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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E
TECNOLÓGICAS

Jéferson Santos Pires


Cristovam Feitosa Pedrosa
Breno Oliveira Araújo
Yuri Nogueira Carneiro

Associação de bombas hidráulicas

Bahia
2018
Jéferson Santos Pires
Cristovam Feitosa Pedrosa
Breno Oliveira Araújo
Yuri Nogueira Carneiro

Associação de bombas hidráulicas

Este trabalho foi solicitado pelo docente


Jorge Rabelo da disciplina de Hidráulica
da turma 02 do curso de Bacharelado em
Ciências Exatas e Tecnológicas como
forma avaliativa.

Professor(a): Jorge Rabelo


Disciplina: Hidráulica
Turma: T02
Sumário

1 Introdução ………………………………………………………………. 4

2 Materiais Utilizados ……………………………………….……………. 5

3 Procedimento experimental e Resultados …………………………. 6

4 Conclusão ………………………………………………………………… 11
Capítulo 1. Introdução

1 Introdução

A associação de bombas surge com o objetivo de eliminar a necessidade de superação


de um desnível elevado, onde, por motivos técnicos econômicos, a utilização de uma
bomba única não é possível. Com relação aos motivos técnicos, existe uma certa
dificuldade na especificação dos materiais, pois o desnível elevado requer uma bomba
mais potente com altas acelerações centrífugas e, muitas vezes, esse modelo é
inviável pelo tamanho e custo. Já os motivos econômicos se resumem ao custo de
associar duas bombas menores, que é inferior ao de adquirir uma bomba de maiores
dimensões, considerando a mesma finalidade. Sobretudo em casos onde existe uma
variação de descarga e de pressão, a associação de bombas é fundamental em
algumas aplicações.
A associação em série é utilizada para sistemas onde, a altura possível de
bombeio pela bomba é menor que a disponível do sistema de bombeio. Ao estudar a
possibilidade de utilização e aplicar ao sistema, teremos que as vazões das bombas
serão iguais em cada uma delas, porém a altura manométrica será a soma da altura
alcançada por cada uma. Dessa forma, é possível projetar o sistema para que a soma,
ao fim da associação, dê o valor requerido pelo sistema.
Já a associação em paralelo será utilizada para o caso de a vazão exigida pelo
conjunto for maior que a vazão possível de atingir com a bomba. Assim, existem dois
pontos importantes que podem ser levantados como a grande vantagem dessa
associação: em caso de falha do sistema operacional pode-se usar a outra bomba que
ainda funciona, apenas sofrendo uma redução da vazão ou em casos onde há
necessidade de manutenção, o mesmo pode ser feito, possibilitando também uma
flexibilidade de operação sem ter que parar todo o sistema hidráulico.
O procedimento experimental tem como finalidade, observar as possíveis
associações de bombas que podem ser usadas em casos específicos ou para otimizar
um sistema hidráulico já existente. As possibilidades de associação são: bombas em
série ou em paralelo. Além disso, outro importante objetivo do experimento é observar
o comportamento dessas associações, identificando para cada situação e sua
respectiva necessidade, qual seria o modelo ideal a ser aplicado.
Capítulo 3. Materiais Utilizados

3 Materiais Utilizados

a. Cronômetro;

b. Reservatório externo;

c. Reservatório interno;

d. Bomba.
Capítulo 4. Procedimento experimental e resultados

4 Procedimento experimental e resultados

Utilizando o kit de associação de bombas em conjunto com a bancada de circulação de


água, foi ligado o fornecimento de água da bancada ao kit, formando o sistema do
experimento. O arranjo do sistema pode ser feito de três formas: bomba única, em
série ou paralelo.

Figura 1 – Kit utilizado para experimento

Como foi observado experimentalmente que a prática feita com mais de uma
bomba é semelhante a fazer com apenas uma bomba única e projetar os resultados
pra situações de associação, então o experimento feito em laboratório consta apenas
para uma única bomba. Dessa forma, foram coletados 4 pontos empíricos de volume,
tempo e pressão organizados na Tabela 1 abaixo.
Tabela 1 – Dados experimentais
Volume (m3) Tempo (s) Pressão (105
Pa)
0,01 20,43 0
0,01 24,78 2,4
0,01 58,75 4,2
- - 5,2

Através dos valores obtidos no experimento foi possível calcular a vazão (Q) e a
Capítulo 4. Procedimento experimental e resultados

perda de carga (H) para cada ponto utilizando as equações 1.1 e 1.2 a seguir, sendo
que para a última pressão medida, Q=0:
V
Q= (1.1)
t
Onde V é o volume observado experimentalmente, indicado na tabela 3.1;
e t o tempo cronometrado para alcançar o volume observado.
P
H= (1.2)
γ

Onde P é a pressão hidráulica, e γ é o peso específico da água, líquido utilizado.

Kg m2
Tal que: γ = ρg sendo ρ=1000 3 a densidade específica da água e g=9,81 a
m s
aceleração da gravidade. Após calcular os valores de Q e H, foram anotados na Tabela
2, para dessa forma plotar o gráfico da curva característica da bomba única.
Tabela 2 – Vazão e altura manométrica

m3
−4 H (m)
Q (10 )
s
0 53
1,7 42,81
4,03 24,46
4,89 0

Para determinar a curva da associação em paralelo, depois de conhecido os valores


para a bomba única foram dobrado os valores da vazão e se manteve as alturas H,
correspondentes para cada ponto. A partir desses dados, foi montada a tabela 3.

Tabela 3 – Dados da associação em paralelo

m3 H (m)
Q (10−4 )
s
0 53
3,4 42,81
8,06 24,46
9,78 0

Para a associação sem série de duas bombas idênticas, como visto em sala de aula,
os valores dobrados são os das alturas manométricas e se mantem a vazão
correspondente para cada ponto, os valores obtidos para formas a curva da
Capítulo 4. Procedimento experimental e resultados

associação em série estão presentes na tabela 4.

Tabela 4 – Dados da associação em série

m3 H (m)
Q (10−4 )
s
0 106
1,7 85,62
4,03 48,92
4,89 0

Além de traçar as curvas características das bombas associadas em série e em


paralelo, e a curva característica de uma única bomba, é também necessário traçar a
curva característica da tubulação (CCT), para isso foram fornecidos os seguintes
dados sobre a tubulação:
• Tubulação de sucção: 𝐿𝑠 = 12𝑚, 𝐷𝑠 = 25𝑚𝑚; (comprimento e diâmetro)
• Tubulação de recalque:𝐿𝑟 = 300𝑚, Lp = 80m, 𝐷𝑟 = 20𝑚𝑚; (comprimento e
diâmetro)
• 𝐶ℎ−𝑤 = 125 (coeficiente de rugosidade)
• 𝐻𝑔 = 10𝑚 (desnível entre reservatórios)

De posse de tais dados, foi utilizado o método de Hazen-Williams descrito pela seguinte
equação
1,85
10,65 .Q . Leq
H=Hg+
C 1,85 . D 4,87

Simplificando a equação com os valores conhecidos, temos

H=10+ 101,5 x 106 . Q1,85

Como temos pontos de vazão conhecidos, basta substituir esses pontos e encontrar os valores
de H correspondentes, os valores obtidos a partir dessa equação foram descritos na tabela 5.

Tabela 5 – Dados para construção da CCT

m3 H (m)
Q (10−4 )
s
0 10
Capítulo 4. Procedimento experimental e resultados

1,7 20,78
4,03 63,24
4,89 86,15

O gráfico 1 é referente as tabelas 2, 3, 4, 5. Nele, há a representação das curvas


características referente a uma bomba única, duas bombas associadas em série e em
paralelo.

Gráfico 1 – Curvas características plotadas

120

Bomba única
100 Polynomial (Bomba
única)
Altura manométrica (m)

Bombas em paralelo
80
Polynomial (Bombas
em paralelo)
60 Bombas em série
Polynomial (Bombas
em série)
40 CCT
Polynomial (CCT)
20 1
2
3
0
0 2 4 6 8 10 12
Vazão (*10-4m³/s)

A interseção da curva característica da tubulação com as curvas características de


cada associação de bomba nos dá o ponto de funcionamento para tal associação, a
partir do gráfico 1, obtemos os pontos de funcionamento presentes na tabela 6.

Tabela 6 – Pontos de funcionamento

Bomba única Asso. em Paralelo Asso. em Série


H (m) 37 46 52
Q (*10-4m³/s) 2,8 3,3 3,6
Capítulo 4. Procedimento experimental e resultados

O ponto 1 no gráfico é o ponto de funcionamento da bomba única, o ponto 2 é o ponto


de funcionamento referente a associação em paralelo e o ponto 3 é o ponto de
funcionamento das bombas associadas em série.
5 Conclusão

Durante esse experimento pudemos perceber a divisão de correntes que se dá em um


nó, e sua preferência pelo caminho com o menor valor de resistência. Percebemos
também que para associações de resistores em paralelo sua tensão será a mesma
qualquer que seja o valor dos resistores associados a ele enquanto sua tensão e
corrente n mudarem, assim seguindo as Leis de Ohm e Kirchhoff.
Capítulo 4. Procedimento experimental e resultados

6 Referências

NETTO, Azevedo e MARTINIANO, José. Manual de hidráulica. 8. Ed. São Paulo:


Edgard Blucher, 1998. 670p.

CAMILO, Santelmo. Entenda as diferenças de aplicação de bombas


hidráulicas. Disponível
em:<https://www.portaldosequipamentos.com.br/equipanews/cont/m/entenda-as-
diferencas-de-aplicacao-de-bombas-hidraulicas_14941_39>. Acesso em: 18 set. 2018.

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