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Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio

Prontuário: CV1720147; CV1720333


Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

1. Apresentação do caso

Água Limpa e Cristalina

A "Praia do Bonete", localizada no extremo sul do município de Ilhabela, é


considerada uma das dez praias mais bonitas do Brasil. O seu acesso não é tão
fácil: pode ser feito por mar a bordo, mas o jeito preferido dos turistas para chegar
ao Bonete é pela trilha de 12 km através do "Parque Estadual de Ilhabela", onde
termina a estrada de asfalto e leva os aventureiros por uma caminhada de,
aproximadamente, 3 a 6 horas até a praia, que costuma ser bastante frequentada
no verão.
Um grupo de 15 estudantes, formandos do curso Técnico em Química do
IFSP – Câmpus Capivari, resolve organizar uma excursão até a praia do Bonete
para comemorar suas formaturas. Os estudantes fretaram uma van, que os levariam
até o limite do asfalto, e, como bons aventureiros, é claro, o restante do caminho
seria caracterizado por desbravar a trilha do Bonete.
“Fim da linha, gente!” – gritou o motorista da van, acordando todo mundo.
“Logo alí na frente começa a trilha. Agora é com vocês!”.
“Ok! Bora, lá, gente!” – gritou Pedro.
“E aí, pessoal! Todo mundo preparado? Roupa confortável, tênis, protetor
solar, lanche, água, isotônico?” – pergunta Carlos.
"Sim!" – grita a maioria dos estudantes.
“Oxe… Isotônico?” – Pensa Rogério. “Hum… Eu não trouxe… Mas tenho 2
garrafinhas de água… Deve dar!”.
Os estudantes seguem o caminho observando as belezas do Parque. No
entanto, um aluno parece estar mais cansado do que os demais.
“Vamos, Rogério! Você está muito lerdo! Desse jeito não chegamos antes de
escurecer…” – adverte Carlos.
“Cara… Eu estou muito cansado… Tá muito quente e abafado que eu não
aguento mais de tanto que estou suando... E minha água está quase acabando...” –
responde Rogério, triste.
“Vamos dividir um pouco da nossa com você, mas, também, não temos
muita.” – responde o colega.
Cerca de 2 horas depois, todos os estudantes estavam exaustos, e todas as
garrafinhas de água estavam vazias. Um deles avista a cachoeira da lage, e todos
resolvem fazer uma parada para descansar um pouco.
“Gente, vamos beber a água da cachoeira! Está tão limpinha e cristalina…” –
convida Rogério.
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Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

“Não sei não… Beber água sem tratar não é uma boa ideia, né? E olha aqui,
tem restos de lanche jogados na margem, deve ser de outros trilheiros... E, ai,
credo! Aquelas coisas alí… Parecem excrementos de algum animal!” – indagou
incrédulo Carlos.
“Caramba! O pessoal joga lixo em uma cachoeira! E dentro de um Parque
Estadual… Isso é crime! “- Exclama Vivi chateada.
“Mas tá tão transparente… No programa ‘Largados e Pelados’, eles bebem
águas escuras, às vezes, só fervem…” – insiste Rogério, levando um pouco de
água ao rosto para se refrescar.
“Eu já assisti esse programa, muitas vezes os participantes passam mal por
causa da água…” – pondera Luís.
– "Ué, será que o Rogério não tá lembrado daquela aula que a professora
passou sobre o tratamento de água?" – cochicha Vivi com Érica.
– "Acho que não… Pelo que eu me lembre, ele faltou e acabou não
entendendo muito bem o conteúdo. Por isso que ele deve ta pensando que somente
ferver a água é o bastante" – responde Érica.
"Ah, é mesmo! E como eram os processos mesmo, Érica? Você se lembra?"
Durante o descanso Érica e Vivi chamam Rogério para fazerem uma
discussão sobre o processo de tratamento de água, mas Rogério cansado e
exausto parece estar um pouco distraído. Após 15 minutos de pausa, os estudantes
seguem caminho e Rogério desiste de beber a água da cachoeira. No entanto, após
mais 1 hora de caminhada, eles avistam um camping e ficam animados em poder
se reidratar.
“Gente! Gente! Tem um barzinho no camping, podemos comprar água
mineral!" – grita Luís.
“Mas o que que o Rogério está fazendo?” – indaga Carlos.
Enquanto os outros estudantes conversavam, Rogério estava bebendo água
direto de uma bica próximo à entrada do camping.
“Essa, sim, gente! Água mineral! E está fresquinha!” – exclama Rogério.
Os demais alunos resolvem não beber a água da bica, por não ter
informações se é uma fonte segura, contudo, compram garrafinhas de água no
barzinho do camping e após caminharem mais 1 hora chegam à pousada da Praia
do Bonete. Como já estava quase escurecendo e eles estavam muito cansados,
todos resolvem jantar e dormir cedo para poderem aproveitar a praia no outro dia.
No dia seguinte:
“Bom dia, Rogério! Bora levantar! Todo mundo já desceu para tomar café…”
– convida Vivi.
“Não sei não, Vivi… Acho que não estou me sentindo muito bem, não saí do
banheiro à noite toda e estou enjoado...”
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“Nossa Rogerio o que será que você tem? Será que foi a caminhada que te
deixou assim? O duro que aqui nessa Vila não tem hospital… Hum, já sei!
Minha tia Andrea é médica, vou chamar ela no Whatsapp e explicar o que
está acontecendo.”

Imagine que você seja Vivi e vá pedir ajuda à sua tia médica sobre o mal
estar de seu amigo, para isso reflita cuidadosamente sob o ponto de vista da
Química em toda a caminhada dele durante a trilha, relate a conversa de Whatsapp
entre as duas, no final a tia Andréa deve propor a doença que estaria afetando
Rogério.

2. Características do caso que justificam sua classificação como sendo um


“bom caso” segundo Herreid.
De acordo com os apontamentos de Herreid (1998), um caso explanado no
estudo de caso precisa conter determinadas características para ser considerado
um bom caso. Essas características, segundo o autor, tornam bom o caso pois:
– Conta uma história: é necessário que o enredo seja interessante,
contendo início, meio e fim (o fim não é totalmente acabado, pois é necessário que
os alunos o forneçam uma vez que o caso seja discutido), contendo, de alguma
forma, experiências que se aproximam da vida do estudante. O caso apresentado,
"Água Limpa e Cristalina", contempla essa característica, pois, apresenta uma
história que possui um início, com a excursão dos alunos pela trilha da Praia do
Bonete, um meio, com o desenrolar da trama durante a trilha, um fim em aberto,
com o aluno passando mal devido ao consumo de água não tratada e do auxílio de
sua colega perante às situação. Apresenta, também, situações de sobrevivência
presentes em programas de sobrevivência e em outros meios da cultura pop, que
possuem muita popularidade entre os jovens.
– Desperta o interesse pela questão: é importante que o caso possua
drama, suspense e uma questão central para que o aluno crie interesse pelo caso e
esqueça que ele é uma situação fictícia, isto é, que consiga identificar na história
pontos que consigam transformá-lo em algo real. O caso "Água Limpa e Cristalina
apresenta um enredo baseado no drama que o aluno Rogério passa durante a
viagem baseado em sua sede e na vontade de beber a água presente nas fontes ao
decorrer da trilha e, também, da possível doença que contraiu. Além disso, essa
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questão se assemelha com a realidade, pois a informação de que não deve se


beber água não potável é um fato presente na vida dos indivíduos desde a tenra
infância e que perpassa todo o percurso escolar;
– É atual: o caso, para ser considerado "real", precisa conter características
de um problema/situação recorrente para que o aluno sinta que é um problema
importante. Assim, o caso "Água Limpa e Cristalina" apresenta situações
decorrentes em mídias, como programas, filmes e séries que possuam alguma
temática de sobrevivência dentro da história, que são populares entre os jovens.
– Cria empatia com as personagens centrais: é importante que o caso
desperte a empatia no leitor, não somente para que aproxime a trama para o
cotidiano, mas também para que a tomada de decisão seja influenciada de alguma
forma. O caso "Água Limpa e Cristalina" apresenta personagens e situações que se
assemelham com o dia a dia do aluno, o que garante esse fator. Além disso, o
dilema do caso está presente na vida dos alunos no que se refere a analisar a
situação e desenvolver um planejamento para que não caia em tentações futuras,
causando demais problemas.
– Inclui diálogos: a história deve possuir um diálogo que se aproxime com a
realidade de quem lê, pois fará com que o leitor se aproxime do enredo e consiga
desenvolver o fator da empatia. O caso "Água Limpa e Cristalina" apresenta diálogo
entre adolescentes e, como uma boa conversa entre indivíduos dessa faixa etária,
apresenta a sua própria variação linguística, como gírias e a não utilização da
norma culta vigente da língua brasileira.
– É relevante para o leitor: um bom caso deve ser relevante para o aluno e
apresentar situações envolventes. Essa característica aperfeiçoa o fator da empatia.
O caso "Água Limpa e Cristalina" apresenta uma situação relevante para os alunos,
pois apresenta uma experiência que é permeada no senso coletivo, que é a
importância da hidratação e do não consumo de água imprópria. Esses assuntos
abordam conteúdos presentes nos currículos da área de ciências da educação
brasileira.
– Deve ter utilidade pedagógica: o caso apresentado precisa ser influente
na educação do aluno, sendo uma alternativa ao ensino padrão e tradicional. O
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caso "Água Limpa e Cristalina" tem utilização pedagógica embasada na sua trama
que se aproxima da realidade dos alunos e das situações da cultura pop, que é
amplamente difundida em programas com conteúdo de sobrevivência e em filmes e
séries com a mesma temática.
– Provoca conflito: um bom caso apresenta situações controversas que o
leitor, possivelmente, venha a discordar, provocando, então, um conflito entre a
história e quem a lê. O caso "Água Limpa e Cristalina" apresenta a situação de
ingestão de água não tratada, especificamente de fontes que, aparentemente, não
causariam maiores transtornos, mas que no senso coletivo engendra discordância
com a situação – uma vez que é do senso comum a não ingestão de água não
potável devido às suas possíveis complicações.
– Força uma tomada de decisão: é importante que haja uma situação de
urgência ou que possua certo grau de seriedade para que tome decisões e possa
resolver o problema, mesmo que o caso não possua dilemas. O caso "Água Limpa e
Cristalina" possui o dilema do aluno Rogério em querer beber das fontes naturais de
água presentes na trilha para saciar a sua sede. Além disso, há a possibilidade
infecção ou desidratação, que o mesmo aluno contraiu, após tomar decisões
equivocadas.
– Apresenta generalizações: o caso precisa ter aplicabilidade geral e não
apenas específica. O caso apresentado, "Água Limpa e Cristalina", possui uma
questão central que se aplica em diversas situações do cotidiano do indivíduo: a
ingestão de água não tratada e a falta de hidratação durante atividades físicas,
assim como suas possíveis consequências. A primeira questão pode ser expandida
para alimentos e quaisquer outros tipos de consumíveis, que devem passar pelos
meios de tratamentos ideais para serem consumidos sem causar maiores
problemas. A segunda questão se aplica às demais atividades físicas, que devem
ser praticadas com cuidado, para que não ocorra problemas de saúde.
– É curto: é imprescindível que o caso seja longo o bastante para introduzir
os acontecimentos, mas não tão longo ao ponto de ser entediante para o leitor,
apresentando um recorte do momento. O caso "Água Limpa e Cristalina"
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apresenta-se como curto, pois consegue explanar as situações em menos de duas


páginas.

3. Contextualização do assunto abordado, com justificativa da sua relevância;


Programas de sobrevivência são populares e atraem muitos fãs, porém,
existe um perigo quando os espectadores abraçam o que lhes é apresentado como
verdades, sem considerar se realmente estão lhes sendo mostrados conhecimentos
cientificamente validados. Contudo, a escola é um local ideal para que os
estudantes discutam conhecimentos apresentados pela mídia e possam julgá-los
como verdadeiros ou não. Para Sasseron e Carvalho (2012), a alfabetização
científica propõem um ensino de Ciências que não almeje tão somente a formação
de futuros cientistas, mas que seja capaz de fornecer subsídios para que os alunos
sejam aptos de compreender e discutir os significados dos assuntos científicos e os
apliquem em seu entendimento do mundo.
Desta maneira, tentamos recriar um cenário que remetesse a esses
programas de sobrevivência, mas que também fosse condizente com a realidade do
aluno. Nesse contexto, é possível trabalhar conceitos importantes relacionados à
água e ao meio ambiente, como a escassez de água potável para consumo humano
e como o processo para sua obtenção é complexo. Muitas vezes, jovens e crianças
brasileiros crescem em ambientes práticos, com água potável em abundância,
tornando-se algo trivial e quase infindável. É interessante que o aluno possa se
imaginar numa diferente realidade, na qual este recurso está acabando, e por mais
que hajam fontes naturais próximas, o consumo não é tão simples como parece,
podendo gerar problemas sérios de saúde.
A associação das atividades físicas à hidratação também contribui para uma
melhor compreensão da importância da água no organismo, fazendo com que o
aluno entenda a respeito das substâncias com maior concentração de eletrólitos,
como os isotônicos e seus efeitos.

4. Descrição da(s) disciplina(s) de cursos de graduação em química na(s)


qual(is) o caso pode ser aplicado: natureza (teórica/prática), ementa, número
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de créditos, referências bibliográficas principais adotadas, localização na


grade curricular do curso de graduação etc.);

Curso: Tecnologia em Processos Químicos


Instituição: IFSP – Câmpus Capivari
Disciplina: Química Geral Experimental
Semestre: 1º
Natureza: Prática
Carga Horária: 66,70
Ementa/Objetivos/Conteúdo Programático: Identificar e conhecer as estruturas
básicas de um laboratório de análise química, suas principais vidrarias e
equipamentos. Diferenciar e descrever vantagens e desvantagens do uso de água
potável, água destilada e deionizada. Aplicar técnicas de manuseio e transferência
de reagentes químicos, de pesagem, de aquecimento e de separação de misturas.
Determinar e estudar o caráter ácido, neutro ou básico das substâncias. Realizar
reações de precipitação e identificar o composto insolúvel. Preparar e converter
soluções em diferentes concentrações. Analisar a solubilidade, interpretar curvas de
solubilidade e compreender a condutividade das substâncias químicas. Cálculos de
Pureza. Aprender a relatar resultados de experimentos.
Referências Bibliográficas Principais Adotadas:
ATKINS, P & JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o
meio ambiente. 3ª ed., Porto Alegre, Ed. Bookman, 2006.
HARRIS, D.C. Análise Inorgânica Quantitativa. 7ª ed., Rio de Janeiro, Ed. LTC,
2011.
VOGEL, A. I. et al. Análise Inorgânica Quantitativa. Rio de Janeiro, Ed. LTC, 2011.

Curso: Tecnologia em Processos Químicos


Instituição: IFSP – Câmpus Capivari
Disciplina: Tratamento de Resíduos Industriais
Semestre: 6º
Natureza: Teórica
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

Carga Horária: 33,30


Ementa/Objetivos/Conteúdo Programático: Dominar conceitos básicos de
poluição química com ênfase na biota aquática. Interpretar parâmetros físicos,
químicos e biológicos presentes na legislação pertinente. Aprender a selecionar o
processo de tratamento de efluentes em função da qualidade do rejeito a ser
tratado. Terminologia. Resíduos e rejeitos. Qualidade da água. A água na natureza.
Usos da água. Requisitos da qualidade da água. Poluentes prioritários.
Desreguladores endócrinos. Transporte de poluentes na natureza.Caracterização
física, química e biológica de efluentes industriais. Poluentes prioritários mais
comuns na indústria química. Normas e procedimentos de amostragem. Parâmetros
físicos, químicos e biológicos abordados pela Legislação Estadual (Artigo 18 da
CETESB) e Federal (Resoluções CONAMA). Processos de tratamento de efluentes
líquidos. Tratamentos físico-químicos de efluentes. Coagulação. Floculação.
Neutralização. Oxidação/redução. Trocadores iônicos. Microfiltração. Nanofiltração.
Ultrafiltração. Osmose reversa. Reatores biológicos. Processos de tratamento de
efluentes gasosos.Tratamento de resíduos sólidos. Reciclagem. Disposição em
aterros industriais. Incineração de sólidos e líquidos.
Referências Bibliográficas Principais Adotadas:
DEZOTTI, M. Processos e Técnicas para o Controle Ambiental de Efluentes
Líquidos. 1ª Edição, Rio de Janeiro: E-papers, 2008.
CURSO de gestão ambiental. 2. ed. Barueri: Manole, 2014. 1045 p. (Ambiental ;
v.13).
VALLE, C. E. Meio Ambiente: Acidentes, Lições, Soluções. 4ª Edição, São Paulo:
Editora Senac, 2009

Curso: Bacharelado em Química – Integral


Instituição: UNICAMP
Disciplina: Química Ambiental e do Solo
Semestre: 4º
Natureza: Teórica
Carga Horária/Créditos: 04 créditos
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

Ementa/Objetivos/Conteúdo Programático: Química dos solos, águas e


atmosfera. Poluição ambiental: prevenção e processos de tratamento (remediação).
Reações químicas e processos de interesse para a saúde humana nas águas, nos
solos e na atmosfera. Legislação e poluição ambiental.
Referências Bibliográficas Principais Adotadas: indisponível

Curso: Licenciatura em Química – Integral


Instituição: USP
Disciplina: Química do Meio Ambiente
Semestre: 6º
Natureza: Teórica
Carga Horária/Créditos: 04
Ementa/Objetivos/Conteúdo Programático:
Ecossistemas, ciclos da matéria, impacto humano e poluição, ecologia industrial e
química verde, química das águas, poluição e tratamento de águas, química
atmosférica e mudança climáticas, solo e agricultura
Referências Bibliográficas Principais Adotadas:
S. E. MANAHAN – Environmental chemistry, 8º ed. CRC Press 2005.
B. COLIN ‐ Química Ambiental, Bookman.

Curso: Licenciatura em Química


Instituição: IFSP – Câmpus Matão
Disciplina: Química Geral I
Semestre: 1º
Natureza: Teórica/Prática
Carga Horária: 95,00 h
Ementa: O componente curricular introduz os conhecimentos relacionados à
linguagem química, sua representação e significado e trata de conceitos básicos da
química geral que permitem relacionar a constituição e a estrutura da matéria com
suas propriedades e suas transformações. A disciplina apresenta os aspectos gerais
do laboratório de química, enfatizando normas e condutas de segurança, discutindo
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

aspectos ambientais relacionados aos produtos e resíduos químicos, introduzindo o


conhecimento de instrumentação, técnicas e procedimentos básicos de laboratório e
consolidando conceitos fundamentais da química geral através de práticas
relacionadas aos temas estudados. A disciplina contempla discussões acerca da
importância da química para o exercício da cidadania, da educação ambiental e
para o desenvolvimento sustentável. Relaciona, através da prática como
componente curricular, os conhecimentos em química com atividades formativas
que promovam experiências e reflexões próprias ao exercício da docência.
Referências Bibliográficas Principais Adotadas:
ATKINS, P.; LORETTA, J. Princípios de química: questionando a vida moderna e o
meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
BROWN, T. L. et al. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Makron Books,
2005.
RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2005. vol. 1.
RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2005. vol. 2.
TRINDADE, D. F.; OLIVEIRA, F. P.; BANUTH, G. S. L.; BISPO, J. G. Química básica
experimental. 4. ed. São Paulo: Ícone, 2010.

Curso: Bacharelado em Química


Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Disciplina: Química Ambiental
Semestre: 7º
Natureza:
Carga Horária/Créditos: 04
Ementa: Conceito de Química Ambiental. Poluentes orgânicos: pesticidas e
hidrocarbonetos de petróleo. Aspectos toxicológicos. Ambiente aquático: nutrientes,
sedimento, metais e especiação química. Tratamento de águas. Química dos solos.
Classificação e tratamento de resíduos. Química da Atmosfera.
Referências Bibliográficas Principais Adotadas:
BAIRD, C.; Química Ambiental, 2aed., Bookman, 2002.
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

BERNER, K. E. & BERNER, R.; Global Environment. Water, Air, and Geochemical
Cycles, New Jersey: Prentice-Hall, 1996.
REEVE, R. N.; Environmental Analysis, UK: John Wiley & Sons Ltd., 1999.
MANAHAN, S. E.; Environmental Chemistry, 6th ed., Florida: CRC Press, 1994.
KILLOPS, S. D.; An Introduction to Organic Geochemistry, NY: John Wiley & Sons,
1993.
ABNT.; Guia para expressão da incerteza de medição, 2 ed, Rio de Janeiro: ABNT,
1998.

Curso: Bacharelado em Química


Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Disciplina: Química do Meio Ambiente
Semestre: Disciplina Optativa/A Qualquer Semestre
Natureza: Teórica
Carga Horária/Créditos: 02
Ementa: Composição e transformações químicas principais do ar, água e solo. A
natureza, a formação e as reações dos causadores da poluição.
Referências Bibliográficas Principais Adotadas: indisponível

5. Considerações sobre a possibilidade de uso direto ou de adaptação do caso


para aplicação no ensino médio;
É possível a aplicação do caso tanto no ensino superior quanto no ensino
médio. Contudo, para aplicação no ensino médio, vê-se necessário analisar o perfil
da turma, ou seja, se os alunos possuem autonomia para a realização de pesquisas,
se já desenvolveram Atividades Baseadas em Problemas (ABP) etc... Se o
professor julgar necessário, pode-se adaptar o caso direcionando os alunos para
resolução do problema proposto sugerindo questões. A proposta poderia, por
exemplo, ser dada como:
“Agora é com você: Imagine que você seja Vivi e vá pedir ajuda a sua tia
médica sobre o mal estar de seu amigo. Para isso, reflita cuidadosamente sob o
ponto de vista da Química em toda a caminhada de Rogério durante a trilha,
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

observe suas posturas e atitudes em relação a de seus colegas, relate tudo nesta
mensagem para ajudar sua tia a descobrir quais problemas de saúde poderiam
estar acometendo Rogério. Para lhe auxiliar no entendimento, primeiramente, faça
uma pesquisa para responder às seguintes questões:
● Qual a relação entre a prática de atividades físicas, o consumo de
água e de isotônicos?
● Existe alguma forma segura para se consumir água diretamente de
fontes naturais? Se você acredita que sim explique qual seria o
procedimento e se você acredita que não explique o porquê.
● É seguro consumir água de bicas? Por quê?
Respondendo essas questões, o aluno teria um ponto de partida para sua
reflexão, ou seja, o roteiro sobre conceitos necessários a serem trabalhados para a
possível resolução do caso.

6. Fontes de inspiração;
A principal fonte de inspiração foram os programas de sobrevivência
"Largados e Pelados" e "Casal Selvagem", do canal Discovery Channel. No primeiro
programa, a cada semana um homem e uma mulher são levados a um dos
ambientes de clima mais extremo do mundo onde ficam expostos durante 21 dias,
pois são deixados sem comida, água e roupas. No caso do segundo programa, um
casal é deixado na selva com apenas uma faca.
Como outra inspiração, refletimos acerca da excursão que os alunos do IFSP
– Câmpus Capivari realizam anualmente para Angra dos Reis – RJ, em que
realizam trilhas e vão à praia durante a viagem. O caso "Água Limpa e Cristalina" se
assemelha a esta experiência.
Assim, pesquisou-se um local no qual o estudante pudesse se imaginar
aventurando-se e descobrindo o caminho que os turistas trilham no "Parque
Estadual de Ilhabela" para chegarem na Praia do Bonete. O local revelou-se
interessante para se desenvolver o caso, pois, além de ser um local de difícil
acesso, é rodeado de fontes de água.
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
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Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

7. Conhecimentos não específicos de química passíveis de serem abordados,


com a respectiva justificativa;
O caso "Água Limpa e Cristalina" abre possibilidades de abordagem de
conteúdos que transcendem apenas e estritamente os conhecimentos específicos
de química.
– Biologia: como a história do caso apresenta uma trilha em um parque
estadual, é um cenário adequado para a inserção de conteúdos de ecologia, como
fauna e flora local (mata atlântica) e preservação ambiental (relacionando com
espécies ameaçadas de extinção e ações de preservação do meio ambiente). Ao
conhecer esses aspectos, o aluno pode compreender a importância das questões
de preservação ambiental;
– Geografia: a história se passa em um local turístico, que é diferente de
onde o aluno reside. Nesse caso, é possível abordar as características geográficas
do local, como clima, tempo, relevo, solo e relações antrópicas. Essa abordagem
pode ser um artifício para que os alunos conheçam e se apropriem de outros locais,
uma vez que nem todos possuem condições de realizar viagens;
– Educação Física: o caso se passa em uma trilha realizada pelos alunos.
Há a possibilidade de ser abordada a importância da atividade física, como
caminhadas, trilhas etc...Criar essa discussão possibilita uma reflexão quanto à
manutenção da saúde por meio de atividade física, alterando a ideia de que para ser
saudável apenas necessita-se de academias e garantindo o pensamento de que
exercícios ao ar livre possibilitam uma maior interação e conhecimento do ambiente
pelo aluno;
– Legislação: por se tratar de um local turístico presente em área de
preservação ambiental, torna possível a inserção de questões legislativas no caso.
Como trata-se da Mata Atlântica, bioma que teve sua área gravemente reduzida, é
importante que o aluno conheça as leis que preservam essa área para que possa se
apropriar da sua importância. No caso, a lei que pode ser estudada é a Lei n.
11.428/2006, mais conhecida como a "Lei da Mata Atlântica", dispõe sobre a
utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica;
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
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– Política: embasada no item anterior, essa área pode ser abordada perante
as atuais ações que estão sendo tomadas na seara política sobre os interesses
nesse e em outros biomas. Esse item se justifica na formação do aluno para o
exercício de sua cidadania, em que é importante que tenha conhecimento e visão
crítica das políticas que estão sendo instituídas em relação às questão ambiental.
– Sociologia: essa área do conhecimento pode ser abordada no que diz
respeito às questões sociais locais, como socioeconômica e sociopolítica. Essas
reflexões contribuem para a formação da cidadania do aluno, uma vez que ele pode
interpor na sua localidade ao aprender tais conceitos por meio do caso.

8. Conhecimentos específicos de química passíveis de serem abordados, com


a respectiva justificativa;
Baseando-se nos conhecimentos específicos de química abordados pelos
documentos normativos Matriz Curricular de Química do Estado de São Paulo
(2016), na Base Nacional Comum Curricular (2018) e no Currículo Paulista para o
Ensino Médio (2020), o estudo de caso "Águas Limpas e Cristalinas" é passível de
abordar os seguintes conhecimentos:
– Materiais e Suas Propriedades: Água e seu consumo pela sociedade;
propriedades da água para consumo humano; água pura e água potável;
parâmetros de qualidade da água; composição das águas naturais; potabilidade da
água para consumo humano; uso e preservação da água no mundo; fontes
causadoras de poluição da água; processos industriais que permitem a potabilidade
da água (filtração, flotação, cloração e correção de pH). Como o caso trata da
ingestão de água imprópria para o consumo, é importante que o aluno conheça a
importância da água e de seu consumo pela sociedade, quais as suas propriedades
e as características para dizer que uma água é ou não potável. Além disso, saber as
características das águas das fontes naturais, as questões de preservação das
fontes de água no mundo, bem como os agentes de poluição da água e seu
tratamento são imprescindíveis nesse estudo de caso.
– O que o ser humano introduz na atmosfera, hidrosfera e biosfera:
Poluição, perturbações da biosfera, ciclos biogeoquímicos e desenvolvimento
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
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Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

sustentável; poluição das águas por efluentes urbanos, domésticos, industriais e


agropecuários perturbação da biosfera pela produção, uso e descarte de materiais e
sua relação com a sobrevivência das espécies vivas; ciclos biogeoquímicos e
desenvolvimento sustentável; poluição das águas por detergentes, praguicidas,
metais pesados e outras causas, e contaminação por agentes patogênicos; ciclo da
água e suas interrelações com os ciclos do nitrogênio, do oxigênio e do gás
carbônico; Química ambiental (políticas ambientais, parâmetros qualitativos e
quantitativos). Com o estudo de caso, é possível que os conteúdos de poluição e
contaminação da água sejam trabalhados. Como a história do caso trata da
ingestão da água não potável, é importante que o aluno compreenda quais os
aspectos que tornam a água imprópria para o consumo (poluição e contaminação) e
quais as suas consequências. Além do mais, tratar da interdependência do ciclo da
água e dos outros ciclos biogeoquímicos é de suma importância, uma vez que a
água está relacionada com todos os outros ciclos.
– Propriedades Estruturais: compostos moleculares e de compostos
iônicos; compostos orgânicos (funções orgânicas: estrutura, propriedades e
características para a saúde humana); conceito de substância pura e mistura;
conceitos de solução e como prepará-las, substância molecular, ligações de
hidrogênio, polaridade e solvente. Como a água é o tema central deste estudo de
caso, é imprescindível que os alunos conheçam o que é uma substância pura e uma
mistura por meio da água, quais os componentes presentes na água potável e suas
propriedades químicas.

9. Etapas de aplicação do caso;


O caso poderá ser estudado em 6 etapas/aulas, com duração de 50 minutos
cada.
– Aula 1: pedir para que os alunos se organizem em grupos de quatro ou
cinco integrantes. Com os grupos formados, pode-se distribuir o texto da
apresentação do caso e lhes dar 10 minutos para sua leitura. Posteriormente,
pode-se fazer uma revisão sobre os aspectos químicos e físicos da água através de
um mapa conceitual, a ser construído coletivamente;
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
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– Aula 2: pode-se introduzir, em uma aula dialogada, o tema sobre fontes


naturais de água, poluição aquática, tratamento de água, o ciclo da água e sua
relação com os demais ciclos biogeoquímicos, a legislação que engloba esse
assunto e a importância da hidratação e da utilização de isotônicos. Para isso,
pode-se utilizar slides e vídeos. Nesta etapa, é interessante que, se possível, haja a
visita em alguma estação de tratamento de água local para que os alunos
conheçam na prática os processos de potabilidade da água.
– Aula 3: o docente poderá usar recursos audiovisuais para promover uma
discussão sobre a Mata Atlântica, impactos antrópicos e a legislação de
conservação ambiental;
– Aulas 4 e 5: os alunos serão direcionados para o laboratório de informática
e biblioteca para trabalharem elaborarem a resolução do caso, por meio de
pesquisa. O professor atuará como mediador, sugerindo alguns sites específicos
como fonte dos temas abordados. No caso do Ensino Médio, nessa etapa poderão
ser apresentadas as questões do item 5 deste roteiro, que servirão de
direcionamento;
– Aula 6: os alunos deverão apresentar a solução encontrada para o caso.
Como a proposta é um diálogo, dois alunos poderão dramatizá-lo para a turma.

10. Materiais didáticos necessários para a aplicação do caso (listas de


exercícios/tabelas ou gráficos informativos, etc.);
Para a aplicação do estudo de caso, primeiramente, é necessário que se
entregue cópias do caso para os integrantes dos grupos. Será preciso, também,
projetor multimídia e caixas de som para reprodução dos vídeos sobre os seguintes
assuntos:
– Mapa Conceitual: a realização do mapa conceitual pode ser feita por meio
do aplicativo livre CMapTools ou na lousa ;
– Água: apresentação dos vídeos "O Uso Racional da Água" da Agência
Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e "Água: produção, consumo e
desperdício" da TV Senado; apresentação das Lei das Águas (Lei n. 9.433/1997);
apresentação das resoluções do CONAMA sobre a potabilidade da água; visita
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técnica às estações de tratamento do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de


Capivari (SAAE), da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de
Campinas (SANASA) e/ou do Museu da Água de Piracicaba;
– Mata Atlântica: apresentação do documentário "A Mata Atlântica e os Ciclos
da Vida", e uma leitura breve dos principais pontos da Lei n. 11.428/2006, que
dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e
dá outras providências;
– Hidratação e Isotônicos: leitura dos artigos "Conhecimento e Utilização de
Bebidas Isotônicas por Praticantes de Atividade Física" de Sá (2014) e "Hidrate-se:
um olhar sobre os exercícios físicos e as bebidas isotônicas" de Godoi, Gondo e
Siqueira (2015);
– Pesquisa: para a realização da pesquisa, pode-se utilizar computadores,
smartphones ou a biblioteca da escola. Alguns sites de pesquisa podem ser
sugeridos, como o da ANA e do ((O))Eco sobre questões de água, meio ambiente e
preservação ambiental. Para pesquisa bibliográfica pode-se sugerir aos alunos o
livro "Química Ambiental" de Spiro e Stigliani, deve-se consultar a disponibilidade na
biblioteca da respectiva escola.

11. Habilidades/atitudes passíveis de serem contempladas com a aplicação do


caso;
As habilidade/atitudes que a aplicação deste estudo de caso pode
contemplar, baseando-se na Base Nacional Comum Curricular (2018) e no Currículo
Paulista para o Ensino Médio (2020) são:
– Refletir sobre o significado do senso comum de água “pura” e água potável;
– Interpretar dados relativos ao critério brasileiro de potabilidade da água e
interpretá-los no cotidiano;
– Avaliar a qualidade de diferentes águas por meio da aplicação do conceito
de concentração;
– Investigar e analisar os efeitos de programas de infraestrutura e demais
serviços básicos, como o saneamento e atendimento primário à saúde, e identificar
necessidades locais e/ou regionais em relação a esses serviços, a fim de avaliar
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e/ou promover ações que contribuam para a melhoria na qualidade de vida e nas
condições de saúde da população;
– Identificar e explicar os procedimentos envolvidos no tratamento da água;
– Aplicar conceitos de separação de misturas, de solubilidade e de
transformação química para compreender os processos envolvidos no tratamento
da água para consumo humano;
– Reconhecer problemas relacionados à qualidade da água para consumo;
– Avaliar a necessidade do uso consciente da água, interpretando
informações sobre o seu tratamento e consumo e valorizar o uso responsável da
água levando em conta sua disponibilidade e os custos ambientais e econômicos
envolvidos em sua captação e distribuição;
– Analisar questões socioambientais, políticas e econômicas relativas à
dependência do mundo atual em relação aos recursos não renováveis e discutir a
necessidade de introdução de alternativas e novas tecnologias energéticas e de
materiais;
– Reconhecer agentes poluidores de águas (esgotos residenciais, industriais
e agropecuários, detergentes, praguicidas);
– Reconhecer perturbações na biosfera causadas pela poluição de águas e
do ar, além de outras ocasionadas pelo despejo direto de dejetos sólidos;
– Analisar os ciclos biogeoquímicos e interpretar os efeitos de fenômenos
naturais e da interferência humana sobre esses ciclos, para promover ações
individuais e/ou coletivas que minimizem consequências nocivas à vida;
– Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos
nos seres vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da
vida, nos ciclos da matéria e nas transformações e transferências de energia,
utilizando representações e simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de
dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade
virtual, entre outros).
– Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, resultados de
análises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou interpretando textos,
gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações, por meio
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de diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação


(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas científicos
e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental, além de utilizar a
criatividade para tal feito;
– Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar
instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados
e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no
enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica;
– Organizar conhecimentos e aplicá-los para avaliar situações-problema
relacionadas a desequilíbrios ambientais e propor ações que busquem minimizá-las
ou solucioná-las;
– Discutir a importância da preservação e conservação da biodiversidade,
considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e avaliar os efeitos da ação
humana e das políticas ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta;
– Identificar, analisar e discutir vulnerabilidades vinculadas às vivências e aos
desafios contemporâneos aos quais as juventudes estão expostas, considerando os
aspectos físico, psicoemocional e social, a fim de desenvolver e divulgar ações de
prevenção e de promoção da saúde e do bem-estar;
– Compreender a importância da hidratação no organismo humano, as
consequências da má hidratação e da otimização de tal hidratação por meio de
isotônicos;
– Exercer a pesquisa crítica de conteúdos em diferentes fontes de referência;

12. Estabelecimento de relações entre as etapas de aplicação do caso e os


conhecimentos/habilidades e atitudes contempladas;
– Aulas 1 e 2: nessas aulas, que consistirão na leitura do caso, na revisão de
conceitos químicos ao criar um mapa conceitual, nas legislações e impactos
ambientais relacionados às água, como também hidratação do organismo e o
consumo de isotônicos, os conhecimentos atrelados são os dos grupos "Materiais e
Suas Propriedades" e "Propriedades Estruturais". Já as habilidades e atitudes
relacionadas a essas duas aulas são: Refletir sobre o significado do senso comum
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de água “pura” e água potável ;Interpretar dados relativos ao critério brasileiro de


potabilidade da água e interpretá-los no cotidiano; Avaliar a qualidade de diferentes
águas por meio da aplicação do conceito de concentração; Identificar e explicar os
procedimentos envolvidos no tratamento da água; Aplicar conceitos de separação
de misturas, de solubilidade e de transformação química para compreender os
processos envolvidos no tratamento da água para consumo humano; Reconhecer
problemas relacionados à qualidade da água para consumo; Avaliar a necessidade
do uso consciente da água, interpretando informações sobre o seu tratamento e
consumo e valorizar o uso responsável da água levando em conta sua
disponibilidade e os custos ambientais e econômicos envolvidos em sua captação e
distribuição; Reconhecer agentes poluidores de águas (esgotos residenciais,
industriais e agropecuários, detergentes, praguicidas); Reconhecer perturbações na
biosfera causadas pela poluição de águas e do ar, além de outras ocasionadas pelo
despejo direto de dejetos sólidos; Compreender a importância da hidratação no
organismo humano, as consequências da má hidratação e da otimização de tal
hidratação por meio de isotônicos; Analisar os ciclos biogeoquímicos e interpretar os
efeitos de fenômenos naturais e da interferência humana sobre esses ciclos, para
promover ações individuais e/ou coletivas que minimizem consequências nocivas à
vida;
– Aula 3: nessa aula, que tratará de assuntos voltados ao meio ambiente, às
preservação ambiental e do bioma da Mata Atlântica, os conhecimentos do grupo "O
que o ser humano introduz na atmosfera, hidrosfera e biosfera" são, aqui,
trabalhados. As habilidade e atitudes contempladas são: Reconhecer agentes
poluidores de águas (esgotos residenciais, industriais e agropecuários, detergentes,
praguicidas); Reconhecer perturbações na biosfera causadas pela poluição de
águas e do ar, além de outras ocasionadas pelo despejo direto de dejetos sólidos;
Interpretar e explicar os ciclo da água e a sua relação com os ciclos do nitrogênio,
do oxigênio e do gás carbônico; Organizar conhecimentos e aplicá-los para avaliar
situações-problema relacionadas a desequilíbrios ambientais e propor ações que
busquem minimizá-las ou solucioná-las; Identificar, analisar e discutir
vulnerabilidades vinculadas às vivências e aos desafios contemporâneos aos quais
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
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as juventudes estão expostas, considerando os aspectos físico, psicoemocional e


social, a fim de desenvolver e divulgar ações de prevenção e de promoção da saúde
e do bem-estar; Investigar e analisar os efeitos de programas de infraestrutura e
demais serviços básicos, como o saneamento e atendimento primário à saúde, e
identificar necessidades locais e/ou regionais em relação a esses serviços, a fim de
avaliar e/ou promover ações que contribuam para a melhoria na qualidade de vida e
nas condições de saúde da população; Avaliar e prever efeitos de intervenções nos
ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos e no corpo humano, com base nos
mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas transformações e
transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais fatores,
com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de
simulação e de realidade virtual, entre outros); Discutir a importância da
preservação e conservação da biodiversidade, considerando parâmetros qualitativos
e quantitativos, e avaliar os efeitos da ação humana e das políticas ambientais para
a garantia da sustentabilidade do planeta;
– Aulas 4 e 5: essas aulas se basearão na pesquisa para a resolução do
estudo de caso, os conhecimentos aplicados dizem respeito a todos os blocos
anteriores, uma vez que os alunos precisarão ter esses conteúdos para realizar uma
pesquisa efetiva. As habilidades e atitudes que esse momento propicia são: Exercer
a pesquisa crítica de conteúdos em diferentes fontes de referência; Construir
questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados
experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações-problema sob uma perspectiva científica
– Aula 6: nessa aula, que consiste na apresentação do resultado do caso, os
conhecimentos aqui serão aqueles que o aluno conseguiu introjetar, que pertencem
aos blocos anteriores. A habilidade que pode ser atribuída a esse momento é:
Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, resultados de análises,
pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou interpretando textos, gráficos,
tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de
diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
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(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas científicos


e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental, além de utilizar a
criatividade para tal feito.

13. Resoluções (pelo menos duas) sugeridas para o caso, com as respectivas
fundamentações teóricas;
Para resolução do caso, o aluno primeiramente deve refletir sobre a
composição da água. A água é uma substância formada por dois átomos de
hidrogênio e um átomo de oxigênio (H2O). Esses elementos unem-se graças às
ligações chamadas de covalentes, que são caracterizadas pelo compartilhamento
de elétrons presentes na última camada eletrônica para adquirir estabilidade. A
molécula da água é angular, e o ângulo formado entre os átomos é de 104,5 graus.
Essa angulação, que garante polaridade a molécula, e a sua facilidade para formar
ligações de hidrogênio, faz com que a água seja um dos principais solventes
existentes no planeta.
A água é vital para a existência da vida, sem ela não existe nenhuma forma
de vida neste Planeta. O nosso organismo, assim como todos os demais seres
vivos, é formado em sua maior parte por água, assim a ingestão desse líquido deve
ser constante, pois é constantemente excretada para o meio externo. No entanto, a
água potável consumida pelas pessoas não é uma substância pura formada
somente por moléculas H2O, mas sim uma mistura dessas moléculas e também de
íons, os chamados sais minerais.
A trilha para acessar a Praia do Bonete tem cerca de 12 km, ou seja, é uma
atividade física exigente, além do calor excessivo da época do ano. A hidratação é
importante em diversos momentos do treinamento ou da competição, dependendo
assim das necessidades individuais de macro e micronutrientes, da duração do
exercício, do clima, e do desgaste orgânico ocasionado por cada modalidade
esportiva específica, influenciando diretamente no desempenho, no equilíbrio
hidroeletrolítico e na manutenção da temperatura corporal. As bebidas isotônicas
repõem as perdas ocorridas pela transpiração, de água, eletrólitos e sais minerais,
mantendo o equilíbrio hidroeletrolítico do corpo (CAVALCANTE; COSTA, 2017).
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
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Assim, diante de uma caminhada longa, para conservar a saúde do organismo,


vê-se necessário para a auxiliar na hidratação o consumo também de bebidas
isotônicas.
Quando a água eliminada pelo organismo através da respiração, suor, urina,
fezes e lágrimas não for reposta adequada, pode ocorrer a Desidratação, uma
doença potencialmente grave que se caracteriza pela baixa concentração não só de
água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de
impedir que ele realize suas funções normais (BRUNA, 2020). Os sintomas da
desidratação podem incluir: dor de cabeça, sonolência, tonturas, fraqueza, diarréia,
cansaço e aumento da frequência cardíaca.
O segundo fator a ser considerado é o consumo da Água Bruta, direto da
natureza sem tratamento prévio. Quando se retira água de uma fonte e a colhe em
um copo transparente, por sua aparência, pode-se julgar ter nas mãos um copo de
água pura e própria para consumo. A análise visual, nesses casos, não basta para
fazermos tal afirmação. Teria-se que realizar análises químicas e, assim, averiguar a
existência, em pequenas quantidades, de outras substâncias químicas nela
dissolvidas. Portanto, o processo de tratamento de água é complexo, não basta
apenas “ferver” a água, como muitas vezes é mostrado nos programas de
sobrevivência, pois, esse processo apenas mata alguns organismos vivos, restando
os demais componentes como metais pesados e outras substâncias que podem ser
prejudiciais à saúde – além de que, dependendo do período que a água é aquecida,
nem todos os patógenos são eliminados.
As estações de tratamento usam filtros e vários produtos químicos para
limpar a água, que sai pelas torneiras das casas. O processo convencional de
tratamento de água é dividido em fases. Em cada uma delas existe um rígido
controle de dosagem de produtos químicos e acompanhamento dos padrões de
qualidade. De acordo com a companhia de tratamento de água Sabesp essas
etapas são:
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1. marcador Pré-cloração – Primeiro, o cloro é adicionado assim que a


água chega à estação. Isso facilita a retirada de matéria orgânica e
metais.
2. marcador Pré-alcalinização – Depois do cloro, a água recebe cal ou
soda, que servem para ajustar o pH* aos valores exigidos nas fases
seguintes do tratamento.
3. Fator pH – O índice pH refere-se à água ser um ácido, uma base, ou
nenhum deles (neutra). Um pH de 7 é neutro; um pH abaixo de 7 é
ácido e um pH acima de 7 é básico ou alcalino. Para o consumo
humano, recomenda-se um pH entre 6,0 e 9,5.
4. marcador Coagulação – Nesta fase, é adicionado sulfato de alumínio,
cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta
da água. Assim, as partículas de sujeira ficam eletricamente
desestabilizadas e mais fáceis de agregar.
5. marcador Floculação – Após a coagulação, há uma mistura lenta da
água, que serve para provocar a formação de flocos com as partículas.
6. marcador Decantação – Neste processo, a água passa por grandes
tanques para separar os flocos de sujeira formados na etapa anterior.
7. marcador Filtração – Logo depois, a água atravessa tanques
formados por pedras, areia e carvão antracito. Eles são responsáveis
por reter a sujeira que restou da fase de decantação.
8. marcador Pós-alcalinização – Em seguida, é feita a correção final do
pH da água, para evitar a corrosão ou incrustação das tubulações.
9. marcador Desinfecção – É feita uma última adição de cloro no líquido
antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela garante que a água
fornecida chegue isenta de bactérias e vírus até a casa do consumidor.
10. marcador Fluoretação – O flúor também é adicionado à água. A
substância ajuda a prevenir cáries.
Assim como o consumo de águas da superfícies de rios e cachoeiras não é
seguro, o consumo de água de “bicas” não monitoradas também o é, visto que, toda
contaminação da superfície do solo pode se infiltrar e contaminar o lençol freático.
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Apesar da bica do texto estar localizada em um Parque Estadual, existe atividade


humana muito próxima, um dos fatores que podem ocasionar a contaminação.
Segundo a OMS cerca de 85% das doenças conhecidas são de veiculação
hídrica ou alimentar relacionadas à água ou a alimentos contaminados. As doenças
de veiculação hídrica e alimentar são causadas principalmente por microrganismos
patogênicos de origem entérica, animal ou humana, transmitidos basicamente pela
via fecal-oral, excretados nas fezes de indivíduos infectados e ingeridos na forma de
água ou alimento contaminado com fezes. Leptospirose, Cólera e Hepatite A são
algumas das doenças que podem ser causadas pela água de esgoto não tratada.
Para que o aluno escreva a mensagem que ajudará a médica a descobrir o
problema de Rogério, espera-se que trabalhe nesses principais conceitos, que
relacionam a água à atividade humana, comparando todas as atitudes da
personagem em relação a dos outros alunos que não ficaram doentes. Rogério não
se hidratou como os outros porque não consumiu isotônico, então no momento da
pausa ele já aparentava sinais de desidratação e depois, ele tomou a água da bica,
a qual não se sabia se era confiável, o que pode tê-lo deixado doente.

Exemplo de soluções do caso:

O caso pode ser solucionado, basicamente, de duas formas: a primeira, o


mal estar da personagem é caracterizado pela sua desidratação intensa, e, a
segunda pelo consumo de água contaminada por patógenos e outras substâncias
tóxicas.

Vivi: Oi tia Andrea, tudo bem com a senhora?


Andrea: Oi Vivi, estou bem e você? Sua mãe disse que você ia viajar esse
fim de semana….
Vivi: Sim, é verdade… Estou na Praia do Bonete em Ilhabela, não sei se a
senhora conhece. Tivemos um longo caminho de trilha até chegar aqui na praia,
porque não tem acesso de carro.
Andrea: Que legal Vivi, já ouvi falar sim, morro de vontade de ir aí.
Vivi: Sim, tia, vale a pena, o lugar é lindo, mas estou um pouco triste…
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
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Andrea: Nossa… Mas por quê?


Vivi: Não sei se a senhora lembra do Rogerinho aqui do IF. Então, ele
acordou hoje muito doente nem quer ir na praia. Como a Vila aqui é pequena e não
tem hospital, eu queria pedir sua ajuda sobre o que devemos fazer…
Andrea: Hum, mas só ele está doente?
Vivi: Sim, só ele.
Andrea: O que ele está sentindo?
Vivi: Então, eu fui acordá-lo mas ele não quis sair da cama, está enjoado e
disse que está com diarréia.
Andrea: Então, como só ele que está doente… Você estava perto dele
durante a trilha? Me conta se observou alguma atitude diferente de vocês.
Vivi: Sim, eu estava… Ele estava mais cansado do que a gente durante a
trilha, como ele não levou isotônico , a água dele acabou logo, então tivemos que
dar um pouco da nossa.
Andrea: Realmente, a hidratação é importante em caminhadas, porque o
corpo perde muita água, ainda mais no clima quente. Apesar da água que bebemos
ser uma mistura das moléculas de água e sais minerais, o que auxilia no equilíbrio
hidroeletrolítico e na manutenção da temperatura corporal, em atividades físicas
mais exigentes as bebidas isotônicas são ótimos repositores de água, eletrólitos,
sais minerais e carboidratos, ajudando na reposição de energia. Quando a água
eliminada pelo organismo através da respiração, suor, urina, fezes e lágrimas, não é
reposta adequadamente pode ocorrer a Desidratação, uma doença que se
caracteriza pela baixa concentração não só de água, mas também de sais minerais
e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que ele realize suas funções
normais. Os sintomas da desidratação podem incluir: dor de cabeça, sonolência,
tonturas, fraqueza, cansaço e aumento da frequência cardíaca.
Vivi: Nossa! Então Rogérinho deve estar desidratado coitado…. Bem que ele
queria tomar água da cachoeira mas não deixamos. Nós aprendemos na escola que
a água de fontes naturais é a Água Bruta, para consumo humano ela deve ser
tratada.
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
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Tia Andréa: Isso mesmo Vivi, e o processo de tratamento de água é bem


complexo, as estações de tratamento usam filtros e vários produtos químicos para
limpar a água que sai pelas torneiras das casas. O processo convencional de
tratamento de água é dividido em fases. Em cada uma delas existe um rígido
controle de dosagem de produtos químicos e acompanhamento dos padrões de
qualidade.
Vivi: E tinha muito lixo na margem da cachoeira, deve ser de outros
visitantes. É horrível ver esse tipo de poluição, ainda mais em um parque estadual.
Tia Andréa: Mas, tem mais alguma coisa que você queria me contar antes
do diagnóstico? Você viu se ele comeu algo diferente…?
Vivi: Acho que ele comeu só o lanche dele mesmo. Mas saindo da cachoeira
logo apareceu um Camping, e ele estava tão exausto que ao ver uma bica próxima
foi logo bebendo água dela, sem saber se era confiável. Nós, compramos água no
barzinho do Camping, não bebemos da bica.
Tia Andréa: Então, assim como o consumo de águas da superfícies de Rios
e Cachoeiras não é seguro, o consumo de água de bacias não monitoradas
também, porque toda contaminação da superfície do solo pode se infiltrar e
contaminar o lençol freático. Algumas doenças como Leptospirose, Cólera e
Hepatite A podem ser causadas pela água de esgoto não tratada, no entanto os
primeiros sintomas aparecem com pelo menos 2 dias depois do contato. Vivi, de
acordo com minha experiência, tudo indica que seu amigo está com sintomas de
Desidratação, que é febre, diarréia, cansaço, etc.

14. Conhecimentos específicos de química passíveis de serem desenvolvidos


a partir de cada uma das resoluções (indicação de conteúdos, conceitos de
química que podem ser abordados);
Para as duas soluções, o aluno, primeiramente, precisa conhecer a
composição da água. Desta forma, ele vai trabalhar os conceitos: substância
molecular, ligações de hidrogênio, polaridade, solubilidade, substância pura e
mistura e o porquê da água ser um solvente universal.
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

Para o solução principal, ou seja, associar a doença de Rogério à falta de


hidratação, o aluno deve trabalhar, também, a conceptibilidade de substâncias
iônicas: sua composição química e sua função no organismo humano, digo,
entender a importância da água e dos eletrólitos, principalmente o sódio, para a
realização de várias reações químicas e processos fisiológicos, como a regulação
da temperatura, excreção e transporte de nutrientes.
Em relação a solução secundária: considerar que a doença de Rogério está
relacionada ao consumo de água não potável, se trabalhará também o conceito de
tratamento de água separação de misturas como: filtração, flotação, cloração,
etc...Além da noção de Potencial hidrogeniônico (PH), outro fator que determina a
potabilidade da água.

15. Indicação da melhor solução para o caso, com justificativa;


A melhor solução para o caso seria o aluno retratar na conversa de
WhatsApp, a questão de Rogério não ter consumido a bebida isotônica, ter
consumido a água da bica e na pausa ter apresentado sinais de desidratação, com
a devida fundamentação teórica. Pois, por mais que a questão do possível consumo
consumo de água não potável possa aparentar um forte indício para desencadear
doenças, de acordo com USP (2019), doenças relacionadas ao consumo de água
imprópria para consumo humano normalmente apresentam sintomas à partir do
segundo dia de contato, já que os vírus e bactérias tem um tempo de incubação.
No entanto, uma segunda solução para o caso, poderia considerar que como
Rogério já apresentava sinais de desidratação, isso poderia tê-lo deixado vulnerável
e com o consumo de água contaminada seu corpo desenvolveu alguma infecção.
Mesmo que o aluno não encontre a informação sobre o tempo de desenvolvimento
da doença, é válido considerá-la uma boa solução apesar de secundária, pois, o
estudante estará conseguindo relacionar os pontos principais que objetiva a
atividade.

16. Bibliografia consultada;


Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

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meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

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HERREID, C. F. What Makes a Good Case? – some basic rules of good storytelling
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LOPES, Cesar Valmor Machado; NETO, Odone Gino Zago; KRUGER, Verno .
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<http://www.iq.ufrgs.br/aeq/html/publicacoes/matdid/livros/pdf/aguas.pdf>. Acesso
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SÃO PAULO. SABESP . Tratamento de água. 2020. Disponível em:


<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=47>. Acesso em: 23
nov. 2020.
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

SASSERON, Lúcia Helena; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Alfabetização


Científica: uma revisão bibliográfica. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. 2011.
Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/246/172.
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USP, Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. Doenças Transmitidas por àgua
e Alimentos- DTAs. 2019. Disponível em:
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17. Anexos.
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Disponível em:
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BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação (MEC). 2018.

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2006.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20e,Atl
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ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. (Anexo XX,


dispõe sobre o controle de vigilância da qualidade da água). Disponível em:
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

<http://vigilancia.saude.mg.gov.br/index.php/download/portaria-ms-no-2914-d
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CONAMA. Resolução n. 357/2005, dispõe sobre a classificação dos corpos de


água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece
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Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011. Disponível em:
<https://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>. Acesso em: 21
nov. 2020

_____. Resolução n. 396/2008, Dispõe sobre a classificação e diretrizes


ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras
providências. Disponível em:
<http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=562>. Acesso em: 21
nov. 2020

Disciplinas ofertadas nos cursos de graduação em Química da UNICAMP.


Disponível em:
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Ementa da disciplina de Química do Meio Ambiente ofertada no curso de


Licenciatura em Química – Integral da USP. Disponível em:
<https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/obterDisciplina?sgldis=QFL1563&codcur=46300
&codhab=200>. Acesso em: 23 nov. 2020
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
Curso: Licenciatura em Química
Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
Docente: Profª. Drª. Mayumi Kawamoto

Ementas das disciplinas dos cursos na área de graduação em Química da


UNICAMP. Disponível em:
<https://www.dac.unicamp.br/sistemas/catalogos/grad/catalogo2019/coordenadorias/
0034/0034.html#QA815>. Acesso em: 23 nov. 2020

Projeto Pedagógico do Curso da Licenciatura em Química do IFSP – Câmpus


Matão. Disponível em:
<http://mto.ifsp.edu.br/images/Cursos/Licentiatura-em-quimica/PPC_Licenciatura_e
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Grade curricular do curso de Licenciatura em Química – Integral da USP. Disponível


em:<https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/listarGradeCurricular?codcg=46&codcur=46
300&codhab=300&tipo=N>. Acesso em: 23 nov. 2020

((O))ECO. O que é a Lei das Águas? Publicado em 27 nov 2014. Disponível em:
<https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28797-o-que-e-a-lei-das-aguas/>.
Acesso em: 20 nov 2020

Projeto Pedagógico do Curso de Tecnologia em Processos Químicos, IFSP –


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<https://drive.google.com/open?id=0B2h6zpzGbMZsN1hDRmxtRjNlMTA>. Acesso
em: 23 nov. 2020

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Curriculo Paulista


Etapa Ensino Médio. São Paulo: 2020

ALVO, M. P. Ilhabela: progresso e preservação ambiental. In: Veja São Paulo.


Publicado em 5 dez. 2016. Disponível em:
<https://vejasp.abril.com.br/cidades/ilhabela-progresso-preservacao-ambiental/amp>
. Acesso em: 20 nov. 2020
Discentes: Ana Paula Pereira; Guilherme Henrique Inocêncio
Prontuário: CV1720147; CV1720333
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Componente Curricular: Química Ambiental (QABL8)
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UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DO BRASIL. Parque Estadual de Ilhabela.


Disponível em: <https://uc.socioambiental.org/pt-br/arp/872>. Acesso em: 19 nov.
2020

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