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A tomografia é muito boa pois me fornece dados de maneira segura. Para realizar a
tomografia, é necessário que o técnico use um expandex para que na imagem a gente possa
seguramente saber o que é tecido mole gengival e não lábio. Se o expandex não é utilizado o
lábio se mistura a gengiva no resultado do exame pois ambos são tecidos moles.
O tamanho da coroa anatômica é importante de ser conhecido pois, em um paciente que quer
corrigir um sorriso gengival (por exemplo) eu consigo saber quanto posso retirar de gengiva
sem expor a junção cemento-esmalte. Eu também consigo saber o tamanho da coroa
anatômica através de sondagem da crista óssea (que é introduzir uma sonda no paciente
anestesiado para achar a crista óssea e então saber a medida da inserção desse osso) porém
esse método não é 100% seguro. O mais confiável é mesmo a tomografia.
Uma gengiva inserida é saudável apresentando qualquer medida, porém uma gengiva inserida
mais larga, está mais distante da mucosa alveolar e qualquer doença periodontal será menos
danosa pois demorará mais para atingir o osso alveolar.
Em dentes hígidos, qualquer medida de gengiva é adequada, porém em prótese por exemplo,
é necessário ao menos 2mm de gengiva inserida. 1mm pode ser saudável, mas já não ideal
para uma prótese fixa. Uma coroa total necessita de pelo menos 2mm de gengiva inserida na
área da coroa para dar mais estabilidade a longo prazo e evitar a retração (recessão) gengival.
Se o paciente não tiver essa medida, haverá maneiras de se aumentar essa área, como enxerto
de gengiva ou aumento de coroa clínica, por exemplo.
Conseguimos medir a gengiva inserida com a sonda milimetrada indo da ranhura gengival livre
até a linha muco-gengival.
Inflamação em tecido mole (gengivite) na gengiva espessa, vou ter hiperplasia e sangramento
a sondagem. A gengiva fina só vai ficar vermelha e sem sangrar.
Inflamação em tecido Duro (periodontite) na gengiva espessa, tem perda óssea e bolsa
periodontal pois como a gengiva é espessa (grossa), ela se mantém no lugar, o osso vai sendo
perdido e a gengiva “fica parada” e por isso se forma a bolsa periodontal. Na verdade, o osso
reabsorve de maneira mais rápida que a gengiva, então ocorre a formação de bolsa e apenas
tempos depois a gengiva retrai. Em uma gengiva fina, a perda óssea e a perda de gengiva
acontecem simultaneamente. Por isso ocorre recessão gengival.
Em cirurgia como aumento de coroa por exemplo, a gengiva fina requer mais cuidado pois ela
pode se romper com mais facilidade, isso pode gerar um dano para o paciente, principalmente
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em área estética. É necessário delicadeza para trabalhar. A cicatrização é mais instável. A
gengiva mais grossa se recupera com mais facilidade.
Em exodontia, uma gengiva espessa gera menos atrofia, menos reabsorção óssea. Já em uma
gengiva fina ocorre maior reabsorção óssea no sentido apical e lingual.
Num preparo para coroa total, podemos fazer alguns tipos de término:
1. Preparo supragengival, é aquele em que o preparo está acima da gengiva, porém ele
não é estético, pois mostra a linha entre a raiz e a coroa total.
2. Preparo Intrassulcular, onde o preparo da coroa total estará inserido dentro do sulco.
Isso não é prejudicial pois a área do sulco é solta, não está colado no dente e por isso
pode-se trabalhar dentro dele sem gerar nenhum tipo de dano.
3. Preparo à nível gengival, onde o término coincide com a gengiva. No mesmo nível da
margem.
4. Preparo Subgengival: esse não se deve usar pois nele o preparo estaria sendo feito
dentro do espaço biológico.
OBS: Em prótese fixa, quando formos confeccionar o preparo, nunca podemos nos
esquecer de acompanhar a altura da gengiva! Lembrar que nas proximais temos a
área de Cool, não queratinizada e que o formato da gengiva nessas áreas é diferente
da vestibular e da lingual, se não respeitarmos isso, iremos invadir o Espaço
Biológico e o paciente terá que ser encaminhado para a Perio!
Espaço Biológico: é a distância compreendida entre a porção mais coronária
do Epitélio Juncional até a Crista óssea.
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+ Sulco
É a porção dento-gengrval
Quando sondamos um paciente, podemos encontrar sulcos de tamanhos variados. Até 3mm
considera-se esse sulco saudável, acima dessa medida, provavelmente já será uma bolsa
periodontal ou um sulco profundo devido a uma doença periodontal que já foi tratada. O que
me confirmará isso será a radiografia.
Num dente hígido, o espaço biológico vai da junção cemento-esmalte até a crista óssea. Na
tomografia são essas estruturas que eu devo buscar enxergar.
Não se pode restaurar um dente onde a cárie esteja invadindo o espaço biológico. Num caso
onde a cárie esteja invadindo, por exemplo, 1mm do espaço biológico, será necessário fazer
um aumento de coroa clínica por ostectomia ou tracionamento ortodôntico (lembrando que
gengivectomia não restabelece espaço biológico), nesse aumento de coroa por ostectomia
deverá ser retirado apenas 1mm de osso (que é a medida que a cárie está invadindo do espaço
biológico) pois, retirando-se 1mm de osso, aumenta-se o tamanho do sulco gengival e com
isso, a cárie ficará fora do espaço biológico e poderá ser restaurada normalmente.
Existem 3 possibilidades:
1. Degrau Positivo, onde existe excesso de material restaurador, esse degrau cria um local
para acúmulo de placa.
2. Degrau Negativo, onde existe a falta de material restaurador, também cria acúmulo de
placa.
3. Abertura Cervical, onde existe um espaço vazio entre o dente e a resina, a sonda
“agarra” no local. É o mais prejudicial pois existe entrada de alimento por essa
abertura.
4. Adaptação Ideal: é aquela onde a sonda desliza entre a coroa e a raiz.
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A cunha é necessária para que essa adaptação da resina ou do preparo da prótese com a
parede gengival ocorra de maneira correta. A distância permitida é de 80 micrômetros e esse
espaço será preenchido pelo cimento. Ao passar a sonda exploradora, ela desliza sem agarrar
em nada.
1. Dente muito volumoso com excesso de material restaurador na região cervical, facilita
o acúmulo de alimento na cervical e isso vai gerar dano ao periodonto.
2. Dente muito estreito, faltando material restaurador, vai gerar dano ao periodonto pois
o alimento vai direto para a região do sulco.
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Em relação a periodontia, os pontos de contato são importantes porque dentes que não
possuem pontos de contato migram. Se houver doença periodontal eles migrarão ainda mais,
tanto nas proximais como extruindo do alvéolo. Devolver o ponto de contato é fundamental.
O ponto de contato também protege a papila gengival que está logo abaixo dele, impede
também a impactação alimentar nas áreas interproximais e promovem estabilidade oclusal.
A impactação de alimento vai gerar uma inflamação que é a gengivite e, em seguida pode se
transformar numa periodontite, tudo isso pela ausência do ponto de contato. Além disso, a
falta de contato ajuda a agravar a periodontite; a perda de osso acontece mais
aceleradamente.
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Papila Gengival
Um dos problemas encontrados na perio é como fazer crescer papila, principalmente entre
duas coroas, dificilmente se consegue 100% de papila fechando o espaço.
Existe uma regra para se conseguir devolver papila:
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Se mantivermos uma distância de 5mm do ponto de contato dentário até a crista óssea, 100%
do espaço da papila será recoberto. Quanto maior esse espaço, menor a porcentagem de
papila fechada iremos ter. Quanto maior for essa distância, maior a chance do Black Space
acima da papila.
Ao se trabalhar com prótese, precisamos observar essa medida fazendo as próteses
provisórias deixando esse espaço de 5mm pois em poucas semanas a papila crescerá e fechará
esse espaço papilar.
OBS: onde não há papila, chamamos de Black Space.
Em um espaço maior que 5mm também vai haver crescimento de papila porém não vai fechar
mais do que 5mm.
Por isso quem tem periodontite e possui crista óssea muito distante do ponto de contato
dental vai ter Black Space e não há o que ser feito para corrigir isso.
Em um diastema, podemos fechar o espaço com resina e confeccionar o ponto de contato
mais acima, tentando aproximar o máximo possível da medida de 5mm para que haja
crescimento de papila ajudando a fechar o local e deixando mais estético.
Restaurações Provisórias
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Elas devem:
1. Estabilizar os dentes que tem mobilidade, por exemplo: um dente com periodontite e
sem contato oclusal, é um dente solto na boca. Tratando o periodonto e devolvendo o
ponto de contato, esse dente tende a estabilizar.
2. Estabelecer uma oclusão fisiológica que seja funcional para o paciente
3. Estabelecer um contorno fisiológico pois conforme o provisório fica em contato com a
gengiva, aquele tecido vai se adaptando em volta do provisório e já vai estar dando
formato para a gengiva receber a coroa final.
4. Simplifica a terapia periodontal pois uma restauração que esteja dificultando a
raspagem, é possível remover essa restauração, confeccionar um provisório e com isso
facilitar a raspagem.
5. Aperfeiçoar a estética, o contorno vai ficando estético.
6. Criação de um modelo para o trabalho definitivo pois o provisório fornece uma réplica
de como vai ficar o trabalho final.
O periodontista precisa conhecer o que há no mercado que facilite a higiene oral do paciente e
poder orienta-lo da melhor maneira possível.