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DIREITOS DE VIZINHANÇA ( segunda parte )

1) Árvores limítrofes – a árvore cujo tronco estiver na linha divisória,


presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes –
condomínio – admite-se prova em contrário (1282).

2) Passagem forçada – o CC. Assegura ao proprietário de prédio que se


achar encravado, de forma NATURAL e ABSOLUTA, sem acesso a via
pública, nascente ou porto, o direito de, mediante pagamento de
indenização, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será
judicialmente fixado, se necessário (1285). Não se considera encravado
o imóvel que tenha outra saída, ainda que difícil e penosa. A passagem
forçada é instituto do direito de vizinhança e não se confunde com
“servidão de passagem”, que constitui direito real sobre coisa alheia.

3) Passagem de cabos e tubulações – o proprietário é obrigado a tolerar,


mediante indenização, a passagem, pelo seu imóvel, de cabos,
tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade
pública – luz, água, esgoto...etc – em proveito de proprietários vizinhos,
quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa
(1286).

4) As águas – o CC. Disciplina a utilização de aqueduto ou canalização das


águas (1293), permitindo a todos canalizar pelo prédio de outrem as
águas a que tenha direito, mediante prévia indenização ao proprietário,
não só para as primeiras necessidades, como também para os serviços
da agricultura e indústria, escoando as águas supérfluas ou acumuladas,
ou a drenagem de terrenos.

5) Limites entre prédios – a lei brasileira estabelece regras para


demarcação dos limites entre prédios, dispondo que o proprietário “pode
constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os
dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos
ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados
as respectivas despesas”(1297). A ação apropriada é a demarcatória
(arts. 574 ao 587, CPC).

6) Tapagem – o proprietário tem o direito de cercar, murar, valar ou tapar


de qualquer modo o seu prédio, seja urbano ou rural (1297),
entendendo-se que a divisão das despesas deve ser previamente
convencionada. Quanto aos tapumes especiais, destinados à vedação
de animais de pequeno porte, ou a adorno da propriedade ou sua
preservação, entende-se que sua construção e conservação cabem
unicamente ao interessado, que provocou a necessidade deles.

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