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Notícias 10

Fundação Nacional do livro infantil e juveniL | Seção Brasileira do


outubro 2015

No mês da Criança, da Leitura e do


Professor, lembramos Jella Lepman,
criadora do IBBY

Jella Lepman. Cartaz da exposição. Exposição do 34º Congresso IBBY.

Em outubro, comemoramos a Criança e a Leitura, no dia 12, e do congresso, no dia 10 de setembro de 2014 na Biblioteca do
o Professor, no dia 15. Para homenagear as datas, a FNLIJ resga- México, a exposição foi aberta no Pátio Central Otávio Paz pelo
ta a memória de Jella Lepman, fundadora do IBBY, que até hoje belga Wally De Doncker, presidente do IBBY.
inspira ações transformadoras envolvendo o livro de literatura, a Por meio de um tour fotográfico, o público pôde conhecer a
leitura e as crianças. vida da defensora dos direitos humanos, especialmente na esfera
Na Alemanha destruída pela guerra, Jella Lepman ergueu as social e cultural. Jella Lepman declarou que as crianças podem
bases da instituição que hoje conta com 77 seções nacionais em e devem ser reforçadas pela leitura e como o ato de ler iria aju-
todo o mundo, com o objetivo de promover o entendimento in- dar a apagar os horrores da guerra que ainda estavam em suas
ternacional por meio dos livros infantis, buscando oferecer às memórias.
crianças de todos os lugares o acesso à literatura de qualidade. Para lembrar e conhecer Jella Lepman, o Notícias FNLIJ repro-
Durante o 34º Congresso IBBY na Cidade do México foi apre- duz o discurso de abertura da exposição Caminhos para sair da
sentada a exposição sobre Jella Lepman, com o título Caminhos terra de ninguém proferido por Wally De Doncker, publicado na
para sair da terra de ninguém. Antes da cerimônia de abertura revista Bookbird.

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A importância da 100 anos de Paulinas Bienal de Ilustração
literatura para a de Bratislava
educação completa 50 anos
Abertura da exposição sobre Jella Lepman
pelo Presidente do IBBY
Jella Lepman foi a fundadora da Biblioteca Internacional da
Juventude de Munique em 1946 e do IBBY- International Board
on Books for Young People em 1953.
Nascida em Stuttgart em 1891, foi a segunda das três filhas de
um judeu, dono de uma fábrica. Organizou uma sala de leitura
internacional para as crianças quando tinha apenas 17 anos. Seu
marido morreu quando seus dois filhos eram bem pequenos, dei-
xando-a viúva aos trinta e um anos. Ela se tornou jornalista e em
1928 publicou seu primeiro livro infantil.
Quando Hitler chegou ao poder, ela perdeu seu posto no
Partido Democrata alemão. Ela teve que deixar a Alemanha pa-
ra escapar do regime nazista em 1933 e decidiu voltar ao final
da Segunda Guerra Mundial como conselheira do departamento
dedicado às necessidades Culturais e Educacionais de Mulheres
e Crianças da Alemanha. Logo, ela resolveu que as crianças de-
vastadas pela guerra precisavam conhecer um mundo de imagi-
nação, além da paisagem de edifícios bombardeados e veículos
militares.
Lutando contra a burocracia e contando com o apoio de pesso- Wally De Doncker, presidente do IBBY, fala na abertura da exposição de Jella Lepman.
as como Eleanor Roosevelt, ela fundou a Biblioteca Internacional
da Juventude de Munique, preenchendo um vazio enorme na vi- Era então muito natural para que a Sra. Lepman visse a pos-
da das crianças da Alemanha com livros de todos os cantos do sibilidade de tornar a exposição um evento anual e, em seguida,
mundo. em 1948, estabelecer um lar permanente para os livros recolhidos
A primeira exposição foi realizada em julho de 1946, e sua todos os anos. Foi o nascimento da Biblioteca Internacional da
principal motivação, cito suas palavras: “como uma das princi- Juventude, que quase não deslanchou. Em abril e maio de 1948,
pais medidas, propus uma exposição para crianças e jovens de falava-se sobre seu trabalho. Uma fundação estava interessa-
diferentes países... Vamos começar com as crianças, para trazer a da em uma possível concessão para ajudar a iniciar a Biblioteca
todo este mundo completamente confuso de volta aos seus senti- Internacional da Juventude. Ela tomou o primeiro avião civil per-
dos. As crianças mostrarão aos adultos o caminho”. mitido entre Munique e Nova York no dia l7 de abril de 1948. Até
Jella Lepman vislumbrou uma exposição itinerante com os me- então, os voos civis para fora do país saiam de Frankfurt.
lhores livros infantis de todo o mundo. Seu primeiro desafio foi Como alguém que nunca deixa de lado um desafio, Jella
garantir o financiamento para seu projeto. Com forte determina- Lepman seguiu em frente, sua motivação permaneceu inaltera-
ção, Lepman incansavelmente datilografou cartas para países eu- da, e em 1953 fundou o IBBY – International Board on Books for
ropeus solicitando livros infantis para a exposição. De vinte paí- Young People. Hoje em dia o IBBY tem outras seções nacionais
ses que contatou, dezenove prometeram apoio incondicional – o em mais de setenta países. Mantendo o status de uma ONG afilia-
que foi impressionante. Apenas um país recusou-se: a Bélgica, da a UNESCO e a UNICEF, tem crescido em uma rede mundial que
meu próprio país. De acordo com os belgas “Duas vezes nós fo- conecta o universo dos livros infantis. Com Jella Lepman como a
mos invadidos pelos alemães,” escreveram, “Lamentamos que fonte de ideias, a criação do IBBY em 1953, seguida junto da ins-
devemos recusar seu pedido.” Lepman escreveu imediatamente tituição do prêmio Hans Christian Andersen para os autores em
uma carta de volta ao Governo belga: “Peço que reconsidere esta 1956 que se expandiu em 1966 incluindo ilustradores também.
decisão. Pois é pelo seu país que é necessário tentarmos oferecer Jella Lepman morreu em 1970, em Zurique e seu lugar de des-
às crianças da Alemanha um novo começo. Não é de seu próprio canso está no cemitério de Enzenbühl.
interesse, ainda mais do que dos outros, ajudar a educar uma ge- É uma grande honra e muito especial estar aqui para mim.
ração de alemães e assim poderão garantir que uma terceira in- Estou convencido de que ela não só me inspira, mas também
vasão nunca precisará ser temida?” muitos de vocês. Declaro esta exposição aberta. Muito obrigado
Jella Lepman não se decepcionou. A remessa de livros belga por sua atenção.
estava entre as melhores da exposição. Em seguida, os livros fo-
Wally De Doncker, 10 de setembro de 2014.
ram arquivados no Haus der Kunst em Munique. A exposição foi
34º Congresso do IBBY, Biblioteca do México,
muito bem sucedida e levou à criação da Biblioteca Internacional
Cidade do México, México.
da Juventude em Munique, que foi dirigida por ela nos primei-
ros anos. Tradução Elisa Tauáçurê

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A importância da literatura para a educação
Em um ano marcado pela crise econô-
mica, a promoção da leitura de literatura
para crianças e jovens se torna um assun-
to menor para os governantes, mesmo
que o efeito da falta de ações nesse cam-
po seja divulgado pelo próprio governo.
O Ministério da Educação anunciou
no dia 17 de setembro o resultado da
Avaliação Nacional de Alfabetização –
ANA, que comprovou que um em cada
cinco alunos não consegue compreen-
der e ler frases corretamente. A ANA tem
por objetivo analisar o nível de alfabeti-
zação dos estudantes no 3º ano do ensi-
no fundamental. Ao todo, foram avalia-
dos quase 2,5 milhões de alunos por meio Segundo o então ministro da Educação, apoio do governo, prefeituras e secreta-
de prova dividida em cinco níveis para a Renato Janine, a incidência ainda alta de rias de educação e cultura, já instalou bi-
Escrita e para a Matemática, e quatro ní- alunos no nível 1 é a grande preocupa- bliotecas em várias regiões do país des-
veis para a Leitura. Na avaliação da leitu- ção: O nível 1 é francamente inadequado. de o ano 2000, por meio do programa
ra, a maioria dos alunos - 55% - ficou nos A pessoa não consegue ler mais que uma Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso.
dois piores níveis, dentre quatro, signifi- palavra. Isso a gente não pode aceitar, Em análise realizada após dez anos
cando que eles não conseguem localizar tem que zerar. É um avanço modesto, es- do programa, 51 bibliotecas implanta-
informação explícita em textos de maior tamos falando só de escola pública. É cla- das até 2007 na Bahia, Espírito Santo,
extensão e identificar a quem se refere um ro que será desejado que todos cheguem Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo
pronome pessoal. Na avaliação da escri- ao nível 4. Mas, a partir do 2, temos uma foram avaliadas. Segundo as estimativas
ta, 34,46% dos estudantes mostraram não pessoa que está lendo e compreendendo o produzidas com base nos dados do Inep/
ter aprendido o desejado para o seu nível que lê, declarou ele. Edudata (2000‐2005), do Censo Escolar
escolar. Os resultados foram comparados Pesquisas realizadas por institutos em- (2000‐2005) e dos registros administra-
com a primeira avaliação, realizada em penhados em democratizar o acesso ao tivos do Instituto Ecofuturo (2001‐2008),
2013, mas não divulgada . Na avaliação livro de literatura já demonstraram o a taxa de aprovação nas escolas do entor-
de 2014, 22,2% dos alunos tiveram a pior poder transformador da leitura sobre os no das bibliotecas passou de 66,9% para
menção em leitura, representando uma alunos. O Instituto Ecofuturo, em par- 73,7%, entre os anos 2000 (antes do pro-
redução em relação aos 24,1% de 2013. ceria com empresas patrocinadoras e o grama) e 2005 (após o programa). Houve

Biblioteca João Lisboa do programa Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso, do Instituto Ecofuturo, recebe as crianças na sua inauguração.

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mudança também na taxa de abandono escolar, que caiu nos
municípios beneficiados pela presença da biblioteca: a média
municipal brasileira de redução na taxa de abandono (de 1ª a 4ª
série) entre 2000 e 2005 nas escolas públicas é de 1,1 p.p. Com
a biblioteca, uma comunidade reduz a taxa de abandono mais
0,6 p.p. ao ano. O impacto é de 50% a mais sobre a velocidade
histórica municipal.
A FNLIJ é responsável pela seleção do acervo e formação das
equipes de profissionais das bibliotecas no programa Bibliotecas
Comunitárias Ler é Preciso, do Instituto Ecofuturo, em uma
parceria que se estende há 15 anos com a instituição. Entre as úl-
timas bibliotecas inauguradas pelo Ecofuturo, está a Biblioteca
Comunitária Ler é Preciso de João Lisboa, no Maranhão. Essa é
a 8° biblioteca implantada no estado e a 104° biblioteca da Rede
Ler é Preciso.
Ao longo de sua existência, que completou 47 anos em 2015, a
FNLIJ comprovou na prática a importância da leitura de litera-
tura para crianças e jovens durante o período letivo. Ações ino-
vadoras, como a Ciranda de Livros, iniciativa anterior aos pro-
gramas do governo, que levou às escolas livros de literatura in-
fantil e juvenil na década de 80, já comprovavam a importância
da literatura para um melhor desempenho escolar dos alunos.
Outubro é um mês de comemoração, que une as crianças
e a leitura no dia 12, além dos professores no dia 15. São dias
que devem ser celebrados e também lembrados para reflexão,
em meio ao cenário crítico da nossa educação, agravado com a
suspensão do PNBE, o mais importante programa de literatura
nas escolas que o governo já implantou. É hora de abrir espaço
para a discussão entre os principais protagonistas dessa histó-
ria: professores, alunos e suas famílias devem conhecer o PNBE,
uma conquista de todos, e ter em mente a importância da leitu-
ra de literatura nas escolas para o desenvolvimento de cidadãos
conscientes e críticos.

Fotos: Instituto Ecofuturo

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100 anos de Paulinas Prêmios FNLIJ
Em 2015, a Editora Paulinas comemo- acadêmicos e literatura infantil e juvenil. recebidos pela Paulinas:
ra o centenário da Congregação Pia Por ocasião das comemorações do
Sociedade Filhas de Paulo – Irmãs centenário das Paulinas, a Irmã Maria Imagem – Prêmio 1984 (produção 1983) |
Paulinas, fundada em 15 de junho de 1915, Antonieta Bruscato, Superiora provin- Filó e Marieta, de Eva Furnari
em Alba, na Itália, pelo Bem-aventurado cial, convidou os inúmeros amigos e co-
Tradução Jovem – Prêmio 1989 (produção
Pe. Tiago Alberione com a colaboração laboradores que participaram da traje-
1988) | Salada russa, de vários autores,
de Irmã Tecla Merlo. A congregação ti- tória da congregação no Brasil a enviar
tradução Tatiana Belinky
nha como missão espalhar o anúncio do mensagens e vídeos. Durante o 17º Salão
Evangelho por meio das novas formas e FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, Imagem Hors-Concours – Prêmio 1993
meios de comunicação. A partir de 1926 a Paulinas entrevistou Elizabeth Serra, (Produção 1992) | Cântico dos cânticos,
a congregação ruma para diversas cida- Secretária Geral da entidade, que falou de Angela Lago
des da Itália, para abrir livrarias e difun- sobre a importância da editora para a li-
Imagem Hors-Concours – Prêmio 1998
dir livros em domicílio. teratura infantil e juvenil. Gostaríamos
(produção 1997) | Leonardo, de Nelson
O Brasil foi o primeiro país fora da de parabenizar a Paulinas principalmente
Cruz
Itália a receber as Paulinas, em 1931, – e nós acompanhamos bem – pelo inves-
quando chegaram à São Paulo as ir- timento feito na LIJ. A Paulinas recebeu Melhor Ilustração – Prêmio 1998 (produ-
mãs Dolores Baldi, em 21 de outubro, e vários prêmios da Fundação, pelo cuida- ção 1997) | Coleção Sonhar para acordar
Stefanina Cillario, em 28 de dezembro. do em oferecer às crianças textos de quali- (Mateus, Noel, Leonardo), de Nelson
As duas começaram o trabalho como ti- dade e bons ilustradores. A FNLIJ agrade- Cruz
pógrafas no setor de acabamento da grá- ce em nome das crianças por esse impor-
Criança Hors-Concours – Prêmio 1999
fica dos Padres Paulinos, que as antece- tante investimento, declarou Elizabeth. O
(produção 1998) | Dez sacizinhos, de
deram. Com o tempo, mudaram-se para vídeo está disponível no site http://pauli-
Tatiana Belinky e ilustração Roberto
uma residência maior onde instalaram nas.org.br/centenario/faco-parte.
Weigand
a primeira gráfica própria, embora com
equipamentos obsoletos, onde, em de- Imagem Hors-Concours – Prêmio 2001
zembro de 1934, publicaram a primeira (produção 2000) | Seca, de André Neves
edição em português da Revista Família
Poesia-Prêmio 2002 (produção 2001) |
Cristã.
Clave de lua, de Leo Cunha e ilustração
A Editora foi o primeiro dos segmen-
Eliardo França
tos que integram a ampla missão da insti-
tuição no Brasil. Atualmente, a Paulinas Melhor Ilustração Hors-Concours –
possui um catálogo com cerca de 2.500 tí- Prêmio 2002 (produção 2001) | Clave de
tulos de livros, sendo reconhecida tanto lua, de Léo Cunha e ilustração Eliardo
nos meios eclesial e acadêmico quanto na França
sociedade. Tem a marca consolidada en-
Tradução/Adaptação Reconto – Prêmio
tre as maiores editoras católicas do País,
2009 (produção 2008) | Histórias da avó:
publicando obras nas áreas de psicolo-
contos da mulher sábia de várias cultu-
gia educacional e familiar, autoajuda, so-
ras, de Burleigh Muten, tradução Geraldo
ciologia, filosofia e teologia, além de do-
Korndorfer e Luís Marcos Sander, ilus-
cumentos da Igreja, biografias, estudos Irmã Maria Antonieta Bruscato, Superiora provincial.
tração Siân Bailey

Reconto Hors-Concours –Prêmio 2010


(produção 2009) | Da Vinci das crianças:
histórias de Leonardo da Vinci, de José
Arrabal e ilustração Anasor Editora

Teórico – Prêmio 2014 (produção 2013) |


Ziraldo e o livro para crianças e jovens
no Brasil: revelações poéticas sob o signo
de Flicts, de Vânia Maria Resende

Filó e Marieta, de Eva Furnari. Seca, de André Neves.


Leonardo, de Nelson Cruz.

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Ligia Cademartori | 1946–2015
Para lembrar Ligia Cademartori, uma das grandes especialistas na área como educadora, Emily Brontë, Dom Quixote, de Miguel
escritora, tradutora e incentivadora da leitura entre crianças e jovens, falecida no dia 4 de de Cervantes, Lazarilho, de autor anô-
agosto em Brasília, o Notícias FNLIJ convidou Ceciliany Alves Feitosa, da editora FTD, para nimo do século XVI, Alice no País das
dar um depoimento sobre a amiga. A seguir, a reprodução do texto veiculado no blog A Maravilhas, de Lewis Carroll, O médi-
Pequena Leitora, do jornal O Globo, de quatro de agosto, onde Graça Ramos homenageia co e o monstro e Jardim de versos, de
Ligia com um belo texto. Robert Louis Stevenson, Irmã-estrela,
de Alain Mabanckou, Você quer ser meu
amigo?, de Éric Battut, Charles na esco-
Despedida de Ligia Cademartori
nessa área. Seu livro O professor e a lite- la de dragões, de Alex Cousseau. E esses
Nossa autora Ligia Cademartori faleceu ratura: para pequenos, médios e grandes não são todos!
dia 4 de agosto, em Brasília, onde mora- ganhou o Prêmio FNLIJ Cecília Meireles Traduzir não é apenas encontrar pala-
va há muitos anos. Na capital do país, ela – O Melhor Livro Teórico, em 2010. vras, expressões e frases equivalentes em
foi professora da Universidade de Brasília Ligia também foi tradutora. Pela tra- outro idioma. É um jogo de aproxima-
e, no Ministério da Educação, coorde- dução de O naufrágio do Golden Mary, ções e afastamentos. Por vezes, o tradu-
nou, nos anos 1980, o Programa Salas de de Charles Dickens e Wilkie Collins, tor se afasta do texto original para bus-
Leitura, o programa de distribuição de li- integrou a Lista de Honra do IBBY – car uma maior aproximação com o lei-
vros de literatura a escolas que antecedeu International Board on Books for Young tor. É esse jogo, que Ligia sabia jogar tão
o PNBE (Programa Nacional Biblioteca da People, em 1992. Para quem não está fa- bem, que transforma suas traduções em
Escola), criado em 1997. miliarizado com a sigla IBBY é preciso es- livros para morar neles, não apenas ler
Em 1982, com Regina Zilberman, Ligia clarecer que é a instituição que concede o e fechar.
publicou o livro Literatura infantil: au- Prêmio Hans Christian Andersen, consi- Esta é uma despedida difícil. Mas te-
toritarismo e emancipação e foi também derado o Nobel da literatura para crian- mos um pensamento feliz, ao pensar nas
autora de um dos capítulos do livro A ças e jovens. Esse reconhecimento, por- muitas crianças e muitos jovens que con-
produção cultural para a criança, orga- tanto, não é pouca coisa. tinuarão morando nos livros que ela tra-
nizado por Regina Zilberman. Com es- A FTD é a morada de todas as suas duziu. Inclusive as crianças e jovens que
ses títulos, Ligia iniciava uma produção traduções para crianças e jovens: além vestem, atualmente, o corpo de avôs e
sobre a literatura infantil brasileira que a do já citado O naufrágio do Golden avós.
colocou em destaque entre as referências Mary, O Morro dos Ventos Uivantes, de Ceciliany Alves

Ligia Cademartori e duas de suas publicações ao lado.

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Réquiem à professora
O Brasil perdeu hoje Ligia Cademartori, Quixote”, de Cervantes – uma das mais ano passado, quando ainda não sabia do
uma de nossas maiores autoridades em divertidas e inteligentes adaptações que diagnóstico fatal, ela se autorizou a ser
literatura infantojuvenil, autora de inú- já li – e “Jardim de versos”, de Robert publicada. Lançado há três meses, “O
meros estudos e livros sobre o tema. Louis Stevenson, sobre o qual passou me- tempo é sempre” recebeu delicada edição
Professora-doutora em Teoria Literária, ses buscando a melhor melodia para cada de Jorge Viveiros de Castro, da 7Letras,
também tradutora de autores clássicos, ela um dos versos em trabalho de ourivesaria e prefácio de Adalberto Müller, profes-
foi uma das responsáveis pela implanta- rítmica. O esmero com que cuidava das sor da Universidade Federal Fluminense,
ção e coordenação do Programa Nacional traduções levou-a a ingressar na Lista de também ex-aluno. Ofereço-lhes o meu
Salas de Leitura, gérmen do Programa Honra do International Board on Books preferido, intitulado “Espera”: “Entre o
Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). for Young People, sediado na Suíça, pe- foi e o virá,/ presa apenas pelos nós,/ a
Após batalha curta e intensa contra um la tradução de Charles Dickens e Wilkie espera é menos promessa/ que vazio, fal-
câncer, Ligia partiu para o local que “nem Collins (1991). ta, lacuna,/ rasgo no tempo, rasura/ onde
o Arquiteto/Pode ser que o comprove”, Muitas de suas reflexões sobre o mun- acena o imaginário,/ lá da cena originá-
como diz o verso de sua poeta preferida, do da literatura para crianças e jovens ria,/ onde palavra não há”.
Emily Dickinson. podem ser encontradas em “O professor Há alguns dias, nos despedimos. Havia
Autora de livros essenciais na área, e a literatura – para pequenos, médios e muita dor – física e emocional –. Mas
como “O que é literatura infantil” grandes” (Autêntica), em que a partir de conseguimos cantar baixinho “Parabéns
(Brasiliense, 1986), Ligia, juntamente com cenas da literatura infantil, sua vivência pra você” – afinal era dia de aniversário.
Regina Zilberman e Marisa Lajolo, for- de leitora cultuada coloca-se generosa- E ela ainda me lembrou do pequeno po-
mava o trio acadêmico que, a partir dos mente a serviço de outros professores. Na ema de Marina Colasanti, endereçado às
anos 1980, definiu muitos dos rumos te- modulação de uma conversa, sem marcas infâncias: “A morte é onde a vida põe um
óricos que sustentam a literatura infanto- de arrogância, mas carregada de grandes ponto./ Um ponto/ de partida”. Que per-
juvenil brasileira, dando-lhe alicerce pa- doses de conhecimento e também de co- maneçam os efeitos de sua alegria, do seu
ra que se tornasse potente e importante. mentários vivos sobre a atualidade, ela olhar debochado sobre o pretensioso, do
As três estudiosas permanecem referên- apresenta e discute elementos da litera- seu amor à literatura para pequenos, mé-
cias atualizadas atesta o recém-veiculado tura infantil clássica e contemporânea, dios e grandes.
“Dossiê sobre Literatura e Infância”, pu- discorre sobre a literatura juvenil, discu- Graça Ramos
blicado no número 46 da revista Estudos te questões importantes para a formação
de Literatura Brasileira Contemporânea, de novos leitores e analisa modalidades
organizado por Anderson da Mata e diferentes da poesia destinada aos mais
Mirian Zappone. São as teóricas brasi- jovens. O livro ganhou o prêmio Cecília
leiras mais apontadas pelos autores dos Meireles da Fundação Nacional do Livro
ensaios. Infantil e Juvenil, de melhor livro teórico
Ligia foi professora da Universidade de em 2010.
Caxias do Sul (UCS) e da Universidade de Fora do âmbito da literatura infantoju-
Brasília (UnB), onde tive a honra de ser venil, que costumava dizer ser a sua cau-
sua aluna e o privilégio de por ela ser sa e eu brincava que era a sua casa, Ligia
orientada no Mestrado em Literatura dedicava-se ao estudo da psicanálise.
Brasileira. Tempo em que conheci o amal- Publicou com Américo Vallejo, “Lacan
gama de rigor e ternura que a caracteri- – operadores da leitura” (Perspectiva,
Cecilliany Alves
zava e aprendi muito sobre imagem po- 1981), roteiro à moda de dicionário sobre
ética em cursos inesquecíveis. Gaúcha os principais termos utilizados pelo psi-
de Santana do Livramento, ela veio pa- canalista francês. E, em uma incursão às
ra Brasília em 1984 para trabalhar no artes plásticas, escreveu um dos mais po-
Ministério da Educação e, posteriormen- éticos textos sobre a arte de Athos Bulcão,
te, na UnB, onde se aposentou. Era casada artista plástico radicado em Brasília que
com o latinista Francisco Balthar e deixou estabeleceu forte vínculo com a cidade
dois filhos, Mario e Cristina, que lhe de- modernista. Foi publicado pela Coleção
ram dois netos, Demétrio e Carolina. Brasilienses, da qual fez parte do conse-
Nos últimos anos, paralelamente aos lho editorial.
ensaios que publicava, dedicou-se à tra- De perfil discreto, avessa à exposição
dução e à adaptação de clássicos para pública, levei muito tempo para conven-
a editora FTD, entre eles, “Alice no País cê-la a dar a conhecer os poemas que es-
das Maravilhas”, de Lewis Carroll, “Dom crevia. “São íntimos”, dizia-me. Final do Graça Ramos

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Lembrança de Lilly Caballero Cueto – IBBY Peru
Faleceu no dia 8 julho a educadora Lilly Caballero Cueto,
fundadora do Centro de Documentación e Información de
Literatura Infantil – CEDILI, seção IBBY do Peru.
Nascida em Santa, no Peru, em 1926, Lilly dedicou toda a
sua vida às crianças e, especialmente, para a promoção de
bibliotecas infantis. No 4º Encuentro IBBY Latinoamericano
y del Caribe, realizado em Lima, no Peru, em fevereiro de
2014, Lilly recebeu uma emocionante homenagem da
instituição pelos seus 35 anos de trabalho ininterrupto
em prol do direito das crianças e dos jovens à leitura.
Na ocasião, a educadora impressionou a todos por sua
vitalidade e influência nas ações promovidas pelo CEDELI.
Ingrid De Andrea de Talleri, atual presidente do CEDELI,
enviou ao Notícias FNLIJ uma homenagem à educadora.

Lilly Caballero de Cueto – Professora, Suécia. Trabalhou como formadora de opinião, escrevendo
artigos sobre educação e família por vários anos no jornal
Humanista, Educadora El Comercio. Como embaixadora da nossa cultura peruana,
Baluarte da educação infantil peruana. A perda de ministrou oficinas e palestras em várias partes da América
Lilly deixou um grande vazio em sua família, seus filhos, seus Latina e do mundo. Grande educadora, especialista em edu-
netos, seus amigos, em nossa instituição CEDILI IBBY PERU cação infantil, Lilly tinha uma empatia especial com as crian-
que ela fundou em 1980 e em nosso país, que perde a presença ças e uma fantástica criatividade, utilizando materiais inespe-
de uma grande mulher exemplar, um baluarte da Educação rados, às vezes obsoletos, para criar livros, brinquedos, fanto-
Infantil peruana. Promotora e difusora da literatura infantil, ches, bonecas, ferramentas capazes de despertar o interesse e
criou inúmeras bibliotecas em todo o nosso território “tra- a alegria ao mesmo tempo em suas divertidas e enriquecedo-
zendo livros para aqueles que não tinham livros”, como ela ras aulas, oficinas e exposições.
costumava dizer. Cabe destacar a sua obra literária, a criação e edição de li-
Prestes a completar 90 anos de idade, trabalhava de manei- vros educativos, guias, manuais, destinados a professores,
ra incessante, com afinco e paixão em favor das crianças mais formadores, bibliotecários e pais, bem como histórias infantis
necessitadas, nas áreas mais remotas do nosso país.  impregnadas de costumes, mitos e lendas peruanas. Suas edi-
Lilly, por seu trabalho dedicado, foi premiada várias vezes ções infantis de poemas, rimas, adivinhas e canções, são um
pelo governo peruano, instituições públicas e privadas, ten- grande legado para mundo literário infantil peruano.
do sido indicada três vezes ao Prêmio Astrid Lindgren, na Ingrid De Andrea de Talleri, presidente do CEDELI

Registro de Lilly
Caballero em dois
momentos de sua
trajetória.

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Bienal de Ilustração de Bratislava completa 50 anos
A 25ª edição da Bienal de Ilustração de Bratislava, que aconteceu
de quatro de setembro a 25 de outubro na capital da Eslováquia,
comemorou 50 anos da mostra competitiva que reúne os melhores
ilustradores do livro infantil e juvenil do mundo.
A bienal foi concebida inicialmente como uma exposição nacional
na então Checoslováquia, em 1965. Com o nome de Ilustração
para Crianças Bratislava, o evento foi criado pelo escritor Dušan
Roll, Presidente do IBBY de 1986-90, pelos ilustradores Miroslav
Cipár e Albín Brunovský, além de outros entusiastas da ilustração
de livros infantis. A exposição pretendia oferecer a oportunidade
para ilustradores apresentaram seu trabalho de ilustração de
livros infantis, além de atrair a atenção das crianças para o livro e
a literatura. Na edição seguinte, em 1967, já com o nome Bienal de
Ilustração da Bratislava, o evento ganhou alcance internacional,
expondo o melhor da arte de ilustrar de países com tradições na
cultura do livro e da ilustração infantil para especialistas mundiais e
Roger Mello na cerimônia de abertura da 25ª edição da Bienal de
editores. Participaram neste ano 320 ilustradores de 25 países. Ilustração de Bratislava.
Desde sua fundação, a BIB firmou parceria com o IBBY e a Feira de
Bolonha, em uma época de difícil comunicação entre os países do Na BIB de 1969, a FNLIJ convidou o ilustrador Gian Calvi para
bloco comunista, valorizando ainda mais o pioneirismo das ações representar o país no júri da mostra competitiva dessa edição. Os
em prol da divulgação da literatura infantil e juvenil na época. A ilustradores brasileiros que enviaram seus trabalhos: Luiz Jardim,
reunião do comitê executivo do IBBY acontece em Bolonha e em Marie Louise Nery, Miguel Mascarenhas, Regina Yolanda e Vera
Bratislava a cada dois anos. Matos. Em 1973, Regina Yolanda foi indicada para membro do
júri da BIB, para a qual foram selecionadas 62 ilustrações de 16
FNLIJ na BIB livros de oito ilustradores brasileiros.
A primeira Bienal de Ilustração de Bratislava com participação A participação brasileira na BIB/75 trouxe a primeira premia-
de ilustradores indicados pela FNLIJ aconteceu em 1969. Mas ção para o Brasil no evento. Eliardo França recebeu a Menção
antes, em agosto do mesmo ano, uma Exposição Itinerante da Honrosa pelas ilustrações de O rei de quase tudo, editado pela
BIB de 1967promovida pela Fundação teve lugar no Museu de Orientação Cultural, do Rio de Janeiro. Regina Yolanda nova-
Arte Moderna do Rio de Janeiro. Foram apresentados originais mente fez parte do júri. Em 1979, por seu trabalho de divulgação
de 12 ilustradores internacionais premiados e 17 livros. A FNLIJ do evento, Regina Yolanda recebeu a Plaqueta de Honra na BIB.
também expôs os livros dos ilustradores brasileiros que segui- Como representante brasileira, ainda participou de outras futu-
ram para a BIB de 1969. A exposição foi um sucesso, tendo rece- ras edições da bienal.
bido artistas e um grande público interessado em ilustração. O A Exposição de Ilustrações de Bratislava veio ao Brasil nova-
secretário-geral da BIB na época, Dušan Roll, veio ao Brasil para mente em 1990, trazendo 79 reproduções fotográficas das ilus-
divulgar o evento. trações premiadas ao Instituto de Arquitetos do Brasil, no Rio de
Janeiro; à Bienal do Livro de São Paulo e para Goiânia. As ilus-
trações retornaram para a FNLIJ, conforme acordado com a BIB.
Outro destaque da participação da FNLIJ na BIB foi o convi-
te para Angela Lago coordenar um workshop para ilustrado-
res de países em desenvolvimento em 1993. Na edição seguinte,
em 1995, Angela recebeu a BIB Plaque, pelas ilustrações do livro
Cena de rua. No mesmo ano, Elizabeth Serra representou a FNLIJ
no evento e apresentou um texto na mesa-redonda A ilustração
como valor, no Simpósio Internacional de Ilustração. Elizabeth
já havia participado da edição de 1989 e esteve presente também
na de 2001.
Na BIB de 2005, o ilustrador Rui de Oliveira,indicado pela
FNLIJ, fez parte do júri recebendo apoio da UFRJ para sua viagem.
Em 2007, Eliardo França, indicado pela FNLIJ, foi um dos
membros do júri internacional. A ilustradora Rosinha Campos
participou do workshop dos ilustradores, indicada pela FNLIJ.
Sede da Bibiana.

Notícias 10 | outubro 2015 9


Brasil na 25ª BIB | FNLIJ selecionou ilustradores brasileiros
Para essa edição, a FNLIJ retornou a parceria com a BIB e selecio-
nou os ilustradores brasileiros que participaram da exposição da
bienal. Como seção IBBY, a Fundação recebeu livros de 50 ilus-
tradores, dos quais nove foram selecionados: Alexandre Keto,
Laurent Cardon, Marcelo Pimentel, Maurizio Manzo, Patricia
Auerbach, Roberto Stickel, Rogério Borges, Victor Tavares e
William Côgo.

Roger Mello destaque na 25ª BIB


Como vencedor do Prêmio Hans Christian Andersen de 2014
na categoria ilustrador, Roger Mello teve uma mostra indivi-
dual apresentada durante o evento, composta por trinta obras.

Foto: Ministério das Relações Exteriores


O transporte dos originais do Rio de Janeiro para Bratislava foi
feito com o apoio do Itamaraty. O ilustrador fez parte do júri
internacional da mostra competitiva, sendo escolhido seu pre-
sidente. O júri foi composto por: Agnes Gyr, Ruanda; Anastasia
Arkhipova, Rússia; František Skála, República Checa; Helena
Bergendahl, Suécia; Karol Felix, Slováquia; María Jesús Esther
Gil Iglesias, Espanha; Nazan Erkmen, Turquia; Nina Wehrle,
Suíça; Piet Grobler, Reino Unido e Yukiko Hiromatsu, Japão.
Roger também ministrou um workshop voltado para jovens
ilustradores profissionais de diversos países (Eslováquia, Brasil,
Indonésia, Colômbia, Bulgária, República Tcheca, Lituânia,
Rússia e Leichtenstein). A inscrição foi gratuita e sua divulgação
foi feita pela Embaixada brasileira, que propôs o evento, e pela
BIB 2015, que cedeu o espaço e materiais.

DLLB/MINC pela primeira vez na BIB


Também esteve presente na BIB 2015 o recém-nomeado Diretor
do Livro, Literatura, Leitura e Biblioteca do Ministério da
Cultura, Volnei Canônica, que salientou a necessidade de pre-
sença constante do Brasil em todas as feiras de livros e bienais
de literatura. Em sua opinião, a presença regular, ainda que mo-
desta, do Brasil em eventos literários internacionais seria mais
produtiva do que a concentração de esforços e recursos em gran-
des eventos, como, por exemplos, aquele em que o Brasil é o país
homenageado. A cima, Exposição Roger Mello na BIB e Roger no seu workshop.

Roger Mello com Janaina Tokitaka e outros alunos no workshop.

10 Notícias 10 | outubro 2015


Janaina Tokitaka participa do BIB-UNESCO | Workshop da UNESCO, Irina Bokova, do Diretor do Museu Bibiana, Peter
Outra presença brasileira na BIB foi da ilustradora Janaina Tvrdon e da Presidente do BIB Internacional, Zuzana Jarosova.
Tokitaka, indicada pela FNLIJ para participar do BIB-UNESCO A Embaixada brasileira na Bratislava foi representada por
Workshop de Albín Brunovský, voltado para os jovens ilustra- Fernanda Magalhães Lamego, primeira secretária e adida cul-
dores de países em desenvolvimento, criado em cooperação com tural, e Edna Ferreira, funcionária do setor Cultural.
a Academia de Belas Artes e Design de Bratislava. Participando A vencedora do principal prêmio, o Gran Prix, foi a inglesa
pela primeira vez do evento, Janaina ficou impressionada com a Laura Carlin, pelo livro World of Your Own Iron Man. Os cin-
BIB. Foi ótimo ver imagens de tantos países em um único espaço, a co BIB Golden Apples foram para Miroco Machiko, do Japão;
bienal é um bom panorama do que é a ilustração no livro infantil Elena Odriozola e Javier Zabala da Espanha; Ronald Curchod,
no mundo. A presença de originais também é algo louvável: é difícil da Suíça e Bingchun Huang (Mi He), da China. Os cinco BIB
ver originais de ilustração, não há muitos espaços expositivos para Plaques foram para Annemarie Van Haeringen, da Holanda;
isso. Faz toda a diferença para ver a pincelada, entender a técni- Myung-Ae Lee, da Coreia do Sul; Natalia Sаlienko, da Rússia;
ca de determinada obra, a construção de planos, camadas, etc., Renate Wacker, da Alemanha e Levi Pinfold, do Reino Unido.
declarou. Para Janaina, o workshop foi uma experiência muito Para comemorar o cinquentenário, foi apresentada a expo-
produtiva. É muito difícil, com os prazos apertados a que estamos sição História BIB 1967-2015, que revelou uma seleção de foto-
acostumados, poder dispor do tempo e da dedicação que pude ter grafias das vinte e cinco edições da bienal. Dentre as inúmeras
neste workshop para criar e refletir sobre as imagens produzidas, fotos de ilustradores de todo o mundo, estavam presentes ima-
completou a ilustradora. gens de Ana Raquel, Regina Yolanda e Rui de Oliveira, em di-
ferentes momentos do evento. Roger Mello trouxe para a FNLIJ
Cerimônia de Abertura e premiação os dois catálogos Story of BIB, half-a-century of biennial of illus-
A cerimônia de abertura da BIB, no Teatro Nacional, teve a pre- trations Bratislava in facts and images, de onde reproduzimos
sença do Ministro da Cultura, Marek Madaric, da Diretora Geral as fotos abaixo.

André Neves, Elisabeth Serra e Leo Pizzol. Regina Yolanda na BIB de 1973.

Juri da BIB Internacional 2005, da esquerda: B. Brathová, S. Larsen (Dinamarca), M. Bunanta (Indonésia), B. Sharioth (Alemanha), T.v. Lob (Holanda), F. Sarrasin (Canada),
J. Wilkon (Polônia), M. Bulos (UNESCO), K. Matsuoka (Japão), Rui de Oliveira (Brasil), M. Cipar (Eslováquia), P. Zambelis (Grécia), B. Diodorov (Rússia), A. H. Ahooe (Irã).

Notícias 10 | outubro 2015 11


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Prêmio Barco a
Vapor 2015
A Fundação SM divulgou no dia 23 de
setembro o vencedor da 11ª edição do
Prêmio Barco a Vapor. A obra premia-
da foi O Vento de Oalab, de João Luiz
Guimarães. O prêmio de R$ 40 mil rece-
bido pelo autor é um adiantamento pelos
direitos de publicação de seu título, que
irá compor a Coleção Barco a Vapor, pu-
blicada pela SM.
O Prêmio Barco a Vapor, promovido
pela Fundação SM, é realizado em no-
ve países e tem por objetivo revelar no-
vos autores, estimular a criação literária As inscrições para a 12ª edição já estão
nacional e propiciar aos jovens leitores o abertas e vão até janeiro de 2016.
acesso a textos inéditos e de qualidade.

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Fnlij | Seção Brasileira do International Board on Book for Young people –


Mantenedores Abacate Editorial Ltda; Ação Social Claretiana; Artes e Ofícios Editora Ltda; Associação Brasileira de Editores de Livros; Autêntica Editora Ltda;
Berlendis Editores Ltda; Brinque-Book Editora de Livros Ltda; Câmara Brasileira do Livro; Cereja Editora Ltda; Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda;
Cortez Editora e Livraria Ltda; CosacNaify Edições Ltda; Difusão Cultural do livro Ltda; Doble Informática Ltda; DSOP Educação Financeira Ltda; Edelbra
Indústria Gráfica e Ed Ltda; Edições Escala Educacional Ltda; Edições SM Ltda; Ediouro Publicações S/A; Editora 34 Ltda; Editora Ática S/A; Editora Bertrand
Brasil Ltda; Editora Biruta Ltda; Editora Canguru; Editora do Brasil S/A; Editora FTD S/A; Editora GHV Ltda; Editora Globo S/A; Editora Iluminuras Ltda; Editora
José Olympio Ltda; Editora Lafonte Ltda; Editora Lê Ltda; Editora Manole Ltda; Editora Melhoramentos Ltda; Editora Moderna Ltda; Editora Mundo Jovem 2004
Ltda; Editora Nova Fronteira Partic. S/A; Editora Original Ltda - EPP; Editora Paz e Terra Ltda; Editora Peirópolis Ltda; Editora Planeta do Brasil Ltda; Editora
Positivo Ltda; Editora Projeto Ltda; Editora Pulo do Gato Ltda; Editora Record Ltda; Editora Rideel Ltda; Editora Rocco Ltda; Editora Scipione Ltda; Editora
Schwarcz Ltda; Elementar Public.e Edit. Ltda - ME; Florescer Livraria e Editora Ltda; Fund.Cult. Casa Lygia Bojunga; Geração Editorial Ltda; Girassol Brasil
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Expediente Editor: Elizabeth D’Angelo Serra; Jornalista: Cristina Bacelar; Projeto Gráfico e Diagramação: Estúdio Versalete; Impressão: Apoio
PwC. Gestão FNLIJ 2014-2017 Conselho Curador: Alfredo Gonçalves, Christine Castilho Fontelles, Celia Portella, Laura Sandroni, Leonardo
Chianca e Wander Soares; Conselho Diretor: Isis Valéria (Presidente) e Marisa de Almeida Borba; Conselho Fiscal: Henrique Luz,
Marcos da Veiga Pereira e Regina Lemos; Suplentes: Anna Maria Rennhack, Jorge Carneiro e Regina Bilac Pinto; Conselho Consultivo:
Alfredo Weiszflog, Amir Piedade, Annete Baldi, Bernadete Boff, Bia Hetzel, Cristina Warth, Eduardo Portella, Eny Maia, Ione Meloni
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Zahar, Paulo Rocco e Silvia Gandelman; Secretária Geral: Elizabeth D’Angelo Serra.
Biblioteca 4
42ª Seleção Anual do Prêmio fnlij 2016 | Produção 2015
5ª relação de livros enviados pelas editoras
(total: 243 títulos)

AGIR AUTÊNTICA Contos da mamãe gansa ou histórias do


O pequeno príncipe para crianças. Antoine Céu de fundo do mar e outras memórias. tempo antigo. Charles Perrault. Trad.
de Saint-Exupéry. Adapt. e Trad. Geraldo Janaína Michalski. Il. Aline Abreu. Leonardo Fróes. Il. Milimbo.
Carneiro e Ana Paula Pedro. Um cometa na terra dos Moomins. Tove Eu passei pelo inferno. Jutta Bauer. Trad.
Coração de mãe: Uma mensagem de amor Jansson. Trad. Ana Carolina Oliveira. Il. Tove Marcus Mazzari.
para a mulher mais importante da sua Jansson. Na cozinha noturna. Maurice Sendak.
vida. Leticia Wierzchowski. Os Moomins e o chapéu do mago. Tove Jumanji. Chris Van Allsburg. Trad. Érico Assis.
Jansson. Trad. Ana Carolina Oliveira. Il. Tove
ALFAGUARA Jansson. DSOP
Bié conhece a fazenda. Luís Pimentel. Il. O menino do dinheiro: tempo de
Taline Schubach. AVISBRASILIS mudanças. Reinaldo Domingos. Il. Luyse
Canarinho, cachorrão e a tigela de ração. Tati detetive em: A galinha que botou uma Costa.
Sylvia Orthof. Il. Ionit Zilberman. batata. Simone Pedersen. Il. Ed Closs.
Dulce, a abelha. Bartolomeu Campos de EDTORA DO BRASIL
Queirós. Il. Mariana Newlands. BAMBOLÊ Alfabético, almanaque do alfabeto poético.
Elefantes não dançam! Mo Willems. Trad. O menino, o bilhete e o vento. Ana Cristina Jonas Ribeiro.
Luara França. Il. Mo Willems. Melo. Il. Fabio Maciel. Brasília, uma viagem no tempo. Eliana
Entre raios e caranguejos: a fuga da família Sete cartas de outro planeta. Ana Cristina Martins. Il. Daniel Araujo.
real para o Brasil contada pelo pequeno Melo. Il. Patrícia Melo. Cores da Amazônia: frutas e bichos da
dom Pedro. José Roberto Torero, Marcus floresta. César Obeid. Il. Guataçara
Aurelius Pimenta. Il. Edu Oliveira. BICHO ESPERTO Monteiro.
Estamos em um livro! Mo Willems. Trad. Bombeiro ao resgate. Jefferson Ferreira. O clube dos livros esquecidos. Fábio
Luara França. Il. Mo Willems. Cidade das cores. Trad. e Adapt. Jefferson Monteiro. Il. Elma.
As lendas urbanas da Morte. Ernani Ssó. Il. Ferreira. A cura da Terra. Eliane Potiguara. Il. Soud.
Rodrigo Rosa. Trânsito divertido. Jefferson Ferreira. Criança sorridente, feliz e contente.
Posso brincar também? Mo Willems. Trad. Fazenda dos números. Trad. e Adapt. Leonardo Mendes Cardoso. Il. Weberson
Luara França. Il. Mo Willems. Jefferson Ferreira. Santiago.
Preparado para brincar lá fora? Mo Willems. Encontros folclóricos de Bento Folgaça.
Trad. Luara França. Il. Mo Willems. CELACANTO Alexandre de Castro Gomes. Il.Samuel
Tem um pássaro na sua cabeça! Mo Willems. Pedrimundo e Fedorico. Tatiana Alves. Il. Ives Casal.
Trad. Luara França. Il. Mo Willems. Pio. É doce mesmo? Renata Bueno. Il Renata
A vingança de Charles Tiburone. João Bueno.
Ubaldo Ribeiro. Il. Victor Tavares. CORTEZ É sempre assim? Renata Bueno. Il Renata
Vou dar um susto no meu amigo! Mo Cômicos cotidianos. Nelson Albissú. Il. Bueno.
Willems. Trad. Luara França. Il. Mo Willems. Silvana de Menezes. A grande campeã. Maria Cristina Furtado. Il.
Eu produzo menos lixo! Cristina Santos. Il. Fabiana Salomão.
ÁTICA Freekje Veld. Histórias assombrosas - Stories of
De noite no bosque. Ana Maria Machado. Il. Marangatu: dois mitos Guarani. Brígido amazement. Edgar Allan Poe. Adapt. Telma
Bruno Nunes. Ibanhes. Il. Márcia Széliga. Guimarães. Il. Alexandre Camanho.
O livro imperdível de um engenhoso Nanquim: memórias de um cachorro da Jogando limpo. Leonardo Mendes Cardoso.
cavaleiro doido. Heloísa Pietro. Il. Jan Pet Terapia. Janaina Tokitaka. Il. Janaina Il. Weberson Santiago.
Limpens. Tokitaka. Jogo duro. Eliana Martins. Il. Veridiana
O jacaré e a bola. Fernando A. Pires. Quatro histórias de desejos. Anna Cláudia Scarpelli.
Ramos, Vivian Lobenwein. O livro do palavrão. Selma Maria. Il. Selma
ATUAL Receita pra fazer dragão. Simone Saueressig. Maria.
Dani das nuvens. Jane Tutikian. Il. Silvia Il. Janaina Tokitaka. O melhor da festa. Nye Ribeiro. Il. Bruna Assis
Amstalden. Brasil.
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Coisa de gente grande. Patrícia Auerbach.
Il.Patrícia Auerbach.
O menino do Portinari. Caio Riter. Il. Nik Otávio não é um porco-espinho! Jean- Rogério Andrade Barbosa. Il. Taísa Borges.
Neves. Claude R. Alphen. A tulipa negra. Alexandre Dumas. Trad.
Moiara, filha da terra. Camila Tardelli, Thiery e Adapt. Francisco Balthar Peixoto. Il.
Maciel. Il. Daniel Araujo. FORMATO Alexandre Camanho
Na floresta dos cinco sentidos. Leonardo Apática. Marcelo Xavier. Il. Marcelo Xavier. Travesseiro travesso. Luiz Raul Machado. Il.
Mendes Cardoso. Il. Weberson Santiago. Destrava-línguas e outros poemas. Christian Vanessa Prezoto.
Quem tem medo? Renata Bueno. Il Renata David. Il. Mauricio Negro. O vestido da mamãe. Dani Umpi. Trad. Flavio
Bueno. Desvendando o regional de choro. Márcio de Souza. Il. Rodrigo Moraes.
Romeu Guarani e Julieta Capuleto. César Coelho, Ana Favaretto. A viagem de um barquinho. Sylvia Orthof. Il.
Obeid. Il. Catarina Bessell. Trocadilho. Jacqueline Salgado. Il.Taline Tatiana Paiva.
A sala dos professores. Carla Dulfano. Trad. Schubach. A vida acidentada de um vampirinho e
Flávia Côrtes. Il. Hare Lanz. outras aventuras de Draculinha. Carlos
Sentimentos: achados e perdidos. Ivan FTD Queiroz Telles, Eneas Carlos Pereira. Il. Eve
Jaf; Luiz Antonio Aguiar; João Anzanello O cavalo transparente. Sylvia Orthof. Il. Ferretti.
Carrascoza; Shirley Souza; Menalton Braff; Suppa. Vira-lata. Leo Cunha; Luiz Magalhães. Il. Jean-
Marcia Kupstas; Raul Drewnick; Carmen Como mudar o mundo? Stela Barbieri; Claude Alphen.
Lucia Campos. Il. Silvia Amstalden. Fernando Vilela. Il. Fernando Vilela.
Uma outra princesa. Telma Guimarães. Il. Contos de muitos povos. Tatiana Belinky GLOBAL
Jean- Claude R. Alphen. Diversidade. Tatiana Belinky. Il. Gilles Eduar. O fantasma da Alameda Santos: uma
Um fotógrafo diferente chamado Debret. Dom Casmurro. Machado de Assis. Il. aventura da turma do gordo. João Carlos
Mércia Maria Leitão e Neide Duarte. Artes Alexandre Camanho. Marinho. Il. Maurício Negro.
de Jean-Baptiste Debret; Il. Akexandre Então quem é? Christina Dias. Il. Rafael A festa das letras. Cecília Meireles, Josué
Mattos e Esyer Marciano. Antón. de Castro. Coordenação Andrpe Seffrin. Il.
O vale das utopias. Carlos Marianidis. Trad. Gente bem diferente. Ana Maria Machado. Il. Cláudia Scatamacchia.
Flávia Côrtes. Il. Marta Toledo. Marília Pirillo. Fico, o gato do rabo emplumado. Darcy
Vento forte, de sul e norte. Manuel Filho. Il. Isca, faísca! Christine Naumamm-Villemim. Ribeiro. Il. Luciano Tasso.
Paola Saliby. Trad. Claudio Fragata. Il. Christine Davenier. Giroflê, Giroflá. Cecília Meireles.
Histórias russas. Recontadas por Ana Maria Coordenação André Seffrin. Il. Soud.
EDITORA JOVEM Machado. Il. Laurent Cardon.
A festa do quasquá: uma história contada Janelas. Carmen Queralt. Trad. Flavio de GLOBO
e cantada. Alcides Goulart. Il. Martina Souza. A coragem das coisas simples. Stella Maris
Schreiner. Jogos depois da chuva. Christina Dias. Il. Rezende. Il. Laurent Cardon.
Para sempre na terra do nunca. Alcides Carla Irusta. Gus e Eu: a história do meu avô e do meu
Goulart. Il. Fernanda Morais. Jogos inocentes jogos. Ricardo Gómez. Trad. primeiro violão. Keith Richards; Barnaby
Vida de monossílabo. Alcides Goulart. Il. Adalberto Müller. Harris e Bill Shapiro. Trad. Alexandre
Christiane Mello, Fernanda Morais, Maíra Lendas e mitos dos índios brasileiros. Raposo. Il. Theodora Richards.
Lacerda. Walde-Mar de Andrade e Silva. Il. Walde- Maluquinho por esporte. Ziraldo. Il. Ziraldo
Mar de Andrade e Silva. Pra ficar com ela.  José Godoy e Mariza
EDIÇÕES MEIAS PALAVRAS Letras, palavras, histórias, memórias. Tavares. Il. Bruno Nunes.
Seu rei mandou. Luciano Pontes. Alejandre Magallanes. Trad. Luís Camargo.
Il. Alejandro Magalhaes. GUTEMBERG
EDIÇÕES SM O nariz e o retrato. Nicolai Gógol. Trad. Luiz Amor amargo. Jennifer Brown. Trad.
Adeus meião. Benjamin Chaud. Trad. Chantal Antonio Aguiar. Il. Doyague. Guilherme Meyer.
Castelli. Il. Benjamin Chaud. Poe em preto e branco. Edgar Allan Poe. Um ano inesquecível. Babi Dewet, Bruna
Cachinhos de urso. Stéphane Servant. Trad. Trad. Luiz Antonio Aguiar. Il. Xavier Besse. Vieira, Thalita Rebouças.
Adilson Miguel. Il. Laetitia Le Saux. Quero abraço, o que é que eu faço? Jeanne Ferro, água e escuridão. Felipe Castilho.
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Folia de reis. Fabiana Ferreira Lopes. Ross. Tudo que se perde, tudo que se ganha.
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Lima. Il. Rachel Caiano. Kupstas. Il. Rogério Borges. Exupéry. Trad. Dom Marcos Barbosa.
A mentira da verdade. Joaquim de Almeida. Soyas de Sun Tataluga: histórias que me O pequeno príncipe: a história do filme.
Polegarzinha. Hans Christian Andersen. Trad. contaram em São Tomé e Príncipe. Vanessa Rubio-Barreau.Trad.Maria De
Chantal Castelli. Il. Nathalie Choux. Fatima Oliva do Coutto.
O pequeno príncipe: o livro ilustrado do A ideia genial de Kamo. Daniel Pennac. Trad. Piqui e uma aventura além da mata. Dilea
filme. Adapt. Valéria Latour-Burney. Trad. Luciano Vieira Machado. Il. Sandra Jávera. Frate. Il. Cris Alhadeff.
Maria de Fátima Oliva do Coutto. O Mínimo e o Escondido: Crônicas de Poemas escolhidos. Ferreira Gullar. Org.
Machado de Assis. Org. Luiz Antonio Walmir Ayala.
INTRÍNSECA Aguiar. Poesia geométrica. Millôr Fernandes. Il.
Mosquitolândia. David Arnold. Trad.Alyne O moço que carregou o morto nas costas Daniel Bueno.
Azuma. e outros contos populares. Ricardo O primeiro homem. Albert Camus.
Azevedo. Il. Catarina Bessell. Apresentação Manuel da Costa Pinto. Trad.
JOÕES EDITORA Quem vem lá?: música e brincadeira para Teresa Bulhões da Fonseca e Maria Luiza
Onde já se viu?: poemas e ilustrações. João o bebê. Margareth Darezzo. Il. Bruno Newlands Silveira.
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musicais Pichu Borrelli. Shakespeare. Trad. Anna Amélia de Queiroz
JUPATI Carneiro de Mendonça, Barbara Heliodora.
Pétalas. Roteiro e arte Gustavo Borges. Cores: NEMO Sagarana. João Guimarães Rosa.
Cris Peter. Descobrindo um novo mundo. Roteirista Sindbá, o marujo. Carlos Heitor Cony. Il.
O astronauta de pijama. Samanta Flôor. Lillo Parra. Il. Rogê Antônio, Akira Sanoki. Alexandre L. Guedes.
Fazendo meu filme em quadrinhos. Paula
LÊ Pimenta. PÉ DE LIVROS
Passageira 45: o vale dos mistérios. Luis A herança africana no Brasil. Roteirista A caixa de sons. Marion Cruz. Il.Patrícia
Eduardo Matta. Daniel Esteves. Il. Wanderson de Souza, Langlois.
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L&PM Quando tudo começou. Bruna Vieira, Lu PEQUENA ZAHAR
Além do tempo e mais um dia. Lu Piras. Cafaggi. Diário de Pilar na África. Flávia Lins e Silva. Il.
Animale: a maldição de Cachinhos O mundo de Aisha: A revolução silenciosa Joana Penna.
Dourados. Victor Dixen. Trad. Ana Ban. das mulheres no Iêmen. Ugo Bertotti. Eu tenho o direito de ser criança. Alain
Penny Perigo é uma catástrofe total. Joanna Trad. Fernando Scheibe. Serres. Trad. André Telles. Il. Aurélia Fronty.
Nadin. Trad. Alexandre Boide. Il. Jess Lá e aqui. Carolina Moreyra. Il. Odilon Moraes
Mikhail. NOVA FRONTEIRA Não derrame o leite! Stephen Davies. Trad.
Penny Perigo só atrai confusão. Joanna 50 Sonetos. William Shakespeare. Trad. Ivo Helena Carone. Il. Christopher Corr.
Nadin. Trad. Alexandre Boide. Il. Jess Barroso; Prefácio Antônio Houaiss. O pássaro na gaiola. Vincent van Gogh. Trad.
Mikhail. O albatroz azul. João Ubaldo Ribeiro. Mauro Gaspar. Il. Javier Zabala.
Quando o vento sumiu. Graciela Mayrink. Alice no país das maravilhas. Lewis Carroll. Selvagem. Emily Hughes. Trad. Maria Luiza X.
Terra-Dragão: o sopro das pedras. Erik Trad. e Adapt. Lucia Benedetti. Il. Arthur de A. Borges. Il. Emily Hughes.
L’Homme. Trad. Gustavo de Azambuja Feix. Rackham. O Yark. Bertrand Santini. Trad. Joana
A Bela e a Fera: conto por imagens. Rui de Angélica D’Avila Melo. Il. Laurent
MAIS QUE PALAVRAS Oliveira. Il. Rui de Oliveira. Gapaillard.
A galinha Suruca de dona Georgina. Zia Bendita casa maldita. Cecilia Vasconcelos. Il.
Stuhaug. Il. George Amaral Rosana Urbes. POSITIVO
Brinca, menino. Leticia Wierzchowski. Il. A bola do vizinho. Raquel Matsushita
MAR DE IDEIAS Cado Bottega. O barco dos sonhos. Rogério Coelho.
Onde está minha casa? Françoise Laurent, A canoa que virou coisa. Luiz Raul Machado. Eu sou do tipo que costura versos com a
Emmanuelle Houssais. Trad. Leny Werneck. Il. Marília Pirillo. linha do Equador. Múcio Góes. Org. Leo
Il. Emmanuelle Houssais. A consciência de Zeno. Italo Svevo. Trad. Ivo Cunha.
Barroso. Haicais visuais. Nelson Cruz.
MARSUPIAL Contos novos. Mário de Andrade.
Ora bolas! Marisa Ratcov. Il. Flavio Soares. A náusea. Jean-Paul Sartre. Trad. Rita Braga. RECORD
Palavras palabras. Lucio Luiz. Il. Bianca Oi! Oi! Matthew Cordell. Trad. Izabel Aleixo. As 13 chaves. Eliane Ganem.
Pinheiro. Memórias de Adriano. Marguerite Yourcenar. Jornada. Aaron Becker.
Maria frita ovo. Bianca Werner. Il. Laudo Trad. Martha Calderado. Magia. Andrea Camilleri. Trad. Aline Leal.
Ferreira. Mrs. Dalloway. Virginia Woolf. Trad. Mario A sábia de Waterloo. Leona Francombe. Trad.
Quintana. Apresentação Marília Gabriela. Juliana Romeiro.
MELHORAMENTOS O mundo dos livros. Bia Bedran. Il. Alexandre Tesourinha e a bruxa. Diana Wynne Jones.
Fábulas de Leonardo da Vinci. Alfredo Sertã. Rampazo. Trad. Raquel Zampil. Il. Marion Lindsay.
Il. Thaís Beltrame. O muro. Jean-Paul Sartre. Trad. H. Alcântara Vidas secas: Gaphic novel. Graciliano Ramos.
Silveira. Adapt. Arnaldo Branco. Il. Eloar Guazzelli.
RIDEEL ROCCO Mapas literários: O Rio em histórias. Org.
ABC das profissões. Lecticia Dansa. Il. Regina A arte de ser normal. Lisa Williamson. Trad. Ninfa Parreiras.
Cayres. Design Saskia dos Santos. Cláudia Mello Belhassof. O melhor livro do mundo. Rilla Alexander.
Atrás da cortina mora um lobo. Reginaldo Cidades de dragões. Raphael Draccon. Trad. Caroline Chang. Il. Rilla Alexander.
Drummond. Il. Luciano Tasso. Dentiana: Rainha do exército das fadas dos Os Pedros. Sandra Pina. Il. William Côgo.
Bonzinhos e malvados. Eliana Martins. Il. dentes. William Joyce. Trad. Viviane Diniz. A promessa. Nicola Davies. Trad. Camila
Camila Carrossine. Fala sério, irmão! : as confissões de Mamá; Werner. Il. Laura Carlin.
A bruxa magrela. Reginaldo Drummond. Il. Fala sério, irmã! : as confissões de Malena. Quem gosta de sasemerbos? Marcia
Luciano Tasso. Thalita Rebouças. Kupstas. Il. Kammal João.
A casa mágica. Eliana Martins. Il. Camila Os guardiões da história: Circus Maximus. Shhh! Nós temos um plano. Chris Haughton.
Carrossine. Damian Dibben. Trad. Regiane Winarski. Trad. Camila Werner. Il.Chris Haughton.
Círculo e circunferência: o passeio do O mundo das vozes silenciadas. Carolina Uma história barriguda. Beatriz Escorcio
ponto A em volta do ponto O. José Carlos Munhóz, Sophia Abrahão. Chacon. Il. Vanessa Prezoto.
Aragão. Il. Estrela Pereira dos Santos. A voz da vida. Régine Raymond-Garcia. Trad.
A linha que saiu do ponto porque o ponto ROVELLE Leny Werneck. Il. Vanina Starkoff.
saiu da linha. José Carlos Aragão. Il. Estrela Ah não Bóris! Chris Haughton. Trad. Camila
Pereira dos Santos. Werner. Il.Chris Haughton. SARAIVA
De qualquer ângulo, triângulo é triângulo. As boas ações do Seu Simões. Jim Stoten. As crônicas de Fiorella. Vanessa Martinelli. Il.
José Carlos Aragão. Il. Estrela Pereira dos Trad. Camila Werner. Il. Jim Stoten. Carla Irusta.
Santos. Cabelo com jeito diferente. Lúcia Fidalgo. Il.
A história da linha reta sem começo e sem Marília Pirillo. SCIPIONE
fim. José Carlos Aragão. Il. Estrela Pereira As cores dos pássaros. Lúcia Hiratsuka. Il. Um copo d’água. Lalau. Il. Laurabeatriz.
dos Santos. Lúcia Hiratsuka.
O homem do saco. Reginaldo Drummond. Il. Duda cata tudo. Sheila Kaplan. Il. Anna VIAJANTE DO TEMPO
Luciano Tasso. Bárbara Simonin. Achaz no sítio da banana verde. Renato
Os monstros exigentes. Reginaldo Ecos verdes: ideias criativas para salvar Caleffi, Alexandre Carvalho. Il. Romont
Drummond. Il. Luciano Tasso. o planeta. Mónica Martin; María de los Willy.
Quadrado que deixa de ser chato vira cubo. ángeles Pavez. Trad. Rosena Murray. Il. Era uma vez um buldogue francês. Ana
José Carlos Aragão. Il. Estrela Pereira dos Alejandra Acosta. Paula de Abreu. Il. Mariano Martín.
Santos. Engolir de espelhos. Pepita Sampaio Sekito. Espanto feliz. Clovis Levi. Il. Ana Biscaia.
Um passeio diferente. Eliana Martins. Il. Il. Cris Eich. O piano de calda. Clovis Levi. Il. Ana Biscaia.
Camila Carrossine. Histórias amareladas. Sonia Rosa. Il. Anna Vó Leninha em: O aniversário de Isabela.
O quadrado que não se achava quadrado. Bárbara Simonin. Ana Paula de Abreu. Il. Bruna Assis Brasil.
José Carlos Aragão. Il. Estrela Pereira dos Iyá Agbá: a mãe-ventre. Naná Martins. Il.
Santos. Anabella López.
Na cidade. Eliana Martins. Il. Carol Juste. João, o grande campeão da Nanicolândia.
No campo. Eliana Martins. Il. Carol Juste. Guido Van Genechten. Trad. Camila Werner.
Na praia. Eliana Martins. Il. Carol Juste. Il. Guido Van Genechten.
Vendo a coisa por outro ângulo. José Carlos Lagartos verdes X retângulos vermelhos.
Aragão. Il. Estrela Pereira dos Santos. Steve Antony. Trad. Camila Werner. Il. Steve
Antony.

encarte notícias 10 | outubro 2015

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