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É sabido que são provisórias a prisão em flagrante, a prisão preventiva, a prisão administrativa, a prisão
por pronúncia, a prisão resultante de sentença condenatória recorrível e a prisão temporária, sendo
esta derradeira disciplinada pela Lei 7.960/1989. Sublinhe-se que a Constituição Federal brasileira ainda
admite também outras prisões, como a disciplinar, no caso de transgressão militar ou crime
propriamente militar (art. 5º, LXI da CF/1988), a prisão durante o estado de defesa (art. 136, § 3º, I da
CF/1988) e do estado de sítio (art. 139, II da CF/1988).
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Requer a lei brasileira a prova da existência do crime e indícios suficientes que o acusado seja o autor
do delito imputado. Quando o crime deixa vestígios é curial para a prisão preventiva, o exame de delito
ou, na impossibilidade, de prova testemunhal que os supras (artigos 158 e 167 do CPP).
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O objetivo de Alexy com sua teoria não é alcançar exatamente uma homogeneização de cada ordem
jurídica fundamental. Em verdade, visa é descobrir as estruturas dogmáticas e revelar os princípios e
valores que se escondem atrás das codificações e da jurisprudência. Posto que em qualquer lugar que
existam direitos fundamentais, surgem problemas semelhantes, como por exemplo, as diferenças
estruturais entre os direitos sociais e os políticos. Enfim, a tese de Alexy pretende dar resposta ao
questionamento de quem seria o titular dos direitos fundamentais, e se poderiam ser restringidos e qual
deve ser a intensidade de controle da corte constitucional sobre o legislador. No afã de obter
cientificidade, defende que os direitos fundamentais possuem caráter de princípios, e, que
eventualmente esses colidem, sendo necessária uma solução ponderada em favor de um destes.
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A fórmula básica do sopesamento, como é chamado o método de solução das colisões entre princípios,
é: (P1 P P2) C →R A regra de solução (R) expressa que, nas condições representadas pela letra C, que
dizem respeito ao peso dos princípios em jogo no caso concreto, o princípio P1 prevalece (P) sobre o
princípio P2. Isso não significa dizer que esta solução poderá ser adotada numa situação futura
semelhante, pois as condições fáticas e jurídicas podem ter se alterado.
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Conforme a lei de ponderação, há de se realizar em três âmbitos, a saber: 1. Definir a intensidade da
intervenção, isto é, o grau de insatisfação ou afetação de um dos princípios; 2. Definir a relevância dos
direitos fundamentais justificadora da intervenção, isto é, a importância da satisfação do princípio
oposto; 3. Realizar a ponderação em sentido específico, ou seja, se a importância da satisfação de um
direito fundamental justifica a não satisfação do outro.
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O princípio da presunção da inocência fora insculpido no texto constitucional brasileiro de 1988, tido
como direito fundamental assegurado a todos os indivíduos acusados de uma infração penal. Desde de
1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos celebrada pela Assembleia Geral da ONU que
acolheu o princípio da presunção de inocência, todavia, sua aplicação passou em albis no brasil. Apenas
em 1992 que o Brasil veio a aderir ao Pacto de São José da Costa Rica que fora celebrado em 1969,
mediante a promulgação do Decreto 678, de 6.11.1992, cujo o artigo 8º que afirma literalmente: "Toda
pessoa acusada de um delito terá direito a que se presuma sua inocência enquanto não for legalmente
comprovada sua culpa". Ressalte-se, no entanto, que a Convenção Americana sobre Direitos Civis e
Políticos celebrada pela Assembleia Geral da ONU em 16.12.1966 e ratificado pelo Brasil em 24.1.1992
também admitia o referido princípio, apesar de que alguns doutrinadores já sustentassem o seu
reconhecimento em período anterior. De qualquer forma, o princípio naquela época carecia de maior
efetividade.
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Desta forma, evita-se que a punição penal possa ser retardada por
anos e décadas, e que o início de cumprimento da pena evita a
morosidade processual e consequentemente a prescrição dos
delitos. E, nesse caso, se tutela a segurança jurídica. Não se pode
dar guarida a um processo penal ad infinitum para se enfim
conseguir a execução da pena.
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Referências: