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Paduka – Pañcaka

A Escada Quíntupla1

©Traduzido para a Língua Inglesa


por Sir John Woodroffe
(Arthur Avalon) do livro
‘Lo Poder Serpentino’

®Tradução por Frater Tat Twam Asi 156˙.˙

Faze o que tu queres deverá ser a totalidade da Lei.

Verso Introdutório2

Medito no Guru, no lótus de mil pétalas, que é radiante como os frios raios da lua cheia,
cujas mãos de lótus fazem os gestos que concedem a benção e dissipam o temor. Seus
adornos, grinaldas e perfumes são sempre frescos e puros. Seu continente é suave. Ele
está no Hamsa da cabeça. Ele é o Mesmo Hamsa.

Verso 1

Brahmarandhra-sarasíruhodare
nityalagnamavadátamabhútam
Kundalivivarakándamanditam
dvádasárnarasasíruham bhaje.

Reverencio o maravilhoso Lótus Branco de doze letras 3 que está dentro do ventre [Udare]
e é inseparável do pericarpo do Lótus que está o Brahmarandhra, e que está adornado
pelo canal de Kundalí4.

Verso 2
1
O significado disto é explicado no verso 7.
2
Este verso está agregado, pois foi falado em um manuscrito pertencente ao extinto Acalánanda-
Swami, agora no poder de Varendra Anusamdhána Samiti.
3
Dvádasárna, quer dizer, doze pétalas. As pétalas do lótus não são independentes de suas letras.
4
Quer dizer, o Citriní-Nadi. O lótus repousa sobre a parte extrema superior do Citriní.
Tasya kandalitakarnikápute
kiptarekhamakathádirekhayá.
Konalaksitahalaksamndali-
bhávalaksyamabalálayam bhaje.

Reverencio a morada de Sakti no local onde se juntam os dois pericarpos. Está formada
pelas linhas5 A, Ka e Tha; e as letras Há, La e Ksa, que são visíveis em cada um dos seus
ângulos e dão a eles o caráter de uma Mandala6.

Verso 3

Tatpute patutaditkadárima-
spardhamánamanipátalaprabham.
Cintayámi hriti Cinmáyam vapur-
nádabindumanipithamandalam.

Em meu coração medito sobre o Altar Adornado [Manipítha], e sobre o Nada e o Bindu
como dentro do triângulo predito. A glória 7 da cor vermelho pálido das gemas deste altar
abafa o brilho do resplendor do relâmpago. Sua substância é Cit.

Verso 4

Urdhvamasya hútabhuksikhátrayam
tadvilásaparibrimhanáspadam.
Visvaghasmaramahoccidotkatam
vyámrisámi yugamádihamsayoh.

Medito concentrando-me sobre as três linhas acima deste [Manipítha], que iniciam com a
linha do Fogo, e sobre o brilho do Manipítha, que é acrescentado pelo resplendor

5
A-Ka-Thádi, i.e as linhas formadas pelas letras A a Ah, Ka a Ta ,e, Tha a Sa. Estas letras,
colocadas como três linhas, formam os três lados do triângulo.
6
I.e. o diagrama onde a Divindade é invocada e reverenciada.
7
Pátala.
daquelas linhas. Também medito sobre o Hamsa8 primordial, que é a Grande Luz
onipotente na qual é absorvido o Universo9.

Verso 5

Tatra náthacaraná ravindayoh


kunkumásavaparímarandayoh
Dvandvamindumkaranadasítalam
mánasam smarati mandaláspadam.

A mente contempla ali as duas Lotos que são os pés do Guru e cujo néctar cor de rubi é o
mel. Estes dois Pés são frios como o néctar da Lua, e são os lugares de toda
auspiciosidade.

Verso 6

Nisaktamanipádukániyamitághakoláhalam
Sphuratkisalayárunam nakhasamullasaccandrakam.
Parámritasarovaroditasarojasadrocisam
Bhajámi sirasi sthitam gurupádáravinddvayam.

Adoro em minha cabeça os dois Pés de Lotos do Guru. O banco adornado, sobre o qual
repousam, elimina todo pecado. São vermelhos como folhas jovens. Suas unhas
assemelham-se a lua que brilha em toda sua glória. A elas pertencem o belo fulgor das
lotos que crescem no lago do néctar.

Verso 7
8
Quer dizer, o Parama-hamsa que é Prakriti e Purusa.
9
Literalmente: “Luz que devora o Universo”.
Pádukápañ cakastotram pañcavaktádvinirgatam.
Sadámnáyaphalapráptam prapañce cátiduriabham.

Este hino de louvor ao Quíntuplo Degrau foi pronunciado Pelo de Cinco Rostos. Com [a
recitação e audição] disto logra-se o bem que se ganha com [a recitação e audição de]
todos os hinos de louvor a Shiva. Tal fruto é somente exeqüível mediante grande esforço
na Viajem [Samsara].

Amor é a lei, amor sob vontade.

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