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Ana Maria Matsinhe

Celeste da Iolanda Mandlate


Cecília Albino Chicane

Plano Curricular do Ensino Basico


Curso: Educacao e Assistencia Social
4º Ano pós-laboral

Universidade Pedagógica
Maputo
Fevereiro- 2021
Ana Maria Matsinhe
Celeste da Iolanda Mandlate
Cecília Albino Chicane

Plano Curricular do Ensino Basico

Trabalhoa ser entregue na


Faculdade de Ciencias de
Edeucacao e Psicolofia,
para efeito de avaliacao, ,a
cadeira Sistema Escolar e
Educacao Inclusiva, para a
Dra. Suzete Lucia Simbine.

Universidade Pedagógica
Maputo
Fevereiro- 2021
Indice
1. Introdução............................................................................................................................1
2. Objectivos............................................................................................................................2
2.1. Objectivo
geral...............................................................................................................2
2.2. Objectivos
específicos...................................................................................................2
2.3. Metodologia...............................................................................................................
....2
3. Contextualização..................................................................................................................2
4. Plano estratégico..................................................................................................................3
4.1. Política
geral..................................................................................................................4
4.2. Estrutura do ensino
primário..........................................................................................4
4.3. Idade para a freqüência do ensino
primário...................................................................4
5. Valores.................................................................................................................................4
6. Currículo local.....................................................................................................................5
6.1. Espaço que se considera
local........................................................................................5
7. Estratégia de implemetanção do currículo...........................................................................5
7.1. Métodos de
aprendizagem.............................................................................................5
7.2. Formas de
avaliação.......................................................................................................5
8. Educação inclusiva...............................................................................................................6
8.1. Grupos vulneráveis na perspectiva do pleno curricular do ensino
básico.............................................................................................................................6
8.2. Papel do Assistente
Social.............................................................................................7
9. Considerações finais............................................................................................................8
10. Referencias bibliográficas....................................................................................................9
11. Anexo.................................................................................................................................10
1. Introdução
A educação é um processo pelo qual a sociedade prepara os seus membros para garantir a sua
continuidade e o seu desenvolvimento. Trata de um processo dinâmico que busca continuamente
as melhores estratégias para responder aos novos desafios que a continuidade, transformação e
desenvolvimento que a sociedade impõe. A sociedade moçambicana, em particular tem estado
nos últimos tempos, em mudanças profundas motivadas por factores políticos econômicos e
social-cultural.
A educação deve proporcionar na perspectiva de garantir que os cidadãos, ao mesmo tempo em
que se capacitam para se integrarem, não perder a sua identidade pessoal, comunitária e nacional.
Deste modo procura-se em cada etapa desenvolver estratégias educativas por forma responder
aos desafios que se colocam no presente documento, Plano Curricular do Ensino Básico.
O principal desafio ao presente plano curricular, é tornar o ensino mais relevante, no sentido de
formar cidadãos capazes de contribuir para o melhor da sua vida, da família, da comunidade e do
país., dentro de espírito da preservação da unidade nacional e respeito pelos direitos, bem como
da preservação da cultura moçambicana.
A visão da relevância do currículo fundamenta-se na percepção de que a educação tem de ter em
conta a diversidade dos indivíduos e dos grupos sociais, para que se torne num factor por
excelência de coesão social e não de exclusão.
2. Objectivos
2.1. Objectivo geral

 Desenvolver conhecimentos socialmente relevantes, técnicas básicas e aptidões de trabalho


manual, atitudes e convicções que proporcionam maior participação social para o ingresso na
vida produtiva.

2.2. Objectivos específicos

 Garantir a educação básica inclusiva a todo cidadão de acordo com o desenvolvimento do


país, através da progressiva escolaridade obrigatória;
 Assegurar a todo cidadão a educação e a formação profissional;
 Valorizar as línguas, cultura e historia com objectivo de preservar e desenvolver o patrimônio
cultural da nação.

2.3. Metodologia
Para a realização deste trabalho, usou-se materiais que foram suporte ao longo, através da revisão
bibliográfica de alguns artigos, foi possível obter dados literários, internet para obter algumas
informações.

3. Contextualização
Factor Economia e político
A construção de um currículo é um processo dinâmico nas transformações da sociedade. A
população moçambicana é predominantemente rural, tendo agricultura como base de
subsistência. O país vive desde os meados da década 80 transformações profundas com a
introdução do programa de Reabilitação Econômica. Em 1990, introduz-se o sistema político
multipartidário, através da adopção de uma nova constituição, que consagra Moçambique como
um estado de Direito e reconhece constitucionalmente o sistema político multipartidário. Nos
finais da década 70 e princípios da década 90, o pais foi devastada por guerra sem precedentes,
as redes escolares e sanitárias foram destruídas e a rede comercial sofreu também, o que resultou
em traumas profundos. Para alem disso, a guerra e as calamidades naturais fizeram milhões de
deslocados e refugiados nos países vizinhos. Com o fim da guerra e assinatura do Acordo Geral
de Paz, em Outubro de 1992, permitiu o regresso da população as suas zonas de origem e inicio
da normalização das suas vidas
A população moçambicana esta empenhada na preservação da unidade nacional, manutenção da
paz e estabilidade nacional, bem como na preservação da cultura moçambicana, factores
indispensáveis para garantia do desenvolvimento socioeconômico, sócio-cultural. Segundo as
pesquisas Antropologias sobre a interação entre a cultura tradicional e a escola, ha um
desfazimento da acção educativa, relativamente acultura e tradições culturais que inclui no valor
atribuído pelas comunidades. Os principais factores culturais apontados são a língua do ensino,
os ritos de iniciação, as praticas socioe-conômicas e a divisão social do trabalho.

Factor sócio-cultural
Influência o sistema de educação, com a forma de como são consideradas as diferenças de
gênero pela comunidade. Consequentemente afigura-se ser de extrema importância o
envolvimento efectivo da comunidade no processo de ensino-aprendizagem, pois so ela pode
garantir o acesso e a retenção dos jovens na escola. Não se trata de transformar a escola num
instrumento privilegiado para a preservação das culturas tradicionais, mas sim, num espaço de
interação entre as culturas das comunidades e os novos paradigmas da cientificidade Educativa.
Moçambique introduziu o Sistema Nacional de Educação através da lei 483, de 23 de Março.
No contexto da estratégia global de desenvolvimento, o Governo moçambicano adoptou, em
1995 a Política Nacional de Educação, que operacionaliza o Sistema Nacional de Educação. A
Política Nacional de Educação define a Educação Básica (o ensino primário de 1ª a 7ª classe e
Alfabetização e Educação de Adultos) como primeira prioridade do Governo.
A língua é um dos factores que maior influencia exerce no processo ensino-aprendizagem,
sobretudo, nos primeiros anos de escolaridade, na medida em que a maior parte dos alunos
moçambicanos que entra na escola pela primeira vez, fala uma língua materna diferente da
língua do ensino. Esse factor faz com que muitas das competências, sobretudo a competência
comunicativa, adquiridas pelas crianças, antes de entrarem na escola, não sejam
aproveitadas( PEBIMO, 1996:1).

4. Plano estratégico
O Ministerio da Educacao e Desenvolvimento Humano reafirmam as prioridades definidas na
Política Nacional de Educação, com destaque para:
 o aumento do acesso as oportunidades educativas para todos os moçambicanos e melhoria da
qualidade de educação.
 O desenvolvimento do quadro Institucional (MINED, 1997:1).
A educação Básica é de importância fundamental para a estratégia de desenvolvimento do pais, e
é, um elemento central de estratégia de redução da pobreza, uma vez que, por um lado, aquisição
dos conhecimentos acadêmicos, incluindo alfabetização de adultos, ira alargar as oportunidades
de acesso ao emprego, auto-emprego e aos meios de subsistência sustentáveis ao cidadão
moçambicano, por outro, aumentar a equidade do sistema educativo. Assegura o
desenvolvimento dos recursos humanos, base para o sucesso da economia nacional. Para permitir
maior acesso ao ensino, o MINED tem vindo a expandir a rede escolar.

4.1. Política Geral


A educação é reconhecida como um instrumento fundamental para o crescimento econômico e
desenvolvimento social e visa promover o bem-estar dos cidadãos. De acordo com a Política
Nacional de Educação, o Ensino primário e a Alfabetização de Adultos são prioritários e
correspondem a educação de Base, que o governo procura dar a cada cidadão, a luz da
Constituição da Republica de Moçambique. O ensino primário tem um papel importante no
processo de socialização das crianças, na transmissão de conhecimentos fundamentais como
leitura, escrita e o calculo.
A lei nº 18⁄2018, de 28 de Dezembro, estende a Educação Básica para 9ª classe e esta confere
competências fundamentais a criança, jovens e adultos para o exercício da cidadania,
fornecendo-lhes conhecimentos geral sobre o mundo que os rodeia e os meios para progredir no
trabalho e aprendizagem ao longo da vida. De acordo com esta lei, a Educação Básica
compreende o Ensino Primário (1ª a 6ª classe) e o 1ª Ciclo do Ensino Secundário (7ª a 9ªclasse).

4.2. Estrutura do Ensino Primário


A lei 18⁄2018, de 28 de Dezembro, preconiza um Ensino Primário de 1ª a 6ª classe, organizados
em dois ciclos de aprendizagem:
a) I ciclo de 1ª a 3ª classe;
b) II ciclo de 4ª a 6ª classe.
Os ciclos são unidades de aprendizagem em que o aluno desenvolve competências especificas. O
professor deve criar condições para que o ensino esteja centrado no aluno e nas aprendizagens,
providenciando a recuperação daqueles que tenham dificuldades de aprendizagem e garantir que
todos atinjam as competências previstas no ciclo, através de uma avaliação predominantemente
formativa.

4.3. Idade para a freqüência do Ensino Primário


O abrigo do artigo 7 da lei supracitada, a criança que completa 6 anos de idade ate ao mês de
junho desse ano, matricula-se na 1ª classe.

5. Valores
A formação na escola primaria concorre para que o aluno desenvolva um conjunto de valores
que o tornem cidadão com boa conduta na família e na sociedade, tais como:
Responsabilidade- agir critica e etnicamente, ser responsável pelas suas acções, ser ponderado e
cumprir com zelo e rigor as normas institucionais.
Curiosidade- vontade de aprender mais, procurar de forma criativa, novas soluções ao problema
do dia-a-dia, ser persistente e ter auto-confiança.
Cidadania- respeitar as diversidades culturais, étnicas, sociais, religiosas, políticas e outras,
conhecer os seus direitos e deveres e agir com justiça e de acordo com os princípios dos direitos.
Ocupação- tem um propósito, ser interventivo, tomar a iniciativa e agir como empreendedor
com autodisciplina, ser perseverante perante as dificuldades, ser optimista e ter rigor no trabalho.
Liberdade- manifestar a autonomia pessoal centrada Np direitos humanos, na democracia, na
cidadania, na equidade, no respeito mutuo, na livre escolha e no bem comum.

6. Currículo local
O currículo Local, é componente do currículo nacional correspondente a 20% do total do tempo
previsto para a leccionação. esta componente é constituída por conteúdos definidos localmente
como sendo relevante, para a integração da criança na sua comunidade.

6.1. Espaço que se considera local


É o espaço onde se situa a escola que pode ser alargado ate a ZIP, distrito e mesmo província.

7. Estratégia de implementação do currículo


A implementação do currículo, baseado em competências, assenta na existência de professores e
gestores preparados e criativos, comprometidos com os princípios estabelecidos pelo ministério
que superintende a área da educação e uma cultura de ensino centrada no aluno e nas
aprendizagens. Ainda, pressupõe a melhoria de condições de aprendizagem, estrutura e cultura
organizacional da escola, numa era dominada pelas tecnologias.

7.1. Métodos de aprendizagem


Os métodos de avaliação são relevantes no processo de ensino-aprendizagem. A sua escolha
depende das finalidades e objectivos pretendidos, do que vai ser objecto de avaliação «, da área
disciplinar e nível de escolaridade a que se aplicam.
7.2. Formas de avaliação
A principal função das formas de avaliação é verificar se o aluno aprendeu para poder
aperfeiçoar subseqüentemente o processo de ensino-aprendizagem na busca de melhores
resultados. A avaliação compreende as seguintes formas: Diagnostico, Formativa e Sumativa.
Avaliação Formativa realiza-se durante o processo de ensino-aprendizagem e assume um
caracter continuo e sistemático com a função de informar ao professor sobre o nível de
desenvolvimento de competências previstas nos programas.
Avaliação Sumática visa realizar um balanço de aproveitamento do aluno no fim de uma unidade
de ensino, de um período escolar, no ano lectivo e tem em vista conferir os resultados obtidos,
face aos qual o aluno obtém uma classificação. Esta avaliação será conjugada com avaliação
formativa.
Avaliação Diagnostica realiza. se no inicio do processo educativo(inicio do ano lectivo,
semestre, unidade do ensino, etc) e tem em vista colher informação sobre o nível inicial de
aprendizagem de alunos como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão
e capacidade.

8. Educação inclusiva
O presente Plano Curricular do Ensino Primário preconiza ações da promoção da equidade de
gênero e integração dos alunos com dificuldades de aprendizagem e com deficiência.
Relativamente aos alunos com deficiência deverão ser criadas condições para que todos se
sintam livres de qualquer forma de discriminação, através de promoção de valores como:
sensibilidade, solidariedade, respeito as diferenças individuais, amor ao próximo, entre outros.
Os alunos com dificuldades de aprendizagem, o professor devera diagnosticar a necessidade
educativa e desenvolver estratégias de acompanhamento e remediação, tendo em conta o nível e
tipo de problema.
Educação inclusiva torna-se efectiva se estiver enraizada na pratica educativa, na vida da escola
e da comunidade
.
8.1. Grupos vulneráveis na perspectiva do plano curricular do ensino básico
Em Moçambique, nas ultimas décadas, tem tido praticas sucessivas do governo na definição de
objectivos e estratégicos para o ensino básico tendo como destaque melhor acesso e de qualidade
das aprendizagens escolares, respeitando os princípios de equidade e igualdade de gênero e
educação para todos incluindo as crianças com NEE. Assim sendo, o seu compromisso em
relação a educação, inclusão social no processo de socialização, bem como aqueles com situação
de vulnerabilidade socioeconômico, pessoas da rua e na rua de baixa renda.
A educação de pessoas com deficiência é marcada por diversas correntes filosóficas, no entanto
deram muitos contributos na formação de novos valores no que diz respeito as diferenças
individuais. É dever de o estado prestar apoio e definir normas pedagógicas para a integração da
criança, relativamente ao ensino básico cabe-lhe proporcionar a integração social das crianças,
para o reconhecimento da sua identidade enquanto cidadãos, promover a sua integração na
comunidade a partir do uso adequada da língua portuguesa, entre outras aprendizagens. Portanto,
constitui um único, autônomo, universal e obrigatório. Para ter acesso a este ciclo de estudos a
criança deve completar Seis anos ate 30 de junho do mesmo ano (lei 18⁄2018). O conselho de
ministro determinou a escolaridade obrigatória de acordo com o desenvolvimento
socioeconômico do país, nomeadamente do campo e da capacidade da rede escolar (artigo 47,
ISNE).
Entre tanto importa referir que, traduz-se um certo abandono do apoio ao refugiado, a razão da
fraca divulgação dos direitos dos mesmos. É de realçar que a educação importante, tanto no seio
da família como na sociedade em geral, no quadro da abordagem dos grupos vulneráveis. A
educação é um factor básico para se romper o cerco do abuso e violação dos direitos destes
segmentos da sociedade.

8.2. Papel do Assistente Social


A educação é um recurso de poderes para alcançar o objectivo de coesão social em Moçambique,
baseada no conhecimento. Contudo observa uma grande dificuldade dos educando engrenar no
ensino, esse problema resulta da insuficiência das escolas. Logo, é necessário que haja elementos
para promover o êxito das escolas e o seu relacionamento com as áreas da sociedade, em
particular entre os grupos sociais vulneráveis. A este grupo de criança na rua e da rua em
particular, ha uma necessidade da sociedade, escola, dirigentes políticos assumir a
responsabilidade face a este problema sociais que dependem de todos nós em quanto pessoa que
defendemos o bem estar comum do desenvolvimento humano.
9. Considerações finais
Face ao modelo de desenvolvimento social que vivemos hoje, numa sociedade fluida, complexa
a qual se impõem organizações do tempo, espaço e das próprias pessoas, no sentido de se viver
melhor, o importante é viver uma vida de qualidade e com sentido, é através da aprendizagem
que saberemos no socializar para integração na sociedade.
A comunicação exerce grande influencia nos indivíduos e naturalmente nos seus desempenhos
na própria sociedade ou país. Nunca a comunicação foi tão facilitada e paralelamente nunca as
relações sociais estiveram tão fraturadas, devendo-se, a ausência de opções ideológicas, a queda
de valores e conseqüentemente gera uma crise de emprego, um quadro de insegurança. Desta
forma importa adotar estratégias que potenciam uma efectiva educação das crianças, jovens,
oferecendo-lhes paralelamente a possibilidade da participação em programas de valorização
pessoal e convívio social, a par da procura da actividades mais significativas, como forma de se
descobrirem, melhorando a vida actual e perspectivando o futuro de forma mais informada. O
processo de formulação e execução de proposições educacionais, visa a conservação de política
de educação para todos na perspectiva da educação inclusiva,
10. Referencia bibliográfica

 BR nº 19, I serie (1992). Lei 6⁄92 de 6 de Maio: Sistema Nacional de Educação. Imprensa
Nacional- Maputo.
 BR nº 254, I serie (2018). Lei 18⁄2018 de 28 de Dezembro: Sistema Nacional de Educação.
Imprensa Nacional- Maputo.
 PEBIMO (1996). Ensino Bilíngüe: uma alternativa para a escolarização inicial(EP1)na Zonas
Rurais. INDE. Maputo.

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