto neste
ponto do processo é baixa, sendo assim, é essencial que ar comprimido seja bombeado no
mosto. Esse oxigênio será necessário para as leveduras que serão utilizadas na etapa seguinte.
2.3.8 Fermentação
2.3.9 Maturação
Ela é importante, pois ela aprimora alguns caráteres sensoriais da cerveja como
sabor e aroma. Clarifica a cerveja pela decantação de proteínas e elimina algumas substâncias
possíveis causadoras de off-flavours (HOMINI LÚPULO, 2011).
2.3.10 Filtração
Neste processo, a cerveja passará por um filtro que reterá a maior parte destas partículas
indesejáveis suspensas na cerveja. Os filtros mais comuns são os de terras diatomáceas e os de
perlita (silicato de alumínio). Contudo, existe também a possibilidade de se utilizar celulose e
carvão ativado como meio filtrante.
2.3.11 Pasteurização
2.3.12 Envase
O envasamento é a etapa final, onde se prepara a cerveja para sair das cervejarias e
ser vendida. Existem máquinas envasadoras próprias para este processo que colocam as
cervejas em recipientes como latas, garrafas, barris.
Antes da cerveja ser envasada, o recipiente deve ter sido bem esterilizado, evitando
contaminações.
Segundo a DAAE, o preço por m3 de água para volumes acima de 201 m3 de água para
uso industrial é R$ 18,9354, que pode ser convertido a 0,0059 U$ /kg. Os preços dos outros
componentes foram encontrados na literatura.
Tabela 10: Preços e custos dos componentes necessários para a produção de cerveja
Como pode ser observado, o preço encontrado por batelada foi de U$ 67.399,10.
Como a cada mês duas bateladas são deitas, os custos anuais são de U$ 1.617.578,4. Tendo
em vista que o valor da cotação do dólar em 27/11/17 é de R$3,23, os valores para custos por
batelada e anual são de R$217.699,10 e R$5.224.776,94.
aproximadamente 0,02% desta demanda, produzindo um total de 160 mil litros de cerveja por
mês, um total de 1,92 milhões de litros por ano. (DATAMARK, 2016).
Com esse volume de produção, este projeto se aproxima de microcervejarias já
estabelecidas na região, como por exemplo a Karavelle, cuja produção em 2013 foi de
aproximadamente 100 mil litros de cerveja premium por mês. Todavia, o foco desse projeto é
o de oferecer um produto de qualidade e excelente custo benefício, portanto as projeções
superiores à da empresa já estabelecida tornam-se palpáveis, uma vez que o foco é desviado
da categoria premium, atingindo um número maior de consumidores. (BARBOZA, M, 2013).
Uma possível estimativa dos lucros obtidos com a produção pode ser realizada
tomando-se como base a precificação atribuída pela cervejaria Karavelle, para a cerveja do
tipo Keller, a qual mais se aproxima do tipo de produção escolhida.
O litro de cervejas deste segmento é vendido por, em média, R$8,50. Desta forma,
para a produção mensal estima-se o lucro bruto de R$ 1.360.000,00 e anual de
R$16.320.000,00. Consequentemente, os lucros líquido (custos subtraídos) mensais obtidos
seriam então de R$ 1.142.300,00 por mês, o equivalente a R$ 11.095.000,00 (KARAVELLE,
2017).
2.6.1 Normatização
1. Lei ou portaria;
2. Normas ABNT, que editam as normas técnicas no Brasil;
3. Normas OIML;
4. Normas ISO/IEC (IEC faz as normas técnicas da ISO);
5. Normas ISA, API, DIN e outras nacionais de outros países;
31
Tendo em vista a extensão do diagrama PFD para a produção de cerveja lager, será
apresentado o fluxograma completo e o mesmo será dividido em seis partes de acordo com os
tipos de processamento envolvidos por etapa de obtenção da cerveja. As legendas para os
diagramas mostrados na sequência encontram-se nas tabelas 11 e 12.
2.6.4 Parte 1: Tanques de Conversão do Malte - PFD para produção de Cerveja Lager
35
2.6.5 Parte 2: Tina de filtração e forno para grãos já extraídos- PFD para produção de
Cerveja Lager
36
2.6.7 Parte 4: Whirlpool, resfriador de mosto e tanque de flotação- PFD para produção de
Cerveja Lager
38
2.6.9 Parte 6: Trocadores de calor e rede de água - PFD para produção de Cerveja Lager
40
E simplificado por:
Nos processos realizados em batelada, desconsidera-se os termos (2) e (3), uma vez
que não há conteúdo entrando ou saindo dos equipamentos. Já nos processos em que não
ocorrem reações químicas, os termos de acúmulo e geração representados, respectivamente,
por (1) e (4) são anulados.
Os balanços de massa para o processo de fabricação de cervejas artesanais, em
questão, foram realizados para cada equipamento utilizado, assumindo-os como respectivos
volumes de controle.
41
P (atm) 1 1 1 1 1
Malte - - - - 3.895
Lúpulo - - - - 752
CO2 - - - - -
EtOH - - - - -
Ar - - - - -
Extras - - - - -
Carvão
- - - - -
Ativado
Fonte: Elaborada pelos autores.
44
M-100
Entrada Saída Acúmulo
Malte 23187 23187 0
Lúpulo 0 0 0
Levedura 0 0 0
Água 0 0 0
CO2 0 0 0
Álcool 0 0 0
Ar 0 0 0
Extra 0 0 0
Cinzas 0 0 0
Total 0
Fonte: Elaborada pelos autores.
TK-103
Entrada Saída Acúmulo
Malte 23187 23187 0
Lúpulo 0 0 0
Levedura 0 0 0
Água 134484 134484 0
CO2 0 0 0
Álcool 0 0 0
Ar 0 0 0
Extra 0 0 0
Cinzas 0 0 0
Total 0
Fonte: Elaborada pelos autores.
50
TK-105
Entrada Saída Acúmulo
Malte 19477 19477 0
Lúpulo 783 783 0
Levedura 0 0 0
Água 140173 140173 0
CO2 0 0 0
Álcool 0 0 0
Ar 0 0 0
Extra 0 0 0
Cinzas 0 0 0
Total 0
Fonte: Elaborada pelos autores.
51
TK-110
Entrada Saída Acúmulo
Malte 0 0 0
Lúpulo 783 783 0
Levedura 0 0 0
Água 0 0 0
CO2 0 0 0
Álcool 0 0 0
Ar 0 0 0
Extra 0 0 0
Cinzas 0 0 0
Total 0
Fonte: Elaborada pelos autores.
TK-107
Entrada Saída Acúmulo
Malte 0 0 0
Lúpulo 0 0 0
Levedura 1211 1211 0
Água 0 0 0
CO2 0 0 0
Álcool 0 0 0
Ar 0 0 0
Extra 0 0 0
Cinzas 0 0 0
Total 0
Fonte: Elaborada pelos autores.
54
TK-104
Material Entrada Saída Acúmulo
Malte 23187 23187 0
Lúpulo 0 0 0
Levedura 0 0 0
Água 260621 260621 0
CO2 0 0 0
Álcool 0 0 0
Ar 0 0 0
Extras 0 0 0
Cinzas 0 0 0
Total: 0
R-100
Material Entrada Saída Acúmulo
Malte 15582 5575 10007
Lúpulo 31 31 0
Levedura 1211 1406 -195
Água 70086 70086 0
CO2 0 240 -240
Álcool 0 9572 -9572
Ar 0 0 0
Extras 0 0 0
Cinzas 0 0 0
Total: 0
Fonte: Elaborado pelos autores.
57
S-100
Material Entrada Saída Acúmulo
Malte 5575 5575 0
Lúpulo 31 31 0
Levedura 1406 1406 0
Água 70086 70086 0
CO2 521 521 0
Álcool 5006 5006 0
Ar 0 0 0
Extras 0 0 0
Cinzas 0 0 0
Total: 0
Fonte: Elaborado pelos autores.
Por definição, tem-se que energia é a capacidade que um corpo, uma substância ou um
sistema físico tem de realizar trabalho. Esta, por sua vez, pode ser interconvertida em outras
formas energéticas, como calor e trabalho, entretanto é sempre conservada em sistemas
isolados, de acordo com o primeiro princípio da termodinâmica.
O estudo dos fluxos de energia em processos industriais é uma ferramenta
relativamente simples e que permitem estimar a eficiência energética de processos químicos
que envolvem variações de temperatura. Além disso, conhecendo-se as quantidades de energia
envolvidas em cada etapa de um processo é possível elaborar projetos de integração
energética, que visem aperfeiçoar a produção e, consequentemente, poupar gastos evitáveis.
Uma vez que os procedimentos que envolvem trocas de energia no processo cervejeiro
são realizados em equipamentos fechados, pode-se considerar que os sistemas são de massa
constante. A energia desses sistemas consiste em energia interna U, especialmente em casos
de sistemas estacionários, uma vez que eles não sofrem nenhuma mudança em sua velocidade
ou elevação durante o processo.
A relação para o balanço de energia, nesses casos, pode ser expressa em função da
vazão mássica m, do calor específico cp (desconsiderando variações na massa específica, ou
seja, que o processo ocorre a volume constante) e da variação de temperatura do processo ΔT.
Matematicamente, é equacionada por (ÇENGEL, 2009):
58
É importante ressaltar que os balanços de energia foram realizados para uma batelada
e estima-se que, durante um mês, possa ser possível realizar até duas bateladas.
As energias específicas requeridas para o processo foram calculadas para cada unidade
de operação e estão mostradas na Tabela 8. Os importantes tipos de energia dentro desse
processo são gás natural e eletricidade.
Bomba de água
P-110 - Eletricidade -
residual
Bomba de água da Bombear água
P-111 caldeira com 3,64 Eletricidade para a caldeira
lúpulo com lúpulo
Bombear água fria
Bomba de água do para o
P-112 47,88 Eletricidade
condensador condensador de
vapor
Bombear água
Bomba de água do
P-113 1,08 Eletricidade para o trocador de
trocador de calor
calor
Bomba de água do Bombear água
P-114 2,32 Eletricidade
forno para o forno
Bomba de água do Bombear água
P-115 resfriador de 2,32 Eletricidade para o resfriador
mosto de mosto
Total 112,81
Caldeiras
Gás natural que
aquece a água
Caldeira à vapor
utilizada na
B-100 que contém a 1.009,0 Eletricidade
conversão de
mistura
mistura do tanque
encamisado
Gás natural que
aquece a água
Caldeira à vapor utilizada para
B-101 9.396,1 Eletricidade
que contém lúpulo ferver o lúpulo no
tanque
encamisado
Total 10.405,1
Resfriadores
Resfriar a água
E-102 Resfriador de água 1.663,04 Eletricidade para o resfriador
de mosto
Resfriar a amônia
Resfriador de para o
E-104 23,72 Eletricidade
amônia Fermentador
encamisado
Total 1.686,77
Processos Adicionais
Tritura o malte em
M-100 Moedor 33,16 Eletricidade
grãos
TK-103 Conversão de 51,02 Eletricidade Agitar o malte no
64
Total de energia
Equipamento Potência (kW) Tempo de uso (h)
requerida (kW-hr)
P-110
É importante notar que o preço da utilidade bomba não é caro porque o uso não é
frequente. Elas geralmente trabalham de 15 a 30 minutos por vez a cada dois dias. O maior
custo de energia está na linha de envase porque ela trabalha constantemente e completa
muitos processos incluindo limpeza, lavagem, engarrafamento, aplicação de rótulos e
empacotamento. Os custos, em geral, são baixos porque correntes quentes internas do
processo são reutilizadas em outros processos. Isso ocorre com o uso do resfriador de mosto,
condensador de vapor do lúpulo, e no forno de grão para produzir água quente. Essa
transferência de energia utilizável ajuda significantemente a diminuir os custos de energia da
cervejaria.
Electricity Requirements
68
3 CONCLUSÃO
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AQUARONE, E., et al. Alimentos e bebidas produzidos por fermentação. 4.ed. São Paulo:
Edgard Blücher, 1993. p. 243.
BLAKE, B., CALLAHAN, A., FARMER, S., MIN, H. Craft Beer Production. Department
of Chemical and Biomolecular Engineering, University of Pennsylvania, 565 p, 2013.
MADRID, A., et al. Manual de indústrias de alimentos. 1.ed. São Paulo: Varela, 1996. p. 599
MARCELO G., ROSA, G. Química industrial - SÉRIE TEKNE, Editora Bookman; 2012 p.
261
O GUIA DA CERVEJA. O que é: OG, FG, SRM, IBU e ABV, 2012. Disponível em <
http://www.oguiadacerveja.com.br/2012/03/o-que-e-og-fg-srm-ibu-e-abv.html > Último
acesso em 21 de novembro de 2017.
REINOLD, M. Manual prático de cervejaria. 1.ed. São Paulo: Aden, 1997. p. 213
VENTURINI, W. G. Cerveja. In: Tecnologia de Bebidas. 1.ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2005. p. 550.
HOMINI LÚPULO. A fervura do mosto, por Daniel Bode, 2011. Disponível em:
http://www.hominilupulo.com.br/cervejas-caseiras/a-fervura-do-mosto-por-daniel-bode/.
Acesso em 27 ago. 2017