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FDM Filhos Da Máfia LIVRO 1-2072
FDM Filhos Da Máfia LIVRO 1-2072
PLÁGIO É CRIME!
LIVRO I FINALIZADO
-Concordo plenamente.
-Ainda bem que terei você pelo resto da vida minha cadelinha. -
Pietro murmurou pegando sua mulher pelos cabelos e a colocando de
quatro sobre a cama.
-Meu senhor.- Ela gemeu docemente quando sentiu o pau dele
entrar em sua gruta -Com força meu homem.
Fechando os olhos, ele quis ficar ali e nunca sair, dentro de sua
mulher, a sua única mulher. Achava que a amava.
-Não vai se guardar para seu futuro marido Bia? -O som da voz
dele a deixou molhada instantaneamente.
Jamais...
Capítulo 1
Era uma linda Igreja, não podia negar, encarei as pinturas de Michelangelo
e suspirei, um dia quis ser pintora. Papai me fez desistir "Uma Cesarin
nasce para os negócios da familia, não para besteiras" bufei, besteiras.
Naquela manhã havia deixado Fab na minha cama, vesti um tubinho preto,
e vim até a igreja, nem batom havia passado, caminhei até a porta do
quarto descalça, e só então coloquei meu salto, para finalmente descer as
escadas. Também... Não se passa batom para enterros.
Passei a mão no meu cabelo que estava solto hoje, batendo na minha
cintura, desde pequena não o cortava. Para papai, é de praxe uma mulher
ter cabelos longos.
-Passei pelo trem as 10:00 -Uma voz grossa murmurou em meu ouvido,
senti meu corpo se arrepiar. Era a frase de segurança que meu pai disse-
me aquela manhã.
-Pietro Albertini -ouvi a sua divina voz mais uma vez em quanto me
estendeu sua mão. Seus olhos ainda me prendiam, mas consegue me
endireitar dando minha mão a ele e murmurando meu nome. -Estou
atrasado?
-Sim, o que me lembra por que seu carregamento de ontem foi roubado -
Retruquei agora vendo suas marcas de roxo no rosto.
-Touché
-Que tenho mais jeito pros negócios que você Albertini. -Ele sorriu, mas
seu olhar era irritado, então mais rapido do que pude revidar ele me
prensou contra a parede, gemi abaixando os olhos. -Me solte.
Jamais iamos dar certo, seria uma relação de queda de braço pior que as
de nossos pais, pelo seu olhar ele pensou o mesmo. Desviei o olhar e vi
Fabrizio na porta da igreja nos olhando.
Nem precisei questionar como ele sabia, por sermos as duas famílias mais
ricas da Itália, somos alvos de paparazzi, o que é ruim para os negócios, e
pior ainda o fato de ser muito mais difícil lavar todo o dinheiro.
-Não seja por isso. -Ele colocou a mão no bolso, ouvi alguns cliques de
armas ao nosso redor. Ele riu baixinho. -vão atirar em mim?
-Bia? -Ouvi sua voz ali, perto de mim, em quanto eu recebia um anel de
outro homem.
-Fabrizio saia, -Pedi, Pietro o olhava, deu um tchauzinho quando ele saiu
da igreja.
-Eu não quero ver ele perto de você Bianca, é o nome da minha familia
que está em jogo.
A boca do maldito era como o inferno de tão quente, gemi e permiti que
sua língua se afundasse na minha boca encontrando a minha. Para minha
surpresa o agarrei pelo seus cabelos, as mãos dele desceram para minha
bunda apertando minha carne, mordi seu lábio em resposta e ele se colou
mais a mim, minha calcinha ficou molhada quando senti sua ereção na
minha coxa. E assim tão rápido quanto começou terminou.
Abri meus olhos o encarando, ele sorriu mais uma vez passando a mão no
cabelo, tinha os labios inchados. Ele então se afastou em silêncio e saiu
da igreja. Fiquei alguns segundos em pé, tentando me acalmar.
-Deus te abençoe minha filha. -Me virei para o padre que sorria. O homem
parecia ter uns 90 anos no mínimo e tava me flertando?
-O que?
-Tem uma saúde em... -Antes que eu pudesse tirar minha arma da coxa, e
descarregar no imbecil, me lembrei que já iria desrespeitar muito a casa do
senhor, então apenas mostrei o dedo do meio e bati a porta atrás de mim.
-Bianca saia logo desse quarto, você vai se casar em algumas horas.
-Não me importo mãe.
-Foda-se.
Minha mãe não voltou ao meu quarto, de certo modo fiquei aliviada, horas
mais tarde meu pai bateu na porta, e depois Fabrizio de novo, mas eu não
havia me movido. Quando faltava 30 minutos para o casamento ouvi
barulhos na minha janela.
-Seu pai me ligou, disse que você ainda não havia se arrumando.
Ele rasgou minha camisola me deixando nua a sua frente, então gemeu
olhando meu corpo de cima a baixo. Não ousei empurrá-lo, ele me puxou
mais para perto, com uma força que se fosse possível eu teria entrado
dentro dele.
-O que pensa que está fazendo ? -Falei tentando empurrar ele. -Eu vou
gritar. -Prometi quando o vi tirando o terno e rasgando a camisa.
-Sabe como foi? Me sentir a noite toda com vontade de estar dentro de
você.
-Tão gostosa. -Passou os dedos dos meus seios até minha vulva. Suspirei
ao sentir as pontas deles no meu clitóris. -Você é maravilhosa Cesarin.
-Você não me quer? -Ele perguntou, em quanto tirava a boxer, pude ver
seu pau, caralho... grande, grosso. Juntei minhas coxas tentando segurar
minha excitação que escorreu para minha cama. -Acho que já tenho minha
resposta.
-Eu sou seu noivo não ele, entendeu? -Seus olhos me encaravam irritados.
Sua risada rouca me fez ficar de joelhos a sua frente. Ele me olhou, os
olhos verdes escuros. Subi em seu colo e o beijei, ele gemeu e colocou
dois dedos na minha entrada, gemi em sua boca. Pietro estocou os dedos
rapido em quanto me beijava. Minha mão foi até seu pau e o segurei firme,
comecei a massagear e ele puxou meu cabelo com a outra mão, fazendo
meu pescoço ficar livre para ele.
Pietro chupou meu pescoço forte me fazendo gemer alto e aumentar a
velocidade que o massageava.
Não pensei em mais nada quando voltei a beija-lo, aquilo era uma traição,
mas eu não pensei nisso, apenas no tesão que ele me fazia sentir. Senti
ele tirar minha mão de seu pau, ele o guiou até minha entrada então o
parei.
-Não, nosso casamento é apenas uma aliança entre as famílias não ouse
mudar isso!
-Tem razão. -Ele resmungou levantando, entrei no meu banheiro sem virar
para ele. -Até daqui a pouco Cesarin.
-A chance de se casar com Pietro Albertini e ainda age como uma mocinha
do século passado que não quer casar! -Gritou correndo escada a cima.
Acabei de separar a familia. Que maravilha!
-Fiz um acordo com o seu pai com essa meia hora do caminho.
-Pagarei. Isso que importa. -Seus dedos desceram para o tule o puxando
para cima, mostrando a calcinha preta que eu usava, gemeu baixo
passando os dedos aonde estavam os lábios de minha buceta.
-Fab...
-Bia amor, eu vou gozar pare. -Tentei continuar mas ele me puxou para
cima, afastou minha calcinha e me sentou em seu pau, gememos junto,
meu canal se alargou com sua entrada. -Puta que pariu gostosa, rebola
vai. -Gemi rebolando, o tapa estalou na minha bunda, esse ia deixar
marca, comecei a subir em seu pau descendo com toda a minha força.
Suas mãos abriram o meu sutiã o jogando longe, quase na janela que
separava o motorista da parte de trás do carro. Chupei o pescoço dele
com força, queria marcá-lo como meu. Suas mão apertavam minha carne
com força. Gemi alto quando ele mordeu meu mamilo.
-Bia...
-Fab não se mete nisso! -Grunhi. Fab puxou meu cabelo com força para
que o encarasse, nossos olhos se encontraram e suspirei.
-Eu vou foder você Bianca. -Gemi com suas palavras agarrando sua
cintura com minhas pernas, seu pau se afundou mais em mim. -Quero que
se lembre disso quando estiver na cama com aquele mauricinho.
-Fab...
-Eu sei, que não quer isso, não me diga mais nada. -Ele murmurou rouco.
A limusine parava. Já devíamos estar próximo a igreja. As vozes la fora me
deixaram atenta. Fab trancou as duas portas do carro, e voltou a me
penetrar, gememos juntos.
Foi rápido, tinha cheiro de adeus, não quis pensar nisso. A força que ele
usou me fez um galo, talvez até suas bolas tenham entrado em mim, só
sei que foi bom, nenhuma de nossas transas se igualariam a essa.
Fab, eu te amo.
~Pietro~
-Mas, Pie, você vai se casar, e é a Cesarin, ela é... a mulher... mais
desejada... do século.
-Pie! -Ela gritou se ajoelhando aos meus pés agarrando minha camisa. -
Por favor não me... abandone! Posso ficar morena.
-Bella, acha que sou idiota, esse tempo todo estava transando comigo e
com Enzo.
-Olha essa boca em, ou não respondo por mim, ela é uma mulher
única,merece o meu melhor.
-E eu?
-Esperei pelo próximo as 14:00 -A voz doce, com uma pitada de poder,
poderosa, ela era o tipo de mulher que me acende. Então ela se virou para
mim. O rosto angelical me encarando, olhos castanho chocolate, pele
branca que até brilhava, os lábios cheios e vermelhos.
Olhei incrédulo o que ninguém acreditava que via, Enzo meu padrinho ria
ao meu lado, Isabella tentava conter ele, porém mantinha o choque no
rosto. Meu pai pigarreou, e o som da marcha nupcial voltou a ser ouvido.
Minha mão continuou segurando a dela, não quis invadir seu espaço então
dei apenas um beijo em sua testa. O cheiro doce do shampoo dela invadiu
meu corpo, e suspirei. Eu conquistaria Bianca Cesarin, agora Albertini, ou
não me chamava Pietro Anthony Albertini.
~Fabrizio~
Então ali, parado na parede, eu assisti ele roubando o que era meu, outro
Albertini roubando o que era meu, meus olhos correram para a mulher de
Matteo Albertini. Andréa Albertini me olhava, os olhos castanhos tristes me
encarando, exatamente os mesmos que eu via quando me olhava no
espelho. A mulher tinha um rosto angelical, cabelo castanho avermelhado,
como o de Pietro, era baixa, e tão delicada, que me parecia uma boneca
de porcelana. Me lembrava a Bianca, talvez por isso eu a amasse tanto.
Bianca me lembrava ela, de alguma forma, já que para mim, os gênios
eram totalmente diferentes. Mesmo não conhecendo Andréa tão bem, tudo
o que meu pai disse sobre ela, eu guardei como uma jóia em minha mente.
"Vai ter volta Albertini" fiz o movimento com os lábios dessas palavras, um
mafioso sabia muito bem fazer leitura labial, mas soube que ele entendeu
pelo seu olhar de divertimento, apoiou a cabeça no ombro de minha
pequena e beijou o pescoço dela ainda me olhando.
Desgraçado!
-Fab!
-Então resolvam!
Continuei caminhando pelos arbustos até chegar aos meus homens e meu
pai que caia de bêbado, Lorenzo o segurava com força em quanto ele se
debatia. Todos suspiraram quando eu cheguei, fiz sinal para que o
largasse no chão e me agachei em frente a ele.
-Não pode.
-Mas eu quero...
-Fab cara, pega leve. Deixe ele ver Bianca. -Suspirei, Paul me olhou como
se eu fosse o maior insensível do mundo, antes ele quisesse ver Bianca.
-Filho...
-Ela não liga para o senhor. Não liga para mim, ela fez a escolha dela.
A anos eu havia deixado de sofrer por isso, pela minha familia, talvez o
apego a familia de Bianca e a ela, tenha me curado da minha infância,
para esse meio, sempre são escolhidos aqueles que não tem laços
afetivos com o passado. Na maioria órfãos, aqueles que ninguém sofreria
com a perda, que aparecesse, e desaparecesse sem ser notado.
Fiquei vendo Lorenzo levar meu pai até o carro da familia Cesarin, ele o
levaria embora, confiava nos meus homens, suspirei levantando e virando
as costas para o resto deles.
-Voltem aos seus postos. -Só ouvi barulho de passos se afastando. Fechei
os olhos apertando as têmporas. A pergunta em minha cabeça.
Minha resposta vinha por cima da pergunta, o ódio esmagador falava alto,
e eu o ouvia pela voz de um Fabrizio de 6 anos, chorando sentado na
frente de casa. Eu o vi se levantar secar as lágrimas com as costas das
mãos sujas de terra e olhar em minha direção, o olhar frio e duro.
-Nunca mais.
Capítulo 2
.Bianca.
Ela andou por cima dos corpos. Pisando nos crânios um por um,
dos meus pais, de minha irmã, até dos meus homens. Vestida uma saia
preta curta e colada nas coxas alvas e brancas, uma blusa de seda branca
como a pele, o cabelo castanho claro caindo em cascata até sua cintura,
os olhos castanho chocolate focados nele. E em sua mão uma
metralhadora M61 Vulcan, um batom vermelho nos lábios cheios.
Não senti falta de sua presença, faz 3 dias que estamos aqui, e
só nos encontramos nas refeições e quando vamos dormir, exigência de
Matteo Antonelli, resolvemos colocar uma manta em um fio de nilon que
passava pelo meio da cama, para separarmos os lados de cada um, eis
que o Antonelli tem alergia a certos materiais do tecido da manta e teve
uma crise horrível, me fazendo desistir da separação dos espaços.
Senti-me aliviada em ver que todo aquele fogo que o fez invadir
meu quarto, havia sumido Pietro não chegou perto de mim nesses três
dias, nem para um beijo como os que me deu na nossa festa. Isso não tem
me deixado muito aliviada. Há três dias em uma ilha, sem sexo, sem nada.
Eu estava subindo pelas paredes.
[...]
.Pietro.
A lua de mel, tinha tudo, menos mel, talvez acido bem mais que
o próprio mel. Bianca dormia ao meu lado todas as noites, mas não tive
coragem de tocar nela em nenhuma das oportunidades que tive. Sentia-
me assombrado pelo fantasma do Boreno, era como se ele estivesse ali
com ela.
-Vancouver
-O que?
-Maluca.
Não acreditava no que meus olhos viam Bianca Marie Cesarin Antonelli
ajoelhada na minha frente, sugando a cabeça do meu pau, me encarando
com aquele olhar de desejo, minha mente trabalhava atrás de uma
resposta para minha pergunta muda.
Desde que chegamos aqui, ela tem sido evasiva, eu apenas agia
como ela, tentando fugir de sua presença como o diabo foge da cruz, o
que somava com esse meu comportamento, era o desejo que eu sentia
pela morena, não trocamos uma palavra até 20 minutos atrás em que ela
finalmente disse algo, eu que sempre me treinei para enxergar qualquer
atitude estranha de uma pessoa e desconfiar de algo, estava sem reação.
Claro que não irá! Ela mesma disse que queria, ela te quer!
Droga.
-O que Pietro?
Eu espero.
Minha poderosa.
-Droga como pode ser tão grosso assim. –Ela grunhiu em quanto
finalmente eu entrava inteiro dentro dela, suspirei profundamente ao sentir
ela a minha volta, choques passavam pelo canal dela me fazendo ficar
ainda mais apertado. Bia mordeu meu peito rebolando, ainda de olhos
fechados. Minha mão vagou pela sua bunda ate as suas costas, aonde
segurei para finalmente me mover.
Como podia ser tão linda depois de ser fodida assim? Como
cabelo molhado de suor, e as bochechas vermelhas, os lábios inchados. A
mulher colou a boca na minha, e não demorou muito para que eu sentisse
meu pau dentro da sua fenda molhada
Capítulo 3 - Caribe
Capítulo 3 – Caribe
.Bianca.
Gostoso.
Deus do sexo.
Maquina de prazer
Minha decisão de fazer Pietro transar comigo foi de muito agrado para
mim, na verdade eu nunca estive tão satisfeita. Sim Pietro Albertini com
certeza sabia os movimentos, e droga como fodia bem.
-E flor? Tem alguma preferida? –Tive que rir da pergunta dele, será que
ele pensava que eu era uma mulher sem sentimentos?
-Ora Pietro, claro que tenho. Não sou uma pessoa sem coração.
-Então diga!
Fab...
Então, meu coração se apertou de novo, Pietro vendo meu sorriso morrer
mudou de assunto me abraçando. Sorri para ele e me virei animada.
Mais tarde, caminhávamos por uma rua rústica, que podia me sentir em
Verona, havia colocado um vestido florido e uma sandália baixa, nada que
eu usaria usualmente, Pietro havia me olhado cobiçoso quando terminei de
me vestir, além de ter comentado que eu parecia uma princesa, e dizer
que era algo que eu definitivamente nunca fui.
Ele também estava com roupas mais leves, imaginava que ele se vestia
formalmente como eu, no dia a dia.
Desviei meu olhar para seu rosto, o sol brilhava sobre nós, como se nos
abençoasse, peguei sua mão, era grande para a minha e quente, minha
pele se arrepiou quando me lembrei de como eram fortes.
A cidade era linda, na ilha principal tinha hotéis enormes, as praias eram
tão lindas que talvez eu tivesse encontrado lugar mais belo que Roma.
Quando paramos de caminhar, pude ver uma praia ainda mais bela que a
de nossa ilha. A areia branca se estendia até a água tão azul e limpa, ia se
escurecendo até chegar em um conjunto verde e azul, um azul ainda mais
profundo do que o céu.
[...]
-Filho? Vai ficar feliz em saber que já fomos em Vancouver. –Matteo disse
para Pietro me encarando. Corei abaixando os olhos, foi uma boa idéia
levar para Vancouver, mas talvez o meu sogro não tenha gostado muito.
-Obrigado pai, vou agora mesmo resolver esse problema. –Pietro disse me
encarando e entrando na casa.
[...]
Minhas mãos foram sozinhas, até o terno azul dele o puxando de leve, o vi
sorrir e me olhar de esgoela.
-Claro, isso é para você. –Ele disse me dando uma carta, e desviando o
olhar.
Levantei caminhando até uma poltrona, estranhando a atitude de Pietro,
finalmente olhei a carta em minhas mãos.
Minha primeira reação foi o choque. E depois, algo que a dias não sentia,
meu coração se apertou.
FABRIZIO BORENO
Dobrei a carta e a coloquei em baixo o meu vestido, olhei para Pietro que
se mantinha lendo os papéis. Suspirei aliviada.
Itália
Casa dos Albertini
Bia.
Por quê? Por que ele me prende tanto? Eu sou uma mulher livre. Porra
sou uma mafiosa sou auto-suficiente.
Grunhi abrindo o papel e tirando uma folha amassada. No meu colo caiu
uma foto de mim e Fab na cama.
(...)
Podemos fugir meu amor, para a América! Soube que sua lua de mel
foi lá, se você tiver gostado, podemos enriquecer lá.
Espero que ainda me ame, espero que não tenha gostado dessa lua
de mel.
Billy sente sua falta. Bia venha vê-lo, sim? Ele esteve em seu
casamento, sinto não ter te avisado, você dançava com ele.
Com ele.
Mas droga, ele tinha as mãos tão coladas em você, como se você
fosse dele, como se você o amasse.
Era a mim que deveria estar ali Bia. Eu. O seu Fabrizio.
Espero que esteja bem. Espero que ainda me ame, que volte pra mim.
Bia...
De seu Fab.
[..]
Alguém leu.
E eu li também.
Tirando meus sapatos corri até ela e joguei a carta com a foto e tudo lá
dentro. Minha respiração já saia em arquejos. Observei meus dedos
tremerem em quanto o fogo amassava os papéis em um abraço apertado.
Meus olhos focaram na foto que se mexia no ardor da chama.
-Pietro eu...
-Se ele levar essas fotos para a imprensa. Eu serei o corno do ano.
-Pietro eu era solteira.
-Porra mulher como você pode ser tão quente? –Ele gemeu abaixando as
calças. –Isso vai ser rápido Bianca, só para você saber quem é seu dono.
-Eu não tenho dono Albertini. –Disse o olhando feio, mas gemi ao sentir a
cabeça de seu pau em meu clitóris inchado, ele o pegou na mão e
começou a raspar por toda a extensão da minha boceta. Gemi tentando
mover meu quadril. A cabeça de seu pau entrou um pouco. Mas ele a tirou
e voltou a fazer isso.
Porra desgraçado!
-Eu sou sua. –Murmurei olhando nos olhos dele. Ele gemeu fechando os
olhos enfiando seu pau fundo em mim vim com força, o fazendo apertar
suas mãos em minha bunda forte.
-Ah... Sim Pie... –Rapidamente ele gozou caindo em cima de mim. Mexi-
me o tirando de dentro de mim e arrancando o vestido, que eu observei
estar todo rasgado.
Os olhos dele pararam nos meus quando voltei a me deitar ao seu lado.
Sua mão passou pelo meu cabelo o puxando para trás da minha orelha,
alguns fios que estavam colados em meu rosto pelo suor se arrastaram
para trás. Fechei os olhos aproveitando o carinho.
-Eu sinto muito... Não deveria ter lido a carta, era para você.
-Onde está seu irmão e a Isabella? –Falei o nome com asco. Ele sorriu
brilhantemente.
-E o loiro?
-Hm sim...
-Soube que ela era sua amante. –Ele riu alto, se levantando tirando a
camisa e a calça, depois voltou a se sentar na cama, me puxando para
ele.
-Preciso responder?
-Bia... Deixe ele e o pai dele para lá, está casada comigo agora!
-Qual?
-Que eu vá junto.
-Tudo bem...
-Eu só queria mostrar que posso ser muito útil a familia de vocês.
-Eu sei que pode. E bom tenho um serviço para você. –O olhei sentando
animada na cama. –Mas antes. –Ele me pegou a blusa que estava no
chão e deu um sorriso torto maravilhoso. –Vista antes que eu a ataque
minha linda. –Depois de vestida Pietro riu colocando uma cueca, ao
perceber que eu estava encarando o membro dele que já estava ereto. –
Teremos tempo para isso depois. Agora, sinto que terei que te pedir algo.
-Sim?
-O que?
-Sim, só que a família Boreno era muito ligada à família Cesarin, logo o
meu avô Saltarin pai da minha mãe mandou ela para a América por alguns
anos. Para separar as duas famílias. Acontece que o pai de Billy não
gostou muito disso, e contou para o seu avô que sua mãe andava
passando pela cama de Mateo. Mas, nossa família não sabia que ela já
era casada com Sandro.
-E o que houve?
-Papai o que?
-Sim... ele era primo da sua mãe e casado com ela, sei que você achava
que ele não tinha nada a ver com a máfia antes do casamento, mas ele já
era mafioso.
-Oras Bianca não seja inocente! Antonella ainda tenta voltar com Matteo.
-E o que você pretende fazer? –Eu não podia acreditar no que meus
ouvidos estavam ouvindo, Pietro passou os dedos pela minha aliança
olhando minhas mãos na dele.
O que?
-O que?
-Escute Pietro, não pode planejar uma criança como um plano para que o
meu pai não mate o seu, não faz o mínimo sentido. Nosso casamento é
uma trégua.
Itália, Roma
Casa dos Albertini
Bia.
Quando dei por mim percebi no último degrau a entrada de Isabella e Enzo
Albertini. Meu coração deu um solavanco encarando a loira.
O que essa mulher esta fazendo aqui? Meus negócios com ela já haviam
acabado. Entrando em casa com óculos de sol e um sorriso brilhante nos
lábios ao me ver ali. Pude ver o anel dourado que brilhava no dedo anelar
dela.
Oh
Meu
Deus
-Olá Enzo, sou Bianca Cesarin. -Desci as escadas apertando a mão dele.
Ele sorriu e covinhas apareceram na bochecha dele, me deixando
maravilhada. Então ele me abraçou forte me girando, enquanto ria com o
gesto, pensava em como o rapaz era forte.
-Não sei o que deveria ser óbvio. Casou-se com essa mulher Enzo? -Ele
corou de leve e passou a mão pelos cachos de seu cabelo que caiam nos
olhos. O sorriso largo dele se transformou em um sorriso envergonhado.
-Sim.
-Enzo!
-Pietro querido, não fale de mim como se eu não estivesse aqui. Você
mesmo queria casar comigo, caso não se lembre. - A encarei chocada,
minhas mãos coçando para arrancar os fios dourados da cabeça dela na
unha, vi chocada sua sobrancelha se arquear me olhando, com
superioridade.
-Mas ele se casou comigo. -Minha voz saiu alta, como um comando, da
mesma forma que falava com meus homens, me surpreendeu a pequena
nota de posse que saiu no "casou". Isabella franziu o cenho dando um
passo em minha direção. Dei dois em resposta.
Ela que pense que eu não sei bater, porque o que mais fiz minha vida foi
bater.
-Mas Pietro...
-Deixe Enzo ser usado. Aparentemente ele gosta. -Com essa frase ele se
retirou da sala me levando junto. Percebi que ele trancava a porta do
escritório.
-Pie... -Grunhi o sentindo rasgar minha blusa para libertar meus seios, sua
mão massageou um deles, enquanto a outra alisava minha buceta.
-Não... Eu... Droga, sim! -Gemi quando ele deu um tapa estralado em
minha bunda. Pietro sorriu torto, antes de puxar meus lábios para os dele.
[...]
Não era como Fabrizio, era melhor, Deus muito melhor! Tão sexy. Tão
mandão. Droga, não sabia dessa minha tara por homens mandões.
Apressei-me a olhar para Afrodite, que alheia ao clima ruim da sala, algo
não muito comum dela, desviou o olhar para Anúbis. Ele caminhou até
minha bebezinha e se sentou.
-Bom, sendo assim, eu vou falar com ele. -Pietro cortou o pai se
levantando da onde tinha agachado para ver o computador. Tinha um
sorriso estranho no rosto que me pôs medo.
Droga.
-Não Bianca. Você fica. E pai, ligue o Júan, por que se o meu pedido não
chegar hoje, amanhã ele acordará com larvas na boca. -A porta bateu com
força atrás dele quando saiu. Matteo me olhou sugestivamente e depois
para a mesa. Apressei-me para sair de trás dela e me sentar na poltrona.
Meu sogro pegou o telefone e sentou na cadeira.
-Afrodite, vem! -Minha garotinha veio até mim, colocando as patas nas
minhas coxas nuas. Olhei ao redor, e percebi que Anúbis não estava mais
ali. -Você viu o cachorro que estava aqui neném? -Afrodite olhou ao redor
algumas vezes, antes de me olhar de novo.
Mas o que?
Tarde de mais, eu corria porta a fora com minha cachorra e Matteo, a tira
colo. Fab estava jogado no chão da sala, e Anúbis mordia a perna dele.
-Afrodite! -Fab gritou vendo que ela correu até ele e começou a rosnar
para Anúbis, que soltou a perna dele e abaixou a orelha.
-Eu...
-Ela é casada e até ontem estava em Lua de Mel, talvez essa seja sua
resposta Boreno. -Pietro grunhiu me puxando pela mão.
-Fabrizio, eu sinto muito. Matteo! Pare de rir, não tem graça. -Andréa falou
autoritária, Matteo parou de rir abaixando os olhos. -Eu não sei o que deu
em Anúbis, ele é treinado e é muito amoroso, nunca atacou ninguém. -
Bem, o mestre dele é o Pietro... -Eu e ela voltamos nossos olhares para
ele, que sustentou nosso olhar.
Foi minha vez de encarar meu marido. Ele olhou feio para Fab, mas
quando percebeu que era com ele que estavam falando olhou para a mãe
e assentiu sem um pingo de remorso. Andréa pediu para que Pietro se
desculpasse, mas ele se recusou. Fab foi embora logo depois, dizendo
que precisava voltar para casa e agora ir no hospital ver como iria tratar a
mordida.
-Era o Júan.
-O que ele disse minha linda? -Grunhi com o final da frase dele, na hora de
usar um cachorro indefeso para atacar meu ex-namorado eu não era a
linda dele.
-Bem então vamos minha esposa. Sabe, é por esses problemas que a sua
familia era a narcotraficante...
-Ele não ia fazer nada, apenas queria falar comigo. Afrodite também era
dele.
-Vire essa boca para lá Pietro. -Ele sorriu ao beijar minha boca. Gemi me
entregando as sensações que ele me proporcionava.
[...]
Foi por isso que os meus homens conseguiram roubar ele. Ele
simplesmente tem 0 de paciência. Chamei a atenção dele várias vezes, ele
parava por alguns minutos e depois recomeçava sua caminhada sem fim.
Senti-me estranha sobre ele hoje, algo me dizia que já não era só um
casamento obrigado.
A foto de um garotinho caiu em meu colo. Atrás estava escrito. "Tio Ed!
Estou com saudade, quando o senhor vem me ver?" o choque me fez
derrubar o vaso da mesa, o cristal se quebrou em mil pedaços. Anúbis e
Afrodite correram em minha direção para avaliar da onde viera o barulho.
"Grande coração"
"Salvador do orfanato"
-Muito bom fazer negocio com vocês. -Ele murmurou apertando a mão dos
dois e me puxando para longe. Colocamos as caixas na Picape em que
viemos e dirigimos até o galpão 8 que era da familia Albertini. -Querida,
tome. -Ele me deu um silenciador de pistola. -Qualquer coisa já sabe o que
fazer.
-Sim.
Fab?
-Você acabou de matar os homens que trabalham para você! -Ele grunhiu
abaixando a arma. Engatilhei a minha e ele levantou o olhar para mim. -
Bia? Abaixa essa arma.
-Bia o que você está fazendo? Sou eu! O seu Fab! -Antes que eu fizesse
algo, sua boca estava na minha. A arma escorregou pelos meus dedos e
caiu no chão. O silenciador saiu dela e logo depois ela disparou. Meus
dedos o puxavam para mais perto pelo cabelo, ele gemeu passando as
mãos pelo meu corpo.
-Não tão rápido. Vire, ou eu estouro o seu cérebro. -Fab se virou com as
mãos para cima.
-O que ele veio fazer aqui Bianca? Por que você matou esses homens? -
Meu marido resmungou ainda olhando para ele. Olhei para o chão e vi os
olhos de Carlos e Pablo me encarando abertos, o sangue respingado em
seus rostos.
Eu os treinei.
-Nada, eles não falaram nada. -Ele me encarou, sorriu e abaixou a arma.
-Vá Boreno, chame alguém para levar seus homens. Venha amor.
Meus olhos não se desviaram de Fabrizio até que ele sumisse por trás da
parede do galpão. Ele me olhava, os olhos com dor.
Beijos e abraços
-Não costumo fazer isso, só queria ver sua reação. –O idiota disse rindo de
mim. Joguei a toalha no banheiro e voltei para o quarto. Agora Pietro
mexia em um notebook no colo.
-Por exemplo?
-Eu e o Fabrizio...
-Não!
-Então não tinha nada para ver. –Os olhos verdes faiscaram para mim, e
tremi, ele sorriu torto colocando o computador no criado mudo. –Está com
medo de algo minha linda?
-O que? Já não basta atacar ele com o seu cachorro? –Pietro riu me
puxando para mais perto. Suas mãos em minha cintura, o toque quente
me arrepiando.
-Você sempre será o mafioso Pietro? –Ele me lançou um sorriso torto, que
arrebentaria o coração de uma mocinha, enquanto acariciava minhas
costas.
-Por quê?
-Faça o bem, sem ver a quem. –Assenti o olhando, parece que esse
casamento não será nada ruim.
Pietro.
Fabrizio Boreno já havia passado dos limites de minha paciência. Dei a ele
as chances que nem meu irmão conseguiu, mas o idiota conseguia ser
mais idiota que Enzo.
Nem uma noite com minha esposa amarrada na cama, poderia melhorar o
meu humor. Primeiro, o imbecil vem trazer a cadela de Bia, isso eu não
liguei, até gostei já que Anúbis nunca tinha tido contato com outros cães, e
ele pareceu gostar de Afrodite. Outro casal na família Albertini. O meu
único problema, foi ele dando asinha para minha esposa.
Já foi difícil convencer Bianca de dar uma chance para nosso casamento,
e isso animal ainda me aparece querendo dar uma de espertalhão.
Agora, ele estava aqui dentro de um chalé, no meio da mata que tem atrás
de minha casa, amarrado e me encarando desafiador.
-Opa opa, vamos deixar uma coisa bem clara aqui. –Falei alto, calando ele
que abaixou os olhos, me levantei caminhando até ele. –Para você é
Senhora Albertini.
-Ela me ama! –Meu punho desceu no nariz dele o fazendo cair gritando no
chão, bufei irritado passando a mão no cabelo, que já estava cheio de nó.
-Ama, com certeza ama, por isso apontou uma arma para você.
-Ela estava assustada Albertini!
-Acha que ela vai te querer, quando eu cortar fora o seu brinquedinho?
-Só depois que eu tirar Bia de lá, eu não quero ouvir um piu dele, por que
se ela ouvir algo, vocês não poderão piar mais. –Eles assentiram se
encaminhando para lá.
Vou dar uma lição nesse idiota, que ele nunca vai se esquecer.
Antes se quer que eu pudesse pensar no que faria com ele, vi minha
garota apontando a arma para ele que apontava uma arma para ela,
peguei minha arma pronto para atirar nele.
-Você acabou de matar os homens que trabalham para você! –Ele grunhiu
abaixando a arma. Vi Bia puxar o pino da arma que com um "tec" fez
Fabrizio a encarar. –Bia? Abaixa essa arma.
-Eu... Não posso. –Meu sorriso aumentou, era tudo o que eu queria ver,
minha esposa apontando uma arma para o Boreno, ela estava tão sexy, o
vestido preto apertadinho até o meio de suas coxas, podia ver a linha da
onde começava a costura do elástico da meia 7/8 preta q ela usava.
Fodidamente gostosa.
-Bia o que você está fazendo? Sou eu! O seu Fab! –E então em um ato de
total falta de inteligência ele a beijou. Vi minha esposa deixar a arma cair e
o silenciador saiu quando o gatilho foi acionado dando um tiro alto, em
segundos Thomas um dos meus homens que estava esperando no Jipe
estava do meu lado. Minha primeira reação foi mirar na cabeça dele.
-Não tão rápido. Vire, ou eu estouro o seu cérebro. –Em câmera lenta
assisti o imbecil se virar e levantar os braços. Ele me encarou desafiante.
Sorte sua que quero te matar com minhas próprias mãos, e com um tiro
você não sofreria tanto.
-Pietro deixe ele ir... –A voz doce de Bia murmurou ao meu lado, havia me
esquecido que ela estava ali.
-O que ele veio fazer aqui Bianca? Por que você matou esses homens? –
Resmunguei sem olhar para ela. Ouvi ela arfar baixinho.
-Vá Boreno, chame alguém para levar seus homens. Venha amor. –Peguei
ela a abraçando e caminhando para o carro."
Após o filme se passar pelos meus olhos, encarei Boreno que me olhava
temeroso. Tantas idéias correndo pela minha cabeça. Do que fazer com
ele, depois de obter uma resposta.
-Algumas respostas. Para começar, por que foi até meu galpão ontem com
dois homens? Obviamente não era para me roubar.
-Bianca. Mas você já estaria morto para tentar segurar ela. –O encarei
sorrindo, seu único propósito em me contar isso, era para que eu o
matasse.
-Ninguém! Fiz por que eu a quero, ela é minha. –Meus dedos apertaram
minha poltrona e o tecido se rompeu sob eles.
-Quer saber como foi tirar a virgindade de Bianca? –Torci o nariz, meu
humor ficando cada vez mais negro.
-Quero mais saber, como ela ficará quando eu contar, o que está dizendo
para mim.
Então eu o tinha pego, ele abaixou os olhos para o chão, aonde ele estava
tombado, e claramente vi o seu lábio inferior tremer.
-Ela vai descobrir que estou aqui! –Gargalhei me afastando dele, dessa
vez rumando até a porta do chalé.
-Ah eu sei. –Minha voz saiu calma e baixa. –E eu não vejo a hora dela
descobrir.
Sai deixando a porta aberta para Thomas, ouvi ele gritando meu nome em
quanto me afastava do chalé com Thomas em meu encalço, parei no
começo da trilha de volta para minha casa.
Bia.
Estava quente, o sol brilhava desde a hora que acordei, Pietro não estava
na cama, e eu pude desfrutar de algumas horas de preguiça, descendo
para a piscina, aonde os cachorros me acompanharam. Agora eu jogava
futebol com Afrodite, para me secar. E também por que dentro da casa o
clima estava péssimo, desde a chegada de Enzo e a esposa que não
saiam do quarto para quase nada. E os gemidos e cama batendo na
parede deixavam o clima pior.
Sentia que Andrea não aprovava o casamento, para falar a verdade
ninguém aprovava, mas minha sogra deixava isso muito mais claro, com o
rosto fechado sempre que o barulho aumentava e corria porta a fora, para
ir a algum lugar. Matteo tentava fingir que não ocorria nada, mas o ouvi
falar no telefone com Geovanne de manhã, dizendo que não imaginava o
filho ser tão enganado a troco de uma prostituta.
Já Pietro, só trocara palavras com Enzo no dia em que ele chegou, quando
eu quase afundei minha mão na cara da loira.
Droga.
Ele me encarava com desejo de cima a baixo, mas eu podia ver algo ruim
no fundo dos olhos dele. Afrodite pulava ao meu lado ainda, já Anúbis saiu
em direção à casa dos Albertini, assisti atordoada meu marido dar a volta
pela grade, até a porta aonde assobiou, chamando a atenção dela, que
correu porta a fora. Depois de entrar no campo ele fechou a porta a
trancando atrás de si.
Meu interior pulsou enquanto ele se encaminhava até mim, como um leão.
Tentei melhorar a expressão de choque do meu rosto, mas não alterou em
nada. Meu marido essa manhã usava um terno azul tão escuro que só o
sol mostrava que era azul, por que quando batia brilhava azulado. Em
alguns passos ele tinha as mãos em minha cintura me puxando para si.
-Eu já cuidei de tudo querida, jamais permitiria que outro homem a visse
usando esse pedaço de pano. –Ele resmungou passando os dedos pela
parte de baixo do meu biquíni.
-Você faria algum mal a mim Bianca? -Minha testa se franziu com a
pergunta. Neguei com a cabeça rapidamente. –O que Fabrizio queria fazer
ontem lá no galpão?
-Tive medo de você fazer uma besteira. –Assumi temerosa que ele fizesse
algo agora. Ele gemeu baixinho me empurrando até a trave do gol, sem
perceber havia andado com ele metade do campo.
-Rebola para mim minha rainha. –Ele gemeu no meu ouvido e rebolei com
vontade. Minhas costas batiam com força na trave, senti um ardor nelas,
mas apenas pedi para ele ir mais forte.
-Assim Pietro, com força! –Senti seus dentes em meu pescoço, e ele
mordeu ali quando se derramou dentro de mim.
Tremula desci do colo dele, era difícil me firmar no chão e sorri. Deus
nunca havia sido fodida contra uma trave de futebol. Pietro arrumava a
calça me olhando sorridente.
-Esqueça de pílula minha linda, e nem tente comprar, eu jogarei todas fora.
-Mas Pietro...
Um filho.
Capítulo 7 - Questões do Coração
OI PESSOAL!
tudo bem?
E ai o que estão achando? >.> para ser sincera amo muito essa
história kkk acho que é a minha preferida, se não com certeza uma
das!
Essa história está completa >.> então não se preocupem não vou
abandonar vocês!!!!
Mas bem que vocês podiam comentar para me dizer o que acham né
'-'
Beijocas
~~~~~~~~
Bia.
Opa.
-Olha, se vocês quiserem ver o sol nascer amanhã com suas cabeças
acima do pescoço é bom alguém me dar uma explicação nessa porra. E
EU ESPERO QUE SEJA MUITO SATISFATÓRIA. -Rosnei me levantando.
Meu vestido verde subindo e deixando mais da metade da minha coxa a
mostra. Nenhum deles se atreveu a olhar para elas. Sorri internamente. -
Vão ficar calados mesmo? Vocês têm certeza?
-Olha senhora Albertini, demos nosso melhor, mas um de nós foi ferido. -
Jason, o menor dos meus homens respondeu me olhando tremendo.
Bando de trouxas.
-Que se foda! Você acha que te pago muito bem, para ouvir você ter
peninha de quem levou um tiro? EM PORRA?! Eu não quero saber se
fulano se machucou ou não, se quisesse sair inteiro tivesse treinado
melhor, são um bando de incompetentes!
-Então batesse neles com essas coisas que tem na ponta dos seus
braços, que se chamam MÃOS! A não ser que queiram ter o penis de
vocês nelas, só que DESCOLADOS DOS SEUS CORPOS. -Os 4 se
apressaram a negar. -Eu quero que liguem para o Giuseppe, e diga que
vou resolver isso ainda hoje. Agora sumam da minha frente! Bando de
imbecis. -Eles finalmente respiraram enquanto saiam do escritório. -
Thomas, você fica. -Falei calmamente, o vi estacar e uma gota de suor
descer pelo seu pescoço, ele se virou para mim, fechando a porta atrás de
si. -Tem algo, que eu preso muito Thomas Carter Fatinni. E se chama,
lealdade. -O primo de Pietro assentiu mais uma vez. Ele eram muito
parecidos fisicamente, já que Pietro puxou ao lado da familia de Andrea.
Alto, olhos verdes, o cabelo era preto mas igualmente bagunçado, tinha
um corpo todo definido e sardinhas no nariz.
-O que está tentando esconder de mim Thomas? -Os olhos dele não
demonstraram surpresa, continuou me olhando em silêncio. Não vi o
tempo passar, mas depois do que pareceu ser apenas minutos, Pietro
rompeu a porta. Sem bater, uma mania péssima dele que me enervava e
muito, nos encarou atentamente.
-Bianca, vou te dar uns bons tapas mais tarde por essa ousadia.
-Calado Albertini. Vocês têm dois minutos para me contar o que está
havendo. Pietro tem andado muito estranho, sumindo todo o dia pela
manhã, e agora Thomas, não consegue nem me olhar nos olhos sem
tremer.
Meus olhos não se desviaram dos dele, até o brilho azulado, do que a
caixa carregava, chegar ao rosto dele. Abaixei o olhar, e meu coração
bateu mais forte. Colocando uma mão na boca, enquanto pegava a caixa
na outra. Tentei me manter em pé encarando a jóia que ele me dava.
-Sim.
-Por que você merece o melhor Bia. -Ele sorriu me olhando. Pegou a jóia,
nas mãos grandes e passou o cordão pelo meu pescoço, com um "tec" ela
foi fechada. Coloquei minha mão em cima da pedra, que agora eu podia
perceber o quão era pesada, e fechei os olhos.
Pulei no pescoço dele o fazendo rir, seus braços seguraram minha cintura,
me apertando mais a ele. Então ele cobriu minha boca com a dele, e gemi
em resposta, me esquecendo completamente de Thomas. Ao longe ouvi a
porta ser fechada.
-Vamos lá minha linda, quero ver você sem nada, além desse lindo colar. -
Meu marido murmurou com a voz grossa em meu ouvido. E me permiti ser
guiada por ele.
Pietro.
Mal sabe ela que ele tem feito isso para me obrigar a devolver o Boreno.
-Ah! Eu sei, sou o marido dela lembra? Por isso dei a ela o coração do mar
conhece? -Ele me encarou, a boca se abrindo em choque. -É um diamante
azul. Eu pedi para lapidarem em forma de coração. Mandei fazerem só
para ela.
-Desgraçado! -Ele rosnou, Anúbis que estava com a cabeça deitada em
minha coxa, ressonando tranquilamente, levantou a cabeça e olhou para o
Boreno rosnando alto. As orelhas se achatando na cabeça. Ele
estremeceu me olhando e depois para o cachorro, que começava a se
levantar encarando ele.
-Sim?
-Já está avisado, sobre o que acontecerá com você, se deixar Bianca
desconfiada de novo. -Meu primo assentiu, engolindo em seco. Belo idiota,
não sabe esconder um segredo. O assisti sair da cabana, e suspirando
chamei Anúbis, que alegremente se sentou a minha frente, com um filete
de sangue escorrendo pela boca. Com um lenço, limpei o sangue e
acariciei sua cabeça. -Sabe Boreno, agora você poderá morrer de
infecção.
-Você... Não permitiria. -Sua voz saiu tremula, o rosto sujo, molhado pelas
lágrimas.
-Não antes de dar um presentinho a minha esposa. Deve ser bem "inho"
para ela correr para mim na primeira oportunidade.
-Ela não liga mais para você, é minha esposa, minha mulher.
-Não, ela é sua esposa, e minha mulher. -O encarei, seu rosto agora
alegre, meu sangue começou a ferver.
-Pietro? Bia não está em casa, acho que já foi. -Thomas entrou na cabana,
percebi que estava inclinado para frente. Coloquei o prato no chão, e
Anúbis o atacou comendo a carne, encostei minhas costas no estofado,
franzindo a testa.
-O que disse?
-Os homens disseram que ela saiu logo depois de você, em direção a
mata. -Thomas me olhava com os olhos castanhos arregalados, tão logo
ele me disse, sorri. Ela não era boba.
-Talvez eu a tenha subestimado, meu pai não me casaria com uma mulher
tão influenciável.
-Não.
-Sim Pietro.
-Você tem dois minutos, para me dizer quem está ali dentro. -Sua voz era
decidida. Anúbis olhava por cima de meu ombro sorrindo para ela. -Eu não
estou brincando Pietro, vou estourar sua cabeça. -Ri alto me levantando,
quando me virei de frente para ela, meu corpo esquentou.
O cabelo estava todo ondulado, solto ao redor do corpo gostoso dela, que
estava vestindo um pequeno vestido vermelho sangue com um decote
generoso, se moldava em suas curvas com perfeição, fazendo jus ao
corpo maravilhoso dela. Um batom roxo nos lábios carnudos, e os olhos
apenas com um delineado e cílios postiços. A arma que ela tinha nas
mãos tinha as inicias dela no cabo.
Deliciosa.
Notei o coração do mar no pescoço dela, e quase ri com isso. Sabia que
era proposital a presença dele ali.
-Chutei.
Meu coração errou uma batida olhando o rosto de Bianca corar, ganhando
um tom vermelho ardente nas bochechas delicadas. Ela olhava para baixo,
evitando meu olhar, e meu coração finalmente se apertou.
-De te perder.
Antes que eu pudesse me deter, permiti que ela visse o medo que me
consumia, o ciúmes que ardia dentro de meu peito como um vulcão
prestes a explodir, e eu que pensava, que ele já tinha explodido. Bia me
olhou deitando a cabeça, tentando buscar algo nos meus olhos, que nem
eu conhecia.
Eu estava apaixonado.
Porra!
OH MY FUCKING GOSH!!!!!
10 anos atrás
Rússia
–Eu sei que vai, e ele irá te amar também. Não será como eu Bia.
(...)
Itália, Roma
Tempos Atuais
.Bia.
Meus olhos se fecharam em fendas, e acabei por pisotear meu celular, que
por fim parou de tocar, e também de funcionar. Olhei para Fabrizio
novamente, tentando controlar minha raiva que se alastrava pelo sangue.
–Claro, quer que eu chame alguém para levar o falecido? –Ela perguntou
rindo, apontando o meu celular, arqueei a sobrancelha ameaçadoramente,
a fazendo gaguejar desculpas antes de sair.
Minutos depois ela entrou, Isabel Abgail Cesarin, minha irmã mais nova,
era estranhamente diferente de mim, olhos azuis , o cabelo loiro claro
reluzente e liso. Ela vestia roupas sociais, o tipo de roupa que eu
costumava vestir. Uma saia social apertada preta e uma blusa de seda
sem mangas branca. Os olhos me mediam.
–O que quer?
–Isabel... Qualquer coisa que chegou a prender você a ele se foi, quando
você perdeu aquela criança.
Quase me arrependi de ter dito isso, quando os olhos dela se encheram de
lágrimas. Ela abaixou o olhar por alguns segundos, quase sussurrei um
pedido de desculpas, mas quando ela voltou a me olhar, tinha o olhar duro
novamente.
–E ele vai.
Pela primeira vez desde que ela entrou, eu pude perceber o que estava
acontecendo ali, eu não estava conversando com minha irmã mais nova,
aquela menina que chorou no meu colo por dias, após perder o bebê, eu
estava falando com uma mafiosa. Com a nova chefe da familia Cesarin,
meu pai nunca havia voltado a seu posto, ele colocou Isabel nele.
Então, minhas cargas não estavam sendo atacadas pelo meu pai como
pensei, era por ela, Isabel ainda me olhava séria, quando em alguns
segundos, eu arranquei meu canivete da cintura e a virei de costas, a
segurando pelo pescoço, as costas encostadas no meu peito, a faca em
sua garganta. Ela gemeu surpresa, mas se manteve parada.
–Vai me matar? Já que seu maridinho não teve sucesso com isso?
–Me mate, vai ser melhor me ter morta do que sua inimiga.
–Cale a boca sua imbecil, você é minha irmã porra. Aja como adulta.
–Eu vou acabar com você Bianca! –Grunhi apertando a ponta do canivete
no pescoço dela, a pele se abriu, fazendo algumas gotas de sangue
descer pelo pescoço branco.
–Foi o papai.
–Por que você o quer tanto? Depois de tudo o que ele te fez.
–Como que nosso pai pode te deixar a frente dos negócios? Você não é
normal.
–E para ser mafioso, precisa ser tão normal quanto você? –Ela murmurou,
segundos depois ela batia a porta. Meu coração acelerado, quase saia
pela a boca.
–Bia?
–Com saudade.
–Nada sobre você e sua irmã, se isso te preocupa mais que o meu bem
estar.
–Ele não vai te querer depois. –Senti meus músculos enrijecerem, a porta
se fechou com um baque, e me mantive olhando a maçaneta. –Ele não vai
mais querer te ver depois.
'' –Passei pelo trem as 10:00 –Uma voz grossa murmurou em meu ouvido,
senti meu corpo se arrepiar. Era a frase de segurança que meu pai disse–
me aquela manhã.
–Pietro Albertini –ouvi a sua divina voz mais uma vez em quanto me
estendeu sua mão. Seus olhos ainda me prendiam, mas consegue me
endireitar dando minha mão a ele e murmurando meu nome. –Estou
atrasado?
–Sim, o que me lembra por que seu carregamento de ontem foi roubado –
Retruquei agora vendo suas marcas de roxo no rosto.
–Touché
–Que tenho mais jeito pros negócios que você Albertini. –Ele sorriu, mas
seu olhar era irritado, então mais rapido do que pude revidar ele me
prensou contra a parede, gemi abaixando os olhos. –Me solte.
Jamais iamos dar certo, seria uma relação de queda de braço pior que as
de nossos pais, pelo seu olhar ele pensou o mesmo. Desviei o olhar e vi
Fabrizio na porta da igreja nos olhando.
Talvez ainda não tenha dito, mas somos famosos pela Italia e pelo mundo,
então o que não falta são fotos nossas em revistas de fofoca.
–Desde que ele saia de nosso caminho nenhum, será uma mulher casada,
então aja como uma.
–Não seja por isso. –Ele colocou a mão no bolso, ouvi alguns cliques de
armas ao nosso redor. Ele riu baixinho. –vão atirar em mim? ''
Meus olhos arderam, antes que eu pudesse reagir, senti meu coração se
apertar. Não isso é impossível. É impossível.
–Você pode enganar a todos, podem enganar até o Albertini, mas não a
mim Bia. Nem a si mesma.
–Cala a boca Boreno! –Gritei, me virei para ele raivosa, o sangue que
segundos atrás sumira do meu rosto, quando senti a verdade aparecer,
agora voltara, me deixando corada de raiva. –Você não tem o direito de
dirigir a palavra a mim!
–Então o faça! Por que tudo foi tirado de mim! Eu não tenho mais ninguém.
–Eu nunca pertenci a você. –Rosnei, antes que tirasse minha arma da
coxa, sai do quarto batendo fortemente a porta, ignorei a frase que veio de
dentro então sempre pertenceu a ele.
Isabel.
O quanto o amor pode ferir? Eu era o exemplo vivo, que ele pode se tornar
um zumbi. E é isso o que sou, um zumbi, sedento por carne humana.
Não me lembro de ter voltado a lucidez desde que sai da Rússia, não me
lembro de ter conseguido sair de dentro da minha bolha de ódio e tristeza.
E agora, eu tinha em minhas mãos, o poder para sair dela, em minhas
mãos tinha a chance de ter Pietro Albertini, de uma vez por todas.
Eu não o queria vivo, o queria morto, queria o seu corpo sem vida, para
que talvez assim, eu pudesse ressuscitar a minha alma.
–Bia não vai para casa a dias, Pietro está completamente louco, não sai do
escritório, e já matou 2 detetives. –A loura me contou, bebia um chá na
garbosa xícara de porcelana. Estava sentada na poltrona que ficava em
frente a minha mesa, eu olhava para o lago que era atrás de meu
escritório.
–Não o deixe vir aqui, isso pode acabar com meus planos.
–Como farei isso? Sua irmãzinha quase socou a minha cara quando me
viu.
–Eu não quero saber de quem você gosta. –Rosnei batendo no vidro da
janela, ele tremeu e um barulho alto soou pelo escritório. –Você não tem
que gostar de ninguém Isabella, tem que fazer o seu trabalho.
–Se você gosta tanto desse Albertini, é bom fazer o que eu mando, por
que posso te mandar uma caixa de presente com a cabeça dele.
–Você não é grata pelo que meu pai te fez? –Rosnei, ouvi um fungar vindo
de trás de mim. Mas quem se importa com o sentimento de alguém aqui?
–Eu sempre fui muito grata a vocês todos. Fiz tudo o que você queria Isa.
Bia nunca me exigiria isso, ela sabe muito bem por que estou lá.
–Ela o quer, ela o quer para ela, mas ele é meu. É MEU! –Gritei me
virando para ela, Bella se levantou da mesa, recuando alguns passos.
–Você tem que esquecer ele Isa! Está doente. –Gargalhei, meus olhos se
arregalando.
–Eu nunca fui normal. AGORA SAIA DAQUI! E não se esqueça Bians, um
Cesarin sempre cobra suas dividas, por bem ou por mal.
Com os olhos azuis arregalados, ela correu porta a fora. Meu coração
batia acelerado, e me sentei na mesa. Meus olhos encarando o pote em
cima da lareira. Meu filho descansava ali. Anthony era tão pequeno que
nem os olhinhos eram formados ainda. Me permiti sentir o amor que se
alastrou por meu corpo ao olhar ele. Tão pequeno e inocente, sofreu por
causa de um Albertini!
–Meu bebê. –Murmurei sentindo as lágrimas descerem por meu rosto. –Eu
o farei pagar, farei com que deseje, nunca ter me feito aquilo. Minha mente
viajou para aquela noite 10 anos antes.
'' Um floco atrás do outro, e o chão era como um cobertor de minha casa
na Itália, branco e felpudo, o cheiro de casa fez meu coração se apertar.
Eu estava sentada em uma pequena pracinha, que existia dentro do
internato, sozinha, minha mão estava sobre a pequena elevação de minha
barriga de 3 meses.
Talvez minha distração tenha me feito vítima naquela noite, ou talvez foi a
minha inocência que me fez vitima. Eu e Bia não sabíamos ao certo o que
nosso pai fazia, apenas que era algo ilícito e que nos transformava em
alvos, no meu caso, dos Albertini.
Foi tudo muito rápido, dois homens se aproximaram de mim, antes que eu
pudesse gritar por Bia, que estava ali próxima, eles me arrastaram para
um canto dos muros.
Por que tudo aconteceu em câmera lenta? Por que pude pensar nos dias
calmos que passei na Sicilia com Pietro no verão? Quando me colocaram
no chão de um galpão de alimentos, eu tinha o rosto empapado de
lágrimas e pude ver o rosto deles. Os dois eram Italianos, e me olhavam
com malicia.
–Com certeza, preferiria fazer isso com a doce Bianca. Mas já que tem que
ser com você.
–N–não! Não podem fazer isso! –Arfei os olhando com medo, mais medo
ainda agora, aquele bebê era tudo o que me restava, antes que eu
pudesse gritar por ajuda, o primeiro homem, que tinha olhos verdes
gelados, como as noites da Rússia, me segurou no chão, e aquela foi a
visão que tive. Os olhos dele, em quanto ele me segurava no chão, e o
outro me estuprava.
Os olhos verdes gelados, que guardavam uma alma nojenta. Ele me tirou
do chão para que o outro pudesse deitar em baixo de mim, e então eles
me invadiram ao mesmo tempo.
Seria isso a única coisa que me tornara digna do nome Cesarin? Eu não
ter gritado, nem chorado, em quanto eles me usavam?
–Temos que matar a garota agora. –O homem dos olhos verdes disse para
o outro. O segundo homem o olhou abismado.
–Sabe doçura, você foi ótima, acho que melhor do teria sido sua irmã.
–Eu não teria tanta certeza. –A voz de Bia soou alta atrás do homem, olhei
por sobre o ombro dele, em quanto ele se virava.
–Saia de perto da minha irmã agora. –A voz dela era alta e dura, como o
papai falava comigo, quando eu chegava tarde em casa, e eu pude sorrir,
minha casa, o cheiro dela. –Vem cá, chega pertinho de mim.
–Ela não precisará se mover. Por que você já está na minha mira. –Uma
voz grossa apareceu de cima de uma enorme empilhadeira.
"Vai pagar por ter feito isso a ela, vai pagar caro Albertini.
Não precisei virar minha cabeça para a porta do escritório, para saber
quem entrava por ela, o barulho do salto alto me trouxe a realidade, só ela
fazia esse som ao andar.
–Mas ele nunca vai saber sua imbecil, por que você não pode contar a ele
que esteve grávida.
–Você não vê o que vai acontecer? Se ele souber disso, ele vai atacar os
Albertini, não podemos fazer isso, vamos perder uma luta contra eles. E
nossa credibilidade, ele deu a palavra dele.
–E ele vai Isa, mas eu quero que você se trate, por favor.
–Você jura?
–Juro. –Ela disse, me abraçando, me permiti desmoronar nos braços dela.
Se Bia acha que vou me render, está muito enganada, ninguém nunca
mais irá me enganar. Nunca!
Bia.
Itália, Roma
"Não senhor Albertini! Não faço idéia da onde ela possa estar!" –
Uma voz gaguejada o respondeu.
–Achei que tinha fugido com o Boreno. –A voz temerosa que ouvi,
me fez sorrir internamente. E o grande mafioso se rende ao amor.
–Eu não sei mais o que você faria Bianca. –Ele rosnou, virou o
rosto pra me encarar e arfei, ao ver os olhos marejados.
–Pietro...
–Por que você está colocando a culpa em Pietro? Eu sei que não
foi ele o mandante do estupro da Isabel. –Joguei verde, mas meu interior
dizia que não era ele, não podia ser. Ele deveria se lembrar dela, mas
depois de uma busca pelo seu quarto, não encontrei nada sobre ela, em
lugar nenhum daquela casa tinha uma mínima foto dela. Não é possível
que um romance de verão do qual Isabel, tinha certeza que ele a amava,
não tivesse rendido nenhuma foto. Isabella agora me encarava de igual
para igual. Irritada coloquei sobre a mesa uma das fotos de Isabella mais
nova, sendo estuprada por um dos homens que estupraram minha irmã, o
homem era alto, de olhos verdes sombrios. Ela encarou a foto, firmemente.
–Eu tenho o vídeo, quer ver ele?
"–Papai! Me solta."
–Abre o bico Isabella, meu marido não fez nada disso, eu sei que
não.
–Está me questionando?
–Não Bia!
–Bia, eu juro...
–Afrodite!
–Nunca matei ninguém com essa arma, olhe que é uma das
minhas preferidas. Ganhei quando me casei, está escrito Bianca Albertini
aqui no cano. Até ganhei balas com meu nome, talvez seja por isso que
nunca tenha usado ela.
–Sei que não vai me matar Bia. –Sorri estreitando os olhos. Matei
homens que treinei e conheci desde pequena, por que não mataria uma
vadia que está me atrapalhando?
–Isabel?
–O que fez com ela? Enzo sabe que ela está ferida?
–Oh!
–Isabella...
N/A INICIAL
OH MY FUCKING GOOOOOOOOOOOOOOSHHHHHHHHHHHH
EHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHH
Esse capitulo conta a história da Afrodite *-* a Pitbull mais linda que
toda a Itália ja viu!
Admito que chorei igual besta o escrevendo haaha, é meu amor por
cães que o faz.
BEIJOCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS <3
*************************************************************************
Capítulo 10 – BÔNUS: Uma deusa do amor
Bia.
Ela, uma loira com mais de 1,70 de altura, musculosa e com um rosto
impassível, tirava o sono de qualquer uma de nós nas noites de quarta-
feira, já que era na quinta que tínhamos aula de luta corporal.
Meu quimono branco serviria de lencinho para o rosto dela, que sorria em
deleite me encarando do outro lado do tatame. Apertei minha faixa
vermelha na cintura, em um pedido mudo de ajuda para o tecido que não
serviria de nada.
A adrenalina que corria minha veia, me fez levantar de uma vez, fazendo
todas ao redor se calarem, meus olhos colados nos olhos de Abigail, o
barulho do gongo me fez voar em direção a ela.
Dei a volta a empurrando nas cordas, ela tropeçou e caiu nelas, que se
curvaram a empurrando de volta, a monstruosa garota caiu de costas no
chão, bem a tempo de me assistir desferir um murro em seu nariz o
afundando em seu rosto.
Não usei de força o bastante para matá-la infelizmente, mas o bastante
para que o sangue esguichasse em meu rosto, me dando a confirmação
de que ele estava quebrado.
As minhas alegrias são os presentes que papai me manda, ele diz nas
cartas que é para aplacar a saudade de casa e a solidão.
Aproximei-me da minha cama e puxei a carta de uma fita rosa. Foi então
que um estranho barulho veio de dentro dela.
Pensei em gritar por ajuda, mas algo dentro de mim permanecia calmo e
até curioso. Então antes até de abrir a carta puxei a fita da caixa rosa, que
agora eu notava ter vários furinhos.
Eu nunca tive um bichinho, Isabel era alérgica a pelos e meu pai era
irredutível quanto a isso, o que me deixava muito chateada. Observando a
pequena bolinha de pelo a minha frente, abri a carta rasgando o envelope
rosa.
Sei como tem sido duro para você minha princesinha, estar tão jovem, tão
longe de sua casa, sua família e tudo o que você tanto ama. Como a praia,
o campo, e tudo o que a Itália a faz sentir.
Soube que tem sido difícil para você a vida na Rússia, é muito frio e você
tem estado gripada a maior parte do tempo.
Antonella ainda não quer deixar que Isabel viaje para estudar com você,
estamos brigando muito por causa disso, todas as Cesarin estudaram ai e
é o melhor local para ela aprender a cuidar dos negócios.
Perguntou-me sobre sua irmã na última carta, e ela está bem sim, só a
super proteção de sua mãe que a atrapalha, ela quer muito estudar ai com
você.
Eu sei como gosta de receber cartas, mas eu sou péssimo para escrevê-
las Bia, então peço que me desculpe estar tão curta.
Está tudo resolvido sobre a estadia dela ai com você! A ração dela será
comprada pelo dono da escola e ele lhe dará.
Beijos filhota.
Sandro Cesarin
Ela bocejou, e bateu com a patinha no laço de seu pescoço, uma, duas,
três vezes. Virou a cabeça para o lado e mordeu o laço o puxando. Havia
começado uma luta.
Rosnando irritada, desistiu minutos depois, a coloquei na cama rindo.
Puxei o laço do pescoço dela que se desfez, revelando uma coleira rosa
com algumas pedrinhas brilhantes, uma plaquinha no pescoço me chamou
a atenção.
A segurei tentando ler, ela virou a cabeça para o lado orgulhosa, estava
escrito meu nome, e o espaço do nome dela vazio.
Sorrindo igual boba a peguei no colo, me deitando na cama com ela, ela
resmungou alegre, se deitando em frente ao meu rosto, colando nossos
narizes.
Fechei os olhos depois que ela fechou os dela, e dormi ao seu lado.
[...]
-Bom dia branquinha! -Falei com ela que bocejou me assistindo sair da
cama.
Eu havia dormido a manhã do dia anterior toda, a tarde toda e a noite toda,
estava faminta, e suponho que a branquinha também.
Peguei a caixa do chão, e notei que dentro tinham dois potes, um cheio de
ração e o outro vazio. Fui até meu filtro e o enchi de água, o colocando,
junto do de ração ao lado da minha cama.
Ainda alheia a mim, ela caminhou para os potes ao lado da minha cama,
bebendo água até acabar e depois comeu toda a comida do pote.
-O que eu faço com você? Preciso comer. -Admiti sentindo meu estomago
roncar. Ela estava sentada lambendo a patinha. Então pensei em sair e ir
comer.
Segundos depois, o café que eu bebia foi esguichado pela minha boca.
OH
MEU
DEUS
Sai quase que correndo, cai no chão algumas vezes até chegar à porta do
meu quarto, a chave caiu no chão de madeira, bem no vão, e o choro dela
era mais alto.
-OLHA QUE BAGUNÇA! -Gritei irritada, os olhos azuis dela pularam para
meu rosto, se levantou e correu alegremente na minha direção. -PODE
PASSANDO PRA LÁ. -Os olhos que por um segundo ficaram alegres,
agora estavam tristes. -FEIOSA!
Com um ganido a bagunceira se escondeu de baixo da minha cama.
Fechei a porta do meu dormitório e me voltei as roupas, que molharam da
água dela, as juntei colocando no pequeno varal.
Foi quando um barulho na porta chamou minha atenção, caminhei até lá,
olhando pelo olho mágico, e encarando meu professor de luta.
–Agora Cesarin, vamos conversar sobre o que fez com Abigail ontem. –
Arregalei os olhos olhando os dois, ela me olhava sorridente, quando o
professor a abraçou e beijou os lábios dela. Perto da amante ele parecia
um anão.
–Meu pai vai saber o que fizeram, isso não acaba aqui. –Fiz minha melhor
ameaça, papai não deixaria ninguém se vangloriar em cima de nossa
família.
–Deve ser muito boa de cama! Por que ninguém iria te querer se fosse
pela inteligência. –Resmunguei, recebendo o primeiro soco. Cai no chão e
minha cabeça bateu no baú de madeira que ficava na frente de minha
cama, meu coro cabeludo se abriu e o sangue pingou.
–Garota insolente!
–Não seja tola garota. –Ele disse se aproximando de mim, dei uma olhada
para trás e notei que Abigail estava desmaiada, o nariz antes com
bandagens agora sangrava ainda mais que ontem e as bandagens
encharcadas pelo sangue pendiam presas pela ponta em seu nariz.
Eu a matei.
–Uma vida, por outra. Parece-me certo Bianca. –Ele falou calmamente, em
quanto puxava meu cabelo, agora empapado pelo sangue que ainda
escorria, fazendo minha mente se nublar. Gemi de dor permitindo-me cair
em seu peito. –Ou talvez eu deva fazer uma troca justa, uma amante por
outra.
Arfei em busca de ar que agora ficava difícil de ser encontrado, depois que
a adrenalina parava de correr o sangue, as lesões se apresentavam.
–Irá desmaiar daqui a pouco querida. –Ele sussurrou, o cano frio da arma
encostada em minha nuca, me debati em seus braços e ele riu me
apertando mais. –Quanto mais lutar, mais rápido irá dormir Bia.
Meus olhos arderam, a mão dele desceu para a saia de pregas que eu
usava, a minha mente ficando mais turva.
O primeiro tiro foi em suas costas, mas ele já a havia chutado e ela batera
a cabeça no pé da cama novamente.
O barulho dos meus tiros, haviam chamado a atenção, e minha porta foi
aberta, o diretor a cruzou com as mãos na boca em choque, em quanto eu
ainda a abraçava. A branquinha me olhou com os olhos azuis amorosos e
os fechou.
–PELO AMOR DE DEUS! ME AJUDA! –Gritei para o homem, que
finalmente voltou a si me olhando jogada no chão, com o rosto inchado e o
sangue lavando meu cabelo.
*************************************************************************
N/A FINAL JÁ ACABOU JÉSSICA?
OI OI PESSOAL! E AI CURTIRAM?!
eueueueueu!!!!!!!!!
Bia.
–O que? Que você não me contou nada? Que você ficou esse tempo todo
escondendo de mim que supostamente eu mandei estuprarem sua irmã? E
que agora você está desesperada por que a Isabella foi contar para ela
que está grávida de mim? Por causa de alguém que eu sequer conheci
você quer tirar o nosso filho Bianca. –Thomas e Enzo me encararam com
olhares piedosos, mas meu sangue ferveu na hora.
–Não tinha como eu saber que não era você o homem que ela tinha saído
Pietro!
–Ótimo, uma única coisa que você poderia ter feito para saber era ME
PERGUNTAR PORRA. Enzo, você e o Thomas vão achar um jeito de
encontrar o Geovane e trazer esse desgraçado até aqui! Por que tudo isso
é culpa dele.
–Sim Pietro.
–E Enzo, se você não matar a vadia da Isabella, eu mesmo o farei.
–Pietro a sua mulher atirou nela sabia? E nem por isso estou tentando
matar ela.
–Talvez seja por que quem manda aqui sou eu, não você. Lembre–se que
está aqui para seguir ordens não me questionar.
–Agora cale essa sua boca e suma daquia pietro o interrompeu- só volte
com o Geovane em mãos, e se quiser ter a sua putinha viva é bom voltar
logo. –Os dois saíram do quarto quase que correndo e eu tremi na cama. –
Agora você Bianca. Tudo o que tinha que fazer era ser sincera comigo.
–Como eu ia saber que o Geovane fingiria ser você para transar com a
minha irmã?
–Eu tenho cara de homem que foge da raia Bianca? Eu não estou aqui
porra?
Sendo seu marido mesmo que nem tenha te conhecido das maneiras
normais?
–Por nada meu menininho. –Ela sorriu apertando a bochecha dele. Pietro
corou e ela saiu fechando a porta.
–Ótimo, então atire. –Ele jogou a arma dele no chão. Ela fez um estrondo
quando caiu na madeira. –Não vou machucar você Bia.
–Por que eu amo você. –Estaquei. Meus dedos soltaram a arma que caiu
fazendo um estrondo mais alto ainda.
–Que eu te amo.
–Pietro...
–Olha Bia, não precisa me dizer que me ama, até por que eu sei que não.
Eu
só quero que seja sincera comigo e tente fazer nosso relacionamento ir
para frente.
–Estou tentando, mas é difícil. Há pouco tempo você era o cara que eu
tinha que matar.
–Isso não é o bastante para mim Bia. –Ao dizer isso ele saiu e bateu a
porta com força. Meus olhos se arregalaram e cai na cama sentada.
Afrodite e Anúbis estavam me olhando com olhares julgadores.
Falsa!
Antes que pudesse brigar com ela, meu celular começou a tocar na mesa.
Meus olhos correram na direção dele, que vibrava em alto tom. Um arrepio
de terror passou por minha pele. Me levantei e corri em direção a ele.
Quando o peguei o nome apareceu na tela para me assombrar.
Isabel.
–Alô?
–Eu ainda não fiz nada, por que esperava que viesse pessoalmente, já que
você a colocou nessa encrenca.
–Eu?
Merda
–Não sabe? Ótimo, venha até aqui então. Quando eu abrir seu maldito
útero eu saberei se tinha ou não uma criança ai dentro!
–Você não teria coragem de fazer isso Bia, sou sua irmã mais nova.
–Venha buscar Isabella, ou te mandarei parte por parte dela, até não restar
mais nada. –Ela desligou e eu coloquei o celular na mesa. Meu corpo
estava estático.
Não tive outra reação além de sair do quarto atrás de Pietro, desci as
escadas correndo, e entrei no escritório dando de cara com um Pietro
bebendo Whisky e fumando um charuto, minha calcinha molhou na hora.
Antes que eu o atacasse, Afrodite e Anúbis passaram correndo do meu
lado para dentro do escritório.
–Eu sei que está irritado comigo, mas tenho algo para te dizer. –Ele virou a
–Escute aqui Cesarin, você pode estar muito brava comigo, mas não
venha falar assim com o Anúbis. –disse se virando para mim. Jogando a
fumaça do charuto em mim, tossi algumas vezes agitando os braços, para
dissipar ela.
–Pietro...
–Vou resolver isso Bia, quero saber como esta nosso filho. –Ele se
ajoelhou em minha frente acariciando minha barriga, sorri com a cena.
–Está bem.
–Ótimo, quero resolver tudo com Geovane quando ele chegar, e mando
Enzo atrás da puta dele.
–Cuspindo no prato que comeu. –Resmunguei, Pietro levantou me
encarando de cima, aquele olhar ameaçador dele que só me deixa mais
irritada, o encarei a altura.
Uma batida na porta e Mateo entrou, nos viramos para ele que começou a
rir ao encarar nossos olhares assassinos.
–Desenrola logo, Mateo. –Resmunguei, meu sogro sorriu mais ainda. Nas
mãos uma carta.
–Para você Bia, ao que parece ele não tem o número do seu celular. –Ele
falou rindo, peguei a carta com força desnecessária.
–De quem é a carta docinho? –A voz do meu marido foi irônica, o que me
fez esmurrar o braço dele. Com mais uma risada alta Mateo saiu do
escritório.
–Achei que ele já tinha aprendido a não mexer com o que é meu.
–Não sou um objeto para ser sua Albertini. De um jeito nisso de Isabel, ou
eu darei um jeito em você. –Resmunguei antes de sair do escritório.
Afrodite andou do meu lado até a porta da frente.
Será que eu esperava que ele ainda estivesse ali? Em cima de um cavalo
branco ou algo do gênero? Sentei–me nas escadas da entrada, ansiosa de
mais pela chegada de Enzo para esperar dentro de casa. Acabei abrindo a
carta, que no envelope tinha escrito "Bela Mia" sorri para a carta sentindo
meu coração de encher.
Bia
Olha, eu não sei porque estou novamente tentando falar com você,
deixou bem claro que o que tínhamos não existe mais, sei que odeia
que te persigam e entendo isso, eu sinto muito por estar o fazendo.
Eu a amo
Tudo o que mais queria é ser o Albertini, alguém que pudesse ter
você. Preciso mesmo te ver, preciso estar com você.
Para sempre,
Fab
Podia ouvir os passos atrás de mim, além dos de Afrodite. Acionei a chave
do carro, o fazendo bipar no fim da enorme fila de veículos da garagem
dos Albertini. No fim, ele se manifestou, assim que abri a porta do carro e
Afrodite pulou para dentro animada, ele me segurou pelo pulso, me
fazendo virar de frente e ver seu rosto agora intimidado.
O grande Albertini teme perder alguém, muito irônico.
–Aonde vai? –A pergunta soou com uma reposta ao fundo, ele sabia, senti
que ele queria uma resposta diferente da óbvia, puxei meu pulso entrando
no veículo. –Não vá.
–Eu não amo você Pietro. Nunca amarei. Agora que estou grávida está
tudo acabado.
Enquanto coloquei a chave na ignição, ele infiltrou uma de suas mãos para
minha nuca, fui puxada para seus lábios doces, que aceitei de bom grato,
me agarrei a ele, sua língua se enroscando na minha, era quente e eu
gostava, beijar ele era como estar de noite sentado na areia de uma praia
e você pode ver a lua tocando o mar lá longe, era a sensação da coisa
mais bela, do momento mais solene e perfeito. Aceitei os gritos de minha
mente para não desistir do plano original de minha familia, não agora que
cheguei tão perto. Eu não deixaria um sentimento me vencer.
–Eu amo você Bia. –A voz soou baixa e rouca, ele mordeu o lábio inferior e
abaixou o olhar.
Me sinto mal por isso, tem algo dentro de mim que clama por ele, que
implora para que eu saia do carro e volte para seus braços.
–Bia...
–Adeus Pietro. –Digo acelerando o carro. E o vulto do homem que
desperta algo em mim, que acredito que nunca entenderei. Fica para trás.
[...]
Itália, Roma
Terra Mia
–Muita.
–Sabe, me lembro da ultima vez que competi com ele nas olimpíadas.
–Você é muito bobo. –Afrodite latiu para Ventania, que bateu as patas da
frente na grama. E estava iniciada a briga.
Ela correu até a cerca pulando para dentro, Ventania correu e ela correu
atrás. Fabrizio riu comigo me puxando para si. Estranhamente, me senti
desconfortável.
–Tudo bem...
Olho para a enorme fazenda que meu pai me deu a alguns anos. A
enorme casa principal se estende atrás de nós, na nossa frente uma mata
que se abre para uma trilha onde apenas passam carros, do nosso lado
tem a área que meus cavalos ficam soltos, do outro lado uma enorme
plantação de uva.
–Acha que ele virá atrás de você quando? –Olho para Ventania que
relincha abaixando a cabeça.
–Eu... estava preocupado... volta para casa Bia, volte para mim. –Meu
corpo reagiu a suas palavras, se não tivesse me obrigado a permanecer
imóvel, teria corrido para ele.
–Não! Não quero que venha, nem que fique me ligando Albertini.
–Mas... Bia, eu sinto muito... Não faça isso conosco. –Antes que eu me
afundasse mais em um momento de fraqueza, desligo o celular o pondo no
chão.
–Não Fab, quero caminhar um pouco, acho que irei pegar o Ventania e
sair por ai.
Sem esperar uma resposta corro até meu cavalo negro, abro a porteira e
ele sai me olhando desconfiado, passo meus dedos em suas orelhas até
seu nariz, Ventania esfrega a cabeça em minha mão.
–Bianca Maria Cesarin, espero ter um grande motivo para me fazer ter que
sair de casa e vir atrás de você.
–Papai estou grávida. –Ele arregalou os olhos, antes que dissesse algo eu
comecei a dizer. –E Isabel esta doente.
–Agora que ela está grávida não precisa mais ficar com o Albertini!
–Está enganado meu filho, é melhor para ela ficar com ele. –Os dois
trocam um olhar estranho. E meu pai me olhou irritado, o maldito plano.
–Mas papai, agora tudo se resolveu, posso viver minha vida como Fab.
–Eu ia me casar com Fabrizio se não fosse tudo isso. –Os dois me olham
chocados, percebo então que estou por fora de algo.
com Fabrizio, cavalgo no meio dos cachos de uva, posso sentir o vento
bater em meu cabelo e ele é bem vindo, a sensação de estar livre.
Como de costuma dele, me levou para o enorme lago que ficava em uma
clareira. Assim que desci, caminhei até aonde a relva se transformava em
água azul e cristalina. Me sentando ali, encarei as ondas leves que o vento
criava e um arrepio tomou meu corpo. O verde que o azul formava com o
brilho do sol e a terra do fundo do lado, fez meu coração palpitar.
Tudo parecia ser tão complicado, e eu desejei que pudesse ser tudo
diferente, que eu o tivesse conhecido em uma balada, um show, talvez em
um café. E poderia ser tudo tão fácil como respirar, mas admitir que meu
pai fez o melhor por mim, admitir que estava errada sobre meus
sentimentos, isso eu nunca poderia fazer, nem desejava.
Tateando meus bolsos, percebi que esqueci meu celular na frente da casa,
abaixei a cabeça cabisbaixa.
[...]
Itália, Roma
.Pietro.
Bebendo aquele que seria talvez meu quarto ou vigésimo copo de Whisky,
eu o
encarava. Meu irmão, tremia sob meu olhar, inclusive a mocinha que ele
trouxera consigo. A garota estava encolhida em um canto, Anúbis a
observando curioso, a única vez que o vi levantar a cabeça desde três dias
atrás. Estava sendo tão egoísta, que não percebi que meu melhor amigo
estava apaixonado, e a ausência de Afrodite o fazia tão mal quanto a de
Bia para mim.
Observo a menina, que talvez seja minha chave para fazer Geovane abrir
a boca. Mas logo sou travado, se parecia tanto com Bia! O cabelo era
castanho, longo e formava ondas, era pequena e branca como uma
bonequinha de porcelana, tinha bochechas vermelhas e me olhava, os
olhos castanho chocolate ardendo em mim.
Não seja um bebezão Albertini! Faça o que for preciso para resolver isso.
–Ótimo Geovane, não vai abrir a boca? –Ele sorriu torto para mim, sorri
internamente.
–Pietro... Não acha que bebeu de mais? –Encarei meu primo de uma
maneira que faria até um zumbi me obedecer. Encheu o copo de Whisky,
ainda havia gelo então o dispensei.
Vi–me estremecer sob os olhos castanhos dela, que agora, era segurada
por
Enzo e Thomas.
–Qual o seu nome garota? –Ela me encarou feio, eu já estava tocando o
foda–se, pouco me importava se seria rude ou não, já não conseguia a
distinguir de Bia nem Bia dela. –Se não responder, será a minha diversão
e dos dois homens que a seguram. –A garota arregalou os olhos e virou
para Geovane, que me encarava furioso.
Sicilia.
–Geovane seu grande idiota! Como que você faz isso conosco? –Enzo
rosna se virando para ele, os olhos verdes de Geovane ainda estão me
encarando, e eu desejo socar a cara dele.
–Como eu faço isso com vocês? Como nossos pais fizeram isso comigo!
–O Bernini deve estar revirando a Sicilia atrás da filha dele, você tem
noção do que acontecerá se eles se juntarem aos Cesarin? É o nosso fim
seu animal! –Thomas grunhiu soltando o braço da garota, antes que eu
pudesse dizer algo, ele desferiu um murro bem dado no nariz do meu
irmão, infelizmente o sangue esguichou em minha mesa.
Meu irmão fez uma careta de dor, abriu os olhos ainda me olhando.
–O que nossos pais fizeram com você Geovane? Além de darem uma
ótima vida e dinheiro para suas farras, que tem me custado muito.
Franzo o cenho.
–Do que está falando Geovane? –Enzo pergunta irritado. Alice permanecia
rígida ao meu lado, e mesmo assim eu teimava em acariciar a cintura dela.
Tão macia, me lembra alguém...
E dessa vez, o murro foi na boca dele, e quem deu fui eu. Quebrei dois
dentes dele, e seus lábios sangraram abundantemente.
–Já chega dessa idiotice! Vou acabar com você Geovane. –Rosnei em
quanto me levantava e caminhava até ele, peguei a adaga que Bia deixou
em cima da mesa, cortando as fitas que o prendia. Puxando o idiota pelo
colarinho.
–Pietro não faça nada com ele! –Enzo segura meu pulso, minha mão
segurava a adaga em seu pescoço. –Talvez seja verdade.
O sabor doce de sua boca, fez minha mente já nublada pela bebida, se
agitar mais. E então eu beijava Bia. Suas mãos pequenas segurando em
minha nuca, ao longe ouço um rosnado de Geovane, quase que
parecendo um animal.
E me sinto inteiro.
Itália
Fazenda
Bia
Em quanto eu caminhava pelo campo, com Ventania a tira colo e
Afrodite que o seguia, pensavam em como podia arrumar tamanha
confusão na qual eu me metera.
Um casamento arranjado.
-Você tem uma reunião com o Bernini hoje. –Me disse o instrutor,
Patrick me dera aulas de tiro desde o internato, era um homem baixinho e
gorducho, tinha olhos puxados e uma calvície já avançada. –Sugiro que vá
armada.
-O que houve?
Nos três primeiros alvos, o buraco do meu tiro estava tão longe do
centro vermelho, como nunca havia ocorrido antes, nos dois últimos ele
nem estava ali.
-Se vai encontrar Giuseppe, leve uma arma mais leve. –Patrick
disse anotando algo em seu caderninho. –Preciso ir, minha mulher vai ter
bebê.
-A vontade?
-Nem eu.
-Quer conversar?
-Fale.
-Faz anos que não a vejo com cabelo assim. –Riu quando o olhei
feio. –Ei não me olhe assim, não sou eu que estou bloqueando sua
eficácia em tiro.
Antes que eu pudesse testar papai como alvo, ele entrou dentro da
casa.
Minha mente estava toda bagunçada, não sei se por que teria que
encarar Pietro, ou pela minha falta de pericia em tiros. Enquanto eu saltava
um obstáculo com Ventania. Que ao tocar as patas dianteiras no chão
parou.
Depois de tanto tempo sem treinar. Não podia por que ele estava
apaixonado.
Após ser rejeitado por Açucena, havia ficado mais atento ao nosso
treino, esse que durou horas a fim, pois minha coragem de deixar a
fazenda era mínima, não desejava encontrar o Bernini, não desejava
encontrar Pietro.
[...]
Italia, Roma
Salão Bernini
Uma porta carmim foi aberta e minha bebê correu para dentro sem
qualquer permissão, a encarei chocada correr até um Pietro que não tirava
os olhos verdes de mim.
-Não posso dizer o mesmo Senhor Bernini, qual o assunto tão sério
que precisava de minha presença e a do Senhor Albertini no mesmo
ambiente? –Resmunguei, Pietro se aproximou de mim, o olhar perigoso.
Sua mão tomou minha cintura demonstrando uma posse. Uma posse que
admito, gostei muito.
-Senhorita Cesarin...
-Bom, Bianca, creio que está com algo que me pertence. –Olhei
com a testa franzida para Giuseppe.
Que o pertence?
-Bia...
-O que disse?
Eu o mataria.
-Quem é que está com você? Não mude de assunto seu grande
quadrúpede! –Uma risada ao fundo foi ignorada pela minha mente, que só
conseguia me mostrar imagens de como torturar Pietro. –Eu saio de casa
e você já busca outra mulher?
-Espero que não tenha feito isso, com Alice. –Giuseppe voltara a
falar, novamente com o olhar obscuro.
-Minha filha.
-Onde ela esta Pietro? –A voz do rapaz que mantinha silencio até
agora soou.
Oh
Meu
Deus
Com um chute no meio das pernas, Luigi caiu no chão aos meus
pés. Apertei meu salto na coluna dele e ele gemeu. Agachei-me a tempo
de puxar minha arma e encostar na cabeça dele, enquanto me sentava
nas costas dele segurando um dos braços.
-Vai sonhando Giuseppe, vou trazer sua filha de volta. E você nos
deixa em paz, apenas nos veremos para questões de negócios.
-Venha Afrodite.
[...]
O olhar dele era estranhamente sereno. Sua mão subiu pela minha
cintura, e meu corpo relaxou, uma tranqüilidade que me deixou mole.
-Como ousou bater no Luigi usando apenas isso por baixo daquela
coisa minúscula? –Resmungou sobre minha roupa.
-Puta que pariu! –Minha voz saiu entrecortada, pude sentir minha
boceta babar mais em volta a ele, agora estava inteiramente pronta.
Assenti para ele de novo, não queria mais ficar longe dele,
fechando meus olhos e me colando ao seu corpo forte.
Curiosidades de Filhos da Máfia
Oi oi pessoinhas felizes!
Tudo bom?
Eu posto essa história em três sites, e esse é um dos que estão mais
atrasados. Você deve estar se questionando, o porquê disso.
Creio que essa seja a palavra certa. E por isso demoro mais para postar
aqui.
Então, em outros sites tem algumas dúvidas dos leitores que gostaria de
responder aqui, caso alguém ai tenha a mesma dúvida.
Para começar, busque uma história sobre máfia, desde livros famosos ou
filmes. E veja algo.
Claro que não, a máfia Italiana e as pessoas que escrevem sobre ela,
diminuem pela metade ou até ao minimo possivel, a participação das
mulheres nos negócios.
Por que sempre é o homem o mais respeitado? Por que uma mulher não
pode causar medo tanto ou até mais que um al capone causa?
E por que, sempre tem que ser a mulher a demonstrar mais afeto que o
homem?
A Bianca ama sim o Pietro, mas ela tem o jeito dela de durona, coisa que o
Pietro mesmo sendo o chefe dos Albertini não tem e eu repito nunca teve.
Ele é durão mas não é uma pedra como a Bianca.
Ela está com medo, está assustada e é natural afinal, mesmo ela sendo
Bianca Cesarin ela ainda é um ser humano!
Então pessoal lindo. Muita gente quer meu pescoço por essa resposta.
Geovane se diz o único Albertini puro, eu disse sim que ele SE DIZ.
ALERTA DE SPOILER
tio?
primo?
<3
Capítulo 13 - Alice Bernini
Italia
Mas eu não teria medo de mim, não com a cara que Pietro fazia para ela.
Resolvi que não diria nada no momento em que assisti Pietro avançar para
cima da mulher.
Isabella tremeu ainda mais quando viu meu marido a sua frente, em sua
pose que exala poder e força.
–Pietro não olhe assim para ela! –Enzo grunhiu, o irmão quase o fritou
com o olhar.
Minha primeira reação foi dar um passo para trás, com a raiva que ouvi
naquelas palavras. Enzo encarava Pietro de frente. Mas foi apenas meu
marido virar o rosto para ele, que Enzo abaixou a cabeça, dando um passo
para trás, a fim de ficar ao lado de Thomas, que nesse momento me
encarava.
A segunda reação que tive foi dar contados três passos para frente,
ficando a uma distancia de um braço de Pietro, ele ainda não havia
percebido que eu tinha ouvido tudo. Mas foi o tapa que dei em sua cabeça,
o qual precisei me esticar muito para conseguir, que o fez virar para mim e
então os olhos faiscaram de perigoso para perigo a vista.
Minha mão foi ao meu lábio horrorizada. Pequena como eu, com cabelo
castanho e ondulado como os meus, uma imagem de Isabel loira rompeu
minha mente, e então eles chegaram até a sala, a garota me olhou com os
meus olhos castanhos.
–Não... Não vou dar ela para ele. –Respondi tentando firmar minha voz.
–O que aquele homem fez com você? –Alice abaixou o olhar com minha
pergunta corando. –Ele não é seu pai não é?
–Vou matá-lo!
–Bia! Ela não é problema nosso, não quero me envolver em uma briga
desnecessária, já basta a sua irmã me trazendo problemas...
–Tem razão Albertini, ela não é problema SEU, logo não precisa se
envolver.
Meu marido arregalou os olhos, pelo canto de olho pude ver todo mundo
ali fazer o mesmo. Com os dedos de umas das mãos se podia contar
quantas vezes na minha vida eu havia dito aquelas palavras.
–Eu sinto muito. –Murmurei para ele corando e abaixando o olhar. –Eu não
quero divórcio. Eu... realmente gosto de você.
–Está tudo bem minha rainha. –Meu marido chamou minha atenção
acariciando minha bochecha vermelha, que ficava quente sob sua mão.
–Talvez sejam os hormônios. –Isabella falou atrás de Pietro. –Já fez o
exame?
Neguei com a cabeça, no meio de todas essas explosões nem tive tempo
de verificar essa gravidez, só então percebi que eu tinha feito algo muito
errado.
–O que?
–Continue Bianca.
–Eu meio que, talvez eu tenha. –Respirei fundo o olhando nos olhos. –Eu
treinei com ele.
–Enzo?
–Sim chefe.
–Cuide de Alice, e da sua mulher.
–Claro.
–Thomas?
–Sim chefe?
–Claro chefe.
–Pai?
–Sim Pietro?
Umas horas?
Itália
–Eu sei Bia, mas cara isso é tão fodido, você sabe o que o Bernini vai
fazer conosco se não tiver ela de volta não sabe?
–Você a beijou?
–Então você tem uma ligação com ela? –Resmunguei, afinal Antoneli era o
sobrenome de solteira de Andrea e Pietro sempre carregou esse
sobrenome.
–Aparentemente tenho... Mas amor... Ela parecia você na hora não sei
explicar. –Fiquei boba quando ele me chamou de amor, mas logo refiz
minha cara de brava. Ele agora voltava a falar de Alice, olhei para o outro
lado tentando controlar a estranha raiva que parecia dominar meu corpo,
minha mente se negava a aceitar a imagem deles se beijando.
Como ele pode? Eu passando pro toda essa confusão de gravidez que
fazia parecer que eu não era mais eu mesma. E então na primeira
oportunidade ele beija a menina.
E para variar, ela era uma versão minha mais nova, e isso estava
rondando minha mente também. Eu tinha medo de pensar claramente
agora, algo dentro de mim tinha certeza que havia algo muito sujo
envolvendo meu pai e Andrea. E isso estava começando a pesar dentro de
mim.
–Se ela realmente for sua irmã, terei contato com ela.
Um bebe!
–Imensamente! E você?
O beijo que começou ali, terminou comigo sentada na pia. Olhei para o
rosto risonho dele e o que ele queria fazer passou nos seus olhos.
********************************************
O próximo livro não sei quando vou começar, mas ele vai vir para
derrubar forninhos (muita gente vai me detestar sabemos), mas no
fim tudo vai valer a pena.
<3 beijocas
Itália, Roma
Mordi o peito dele com força o fazendo rosnar, mais uma vez saiu todo de
dentro de mim, dessa vez pincelou o pau em meu clitóris e voltou com
força.
Por fim, ele levou os dedos até meu clitóris inchado e o apertou, me
fazendo gozar em seu pau, deitei minha cabeça no peito dele, em quanto
ele continuava com suas arremetidas, tempo depois o senti se derramar
dentro de mim com um gemido rouco.
Preferi não arriscar a descer de seu colo, estava com o corpo mole, Pietro
se encostou na pia comigo no colo, saiu de dentro de mim e seu gozo
escorreu por nossas pernas.
—Foi dele que veio nosso filho. –Levantei a cabeça incrédula com esse
pensamento, me encarava risonho, apertou minha bochecha e eu corei. –
Fofinha.
[...]
Itália, Roma
—Sim, uma criada, Luiza me levou uma revista onde ele me prendia. Tinha
a foto de Bianca com outro homem. Dizia que eram noivos. Luiza me disse
que ela era igualzinha a mim!
—Sim... Bom quando eu a vi, na matéria estava escrito que se casaria com
Pietro Albertini, e ao ouvir o sobrenome, me lembrei de um homem que
trabalhava para Giuseppe.
—Pietro...
—Não ouse dizer nada Bianca! Eu vou ter uma conversinha com meu
irmãozinho.
Voltei meu olhar para Alice, agora sem medo, ela me encarava petulante.
—Sabe que pode ser minha irmã não é? –Perguntei, ela assentiu
suspirando.
—E por quê?
—O que ele fazia com você? –Me vi perguntando, sabendo que não
agüentaria ouvir muito.
—O que?
—Orgias, comigo. –Admitiu corando, enquanto lágrimas grossas desciam
pelo rosto praticamente igual ao meu.
—Se você for minha irmã, algo muito errado está acontecendo aqui.
—Por quê?
—Sua mãe?
—Dizia que ela pagaria por tudo o que fez, mesmo estando inalcançável.
—Sim Bianca. –Os olhos castanhos como os meus, vermelhos pelo choro
me encararam piedosos. –Uma Albertini é inalcançável para ele.
Meu coração se acelerou, a pessoa que me fugia finalmente aparecera
como uma luz em minha mente, o cabelo castanho com reflexo ruivo com
o de Pietro, os olhos castanhos chocolate.
O formato do rosto.
O cabelo ruivo em um tom escuro, estava solto até um pouco abaixo dos
ombros, ela olhava timidamente Alice.
—Se ela é minha irmã e você é mãe dela, meu pai é pai dela? –
Questionei, com a suposição mais fácil que minha mente pode arranjar,
notei ela suspirar e voltar a ficar confortável.
—Não! Eu e ele...
[...]
Itália, Roma
—Eu nunca... Nem vi... Giuseppe... Bernini. –Ele cuspiu sangue no sapato
preto de Pietro, fazendo Anúbis rosnar e se posicionar em posição de
ataque.
—Não vou permitir que você viva mais um dia, se eu pensar que me traiu.
Sorri, essa foi minha única reação, afinal eu não acredito que aquele
imbecil estava dizendo para Bianca Cesarin que ela não podia ver alguém
apanhar por que está grávida.
-Você deve estar me confundindo com alguma ex-amante sua, eu não sou
uma boneca Pietro.
-Sua mãe é mãe de Alice. –Rosnei, rezando internamente para que meu
cérebro me segurasse ali parada, por que minha vontade de colar a cara
dele no chão estava praticamente maior que eu mesma.
A primeira reação explosiva veio de Enzo, que chutou a perna do
Geovanne com toda a força, ouvi o barulho característico do fêmur se
partindo, o loiro arfou e fechou os olhos mordendo o lábio tão fortemente
que uma linha vermelha escorreu pelo canto da boca.
Senti que ele mataria o irmão naquele instante, só pelo modo que trincava
o maxilar me encarando.
Por que o ambiente nos deixava tão hostis? As coisas estavam muito
diferentes de nossa lua de mel. Foi chegarmos na Itália que tudo começou
a dar tão errado.
-Como pode acreditar que me conhece tão bem? Mal temos quatro meses
de casados.
-Você é fácil de ser compreendido. –Respondi calmamente, o olhar dele se
suavizou um pouco, a mão me puxou para si e nossos corpos se colaram,
suspirei fechando os olhos.
O calor do corpo dele era inebriante, mas nada chegava aos pés dos
lábios que se colaram aos meus. Nos beijamos ali, na frente da familia,
algo que era totalmente impensável para mim. Nunca faria isso, mas eu
me sentia tão boba perto dele, que esquecia totalmente de coisas simples
como nunca beijar alguém diante de minha familia.
-Bianca...
-Será que vocês podem prestar atenção na crise que está tendo aqui? Ou
querem que demos licença? –Enzo gritou ao nosso lado. Eu e Pietro nos
voltamos para ele que estava vermelho.
Bufei para ele, Pietro se voltou para o irmão mais novo que arfava no chão
com a mão em cima da perna, a calça jeans agora estava manchada de
sangue. Abaixei ao lado dele, o olhar fulminante que me foi lançado não
serviu nem para me fazer estremecer, puxei meu canivete da cinta liga
onde guardo minha pistola.
-Bianca!
-Calma! Caramba não vou matar ele. –Rasguei a lateral da calça até a
altura do quadril, dando de cara com um leve rasgo na pele.
Não era uma fratura exposta, mas o roxo ao redor do leve rasgo mais a
bola de inchaço que se formava ali não me deixou duvidas.
-Eu não vou nem tocar nisso, vamos precisar de um médico.
-Tive...
-Eu não vou nem reclamar, mas eu não posso fazer nada, ele quebrou o
osso.
-Como você sabe? Tem olho biônico? –Enzo disse irônico, levantei o olhar
para ele, meus olhos em fendas. –Desculpe.
-Mais uma dessa e você não vai ter mais nada para divertir a loira burra.
-Pietro! Eu não vou arriscar a vida dele porra! Eu não posso fazer nada,
esse é o maior osso do corpo humano, ele precisa de mais do que um
médico, no mínimo de uma cirurgia.
-Puta que pariu! –Gritei o mais alto que pude, o que fez uma enorme
massa branca correr até mim. Afrodite sentou me olhando assombrada. –
O Enzo quebrou o fêmur do Geovanne. –Ela balançou a cabeça de
maneira quase que descrente, semicerrei os olhos em resposta. –Ele vai
ter que fazer uma cirurgia, e o Bernini está atrás dele. Você sabe o que vai
acontecer?
Cocei a cabeça dela que latiu para mim, agachei em frente a ela, nossos
rostos quase que colado. Minha mão passou pela orelha cortada até o
focinho.
***************
SIM EU VOLTEI.
Gente >.> eu fui ameaçada por vocês kkk fazia tempo que não tinha
leitores tão amorosos >.> assim sabe.
COMENTEM <3
Bia.
Itália, Roma
Pietro caminhou por trás de mim, parou ao meu lado e tocou meu
ombro. Suspirei balançando a cabeça, meu corpo começou a se retesar e
pude respirar profundamente.
Itália , Roma
-Não consegue nem pensar nela. -Me virei para ele que agora
estava deitado na minha cama, o olhar torturado.
-Isabel...
-Me obedeça Fabrizio! -Rosnei o fazendo me puxar para seu colo,
nossos lábios se unindo.
Um loiro e um cobre.
Depois das noites que passei em claro por ele, ela que tão
constantemente fez o papel que Renné a muito não fazia o de mãe, caiu
na cama do rei da máfia.
-Sim eu sei! Ela ousou ir para a cama com o meu Pietro! –Gritei, o
quadro que tinha na mesa foi atirado na direção dele, que conseguiu
desviar a tempo.
Itália, Roma
Pietro.
E com isso.
A louca que jura ter estado em minha cama, mas o gosto por
pedofilia vem de Geovane, e eu terei que entregá-lo a ela, antes que a
garota mexa com a minha esposa.
-Ela é muito bonita tio, é sua amiga? –Ri alto negando, Anthony
franziu o cenho, os olhos negros me encarando com incredulidade. –Sua
prima?
-Não finja que não sabe que ela é minha esposa. –Resmunguei o
fazendo gargalhar.
Sorri com satisfação de ver minha esposa com uma roupa tão
comum, a tranqüilidade do momento me tomou. Eu também estava de
jeans e tênis, com uma camiseta pólo branca, me permiti como sempre
quando vou ali, a ficar o mais confortável possível.
-Oras meu caro, é claro que sim, e quer saber por quê?
-Então diga.
-Essa criança, não sai de dentro dela viva, ou eu não me chamo
Violeta Martins Rámonez!
-Não meu lindo, eu não perdi, mas arrisco tudo para tirar vocês do
trono.
A linha ficou muda, levantei meu olhar para Bia que brincava com
Afrodite.
***********************************************
Eu nem ia postar kk admito, mas vocês pediram tanto que eu não poderia
deixar de fazê-lo!
A terceira, o livro está entrando na reta final! Poisé, estamos quase lá!
Virão emoçoes por ai viu! Violeta e várias ex amantes do Pietro surgiram!
BEIJO!
Itália, Roma
Pietro.
Mais uma vez eu me encontrava no escritório, dois dias atrás Violeta havia
me concedido o ar da graça fazendo meu medo aumentar.
Nenhum negócio.
Nenhuma parceria.
–Sim Pietro, agora sei por que ela foi sua amante por tanto tempo.
Meu olhar voltou a Melissa, que tinha o rosto agora branco como papel.
–Meu pai virá atrás de você Albertini! E será o fim do império de vocês.
–Você sabe que poderia matá–la agora não é? Livrar o mundo de uma
vadia como você. –Arregalou os olhos e assentiu. –Então me diga, qual a
finalidade disso?
–Enfraquecer a puta da sua mulher. –Semicerrei os olhos apertando o
pescoço, ela tossiu segurando meu braço. –Bia...ca.
A soltei no chão, ela caiu curvada massageando o pescoço, tão claro que
a marca dos meus dedos estavam vermelhas.
Minha mente vagava entre nomes que eu precisaria ser cuidadoso. Agora
com isso da Alice Bernini, eu tinha certeza que Giuseppe cairia matando
sobre nós. E o mais cedo possível. Fazia alguns dias que incansavelmente
ele ligava para Bianca, a qual eu não permitia que atendesse o telefone,
com medo do que ele pudesse dizer, já havia provado que ela tinha um
pavio curto e qualquer estresse nessa fase da gravidez pode ser fatal.
–Eu teria feito de graça! Seu cachorro! –Gritou cuspindo na mesa. Revirei
os olhos.
–Me de nomes vadia!
Quando avancei sobre ela, a porta foi aberta e uma Bianca séria a cruzou,
vestida em um biquíni verde oliva com uma saída de banho, que para mim
era apenas um tecido transparente. Ela me encarava intimidadora. Dei um
passo para trás em resposta.
–Bonito! Fico fora por dois dias e quando entro dou de cara com você se
esfregando em uma... –Olhou Melissa que sorria alegremente para ela. –
Médica?
–Bianca, não seja ridícula, você sabe muito bem que não era isso que
estava acontecendo.
–Vaca!
Foi instantâneo o tapa que Bianca virou no rosto da mulher. A loira caiu no
chão a encarando chocada. Puxei minha esposa pela cintura antes que ela
rolasse no chão com a razão de ela estar sendo ameaçada.
–Bianca ei! Você está grávida lembra? –A virei para mim, os olhos dela me
encararam irados.
–Quem é ela?
–Foi ela que vazou o seu exame Bia. –Thomas respondeu, o encarei por
cima do ombro dela desejando mata–lo, ela arregalou os olhos e se virou
para ela. A soltei instintivamente.
–Os negócios?
–Sim Bia.
–Por que não me falou?
[...]
Itália, Roma
–Eu não sei mais o que fazer. –Admiti para Afrodite que me encarava com
os olhos mel carinhosos. –Como posso protege–la?
–Sinto que algo vai acontecer Afrodite. Sinto que pode destruir ela.
–Ver a Bia. –Admitiu corando, ato que me fez recuar um passo confuso.
–O que?
–Ela já está bem. –Rosnei, minha irritação veio do que houve mais cedo,
depois de Melissa ameaçar Bia ela teve palpitações e cólica, eu entrei em
choque claro, já estava com medo de a estressar. A doutora que
acompanha a gravidez a medicou e me avisou que isso podia ser um mau
sinal, que deveríamos fazer mais exames.
–Sim.
–Você está aqui a horas... Precisa comer algo. –Murmurou corando. Sorri
torto para ela, agradecendo silenciosamente a preocupação.
Só então reparei no prato que ela trazia na mão, com um grande pedaço
de um bolo com cobertura de chocolate, bom se era meu favorito claro que
seria de cenoura. Peguei o prato da mão dela e assenti. A garota deu uma
pequena olhada para minha esposa, o que me fez olhar pelo canto de
olho, Afrodite que estava na cama do lado da dona sorrir para Alice.
Pude respirar fundo, desde que o Boreno trouxe a pitbull percebi o quão
devota ela é a Bia e Bia é a ela. Observando a confiança que ela
demonstrou por Alice eu suspirei calmamente.
E mesmo assim, Afrodite era toda sorrisos para ela que olhava a Bia com
uma pequena ruga na testa.
–Como sabe?
–Anos de pratica...
–Foi o Giuseppe?
–Sim, mas foi a pedido de alguém.
–De alguém?
–Desgraçado! –Rosnei, saiu mais alto do que pretendia, olhei para Bia que
permanecia dormindo. –Eu o matarei!
–Pietro...
–Nem mais uma palavra Alice! –Fechei as mãos em punhos, contando
mentalmente para não descontar meu ódio na garota. –Por que ele faria
isso?
–O que ouviu?
–Tudo bem. –Deixei o bolo no criado mudo e sai quase que correndo do
quarto.
Quando passei correndo pela minha mãe e meu pai na sala, ela se
levantou e me parou na estante onde procurava a chave do meu carro.
–Eu não sei, algo a ver com Sandro Cesarin e sua corja.
Com a chave na mão me virei para minha mãe, ela estava estática,
branca. Arregalei os olhos com a reação dela, a qual não passara
despercebida por meu pai, que se aproximou dela pegando sua mão.
Algo não me cheirava bem, e a reação de minha mãe com o nome dele me
deixava ainda mais sedento pela verdade.
–Ela é sua filha! Você a atirou aos tubarões! –Rosnei andando em sua
direção. Ele sequer se mexeu com minha ameaça.
Quando me casei com ela sabia que ela jamais deixaria de ser a mafiosa
Cesarin.
–Você é sujo!
•••
Beijos :3
Colômbia
Violeta
Assim que acordei, me dirigi para meu escritório, da onde
comandava todo o cartel da Colômbia. Quando entrei os olhares dos
homens passaram de divertidos a temerosos. Eu tinha um olhar assassino.
–Olá Bernini. –Ele arfou, um barulho alto foi ouvido quando a voz dele
voltou agora séria.
–Violeta?
–O que?
–Alice?
–Para sempre.
–Que se foda seu sentimento Violeta, não vou mexer com os Albertini.
–Não mexa Bernini, assim eu enviarei uma cartinha com toda a verdade
para a Cesarin, e então ela vai ter mais um bom motivo para te destruir.
–Há, conte outra. Está avisado Bernini. Espero que retorne a ligação. –
Antes que pudesse responder com sua grosseria habitual eu desliguei o
telefone.
Nem precisei dizer nada, os homens correram assim que levantei. Soquei
a mesa com as duas mãos. Um soluço escapou de meus lábios.
Infelizmente, a vida para mim foi uma bosta, digamos que eu fui vendida
para o chefão do cartel da Colômbia. Eu vivia com meus pais em uma
aldeia no Brasil, mas os homens nojentos de meu antigo marido invadiram
a aldeia, quando se deram conta que a cocaína enterrada ali perto havia
sumido.
Em desespero, olhando para minha mãe que me tinha nos braços, sem
dinheiro, eu sequer conhecia essa palavra. Antes que fosse morto, ele fez
a única coisa que podia para poupar sua vida. Ofereceu a mim e minha
mãe para os homens.
Minha mãe morreu ali mesmo, quando foi estuprada por todos eles. Meu
pai morreu logo depois, com um tiro na cabeça. Eu, eles levaram. Foram
dias pela floresta. Sendo arrastada, meu vestido azul estava todo rasgado
quando finalmente chegamos a uma casa no meio da floresta.
–Sem me apresentar?
–Não interessa! É sua obrigação me oferecer antes! Olhe para ela parece
ter 10 anos é uma menina ainda.
Observei o sangue vazar da testa dele curiosa. Então o homem tocou meu
queixo me fazendo o olhar.
–Dezesseis.
–Sinto muito.
O sol naquele dia deixou os olhos verdes dele ainda mais lindos. E
quando desceu do jatinho que veio, os olhos, os primeiros que via naquela
cor que me lembrava minha aldeia, se focaram em mim. E ele sorriu,
fazendo um sorriso atípico surgir em meus lábios.
–Pietro Albertini. –Estendeu a mão para mim, ainda sorrindo a
apertei.
–Violeta Rámonez.
Na época, ela não era uma ameaça para mim, a tratei bem e
conversamos sobre a vida, como havíamos chegado tão longe mesmo
com todos dizendo que seria impossível.
E naquele dia, quando Pietro que ainda estava comigo, ela entrou
na sala e a reação dele me enervou. Grudou os olhos nela de uma forma
que me deixou enciumada.
Fabrizio Boreno. .
[...]
Itália, Roma
Bianca
Voltou a me olhar chocada. Ela sabia que eu não era muito dada a
doces. Principalmente sorvete de massa já que tenho intolerância a
lactose. E eu nem havia tomado minha enzima para tomar o sorvete.
–Eu sei ok, mas eu vou morrer se não comer sorvete de laranja.
–Sim...
–Bianca Maria Cesarin Albertini! Você foi para a sua aula de boxe?
–Você está uma graça nervosa assim. –Riu, fiz cara feia. Ele
acariciou o meu rosto e beijou minha boca, ignorando a mordida que dei. –
Como está nosso filho?
–Com fome.
–Bia não...
Lambi meu lábio, o que chamou a atenção dele que encarou minha
boca, o olhar se escurecendo. Em segundos arranquei meu top. Suas
mãos agiram sem sua permissão, as levou a meus seios os massageando.
Fechei os olhos, eles andavam tão sensíveis e aqueles movimentos os
relaxaram, e eu suspirei me aproximando dele.
–É que... Olha quer saber, rala do meu quarto vai sai! –Me levantei
abrindo a porta. Ele me encarou seriamente.
–O que houve?
–Sorvete?
Ai que mico.
********************
E esse capítulo em! Quem diria a Bia com desejo! Uma fofura!
Itália, Roma
Passei minha unha pelo peito dele, arranhando todo o caminho até seu
abdome. Um arfar delicioso saia de seus lábios. Curvei–me sobre ele para
beijar seu pescoço. Desci meus beijos até a base dele o mordendo.
–Tenho?
–Sim, você fez exames lembra? –A mão dele que deslizava pelas minhas
costas, fazia com que minha mente parecesse distante, Deus eu só queria
ignorar qualquer coisa que tivesse que fazer e ficar ali com ele.
–Agora Bianca.
–Agora? Pietro!
–Pietro...
–Bia, você tem que saber o que tem com você, e com nosso filho. Ela só
vai te dizer os resultados nada de mais.
–Mas...
–Olha minha linda. –Se agachou do meu lado pegando minhas mãos. –
Quando você voltar seu Kibe vai estar pronto e eu estarei aqui. Prometo.
–Eu vou com você. –Anunciou me fazendo sorrir. Depois de dar um beijo
em Pietro corri porta a fora.
–Afrodite! –Ela saltou vindo até minha janela animada. –Sinto muito garota
mas eu to atrasada, e não posso te levar para um hospital.
O olhar magoado de minha bebe foi minha última visão antes de acelerar.
Itália, Roma
–Ele me agarrou.
Eu não a entendo, francamente, uma pessoa que viveu tantos anos longe
dos pais deveria ficar animada em conhece–los. E Alice demonstrou
interesse apenas em Andrea, todas as vezes que sugeri a apresentar para
papai ela negou ou mudou de assunto.
Papai pode ser um mafioso sem escrúpulos mas familia é familia! Ele
defendia a familia com unhas e dentes, contra qualquer um. Mesmo que
fosse alguém próximo a ele.
Foi com ele que aprendi que a minha familia vem em primeiro lugar, que
meus pais e minha irmã eram as pessoas mais importantes do mundo para
mim, aprendi que não importava o que eu sentia, se mexessem com minha
familia eu deveria matar a sangue frio.
Ele que sempre foi um homem tão ligado a familia, será que nunca soube
que Andrea teve uma filha dele? E de fato. Como que isso ocorreu?
Eu sei que as duas mulheres das duas famílias, mamãe e Andrea, haviam
namorado com o outro antes de se casarem. Mas será que ele não teria
descoberto uma gravidez de Andrea?
Será que o próprio Matteo, quando se casou com Andrea não teria visto e
vivido a gravidez da esposa de perto?
Durante essa estranha fase da minha própria gravidez, que estou vivendo,
tive que deixar de lado as duvidas que surgiram na minha cabeça. Mas ali
sentada vendo a reação de Alice sobre nosso pai, várias coisas passaram
por minha cabeça.
Para falar a verdade, desde que Alice chegou, Andrea tem estado muito
apegada a ela e a mim, e Matteo logo se apaixonou pela moça, dizendo
que sempre quis ter uma filha. Não entendi por que ele não estava
surpreso quando Andrea contou para ele.
E muito menos, por que ele aceitou a presença dela na casa dele.
–Sim...
–Bom se você continuar sem me dizer o que houve eu vou ficar nervosa
mesmo.
–Do–do–doença?
–Endometriose?
–Bom... Sim...
–Não...
–Remédio?
Desviei o olhar para Alice que nos encarava com os olhos arregalados.
Angela assentiu o olhar ainda sério. Mas minha mente era um grande
vácuo, eu não conseguia seguir o raciocínio dela, pela primeira vez eu
estava perdida, sem entender nada.
–Morfina?
–Sim.
–Senhora?
–Eu não entendo Senhora Albertini, a sua mãe deveria ter notado que
você teria essa doença. É heriditária e bom ela deveria ter te levado na
sua primeira menstruação ao médico para ter certeza que você herdaria,
se bem que... As chances de você não herdar sendo filha de uma mulher
que tem a doença é muito pequena.
–É, eu acabei não podendo mais ter filhos. Eu nem menstruo mais, a
doutora me disse que se não fizer o tratamento e engravidar, tem chances
de adiantar a menopausa. E a minha foi adiantada.
–Sim tem razão. Mas a mãe de vocês deveria saber disso de qualquer
forma.
–O que? Isso é impossível, vocês tem que ter a mesma mãe, a herança
tem que vir da mulher.
O mundo girava aos meus olhos, a minha respiração estava pesada. Uma
enxurrada de sentimentos me esmagando.
Quando desci do carro, bati a porta com tanta força que jurei te–la
quebrado. Caminhei porta a dentro da minha antiga casa. Ignorando o
mordomo que tentou me dizer bom dia.
Dentro do escritório eu bati a porta com tanta força que a parede tremeu.
Papai saltou da cadeira me encarando chocado.
–Bianca!
–O que?
–Bia, é só um bebe, você não vai morrer, e isso é bom, não quero uma
filha criando um Albertini.
–É temporário.
–Mamãe tem essa doença? Ou ela não é minha mãe? –Ele riu,
balançando a cabeça.
Eu tive que rir, o meu marido agora era o culpado? Papai estava ficando
caduco.
–Bia, chega ok? Ele pode ter pagado a médica isso é ridículo.
–Nós somos uma familia Bianca. Uma familia! Eu dei a minha vida por
você e sua irmã. Eu dediquei tudo o que eu tenho e sou por vocês duas! –
Estremeci sobre seu olhar acusatório. –O Albertini esteve aqui me
ameaçando. Dizendo que ia te virar contra mim. E ele conseguiu
aparentemente.
–Sim querida, você sabe que eu vivo e vivi por você e sua irmã... Como
pode chegar aqui me acusando dessas coisas?
–Deve ir Bia. Tem que continuar com nosso plano. –Me virei para sair, e
parei por um instante, uma duvida em minha cabeça.
–Papai, mas Alice disse que também tinha isso.
–Quem é Alice?
–É uma mentirosa Bia, sua única irmã é a Isabel. Faça o que fizer, não se
deixe enganar pelos Albertini.
Quando sentei no banco e olhei para o lado, meu celular vibrou e o papel
de parede comigo ao lado de Pietro fez meu coração se apertar no peito.
Ele não mentiria pra mim, tem alguma coisa errada nessa história.
Itália, Roma
Sandro
Depois que Bianca saiu, esperei alguns minutos para ouvir o carro dela
dando partida. E então soquei a mesa com toda a minha força.
–Alô? –Bernini atendeu, e eu acabei rindo alto com a voz temerosa. –Deus
você já sabe.
–Sim seu grande imbecil! Eu sei! Minha filha, minha filha Bianca esteve
aqui cuspindo fogo pela boca!
–F–f–f–f–ogo?
–Para sua sorte, a garota não abriu o bico para ela, para sua sorte! EU
QUERO QUE RESOLVA ISSO!
–Geovane Albertini?
–Sim...
–Ah que merda! Que merda! –A raiva me corroia por dentro me fazendo
jogar o copo que segurava na parede. –Como você deixou isso acontecer?
–Teve um motivo para eu te dar a garota! Era para tirar ela daqui... Meu
deus se a Andrea descobrir...
–Estou adorando te ver com medo. –Começou a rir, meu sangue fervendo
com a gracinha dele. –Eu estou oficialmente fora disso Sandro.
–O que?!
–Estou de largando.
A encarei irritado, puto para dizer a verdade. A minha familia estava ruindo
aos poucos, ou eu exterminava os Albertinis, ou eu seria exterminado.
*************************************************
Gente meu computador quebrou DE NOVO, por isso estive ausente >.>
um saco né?
Espero que tenham gostado do cap! Não deixem de dar minha estrelinha
para mais gente achar essa história que vocês tanto gostam <3
Beijinhos :*
Capítulo 19 - Dúvidas
Capítulo 19 – Dúvidas
Itália, Roma
Casa dos Albertini
Bianca
Eu sempre fui muito estressada, e saber que o estresse podia fazer mal
para meu bebê, se bem que depois de tudo que eu ouvi meu pai dizer eu
estava confusa.
-Sim...
-Querida, sempre foi cega de amores por seu pai, mas preciso lhe avisar
que, muitas vezes Sandro não é o homem que lhe ensinou que a família
vem em primeiro lugar.
Mordi o lábio inferior a encarando chocada, mamãe nunca passou por
cima de algo que meu pai disse ou decidiu, vê-la me dizer isso fez meu
coração acelerar.
-Bia, você é tão inteligente meu amor, não se deixe enganar pelo seu pai.
Não seja como eu. –Suspirando ao ver que eu lhe perguntaria novamente
ela negou veemente com a cabeça. –Confie em Pietro, ele a ama.
-O que? –Agora ela havia conseguido tirar minha atenção dessa história
com papai, ela riu e beijou minha testa.
-Não se deixe cegar sim? Eu tenho que ir, sabe que não sou bem vinda
aqui, Andrea está ali na cozinha me encarando pelo reflexo da geladeira. –
Sussurrou, olhei para o reflexo da geladeira encarando Andrea que girava
uma faca no balcão olhando fixamente para nós. –Acho que ela me
mataria se você não chegasse, tinha que ver a cara dela quando me viu. –
Riu sozinha, mas um flash obscuro passou por seu olhar a deixando séria
novamente. –Enfim querida, preciso ir sim.
Ri corando.
Meu faro não me falhava, eu sabia que havia algo muito errado ali.
Respire Bia, não pense nisso, deixe para se preocupar com esse problema
quando o bebê estiver seguro fora de meu útero hostil.
– Por que não esquece ele? Tem muitos caras por ai que gostam de você.
– Ele me salvou, tantas vezes que você nem pode imaginar. –Empurrou
Thomas e entrou pela porta. Me aproximei sorrateiramente por trás dele,
que olhava para dentro da cabana desolado.
Chegando atrás dele. Tapei sua boca e chutei a batata da perna. Ato que o
fez cair de joelhos. Apliquei um mata leão nele que me olhou com os olhos
arregalados.
– Bi...
– Shiu, fica quieto. Volte para casa e não fale para ninguém nada. Me de
vinte minutos.
Tolos.
Ali Geovanne estava preso, e ao lado dele a tal Melissa estava dormindo
no chão também presa, Alice e ele trocavam um olhar apaixonado, tão
apaixonado que tive que desviar o olhar, uma sensação de compreensão
me dominando.
– Sim?
– Voltou?
– Geovanne, eu to grávida.
– De mim?
– Sim...
– Não Geovanne...
– Fui com a Bia hoje no médico, você sabe que o Aro não me levou ao
médico, e a gente foi daquela vez por que estava muito mal.
– Sim.
– A médica explicou mais do que a outra. Ela disse que eu e ela tínhamos
que fazer um tratamento na Turquia para nosso útero conseguir ter o bebê.
– Alice...
– Geovanne, ela disse que a Bia corre risco de vida.
Eu e ela desviamos o olhar para ele. Geovanne estava sério, ela engoliu
em seco negando com a cabeça.
– Alice, eu estou falando sério. Tire isso de dentro de você antes que a
mate.
– Jaz...
Aquilo parecia fodidamente real, era nítido o amor e a devoção dele por
ela. Eu começava a acreditar que meu pai estava me enganando. E no
meio daquela sinuca de bico eu decidi que não contaria a Pietro sobre a
doença.
Céus minha vida era uma mentira! Meu pai que sempre fez tudo por mim
estava me enganando e escondendo algo.
Seja lá o que for que ele escondia, eu sentia que tinha muito a ver com a
desavença entre as duas famílias, e o que Pietro me contara meses atrás
sobre o suposto motivo da briga, começava a esquentar minha cabeça.
Mas ali, por medo de a perder, ele começava a chorar como uma criança.
– Eu não sei, se voltarei a tocar em você. Não sei Alice. Mas depois de
tudo o que fiz, de como eu me arrisquei para te salvar do Aro, não quero
ser o motivo da sua morte. –Murmurou, a cada soluço meu coração batia
mais rápido.
– Eu posso esperar que você faça esse tratamento... Tenho certeza que
sua mãe pagará tudo para você.
– Geovanne... Eu vim também te perguntar algo. –Se separou dele o
encarando. –Andrea... Quando ela fez esse tratamento?
Minha respiração sumiu. O sangue gelou. Dessa vez não pude conter meu
arfar alto. Que fez os dois olharem na minha direção. Alice se levantou
dando dois passos para onde eu estava.
Olhei para Geovanne, tinha o olhar frio como sempre. Mas depois da
faceta dele que conheci ali da sombra, sabia que era fingimento.
– Mas não estou com cólica Bia, isso é sério! Você pode estar... Perdendo
o bebe.
– Alice, eu preciso te pedir algo, quero que jure algo para mim.
– Mas Bia...
– Você jurou!
– Mas eu não vou. Eu darei um jeito. Eu posso me afastar da máfia até ele
nascer. Eu só não posso ficar nervosa não é?
– Bianca, não envolva ela nisso. Se acontecer algo a você, Pietro vai
mata– la.
– Não a envolva!
– A escolha é minha.
– Sim eu lembro, mas... Não quero que ele fique mais pilhado. –Admiti
estremecendo. –Ele tem estado tão nervoso...
Por fim eu mordi meu lábio inferior e arfei baixinho, como ele sabia disso?
Seria possível que ele estivesse ao lado do meu pai no seu plano de matar
Pietro e Matteo? O encarei friamente antes de puxar Alice porta a fora.
Ela não disse mais nada, apenas apertou minha mão firmemente, e eu
soube que sua resposta era positiva.
Entramos em casa pela porta traseira, e demos de cara com uma
discussão altíssima entre Pietro e Enzo. Isabella encarava os dois com a
testa franzida, aparentando estar concentrada.
– Complicações.
– Que tipo...
– Os Bernini...
– O que?
– Você voltou!
– Claro! Eu moro aqui.
– Demorou...
– O que foi?
– Estranha.
Estou pertinho de pegar alguém na mentira Albertini, e pro seu bem espero
que não seja você.
Uma enorme bandeja foi posta no meio da bancada, e várias mãos voaram
na direção deles, quando os braços sumiram, não tinha mais nada na
bandeja, franzi o cenho sentindo lágrimas nos olhos.
– Bom querida... Adoro essa sua perspicácia. –Matteo disse com a boca
toda suja de camarão. Ela riu lhe estendendo um guardanapo.
– Não vai conseguir nada.
– Umpft!
-Ei fique calma, ela deve estar pelas redondezas, pela manhã estará aqui
ok?
-Que tem gente atrás de você. –Bufei dando de ombros, ele enrugou a
testa, toquei nas rugas levemente.
-Pietro tem gente atrás de mim desde que nasci, não se estresse.
-Costume.
-Certo...
-Qual foi a melhor proposta? –O olhar irritado dele me fez parar de rir,
mordi o lábio abaixando olhar. –É brincadeira.
-Não tem graça ver sua esposa e seu filho serem ameaçados de morte...
Não pude me conter, bom eu podia ficar longe das negociações, mas
podia também saber as novidades certo?
-A própria.
-Como sabe que... –Sorriu beijando meus lábios. –Claro você é a Bianca.
Bom ela quer que você aborte.
-Cazzo!
-Fico mais tranqüilo em saber que a médica disse que vocês estão bem...
-Contou a ele?
-A mim?
-Sim querido... –Ela fez menção de contar, levantei da cama a encarando
de cima.
-A mim? –Pietro nos encarava perdido, Andrea deu um passo para trás.
Ótimo, se ela quiser contar a ele, vai ter que contar a parte dela da história,
e talvez eu descubra a verdade de uma vez.
-Vão se explicar?
-Não parece saber! Está escondendo algo que pode matar você! Tem
noção de como ele se sentiria?
-Com certeza como eu me senti ao descobrir que você e meus pais tem
uma história cabeluda por trás desses anos de rixa.
-Bianca!
-Idem!
-Alice me contou.
-Como ousa?
-Como ousa você! Se meter na minha vida! Quem você pensa que é? –
Seus olhos se encheram de lágrimas e por fim começou a chorar alto,
fazendo o filho sair do topor e correr em direção a ela a abraçando.
-Bia... –Gaguejou chorosa. –Você não pode levar isso a frente, minha mãe
e minha irmã morreram no parto.
-Bia...
-Sai Andrea! Sai! –Me joguei na cama, minha cólica voltando com força de
uma vez. Senti o sangue fugir de meu rosto e se concentrar no centro da
dor.
-Bia?
-Ela não pode... Se irritar. –Murmurou secando as lágrimas. –Bia eu...
-Eu não vou arriscar a vida do meu filho para discutir com você Andrea, sai
do meu quarto.
-Sim. –Respondi o abraçando mais forte. –Sua mãe está exagerando eu...
-Não vou lhe perguntar nada sobre, não quero lhe irritar Bia.
-Shiu... –Me abraçou mais forte beijando o topo de minha cabeça, gemi
baixinho.
*************************************
Olá pessoal! Tudo bem?
Alice grávida O:
Pietro
Desde pequeno sempre soube que minha tia Elizabeth havia morrido no
parto de seu único filho, filho esse que nunca nos foi dito por onde estava,
sabia também que minha avó havia morrido no parto de minha mãe e
minha tia, e que tudo isso era causado por uma doença que atingia apenas
as mulheres daquela família, rara e perigosa, apelidada de síndrome de
Ana Bolena. Meu pai me diria mais tarde, que aquela doença era o motivo
de minha mãe não ter tido filhos, porém com a aparição de Alice, aquela
história começava a cheirar mal.
-Não seria por sua culpa, além de que... Pietro é muito difícil que esse
bebê nasça vivo.
-Alice nasceu não foi? –Resmunguei enciumado. Ela sorriu corando, por
fim me estendeu um papel que segurava. –O que?
Olhei para minha mãe, sim por que ela havia me criado e assenti em
silencio.
-Por quem?
-Pietro...
-Isso o que?
Silencio, a respiração rápida de Andrea era o único som que ouvia, além
de meu coração acelerado.
-Eu?
-Matteo era apaixonado por mim, teria feito qualquer coisa, ele me ama.
Mas o Sandro... Ele rejeitou você, disse que não criaria um filho que não
fosse dele.
-Mas e o Thomas?
-Meu irmão?
-Sim, não podia deixa-lo na rua Pietro, eu tive que cuidar dele também,
mas ele era mais velho que você, sempre soube que eu era sua tia.
Que mulher casaria com alguém apenas para criar o filho da irmã morta.
-Isso é um sim?
-Vendeu?
-Eu ainda não havia casado. Sandro achou que a gravidez me faria voltar
para ele. Eu sabia da doença, desde a morte da sua mãe, acreditei que
ocorreria o mesmo, fiz Matteo me prometer que criaria você, ele já o
amava, você era o filho dele, tem o nome dele.
-É claro que não! Ela não faz idéia, Alice me disse que ela não quer pensar
em nada que a deixe nervosa, pelo bem do bebê.
-Essa história toda vindo a tona, e você acha mesmo que não contarei a
ela?
-Do que você tem medo? Ela é sua filha! –Mamãe se remexeu angustiada
agora, olhou para os lados e se voltou para mim.
Então a consulta me veio a mente, além do fato dela ter ido falar com o
pai.
-O que? Pietro!
-Não grite comigo! Ele a está manipulando mãe, você tem que contar a
ela, ela vai ouvir você.
-É claro que ela não vai, não finja que ela é compreensiva, você a
conhece. Vai achar que eu a abandonei.
-E não foi o que fez? –Ela negou veementemente. Suspirei sentindo uma
vontade enorme de acabar com aquele homem o quanto antes.
-Antonella foi o tiro de misericórdia, ela era a única pessoa que eu podia
confiar para cuidar da Bia, afinal ela era... freira.
-O que?
-Como que ele... –Me calei, olhando para minha mãe que respirava fundo.
–Quem é ela?
-Pietro...
Era só o que me faltava! Além do fato da minha esposa ser minha prima,
estar sendo marionete do próprio pai, a mãe de criação era uma ex freira
vingativa.
-Contei pra ela sobre a gravidez, ela ficou chocada mas me disse que
podia ficar com a criança. Por fim ela usou o bebê para se casar com o
Cesarin.
-É óbvio que ela não sabe filho, ela é tudo pra ele, se ela souber de uma
única parte dessa mentira ela vai se voltar contra ele, o Sandro conhece a
menina que criou, sabe que ela é correta a cima de tudo.
-Não pode!
-Mãe! Ela foi falar com aquele maldito do Cesarin hoje, é óbvio que ele
colocou merda na cabeça dela. Homem dos infernos!
-Mãe...
-Eu amo o teu pai...
-Está tendo um caso com ele? Alice já não foi o bastante para você não? –
Ela arregalou os olhos. –Eu não sou idiota mamãe é óbvio que estava
casada com meu pai quando ela nasceu.
-Pietro querido...
-Olha nem fale mais nada, já to com a cabeça quente para render anos. –
Resmunguei levantando, ela se agarrou ao meu braço me olhando corada.
-Não irei, mas se ela descobrir por outra pessoa... Você que irá se virar
com uma filha surtada querendo sua morte.
-Diga Pietro.
-Me de todas as fotos que tiver de... Elizabeth. –Por fim sai.
Já Geovanne, havia sido limpo por Alice como sempre. A perna engessada
estava apoiada em um puff e ele preso a uma poltrona.
-Se eu lhe soltar, vai correr atrás do Bernini? –Ele me olhou seriamente e
negou.
Ele riu alto, desviando o olhar para Melissa que estava me olhando
esperançosa.
-E ela?
-Vou mandar de volta pro papai, não quero me sujar com o sangue de um
Bittencourt.
-Obrigada Piezinho...
Parei, virei para ele arqueando a sobrancelha. Ele sabe de algo que eu
não sei.
-Abre o bico.
Por fim mandei Thomas e Enzo soltarem os dois. Geovanne logo correu
para Alice que tremia em pé na porta de nossa casa, assim que o viu saiu
do lado de Bia e Isabella e correu para os braços dele. Thomas que
segurava Melissa pelo braço ao meu lado deu um olhar desolado para a
cena.
-Mas não sou. Suspirei, encarei Melissa ao seu lado e decidi me calar. Não
comentaria sobre nosso parentesco na frente daquela mulher.
-Pietro? –Enzo chamou minha atenção, tinha fotos em sua mão. –Cara, é
melhor você ver isso.
-Fez muito bem. Mas ele também é dono dela, não faria nada certo?
Pelo olhar de Enzo estava errado. Encarei mais uma vez as fotos das
câmeras em que Fabrizio colocava Afrodite dentro do carro, a data
marcava o dia anterior.
-Bom dia Piezinho. –Sorriu divertida, desviou o olhar para Enzo que estava
parado estático ao meu lado, e ficou séria. –Afrodite?
Parou frente a frente de meu irmão, ele era enorme, dava no mínimo cinco
dela de tão forte, mas sob o olhar dela ele parecia uma criancinha.
-Por que eu sinto que estão me escondendo algo? –Perguntou quando nos
separamos, a boca inchada e a respiração em arquejos. –Onde o Thomas
levou aquela vaca?
-Ok. –Fez biquinho e olhou ao redor. –Será que ela voltou de noite e saiu
de novo?
Merda ela disse meu nome completo, olhei ao redor procurando alguma
testemunha, mas estávamos sozinhos.
-Responda!
-Dormi na cabana.
-Oras mas por que? Sempre dorme comigo, o que é eu fiquei grávida e
agora você não me quer mai... –A beijei novamente, as vezes só saia
merda da boca de Bianca.
-A custo de que?
Ela riu corando, me puxou pela gravata fazendo nossas bocas se tocarem
novamente.
-Carro?
-Sim. –Riu, abaixando, a olhei chocado tirar a calcinha e jogar longe. Por
fim percebi que ela usava um vestido azul escuro com manga longa e sem
decote, mas o tamanho dele fazia valer a falta do decote. –A chave do
porshe. –Jogou em minhas mãos um chaveiro brilhante e correu na
direção da garagem.
Sorri indo atrás dela. Bianca era exatamente o que eu sempre quis.
Só ela para tirar minha cabeça daquele mar de mentiras que nos
assolava.
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Vocabulário
Cazzo : Porra
Dio : Deus
Mamma: Mãe
*********************************
Capítulo 21 - Afrodite
Pietro
Italia, Roma
-Bia?
Ela deu uma risadinha subindo mais em cima do capô, o vestido subiu
mais e libertou sua bunda, engoli em seco, a visão daquela obra divina era
sempre como se fosse a primeira vez. Lentamente me aproximei dela, a
prensando no carro e ouvindo deliciado o arfar baixo.
-Uhm tão fraquinho. –Murmurou rebolando com dificuldade pela força que
eu usava a apertando contra o carro. Ri baixinho e puxei seu tronco para
cima, sua cabeça encostando em meu peito, os olhos fechados e a boca
levemente aberta, a beijei passando as mãos por baixo do curto vestido
que ela usava. Bia se remexeu com força se virando de frente pra mim,
mordia o lábio inferior safada.
Por fim Bianca me agarrou, beijei sua boca enquanto ela lutava contra os
botões bagunçados do meu terno. Por fim ela desistiu e os estourou em
um puxão.
-Eu mando pra... Costureira. –Murmurou abrindo meu cinto. –A não ser
que... Queira parar agora.
A olhei chocado, empurrei ela de encontro ao capô do carro, onde ela se
encostou sorrindo abri o vestido dela de fora a fora, sob o olhar chocado
de minha esposa.
-Pietro! –Joguei minha camisa no chão ignorando o olhar raivoso dela, que
analisava os danos no vestido, por fim joguei minha calça no canto,
voltando a olha-la de lado. Ela mantinha o olhar esfomeado. –Vai me
comprar outro vestido.
Silencio.
Passei os dedos pela bochecha dela, o olhar superior dela me fez revirar
os olhos, a rainha nunca se rende.
-Me perdoe. -Assim que terminei de falar recebi um tapa da mesma, com
um rosto irritado encantador. Quando ela passou de assustadora a
encantadora para mim?
-Não ouse dizer isso! -Bebericou do café e me olhou irritada. -Não foi por
causa disso, eu só estou preocupada.
-Afrodite. Eu sinto que ela não está bem... Eu não sei eu.... -Respirou
fundo fechando os olhos. -Pietro, vá atrás dela sim?
-Mas você não estava grávida... A não ser que queira deixar sua doença
vencer.
-Bia...
-Eu te prometo meu amor... Eu a trarei para você bem e segura, mas eu
preciso que você esteja bem também, por favor Bianca. -Ela se remexeu
irritada nos meus braços, mulher difícil viu!
-Eu não serei uma Amélia! Não pense que sempre o esperarei em casa!
Eu sou uma mafiosa, a melhor.
-Eu sei minha linda, e por isso você tem que saber quando dar um tempo,
pela sua saúde.
Ignorei a raiva que seus olhos ardiam para mim, e a ajudei a se endireitar.
Ela puxou a caneca das mãos de minha mãe e se dirigiu em silêncio para
as escadas, subindo para o quarto.
-Surtar? Pietro ela tem um útero doente, que carrega um filho seu! Ela e o
bebê podem morrer se ela passar por qualquer emoção forte.
-Eu não sei ainda mãe, mas estou com um péssimo pressentimento.
-Pietro... Você nunca erra... Talvez seja melhor você não ir atrás disso...
Sabe se algo ruim vier a tona a Bia.
-Mãe! Eu estou fodido literalmente! Se eu não for atrás dela a Bia vai, e se
ocorreu algo com ela... Dio não quero nem pensar.
-Ele não faria nada com a Afrodite não é... Quer dizer ela também é dele
Pietro.
***
Bianca
Uma luz quente e amarela me tocava, eu estremeci apertando os olhos,
minhas pupilas arderam quando os abri e saltei sentada na cama. Arfei
algumas vezes olhando ao redor, estava em meu quarto na casa dos
Cesarin, porém ele estava vazio.
E a maldita cólica voltava agora, era como a do meu pesadelo, porém mais
forte. Só consegui deitar na cama e gritar por ela.
– Afrodite!
Não ouvi suas patas no corredor, nem o barulho de sua respiração arfante
por correr para me socorrer.
– Fica aqui.
Minha irmã não me entendia, mas eu sei que Pietro sim, só ele podia
entender o quanto um cachorro pode ser importante para alguém,
principalmente se ele fosse como Afrodite.
Tudo o que passamos juntas, e todas as vezes que ela me salvou, os tiros
que tomei e ela latia em alto tom para que alguém me encontrasse e me
levasse para casa.
– A fazenda! Alice procure ela lá! –Pedi a olhando, Afrodite amava aquele
lugar, ficava livre para correr e caçar, corria com ventania e açucena o dia
todo se deixasse.
– Fazenda?
Estremeci e assenti, eu não podia deixar ele mais nervoso, não queria que
ele ficasse mais vulnerável por minha culpa, embora agora, depois de
ontem quando chorei em seu colo no carro e depois até dormir na cama,
eu sabia que ele estaria mais preocupado comigo, e eu e a familia
precisávamos dele forte e no comando. Pela primeira vez em minha vida,
eu não podia fazer o que nasci para fazer.
Comandar os negócios.
– Não para alguém que pode morrer por estar grávida Bia!
O reino da vagabundagem.
– Trarei seu café e depois vou procurar sua bebe! Fique tranqüila Bia!
Iremos encontra-la.
– Apenas passei o detector de metais, para ver se era uma bomba ou algo
assim.
– Bom... Para começar por que foi seu pai que trouxe. –Franzi o cenho,
meu pai sempre me presenteava bem.
– E o que tem?
– Isabel?
– E cadê o bilhete?
Puxei o laço azul, mas antes que pudesse abrir a caixa, Alice entrou com
uma enorme bandeja.
Meus olhos se colaram na fatia de bolo de maçã que estava ali pequena
no cantinho da bandeja.
– Eu te amo Bia...
– Eu... Uhm... É reciproco.
– Vai na fazenda sim? Diga aos rapazes para me ligar se tiverem duvida
que você tem permissão pra entrar.
– C– c– la...ro
– É que você...
– Eu o que?
Meu olhar inocente o fez balançar a cabeça e sair do quarto junto com
Alice que me olhava risonha. Voltei a minha comida a atacando o mais
rápido que pude.
Na bandeja que Alice preparou tinha de tudo! Pão integral com ricota,
torrada com margarina, até um kibe de ontem, o bolo de maçã, um pedaço
de bolo de cenoura, e chá, aparentemente Esme não quis arriscar o leite.
Não que eu bebesse antes, eu bebo leite sem lactose e isso quando bebo,
mas sinceramente? Prefiro o leite comum.
Fiquei um bom tempo naquilo, meus olhos vagando pelo quarto todo,
tentando achar algo para me divertir, ou decidir o horário que iria a médica.
Resolvi que o melhor a fazer era ligar e marcar com ela algum horário na
parte da tarde, talvez Pietro já estivesse em casa e me daria uma carona,
já que agora eu pensava em evitar até a direção.
Se bem que, já que Alice havia dito ontem que Andrea também tem esse
problema no útero, ela deve conhecer remédios que façam efeito.
Pensar nisso fez um mar de duvidas que sempre terminava no meu pai,
surgir em minha mente.
Acariciei minha barriga ainda lisa, será que ele já sentia algo? Será que eu
o estava machucando com meu útero problemático?
Será que Pietro desconfiou de algo? Por eu não estar arrumada quando
ele voltou pro quarto?
Menino ou menina?
Ensinar a ela que ela pode ser tudo o que deseja e sonha, que ela pode
sim se apaixonar e isso não precisa a destruir como tantas moças por ai.
Já que estava ali na cama sem poder fazer nada, daria toda a minha
atenção ao meu bebe. Aline, Beatriz, Elizabeth e Rebecca foram os que eu
mais gostei no fim das contas.
– Bia?
Levantei a cabeça para Andrea que entrava em meu quarto sorrindo, soltei
a tampa e me virei para ela.
– Sim sim! Uau você leu minha mente! Senti uma vontade tremenda de
comer bolo de maçã, e então estava lá!
– Fico feliz, eu vim avisar que eu e o Matteo vamos sair, então qualquer
coisa chame a Isabella sim? –Ignorei a careta que ela fez ao falar o nome
dela, apenas sorri calmamente. –Você fica tão calma longe dos negócios.
Visualizei a preocupação que passou em seu olhar, e então ela tocou meu
abdome.
– Passou a cólica?
– Que cólica?
Nos encaramos por alguns segundos, sabia que ela podia sentir a
acusação que eu lançava sobre ela apenas com o olhar, e então ela se
afastou.
– Um dia Bia...
Dizendo isso ela saiu rapidamente, levando consigo a bandeja que Alice
me trouxera, suspirei ao perceber que ela definitivamente me escondia
algo, e pela reação dela não era nada bom.
Sentei na cama de novo, e meus olhos voaram para a caixa. Minha mente
tratou de trazer a informação que Pietro havia me dado antes de sair.
Seja lá o que for eu terei que esquentar, por que claramente já estava frio.
Foi instantâneo, assim que abri a caixa e olhei lá dentro, primeiro veio o
choque, depois a cólica ressurgiu das cinzas subindo pelo meu corpo
como um terremoto, o epicentro veio do útero, onde se mantinha uma
onda de dor, a qual eu nunca imaginei sentir.
O que fazer? Quando o maior sonho da sua vida chega a ser sua realidade
e depois é tirada de você?
Eu conseguia ver, com clareza, tudo o que passei com Afrodite. Desde que
ela entrou em minha vida e todas as vezes que eu pedi um cachorro para
meu pai.
Para uma familia Italiana Mafiosa, a minha familia sempre foi tão dispersa,
como uma familia americana, filhos separados, pais distantes.
Era estranho como eu não sentia nada, acho que quando o sofrimento
passa do máximo que seu cérebro pode suportar, ele simplesmente para
de emitir, como se não existisse. Embora ele estivesse ali, tão próxima a
mim que eu podia o tocar.
Afrodite...
Afrodite...
Afrodite era mais do que a minha melhor amiga, minha filha e minha
companheira.
Por ser filha de quem era, eu podia colocar minhas mãos no fogo que ela
sabia que estava vendo vigiada. A garota era uma Antonelli, último
membro de uma família da máfia siciliana que dominou o mundo dos
crimes por anos.
-Foda-se o que você faz ou não faz Anthony, não estou aqui para pedir e
sim para exigir. Eu quero a garota.
-Meu filho terá o direito de estuprar essa menina até não haver mais carne
na boceta imunda dessa Antonelli.
-Quero que Elizabeth veja isso onde quer que ela esteja.
-Ela está morta.
-Pois que esteja no inferno! Quero que ela veja que minha vingança foi
vitoriosa.
-Olhe bem para esse moleque Albertini, ele mal tem 11 anos!
•••
Emy gostava de café com uma colher de canela pela manhã, após sair da
cafeteria ao lado de seu luxuoso prédio, herança que a família deixou para
ela. A mulher tinha 22 anos, nenhum namorado e não era por falta de
pretendentes. Cabelo castanho claro longo e ondulado, olhos castanhos
com um toque esverdeado que deixaria qualquer pessoa confusa sobre a
real cor. Era professora no jardim de infância de uma escola no subúrbio,
sempre recebia ligações sobre os negócios que mantinha em segredo com
sobrenomes falsos e um conclave com a família Cesarin. O que seria uma
dor de cabeça para o Velho Albertini quando eu a levasse para ele.
Sai do carro e caminhei para uma banca de pipoca próximo aos dois.
-Anthony de Viera?
-Acha que sou tola? Eu sei disso a séculos. -Minha mão congelou, a
pipoca a centímetros de distância de meu rosto. -Não se preocupe comigo
querido.
Ritmada no seu andar, Emy finalmente parou ao meu lado, meus olhos
continuaram fechados.
-Você é real? -Consegui perguntar antes que minha voz sumisse diante do
meu encantamento. Que só aumentou dia após dia daquela deliciosa
caçada a sua rotina. Ela sorriu, os lábios vermelhos dando espaço para
seus dentes brancos.
-Nunca. -Respondeu.
Andrea
Com certeza eu era péssima naquilo, rodando pelo hall do hotel onde
acontecia aquele maldito evento do meu pai.
-Xingue o quanto quiser Cesarin, de mim você não conseguirá nem uma
pequena parte de minha educação.
-Não vera a cor do meu dinheiro! Jamais me casarei com você! Nem que
para isso eu precise engravidar de outro!
Ele não disse nada, apenas sorriu me puxando para o salão do piano.
Onde continuei o encarando com verdadeiro ódio por aquele rosto tão
lindo e aquela boca deliciosa.
Por fim fui obrigada a respirar fundo algumas vezes, arrumar meu cabelo e
meu vestido, sai do salão rápido, o que me rendeu um trombo com alguém
que eu decididamente precisava ver.
-Olá Matteo. -Os olhos dele se colaram em minha boca, mordi meu lábio
inferior ciente que isso o deixaria ainda mais corado.
-An... dre...
Elizabeth, minha irmã mais nova, doce e meiga, foi a escolha de meu pai
para se casar com Sandro. Tive que ouvir com todas as letras que eu tinha
o gênio ruim de minha mãe e por isso não poderia me casar com Mateo, já
que eu lembraria o pai dele constantemente da perna que meu pai passou
sobre ele.
Papai teima em dizer que está me protegendo de uma morte horrível, que
mulher para se casar com um Albertini tem que ser submissa e tola, como
minha irmã alguns minutos mais nova que eu.
Mamãe foi uma mafiosa maravilhosa, a última de sua família, parecia que
nada seria capaz de destruí-la, exceto é claro Anthony Reimond.
-Eu vi que saiu com Sandro, sei que ele a importuna, então queria saber
se ele fez algo contra você. -Sorri para a preocupação de Mateo.
Mateo voltou a corar, e eu soube muito bem onde minha doce irmã se
encontrava.
-Está tudo bem Andrea, não contarei para meu pai... Além de que... Ela
definitivamente não é o que eu quero. -Olhei chocada para Mateo. Ele
realmente estava dizendo tão diretamente que queria a mim? Foram
meses tentando seduzir ele, e agora que ele finalmente admitia minha
vitória. Meu coração inútil se apegava a um Cesarin. Respirei fundo e
toquei o rosto dele, eu precisava vencer esse sentimento ou isso me
destruiria, me apaixonar pelo Sandro não me levaria para onde eu deveria
estar. Ao lado do comando da família mais poderosa da Itália, descobrir
todo o envolvimento dos Albertini no fim dos Antonelli, vingar minha mãe.
Era necessário! Eu ser forte e comandar meu coração não ser comandada
por ele.
-Mateo? Andrea? -A voz grossa soou do nosso lado. Apertei meus olhos
com força antes de abaixar a mão e me virar para o rosto chocado de um
Cesarin vingativo. -Não acredito que continua falando com esse maldito! -
Berrou me puxando para si. Tropecei em meus próprios pés e o resultado
foi os braços fortes de Sandro me segurando, e por fim fui abatida pelo
cheiro doce e forte de seu perfume. -Eu acabo com sua vida Albertini! Se
chegar perto da minha noiva de novo!
-Como é que é? Pelo menos eu não me escondo atrás do papai Matteo pai
e Mateo filho!
Os olhos do Albertini pegaram fogo e ele fez algo que faria nascer ali uma
briga entre gigantes.
Me puxou para seus braços e colou sua boca na minha. Minha reação foi
aprofundar o beijo, mesmo desejando que aquele fosse o Sandro.
-Vi sua noiva aos beijos com o Pietro. -A voz perigosa de Sandro
finalmente soou depois de um silêncio amedrontador. -Parece-me que é
comum dos Albertini serem cornos.
-Como ousa?
Arregalei os olhos. Nunca ninguém citou isso tão claramente, mesmo que
todos nós sabemos que Elizabeth Antonelli largou o Matteo pelo meu avô
aos 16 anos.
-Andrea!
-Nunca mais fale da minha irmã assim! -Rosnei raivosa. -Ela ama o Pietro!
E se não fosse sua intromissão na nossa vida a fim de conseguir nosso
dinheiro! Ela poderia de casar com o Pietro.
-Oh meu Deus! Andrea deu um tapa em você Sandro, que lindo! Com
certeza ela será uma ótima primeira dama Cesarin. Você vai apanhar
muito meu amigo.
-Me ameace o quanto quiser! Eu vou ganhar de qualquer forma meu caro.
•••
Lizzie era doce e inocente, não tinha a mínima ideia do que representava
ser as últimas Antonelli vivas. Por outro lado. Ela teimava em correr atrás
de Pietro, o braço direito de papai que depois da morte da minha mãe
resolveu continuar os pequenos negócios dos Antonelli.
Me joguei no chão ali em meio as rosas. Papai nunca explicou as coisas
para Lizzie. Nunca disse que minha mãe morreu no parto logo depois que
eu nasci, e que para salvar a vida dela papai teve que abrir o corpo de
nossa mãe como se ela não fosse o amor da vida dele.
Eu basicamente tive que aceitar todo o peso de ter sido a única de nos que
minha mãe conheceu, segundos antes de morrer. Tive que aceitar também
que o que matou nossa mãe, fatalmente nos mataria assim que
tivéssemos filhos.
E por isso, eu tinha decidido não contato nada a Lizzie, por que ela estava
grávida.
E por fim. Ali em meio as rosas e minha mãe eu chorei e raiva e ódio.
Como eu poderia esperar ali parada a morte da minha irmã? O que seria
do bebê? No momento que Velho Albertini descobrisse ele mataria a
criança!
Eu estava tão ferrada. Meu coração fatalmente seria quebrado. Pela morte
da minha irmã e melhor amiga e pela decisão que me afastaria de Sandro.
Nem foi preciso que eu fechasse os olhos para descobrisse o motivo das
lágrimas e do vomito.
Silêncio.
-O que? Não! Não vou deixar você arcar com as consequências do meu
erro sozinha...
Me virei para ela. Rezando aos céus que o avanço da medicina a pudesse
salvar e que ela ficasse com o amor dela longe da Itália. Longe do Velho
Albertini.
Capitulo 24 - Gemeos
Itália, 22 anos atras
Andrea
Eu corria pela praça da igreja, meu medo e temores faziam de meu passo
mais lento, mais descuidado, o que me fez cair em frente à fonte de águas
cristalinas a alguns metros da igreja.
-Ele o matou?
-Matou... Eu sou a única coisa que o bebê tem. A única...
-Você não pode ficar com a criança. O Sandro nunca vai aceitar.
-Ela era minha irmã! Minha companheira! Eu nunca vou deixar que levem
o filho dela para um orfanato! -Antonella alisou o hábito branco e olhou ao
redor preocupada.
-Quero que fique com a menina. -Disse chorosa. Mais uma vez naquele
dia os soluços me dominaram. -O nome dela é Bianca. -Murmurei alisando
meu ventre inchado. Eu podia ver ela quando fechava os olhos.
-Andrea... Não faz sentido você abrir mão dos seus filhos para cuidar de
um filho da sua irmã.
Neguei irritada. A olhando por cima das lágrimas que, com certeza cairia
dos meus olhos pelas próximas semanas, e talvez até depois do parto.
Neguei mais uma vez, queria meus filhos longe disso. O mais longe
possível. Sandro não mediria esforços para matá-los na primeira
oportunidade, o pai de Mateo também. Antonella era a única pessoa que
eu podia confiar ela e Bill, melhor amigo do Sandro, eram as únicas
pessoas que eu podia confiar.
-Não é por isso, é pela vingança. No momento que eu disser aceito para
Mateo, o Sandro fará de tudo para me atingir. Tudo o que conseguir e
puder. -Antonella estremeceu e corou com isso, me fazendo lembrar que
ela o conhecia a longa data. -Você não pode contar ao Sandro nada sobre
a Bianca. Nada Antonella.
-Ele descobrirá assim que olhar para ela! Nada passa despercebido a
Sandro Cesarin.
-Não! Se o Sandro te pegar, ele pegará os dois filhos dele. Não posso
permitir isso.
-Ele tem o direito de ser pai Andrea! São os filhos dele! Com a mulher que
ele ama. -Revirei os olhos frustrada, será que ela não conseguia entender?
Sandro não era leal a família! Ele iria usar as crianças para me atingir sem
pensar duas vezes.
-Você tá decidindo pelos dois! Está privando tanto a si mesma, como ele,
de conviver com seus filhos. -Segurou minha mão fortemente. -Entregue
Pietro para seu pai e se case com o Sandro, seja feliz com ele!
Puxei minhas mãos a olhando chocada. Como ela podia pensar que tudo
era fácil assim? Eu tinha que vingar minha mãe! Minha irmã! E isso só
conseguiria destruindo os Albertini. Eu era uma Antoneli não podia deixar
um sentimento bobo me dominar.
-Eu não vou deixar meus planos de lado por uma vida medíocre ao lado de
um mafioso manipulador e frio.
Queria meus filhos longe da máfia, por que eu destruiria a maior família da
Itália, e haveria alguém para vinga-los, certamente usaria um filho meu
para isso.
-Por que ?
-Ele terá o nome do meu avô. -Respondi sorrindo sentindo o chute tímido
que um deles me deu. -Fabrizio, espero que seja tão destemido quanto
meu pai contava que ele era.
Epilogo
Itália, 22 anos atras
Antonela
Meu sorriso podia ser visto de uma enorme distância. Era reluzente,
brilhante, magnífico.
Foi majestoso.
-Posso, toca-la ? -Questionou tão baixo que eu pensei não ter ouvido.
-Claro que pode Sandro. -ele sorriu finalmente tocando no rostinho corado
que o encarava. -Quer segura-la ? -Ele recuou alguns passos negando
veementemente. -Não é pai até segurar sua filha no colo.