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Erg Gestão Da Ergonomia PDF
Erg Gestão Da Ergonomia PDF
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Gestão da Ergonomia
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Gestão da Ergonomia
Introdução ao tema
Nesta unidade, abordaremos pontos importantes para o planejamento, aplicação
e gestão da ergonomia e a devida interface com sistemas de gestão internacional
pertinentes ao assunto.
Nossa unidade final “ pretende ser”, não só uma unidade de fechamento dos nossos
estudos, mas também “uma provocação”, um convite à reflexão sobre a aplicação
prática da ergonomia no trabalho e na vida.
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Leitura Obrigatória
O conceito de ergonomia é relativamente antigo, todavia, só ganhou popularidade a
partir da segunda guerra mundial. A fim de “otimizar” a utilização de armamento de uma
maneira geral, os mesmos eram “desenvolvidos”, pela primeira vez na história olhando
para o usuário final, procurando “enxergar” a interação entre produto e usuário para
melhorar o sucesso dessa interação. Então, surge a ideia de aplicação da ergonomia como
meio de busca pela eficiência nas operações. Nesse caso, especificamente, procurando
fazer com que armamento “se adaptasse” ao soldado e aumentando a assertividade de
uso. Assim, usando melhor o recurso para ter maiores e melhores resultados.
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UNIDADE
Gestão da Ergonomia
Visão geral
Esta unidade tem como objetivo a aplicação da Gestão da Ergonomia e os Sistemas
de Gestão relacionados.
Mas, antes, vamos esclarecer um pouco um assunto que, por vezes, acaba causando
alguma confusão.
Importante notar que esta unidade não será um Guia de Implementação da OHSAS,
mas vamos abordar os itens que precisam ser compreendidos para que o profissional em
questão possa dar sua contribuição para o Sistema de Gestão.
Sistemas de gestão
A partir da identificação dos processos de uma organização, identificando-se entradas e
saídas, deve-se estabelecer um sistema de controle / verificação com o objetivo de obter-se
informações “vivas”, sempre atualizadas que reflitam a real situação da operação. Com
isso, os líderes seriam capazes de tomar decisões assertivas.
Para que uma empresa tenha um “sistema de gestão”, ela pode “caseiramente” criar
um conjunto de “ações padronizadas” que “garantam” os critérios de qualidade a serem
atingidos, sistematicamente pela organização.
Surge, então, em 1987, a primeira versão de normas ISO 9000. Essa versão era
extremamente burocrática e continha 20 elementos.
• Em 1994, o enfoque deixou de ser de controle da qualidade para garantia
da qualidade.
• Em 2000, o enfoque passa a ser gestão por processos.
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• Em 2008, foram pequenas alterações mais relevantes voltadas para a gestão de
recursos passando a considerar as competências.
• Em 2015, grandes mudanças estruturais, a questão da gestão de risco passou a
ser considerada.
Existem outras normas que não pertencem à família ISO, mas são igualmen-
te certificáveis:
• Normas de segurança: OHSAS 18.000 – abordadas, mais profundamente, ainda,
nesta Unidade.
• Responsabilidade social: SA 8.000 (norma criada a partir do “escândalo da Nike”,
quando veio a público a submissão do ser humano ao trabalho escravo – regime de
escravidão – sem condições dignas de trabalho).
Obs.: Optou-se por não traduzir este termo, porém uma aproximação razoável
seria responsabilização.
• Transparência: Fornecer às partes interessadas de forma acessível, clara,
compreensível e em prazos adequados todas as informações sobre os fatos que
possam afetá-las.
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• Comportamento ético: Agir de modo aceito como correto pela sociedade - com
base nos valores da honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a
natureza - e de forma consistente com as normas internacionais de comportamento.
• Respeito pelos interesses das partes interessadas (Stakeholders): Ouvir,
considerar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham interesses
nas atividades da organização ou por ela possam ser afetados.
• Respeito pelo Estado de Direito: O ponto de partida mínimo da responsabili-
dade social é cumprir integralmente as leis do local onde está operando.
• Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: Adotar prescrições
de tratados e acordos internacionais favoráveis à responsabilidade social, mesmo
que não haja obrigação legal.
• Direito aos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos
humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou
indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que requerem.
A ISO 9001 tem como princípio ciclo do PDCA, também conhecido como ciclo de
melhoria contínua. Já que a OHSAS 1800 é nosso foco de estudo e tem como base a
ISO 9001, é necessário compreender esse princípio.
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A figura abaixo descreve de maneira muito simples o Ciclo do PDCA:
Definição da meta
Análise do problema
Padronização dos Análise das causas
resultados obtidos Elaboração dos planos
de ação
A P
C D Treinamento
Verificação dos
Execução dos
resultados
planos de ação
Política
Todo este processo inicia-se com a definição de uma Política, a qual deve contemplar
as diretrizes gerais sobre higiene e segurança.
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Gestão da Ergonomia
Realizar a Realizar a
Planejar o Planejar as
Identificar análise análise Controlar
gerenciamento respostas
os riscos qualitativa quantitativa os riscos
de riscos aos riscos
dos riscos dos riscos
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Avaliação da
Situação Operacional
Importância do
Temporalidae
Significativo
Ações de Controle e/
Probabilidade
Grau de Risco
Item Atividade Perigo Dano
Frequência/
Gravidade
ou Mitigação
Esta planilha leva em conta, para determinação do grau de risco, a gravidade x fre-
quência/periodicidade a fim de, então, determinar se a atividade é significativa ou não.
Note que mesmo para todos os casos existem ações de controle e/ou mitigação, mas,
no caso onde o grau de risco fez com que a atividade fosse significativa, temos um plano
de emergência.
Risco Ergonômico
Não é tarefa das mais simples quantificar fatores como satisfação, bem-estar, cansaço,
dor, etc. Dentro deste contexto, podemos dizer que nasce o conceito de Risco Ergonômico.
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Gestão da Ergonomia
Neste caso, quando inseridos no contexto ergonomia, esses profissionais “saem à caça”
das posturas incorretas, das cadeiras antiergonômicas, das bancadas em altura inadequa-
da. Esquecem que pessoas são pessoas e, como tal, são passíveis de emoções e sensações.
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Passos para tratamento da legislação:
Federal
Estadual
Municipal
Outros requisitos aplicáveis, tais como:
Licenças
Códigos
Normas
Regulamentos
(entre outros)
Por exemplo:
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Qualquer ação corretiva ou preventiva adotada para eliminar as causas das não
conformidades, reais e potenciais, deve ser adequada à magnitude dos problemas e
proporcional ao risco de SSO verificado.
Diagrama de
Causa-Efeito Diagrama de
Gráfico de
Concentração
Pareto
de Defeito
Folha de Diagrama
Controle de Dispersão
Histograma
7 Ferramentas Gráfico de
da Qualidade Controle
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O papel fundamental do profissional em questão, neste cenário, não é o fato de
dominar uma das ferramentas, mas sim ter ciência que, de certa forma, estará utilizando
seu conhecimento técnico sob a orientação de um profissional, por exemplo, da
qualidade, a fim de que se aplique uma dessas ferramentas para que a causa raiz do
acidente, incidente ou não conformidade e que as ações propostas sejam, de fato, para
erradicar a raiz do problema, ou seja, a ação deve ser para a causa e não para o efeito.
Responsabilidade e Autoridade
Outro ponto fundamental para a eficiência do sistema é estabelecer claramente
as responsabilidades, além de comunicá-la por toda a organização. Por isso, dentro
de um sistema de gestão, sempre haverá documentação para que fiquem claro,
no Manual, Procedimentos e Instruções de Trabalho (hierarquia de documentos
relativos a um sistema de gestão da qualidade), quem são os responsáveis pelas mais
variadas atividades dentro do sistema de gestão. Importante salientar que nem só as
responsabilidades, tanto do auditor quanto do auditado estão descritas, mas também
as responsabilidades.
Treinamento e Competências
Os treinamentos e competências também devem ser considerados, uma vez que os
responsáveis para implementar, gerenciar, treinar e auditar também os procedimentos
da organização.
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Como já citado anteriormente, nosso objetivo aqui não é fornecer um guia de implan-
tação da OHSAS 18001, mas sim demostrar qual o papel do profissional da ergonomia
dentro do sistema de gestão e a importância fundamental dos seus conhecimentos técni-
cos para a eficiência e eficácia do sistema de gestão, atuando deste o estabelecimento da
Política, passando pelo levantamento dos riscos juntamente com as propostas para sua
erradicação e/ou mitigação, levantamento da legislação aplicável, monitoramento dos
riscos, preparação de planos de atendimento a emergências, participando de equipes
multidisciplinares para análise da causa de acidentes, incidentes e /ou não conformida-
des, também propondo ações para erradicação das causas, bem como análise de sua efi-
cácia. Não vamos nos esquecer também da importância da multiplicação dos conceitos,
através de treinamentos, acompanhamentos in loco; enfim, podendo até ser um auditor
do sistema de gestão.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
CLT Interpretada
MACHADO, Costa. CLT interpretada. Editora Manole, 2º edição. São Paulo. 2009.
Leitura
Constituição Federal Interpretada
Inicie suas leituras pelo capítulo II da Constituição (Dos Direitos Sociais) Art. 7°, incisos
XXII, XXIII, XXVIII e XXXIII, ou seja, da página 64 a 65 e 67 a 69 da obra de Costa
Machado, Constituição Federal Interpretada, disponível na Biblioteca Virtual Universitária.
Para acessar esta obra, Acesse o link a seguir
Disponível em: https://goo.gl/cEZamh
Além da Constituição é importante salientar que o Decreto-Lei 5.452, de 1 de maio
de 1943, que é a nossa Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), especificamente no
Capítulo V do Título II (relativo à Segurança e Medicina do Trabalho).
CLT
Inicie suas leituras pelo capítulo V do Seção II a V da CLT, ou seja da página 33 a 37,
CLT - 2016, disponível na Biblioteca Virtual Universitária.
Para acessar esta obra, Acesse o link a seguir
Disponível em: https://goo.gl/cEZamh
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Referências
IIDA, ITIRO. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo, Edgard Blucher, 2009.
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