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Teste n.º 1
I
B, residente em Loures,é dono de uma fracção autónoma sita na cidade do Porto
que arrendou a C, por contrato celebrado em 1 de Dezembro de 2000, para vigorar por um
período de dois anos, renováveis,para habitaçãopermanente do arrendatário, pela renda mensal
de 300 €.
Porque C deixou de viver na fracção arrendada, B resolveu propor acção de
despejo contra C.
PERGUNTA-SE:
1.ª- Que espécie de acçãoquanto ao fim terá B que utilizar? E qual a forma de processo
que lhe corresponde? Indique o valor desta acção.
2.ª – Suponha que a acção foi proposta em Loures e que na pendência da acção entra
em vigor uma nova lei que estabelece que estas acções devem ser propostas no tribunal do
domicílio do Autor. Quid iuris?
2.ª- Suponha que na petição inicial o autor apenas alegou que o Réu deixou de viver na
fracção arrendada e que durante a audiência as testemunhas ouvidas afirmaram não saber se C
tinha deixado de residir no fracção arrendada, mas, de facto, não viam roupa estendida, não
encontravam o Réu há já algum tempo e que as janelas da casa de C estavam sempre fechadas.
Poderia o juiz ter estes factos em conta na decisão da matéria de facto? E se na audiência de
julgamento o juiz percebesse que o réu apenas tinha deixado de residir na fracção arrendada há
menos de um ano (facto que obsta ao direito à resolução do contrato, como previsto no artigo
art.º 1083º, n.º 1, al. d) do Código Civil), sem que o Réu tivesse alegado esse facto em sua
defesa. Poderia o juiz tê-lo em consideração na sua decisão? Classifique os factos referidos
nesta pergunta.
II
D pretende que o tribunal determine que E suspenda provisoriamente um serviço
de reparação do telhado de um prédio deste, pois o empreiteiro para além de atirar as telhas
velhas e o entulho para o seu quintal, tem acedido à obra passando por este quintal, facto que
lhe tem causado danos nas árvores de fruto que ali tem plantadas.
Ouvidas as testemunhas indicadas por D, todas confirmaram estes danos, mas
atestaram também que à data em que o requerimento foi apresentado em tribunal, a reparação
do telhado já tinha sido concluída
PERGUNTA-SE:
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1.º- Se fosse advogado de D que meio processual utilizaria para apresentar esta
pretensão em tribunal?
2.º- Suponha que o tribunal decretava a suspensão do serviço de reparação do
telhado. O que deveria o advogado de D fazer de seguida, em que prazo e sob que cominação?
3.º- Em caso de deferimento do pedido de D, que meios de reacção teria D ao
seu dispor, se E continuasse os trabalhos de reparação do telhado?
3
Teste n.º 2
GRUPO I
A e B celebraram entre si um contrato de comodato, mediante o qual A cedia a B, pelo período de 3 meses,
um cavalo de obstáculos, com valor de €35.000, mediante o pagamento (por B) da quantia de €1500.
Decorrido cerca de um mês após a celebração do contrato, B apresentou-se no hipódromo
arrogando-se (falsamente), perante os demais cavaleiros, na qualidade de proprietário do animal por o ter
“comprado” a A, endereçando mesmo propostas de venda do cavalo aos restantes concorrentes hípicos pelo
preço-base de €40.000.
E, continuando a sustentar a sua posição, e a reter o cavalo em seu poder, B recusou-se a
devolver o animal a A na data por ambos acordada, recusa essa que continua a manter na actualidade.
Gerou-se então no meio hípico uma generalizada dúvida e incerteza (designadamente
entre os potenciais compradores do cavalo e frequentadores do hipódromo) sobre a real titularidade do
animal, dúvida essa que muito pode vir a lesar os interesses patrimoniais de A.
Tendo tais factos chegado ao conhecimento a A. (que de forma alguma pretende, por ora,
alienar o seu cavalo) pretende este agora usar dos meios legais contra B.
Pergunta-se:
a)- Se fosse advogado de A, que espécies de acções ou outros expedientes processuais quanto ao
fim e quanto à formade processo (mais ou menos céleres) poderia utilizar para defesa dos interesses do seu
constituinte?
b)- Em que peças processuais deverá ser observado o princípio do contraditório em cada
um desses possíveis meios a utilizar?
c)- Como deverá o juiz accionar os princípios da livre apreciação da prova e da aquisição
processual em qualquer desses meios?
GRUPO II
a)- Quais os traços distintivos essenciais entre o direito material e o direito processual?
b)- Enuncie os procedimentos alternativos voluntários (de natureza extrajudicial) que
conhece.
c)- Qual (is) a (s) razão (ões) pela (s) qual (is)aos processos de natureza cautelar cabe a
designação de “procedimentos” e não de “acções”?
d)- Enuncie as três modalidades que pode revestir o despacho inicial do juiz em sede de
um qualquer procedimento cautelar.
GRUPO III
Qual a essência do princípio da preclusão. Dê exemplos do acionamento desse princípio extraídosda lei
processual.
Teste n.º 3
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Grupo I
A e B, casados entre si, pretendem ver “anulado” o seu casamento com base numa
alegada “coacção” e “ameaça” (por parte de B) de inflição de um mal físico a A, vício esse que A e B bem
sabiam não ter na realidade ocorrido.
Combinam então (entre si) que A proporia contra B uma acção tendente a obter esse
objectivo e que B não apresentaria (propositadamente) contestação.
Pergunta-se:
a)- Qual o tipo de acção (quanto ao fim) e que forma de processo teria A que utilizar para
atingir o referido resultado jurídico?
b)- Que situação jurídico-processual configura o enunciado supra? Se fosse o juiz do
processo e se (findos os articulados) se apercebesse da “combinação” e do “ propósito” de A e B, que tipo
de decisão proferiria?
c)- admitindo que (se fosse o juiz do processo) de nada de “anormal” se teria apercebido
até ao momento de proferir sentença final, emitiria uma qualquer sentença “condenatória” de B a ver “
anulado” o seu casamento com A?
d)- qual o instituto processual que o juiz deve accionar quando se lhe deparar com a
violação drástica do princípio da cooperação(por uma qualquer ou por ambas as partes)?
Grupo II
Teste n.º 4
a)- Qual o meio mais expedito e adequado de que pode servir-se A para obviar com
urgência a tal situação, que requisitos tem de alegar no respetivo requerimento e através de que atos ou
expedientes concretos poderá ser executada uma decisão favorável a A eventualmente decretada por via
de tal meio?
b)- supondo (por hipótese) que o prazo de 30 dias a que se reporta o n.º 1 do art.º 569.º,
n.º 1 do CPC de que A dispunha para contestar, foi - por uma nova lei entrada em vigor em 15-10-2014
ampliado para 40 dias, pergunta-se: quando expirará o prazo da contestação?
a)- Enuncie as situações que conhece, previstas no CPC ou fora dele, em que o requerido
não deve (obrigatoriamente) ser (previamente) ouvido antes de decretar a solicitada providência?
b)- Se tal decretamento for assim operado, como deve ser exercido o princípio do
contraditório?
c)- Que particular especialidade, quando a requisitos, assumem os chamados
arrolamentos especiais?
d)- Poderá o juiz decretar uma qualquer providência não solicitada pelo respetivo
requerente? Em caso afirmativo, que princípio processual 5airia distorcido?
e) - Relacione o ónus da prova com o princípio da aquisição processual.
Teste n.º 5
1. Resolva a seguinte hipótese:
O réu A, residente em Coimbra, foi citado nessa mesma cidade, no dia 30-9-2014 (terça-feira) para contestar
uma ação de anulação de um negócio jurídico em que celebrou com B, na qual este invocou erro na
declaração - ação essa pendente na Comarca de Viseu.
A propôs contra B uma ação de dívida, tendo junto à petição um documento alegadamente
subscrito por B, no qual este assumia a dívida.
Na contestação, B negou ser o autor e subscritor de tal documento.
Mandado fazer pelo juiz um exame pericial às ditas letra e assinatura, o respetivo relatório
apontou para a confirmação da autoria e susbcrição pelo réu de tal documento.