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ERGONOMIA APLICADA

ERGONOMIA

ÉRGON = FORÇA / TRABALHO

NOMOS = regras / LEIS

UMA DEFINIÇÃO
Estudo entre o homem e o seu trabalho,
equipamentos e meio ambiente

Segurança do Trabalho / Ergonomia Aplicada/ Modulo II


DESENVOLVIMENTO NA 2 GUERRAMUNDIAL

TECNOLOGIA E AS CIÊNCIAS HUMANAS

ENGINEERING PSYCHOLOGY

INGLATERRA 1949 Ergonomic Research Society

EUA 1961 International Ergonomics Association 40 países

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DUAS TENDÊNCIAS

Ergonomia dos métodos e das


tecnologias,
americana, contínua necessidade de adaptação da
máquina ao homem
Ergonomia da organização do trabalho, européia, estudo
da
inter-relação entre o homem e o trabalho, como o homem
“sente” e “experimenta” o trabalho.

TRÍADE BÁSICA DAERGONOMIA:


•CONFORTO
•SEGURANÇA
•EFICIÊNCIA

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DEFINIÇÕES

1857 W.JARTRZEBOWSKI
O esboço da ergonomia ou ciência do trabalho baseada
sobre as verdadeiras avaliações das ciências da
natureza.
Ciência do uso das forças e das capacidades humanas
no trabalho

1987 Wisner
Um conjunto de conhecimentos científicos relativos ao
homem
e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e
dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de
conforto, segurança e eficiência.

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1.A ergonomia estrutura-se a partir dos conhecimentos
científicos sobre o ser humano, i.é, sobre suas
características psicofisiológicas, para a partir deles,
conceber equipamentos ou modifica-los e não o contrário,
i.é, aplicar o conhecimento em máquinas para
depois procurar a pessoa certa.
2. A verdadeira ergonomia, muito pouco conhecida, a
ergonomia de concepção, que planeja, estrutura todo o
projeto a partir dos dados referentes do ser humano.

A PERFEITA INTEGRAÇÃO ENTRE AS


CONDIÇÕES DE TRABALHO E A TRÍEDA:
CONFORTO – SEGURANÇA-EFICIÊNCIA DO
TRABALHADOR PODE SER CONSIDERADAA BUSCA
DA ERGONOMIA

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Para atingir essa condição

ANATOMIA- FISIOLOGIA – BIOMECÂNICA ( postura


)
– ANTROPOMETRIA – PSICOLOGIA – ENGENHARIA –
DESENHO INDUSTRIAL – INFORMÁTICA –
ADMINISTRAÇÃO

É o caráter interdisciplinar da ergonomia

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Antropologia
Estudo das
Sociologia
relações Homem
Antropometria -
e biomecânica
Máquina

Ergonomia

• Fisiologia
Psicologia

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A ergonomia estuda a situação de trabalho
como:

• Atividade
• Ambiente físico
• Iluminação, ruído, temperatura
• O posto de trabalho
• Dimensões, formas, concepção etc

• Buscando dar o máximo de conforto,


segurança e eficiência.
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OS TRÊS ( QUATRO ) TIPOS
DE ERGONOMIA

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1-) ERGONOMIA DE CORREÇÃO

• 1-) Atua de maneira restrita modificando os


elementos parciais do posto de trabalho,
como:

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2-) Ergonomia de concepção

• 2-) Interfere amplamente no projeto do


posto de trabalho, do instrumento, da
máquina ou do sistema de produção,
organização do trabalho e formação de
pessoal.
• AO INICIAR, MODIFICAR, AUMENTAR SEU
ESCRITÓRIO, SUA LINHA DE PRODUÇÃO,
SEU TRABALHO, CONSULTE UM
ESPECIALISTA EM ERGONOMIA
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3-) Ergonomia de conscientização

Ensina ao COLABORADOR a usufruir dos


benefícios de seu posto de trabalho

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4-) Ergonomia participativa

Estimulada pela presença de um Comitê


Interno de Ergonomia ( CIE ) que
englobe representantes da empresa e
dos funcionários, utiliza as ferramentas
da ergonomia de conscientização para
que haja o pleno usufruto do projeto
ergonômico, seja esse implementado
pela ergonomia de concepção ou de
correção

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ERGONOMIA DE ( OU E A )CONSCIENTIZAÇÃO

É FUNDAMENTAL A OBTENÇÃO DOS


OBJETIVOS PROPOSTOS PELO PROJETO
ERGONÔMICO, POIS É PELA REALIZAÇÃO DE
TREINAMENTO, PALESTRAS, CURSOS DE
APRIMORAMENTO E ATUALIZAÇÃO CONSTANTE
QUE É POSSÍVEL EDUCAR O FUNCIONÁRIO E A
EMPRESA A RESPEITO DOS MEIOS DE TRABALHO
MENOS PREJUDICIAIS PARA A SAÚDE INDIVIDUAL E,
AO MESMO TEMPO, MOSTRAR TODOS OS
BENEFÍCIOS DAS PROPOSTAS ERGONÔMICAS PARA
A SAÚDE DOS COLABORADORES E
DA COLETIVIDADE.

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ERGONOMIA DE ( OU E A )CONSCIENTIZAÇÃO

CONSCIENTIZAR OS COLABORADORES

CONSCIENTIZAR A EMPRESA
(ISTO É, OS DEMAIS SETORES DAEMPRESA,
DIRETORIA, ALEM DO RESPONSÁVEL PELA
HIGIÊNE E MEDICINA DO TRABALHO, QUE
NESTA ALTURA JÁ ESTÁCONSCIENTIZADO)

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ERGONOMIA DE ( OU E A )CONSCIENTIZAÇÃO

CONSCIENTIZAR OS
COLABORADORES

• COMO DESENVOLVÊ-LA?
• COMO APLICA-LA?
• QUANDO APLICA-LA
• PORQUE ADOTA-LA

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VAMOS A UM EXEMPLO
PARA A CONSCIENTIZAÇÃO
AOS COLABORADORES
PARA PREVENÇÃO DAS
LER - DORT
DEVE SER ADAPTADO EM FUNÇÃO DA EMPRESA, DO QUEA
EMPRESA VAI FAZER, IMPLANTAR, TIPO E NÍVEL DO
COLABORADOR,ETC

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INICIALMENTE TEMOS QUE PASSAR O CONCEITO
DE QUE TODA A VEZ QUE EXECUTAMOS A
MESMA TAREFA COM MENOS ESFORÇO, COM
MAIS CONFORTO, COM MAIS QUALIDADE
DE VIDA, COM MENOS RISCOS DE DORES E
DOENÇAS, ESTAMOS APLICANDO AERGONOMIA.

NÃO ESQUECER QUE É PRECISO


GUARDAR SEGURANÇA E QUALIDADE

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• QUANDO SURGIU
A ERGONOMIA

A ergonomia surgiu junto com o homem primitivo.


Com a necessidade de se proteger e sobreviver, o homem
primitivo, sem querer, começou a aplicar os princípios de ergonomia, ao
fazer seus utensílios de barro para tirar água de cacimbas e cozinhar
alimentos.

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Fazer o tacape para se
defender ou abater animais.

TODA A VEZ QUE SE EXECUTA UMA


MESMA
TAREFA COM MAIS CONFORTO, MENOS ESFORÇO,
ESTAMOS USANDO A ERGONOMIA

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QUANDO SURGIU
A ERGONOMIA?

A ergonomia surgiu junto com o homem primitivo.


Com a necessidade de se proteger e sobreviver, o homem
primitivo, sem querer, começou a aplicar os princípios de
ergonomia, ao fazer seus utensílios de barro para tirar água de
cacimbas e cozinhar alimentos,

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.1 - Origem e evolução da
ergonomia

1)Evolução histórica

Não existe ainda uma história, propriamente dita, sobre


ergonomia;
Conjunto de conhecimentos referentes ao homem em atividade
de trabalho permitiu o surgimento desta disciplina;
Os primeiros estudos sobre o homem em atividade profissional
foram realizados por engenheiros, médicos do trabalho e
pesquisadores de diversas áreas de conhecimento.

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* FINAL DO SÉCULO XVIII Revolução Industrial
Preconizava a produção em grande escala;
Trabalho desumano;
Trabalho passa do modo de produção artesanal para mecanizada;
Enaltecimento da máquina em detrimento do homem;
Ambiente de trabalho não oferecia condições de segurança e
higiene.

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*INÍCIO DO SÉCULO XIX:
Cientistas Europeus começam a desenvolver pesquisas na área da
fisiologia do trabalho (1900);
Surge nos EUA o primeiro laboratório de fadiga da Universidade de
Havard;
Estudos comprovam que atividades exercidas nas fábricas do século
anterior eram perniciosas à saúde.

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I GRANDE GUERRA MUNDIAL(1914 – 1917)
( Inglaterra) Fisiologistas e psicólogos se reúnem com esforço para
colaborar no setor industrial, como recurso para aumentar a
produção de armamento;
Criação da Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Industria de
Munições.

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*II GRANDE GUERRA MUNDIAL(1939 – 1945)
Criação de instrumentos bélicos complexos (Submarinos, tanques
de guerra, radares, aviões);
Condições ambientais desfavoráveis e tensas no campo de batalha;
Acidentes fatais freqüentes;
Esforços para adaptação a esses instrumentos bélicos complexos no
intuito de melhorar as habilidades e capacidades do operador, o
desempenho e reduzindo a fadiga.

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*A ERGONOMIA NO PÓS GUERRA(surge a Ergonomia)
Em períodos de paz os conhecimentos são aplicados com intuito de
melhorar a produtividade e as condições de vida dos trabalhadores;
12/jun/1949 – Dia Oficial da Ergonomia.

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O TAYLORISMO - WINSLOW TAYLOR (1856 – 1915)

O trabalho deveria sercientificamenteobservado;


Para cada tarefa é estabelecido o método correto- estudo de cada
movimento corporal para uma tarefa;
Para cada tarefa, um tempo determinado;
Para cada tarefa, uma ferramenta correta;
Divisão de responsabilidades entre gerencia e trabalhadores;
Empresa determina os métodos e os tempos;
Operários Concentração na sua tarefa.
...“Os trabalhadores deveriam ser controlados, medindo-se
a produtividade de cada um e pagando-se incentivos
salariais aqueles mais produtivos”.(Lida, 2002).

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O TAYLORISMO - WINSLOW TAYLOR (1856 – 1915)

O melhor método de trabalho é escolhido pelo melhor tempo


consumido na realização das tarefas;
O enfoque Taylorista não leva em consideração as
características físicas e psicológicas do usuário/operador,
muito mesmos as necessidades individuais dos mesmos.

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A RESISTÊNCIA DOS TRABALHADORES :

Resistência a cronometragem e dos métodos definidos pela


gerência;
Sentem-se oprimidos e excluídos; Descumprem regras e sabotam
máquinas;
Organizam-se em sindicatos (sabotagem coletiva)
Ideologicamente, sentem-se desobrigados a cumprir as regras.

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O Taylorismo atribui a baixa produtividade à tendência de vadiagem
dos trabalhadores;
Os acidentes de trabalho ocorrem
trabalhadores; por negligência dos

Criação do conceito “Homem Econômico”.

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ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO:
Contribuição durante a fase inicial do projeto, do produto, da
máquina ou do ambiente;
Exige conhecimento, experiências (decisões hipotéticas);
Possibilidades de erros.

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ERGONOMIA DE CORREÇÃO:
Aplicada em situações reais, já existentes;
Aplicada para amenizar ou corrigir problemas que afetem a
segurança do operário ou a produção;
Custo elevado (troca de móveis, máquinas, iluminação, dispositivos
de segurança);

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ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO:
Conscientização do trabalhador;
Cursos, palestras, treinamentos, reciclagens;
Educação para o trabalho seguro e o reconhecimento dos fatores
de risco;
Educação na tomadas de decisão em acidentes;
Feito de forma individual e/ou coletiva.

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ANÁLISE DE SISTEMAS:
Preocupa-se com o funcionamento global. Interface
Homem/máquina;
Deve-se adotar critérios como: custo, confiabilidade, segurança,
domínio, etc.

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ANÁLISE DOS POSTOS DE TRABALHO:
Estudo da parte do sistema onde atua o trabalhador;
Abordagem do posto de trabalho, da tarefa, da postura, dos
movimentos do trabalhador e das exigências físicas e psicológicas;
Análise feita sem respostas prontas.

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.1 - Origem e evolução da
ergonomia

O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo


polonês W. Jastrzebowski, que publicou um artigo intitulado “Ensaio
de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas
da ciência da natureza”.

Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês


chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de
ergonomia, a “Ergonomic Research Society”.

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.1 - Origem e evolução da
ergonomia
Posteriormente, a ergonomia desenvolveu-se em numerosos países
industrializados, como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e
países escandinavos.

Em 1959 foi fundada a “International Ergonomics Association”-


IAE (Oxford).
Em 1961, esta associação realizou o seu primeiro congresso em
Estocolmo, na Suécia.
Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira de
Ergonomia”.

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“ EMBORA A ERGONOMIA TENHA SIDO
ACEITA
DESDE A DÉCADA DE 50, FOI APENAS NA DÉCADA
DE 80 QUE ELA
SE FIRMOU COMPLETAMENTE.”

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.1 - Origem e evolução da ergonomia

3) O desenvolvimento atual da ergonomia

Pode ser caracterizado segundo quatro níveis de exigências:

As exigências tecnológicas: técnicas de produção

As exigências econômicas: qualidade e custo de produção

As exigências sociais: melhoria das condições de trabalho

As exigências organizacionais: gestão participativa

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.2 - Conceitos de ergonomia

Conceito da Ergonomics Research Society (U.K.):


“ A ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e
o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a
aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e
psicologia na solução surgida neste relacionamento”.

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.2 - Conceitos de ergonomia
Conceito da International Ergonomics Association (IEA):

“ A ergonomia é o estudo científico da relação entre o


homem e seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu
objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas
disciplinas científicas que a compõem, um corpo de
conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de
aplicação, deve resultar em uma melhor adaptação ao
homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de
trabalho e de vida”.

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.2 - Conceitos de ergonomia

Conceito da Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO):

“A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às


características fisiológicas e psicológicas do ser humano”.

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.3 - As diferentes abordagens em ergonomia

1) Quanto a abrangência / Intervenção:


Ergonomia do posto de trabalho: abordagem
microergonômica (estudo de diversos elementos específicos-

iluminação)
Ergonomia de sistemas de produção: abordagem

macroergonômica(compõem aspectos organizacionais- sistema


homem-máquina)

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.3 - As diferentes abordagens em
ergonomia

2)Quanto a contribuição:
Ergonomia de concepção:
normas e especificações de projeto
Ergonomia de correção:
modificações de situações existentes
Ergonomia de arranjo físico:
melhoria de seqüências e fluxos de produção
Ergonomia de conscientização:
capacitação em ergonomia

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.3 - As diferentes abordagens em
ergonomia
3) Quanto a interdisciplinaridade:

Engenharia:
projeto e produção ergonomicamente seguros
Design:
metodologia de projeto e design do produto
Psicologia:
treinamento e motivação do pessoal
Medicina e enfermagem:
prevenção de acidentes e doenças do trabalho
Administração:
projetos organizacionais e gestão de R.H.

Segurança do Trabalho / Ergonomia Aplicada/ Modulo II


Médico do trabalho
Educador Físico
Psicólogos
Fisioterapeuta
Enfermeiro do trabalho
Administradores
Desenhistas Industriais
Programadores
Assistente Social
Segurança de Trabalho(Téc. de Segurança do Trabalho e Enfermagem do Trabalho).
Etc.
Cada profissional tem o seu viés próprio, mas deve se esforçar para derrubar barreiras
que separam as profissões, para que possam trabalhar coletivamente na solução de
problemas.

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Situação ideal fase inicial do projeto de uma máquina, ambiente
ou local de trabalho;
Inicialmente se limitava à indústria e ao setor bélico;
Expansão para a agricultura, setor de serviço, Comercio, clubes,
esporte e lazer, etc.

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.4 - Os diferentes tipos de ergonomia

1) Ergonomia de projeto X Ergonomia industrial:

Ergonomia de projeto:

é a ergonomia preventiva no estágio de projeto

Ergonomia industrial:

é a ergonomia corretiva de situações existentes

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SISTEMA HOMEM-MÁQUINA:
Pode ocorrer na fase inicial do projeto de máquinas,
equipamentos e postos de trabalho;
Introdução de modificações em sistemas já existentes,
diminuindo as incapacidades;

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:
Procura reduzir a fadiga, a monotonia e o trabalho repetitivo.

MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO:


Controle da temperatura, ventilação, ruídos, vibrações, gases
tóxicos.

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ERGONOMIA NA AGRICULTURA E MINERAÇÃO

Encontra-se em fase incipiente;


Podem ser desenvolvidos em empresas que produzem
equipamentos agrícolas, tratores, etc;
Acidentes de trabalho no campo;
Contaminação por agrotóxicos, mercúrio do garimpo, etc

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ERGONOMIA NO SETOR DE SERVIÇOS:
Comércio, saúde, educação, bancos, lazer, escritórios.

ERGONOMIA NA VIDA DIÁRIA:


Melhoria da vida cotidiana;
Meios de transporte;
Mobília doméstica;
Aparelhos eletrodomésticos mais seguros e eficientes;

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CAPÍTULO 4
ERGONOMIA NA INDÚSTRIA (03 níveis):

SISTEMA HOMEM-MÁQUINA:
Pode ocorrer na fase inicial do projeto de máquinas, equipamentos e
postos de trabalho;
Introdução de modificações em sistemas já existentes, diminuindo as
incapacidades;

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:
Procura reduzir a fadiga, a monotonia e o trabalho repetitivo.

MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO:


Controle da temperatura, ventilação, ruídos, vibrações, gases tóxicos.

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6
ERGONOMIA NA AGRICULTURA E MINERAÇÃO:

• Encontra-se em fase incipiente;


• Podem ser desenvolvidos em empresas que produzem
equipamentos agrícolas, tratores, etc;
• Acidentes de trabalho no campo;
• Contaminação por agrotóxicos, mercúrio do garimpo, etc

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OUTRAS APLICAÇÕES DA ERGONOMIA:

ERGONOMIA NO SETOR DE SERVIÇOS:


• Comércio, saúde, educação, bancos, lazer, escritórios.

ERGONOMIA NA VIDA DIÁRIA:


• Melhoria da vida cotidiana;
• Meios de transporte;
• Mobília doméstica;
• Aparelhos eletrodomésticos mais seguros e eficientes;

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CAPITULO 5
Norma Regulamentadora – NR 17:

• Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que


permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
• As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao
levantamento,transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos
equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, e à
própria organização do trabalho.

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Norma Regulamentadora – NR 17:

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Norma Regulamentadora – NR 17:

Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às


características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao
empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a
mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme
estabelecido na NR 17.

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Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

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Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

• 17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no


qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só
trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da
carga.
• 17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda
atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de
forma descontínua, o transporte manual de cargas.
• 17.2.1Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade
inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos.

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Levantamento, transporte e descarga individual de materiais:

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Levantamento, transporte e descarga individual de
materiais:

• 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual


de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de
comprometer sua saúde ou sua segurança.
• 17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual
regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou
instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá
utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
• 17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de
cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados.

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Levantamento, transporte e descarga individual de
materiais:

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Levantamento, transporte e descarga individual de
materiais:
5.Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o
transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser
nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não
comprometer a sua saúde ou a sua segurança.
6.O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração
de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho
mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico
realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de
força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
7.O trabalho de levantamento de material feito com equipamento
mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o
esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua
capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua
segurança.
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Mobiliário dos postos de trabalho:

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Mobiliário dos postos de trabalho:

• 17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição


sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para
esta posição.
• 17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em
pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem
proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização
e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos

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Condições do Mobiliário para o Posto de Trabalho:

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Condições do Mobiliário para o Posto de Trabalho:

• ter altura e características da superfície de trabalho


compatíveis com o tipo de atividade, com a distância
requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do
assento;
• ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo
trabalhador;
• ter características dimensionais que possibilitem
posicionamento e movimentação adequados dos segmentos
corporais

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Condições do Mobiliário para o Posto de Trabalho:

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Condições do Mobiliário para o Posto de
Trabalho:

• 17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos


pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os
pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem
ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance,
bem como ângulos adequados entre as diversas partes do
corpo do trabalhador, em função das características e
peculiaridades do trabalho a ser executado.

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Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem
atender aos seguintes requisitos mínimos de confort

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Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos
seguintes requisitos mínimos de conforto:

a)altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função


exercida;
b)características de pouca ou nenhuma conformação na base do
assento;
c) borda frontal arredondada;
d)encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção
da região lombar.

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Atividades Sentadas e em Pé:

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Atividades Sentadas e em Pé:

• 17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados


sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser
exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da
perna do trabalhador.
• 17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados
de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em
que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as
pausas. 17.4.

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Equipamentos dos postos de trabalho:

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Equipamentos dos postos de trabalho:

• 17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho


devem estar adequados às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

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Nas atividades que envolvam leitura de documentos para
digitação:

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Nas atividades que envolvam leitura de documentos para
digitação:

a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser


ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação,
evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível,
sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro
tipo que provoque ofuscamento.

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Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de
dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte:

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Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de
dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte:

a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela


do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra
reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao
trabalhador;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao
trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem
executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser
colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho teclado e
olho-documento sejam aproximadamente iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura
ajustável.
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Condições ambientais de trabalho:

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Condições ambientais de trabalho:

• 17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar


adequadas às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

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17.5.2.1- Locais de trabalho onde são executadas atividades
que exijam solicitação intelectual e atenção constantes:

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17.5.2.1- Locais de trabalho onde são executadas atividades que
exijam solicitação intelectual e atenção constantes:

a) salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de


desenvolvimento ou análise de projetos) níveis de ruído de
acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira
registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e
três graus centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 %.

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Locais de trabalho onde são executadas
atividades que exijam atenção :

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Locais de trabalho onde são executadas
atividades que exijam atenção :

• 17.5.2.2 O nível de ruído aceitável para efeito de conforto será


de até 65 dB e a curva de avaliação de ruído de valor não
superior a 60 dB.
• 17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem
ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído
determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis
na altura do tórax do trabalhador.
• 17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação
adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar,
apropriada à natureza da atividade.

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Locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam
atenção :

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Locais de trabalho onde são executadas atividades
que exijam atenção :
• 17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e
difusa.
• 17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e
instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos,
sombras e contrastes excessivos.
• 17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados
nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias
estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no
INMETRO.
• 17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no
subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se
realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do
ângulo de incidência.

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Locais de trabalho onde são executadas
atividades que exijam atenção :

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Locais de trabalho onde são executadas
atividades que exijam atenção :

• 17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho


previsto no subitem
• 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco
centímetros) do piso.
• 17.6. Organização do trabalho.
• 17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza
do trabalho a ser executado.

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A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve
levar em consideração, no mínimo:

a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas

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A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve
levar em consideração, no mínimo:

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A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar
em consideração, no mínimo:

• Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou


dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e
inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve
ser observado o seguinte:
17.6.3.
a) para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie
deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos
trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de
afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de
produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de
produção vigentes na época anterior ao afastamento.

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A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar
em consideração, no mínimo:

Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se,


salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de
trabalho, observar o seguinte:
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de
avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de
digitação, baseado no número individual de toques sobre o
teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e
vantagens de qualquer espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador
não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo
considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento
de pressão sobre o teclado;

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A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar
em consideração, no mínimo:

c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve


exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no
período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá
exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam
movimentos repetitivos, nem esforço visual;

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A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar
em consideração, no mínimo:

d)nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo,


uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 (cinqüenta)
minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de
trabalho;
e)quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de
afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de
produção em relação ao número de tóques deverá ser iniciado
em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser
ampliada progressivamente.

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Reproduzimos abaixo o quadro proposto que poderá ser
usado como referência.

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CAPÍTULO 6 –
ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO
DA INTERFACE HOMEM-MÁQUINA

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA
INTERFACE HOMEM-MÁQUINA:
Antropometria é uma disciplina baseada na Antropologia Física,
que estuda as dimensões dos segmentos corporais do ser
humano;
Antropometria (do grego: anthropos: "homem", e metron,
"medida") é o conjunto de técnicas utilizadas para medir o corpo
humano ou suas partes.
A origem da antropometria remonta-se à Antiguidade, pois
egípcios e gregos já observavam e estudavam a relação das
diversas partes do corpo. O reconhecimento dos biótipos
remonta-se aos tempos bíblicos e o nome de muitas unidades de
medida, utilizadas hoje em dia são derivados de segmentos do
corpo.

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

Os dados antropométricos definem as medições de tamanho,


peso e proporção do corpo humano aplicáveis a um correto
dimensionamento de projeto de produtos, equipamentos e
postos de trabalho;
Dados fornecidos pela antropometria no projeto de produtos,
máquina e equipamentos incluem as diversas variedades de
tamanhos, proporções, mobilidade,força e outros fatores que
definem fisicamente os seres humanos.

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

• A importância das medidas ganhou especial interesse na


década de 40:
• provocada de um lado pela necessidade da produção em
massa, pois um produto o mal dimensionado pode provocar a
elevação dos custos;
• e por outro lado, devido ao surgimento dos sistemas de
trabalho complexos onde o desempenho humano é crítico e o
desenvolvimento desses sistemas dependem das dimensões
antropométricas dos seus operadores.

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

• A Ergonomia criou algumas medidas baseadas no próprio indivíduo


(antropometria), que contribuem para o ajuste adequado do
mobilíario e para a correção da posição sentada.
• Assento da cadeira: A altura do assento da cadeira deve ser
correspondente a altura representada pela letra A. O assento deve
ter o comprimento da coxa, relacionado na figura pela letra B.
• Posição dos pés e pernas: Devemos sempre encostar os pés no
chão ou em algum apoio para os pés. O ângulo representado pela
coxa e pela perna deve ser de 90 graus.
• Encosto da cadeira: O altura do encosto da cadeira está relacionado
com o comprimento das costas, pontos representados pelas letras C
e D. A coluna deve estar apoiada no encosto da cadeira.

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

• Mesa: A altura da mesa deve estar no mesmo plano da altura da


cintura, representada pela letra C.
• Teclado: O teclado deve estar na mesma altura de I.
• Tela do computador: A altura da tela deve estar ajustada a altura do
olhar horizontal (letra L). E a distância adequada é representada
pela relação da distância dos joelhos (letra M).

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

Segurança do Trabalho / Ergonomia Aplicada/ Modulo II


ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

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ANTROPOMETRIA E DIMENSIONAMENTO DA INTERFACE
HOMEM-MÁQUINA:

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CAPITULO 7
ERGONOMIA E LAYOUT INDUSTRIAL:

• Conceito:
– A estrutura de produção é o agrupamento de operações
produtivas.
– No ambiente da manufatura se caracteriza pelo layout
industrial.
– Seu projeto tem um significante impacto na performance dos
sistemas de manufatura e afeta diretamente os resultados da
empresa, sendo decisivo pra a sobrevivência no mercado
competitivo mundial.

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CAPITULO 7-
ERGONOMIA E LAYOUT INDUSTRIAL

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ERGONOMIA E LAYOUT INDUSTRIAL

• O layout é a essência de uma produção eficiente, tendo


como resultado um ambiente que integra pessoas,
serviços, produtos, informações e tecnologia;
• O layout industrial integra os diversos elementos da
produção, obedecendo o fluxo de pessoas, materiais e
equipamentos que sejam contínuos, organizados e em
uma seqüência lógica do produto manufaturado ou
serviço;

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ERGONOMIA E LAYOUT INDUSTRIAL

• A otimização do espaço, em suas três dimensões, é


fundamental;
• Uma vez que a satisfação e a segurança do trabalhador
são muito importantes, as áreas de trabalho devem além
de promover a elevação da moral do trabalhador,
diminuir os riscos de acidentes.

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ERGONOMIA E LAYOUT INDUSTRIAL

O projeto do layout tem um impacto significativo no


desempenho de um sistema de manufatura, e,
tradicionalmente, projetar o layout de uma área qualquer
implica em planejar e integrar os caminhos dos
componentes de um produto ou serviço, a fim de obter o
relacionamento mais eficiente e econômico entre
pessoas, equipamentos e materiais.

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2.Objetivos:

• A organização de Layout é o resultado final de um estudo


sistemático, que procura uma combinação ótima de todas
as instalações, materiais e pessoas que concorrem para a
fabricação de um produto ou execução de um serviço
dentro de um espaço disponível.

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A Falta de combinação pode resultar em:
• De número de acidentes;
• Perda de produtividade, por número excessivo de movimentos e
deslocamentos que não agregam o valor do produto;
• Desconforto e eventuais lesões de músculos e ligamentos.

• Finalidades do Arranjo Físico:


• Implantação bem resolvida:
• Maior eficiência no fluxo de documentos;
• Facilidade da supervisão por parte da chefia;
• Melhoria no desempenho dos empregados;
• Otimização e utilização das máquinas, equipamentos, móveis e
arranjo físico
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Etapas do desenvolvimento do Layout:

• Análise física detalhada – onde ficará cada máquina:


• Dentro do espaço físico disponibilizado previamente , deve-se
detalhar o espaço e cada máquina e espaço para pedestre;
• Implantação:
• Esta etapa para serve para planejar e programar a implantação do
Layout;
• Conceitos básicos:
• Layout x Trabalhador:

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ERGONOMIA

• Área necessária para movimentação do corpo;


• Área necessária para movimentação em volta da máquina
ou equipamento;
• Necessidade de segurança para se evitar choque do corpo
contra partes do equipamento;
• Espaço individual, onde não deve ter ninguém para
incomodar;
• O ser humano necessita de certa proximidade da
máquina...
• Estudos indicam que, se por um lado a proximidade
excessiva pode levar ao desconforto, o distanciamento
excessivo pode ser desconfortável;

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ERGONOMIA

• Trabalho mental não combina com ruído alto, nem calor,


nem com odores...
• As atividades intelectuais são prejudicadas quando o
ambiente está fora do ambiente de conforto;
• Trabalho com empenho visual não combina com
ambiente escuro e nem com reflexo nos olhos...

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ERGONOMIA

• - O ambiente de trabalho é necessário boa iluminação, sem


reflexos, caso contrário, os mecanismos de adaptação do corpo
• Serão acionados, o que mais tarde gera fadiga;
• É desejável que se evite certa flexibilidade postural...
• Percorrer grandes distâncias conseqüentemente , ou mesmo
pequenas, quando repetitivas diversas vezes, podem ocasionar
fadiga;
• DEVE-SE RESPEITAR A ÁREA DE ALCANCE!
• A Racionalidade das tarefas e dos fluxos

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ERGONOMIA

• pouco tempo e esforço PRODUTIVIDADE FADIGA;


• Ambientes de concentração devem ser respeitados...
• - Pessoas tem grande dificuldades de concentração em
ambientes de grande movimentação, ruídos,
principalmente o da conversação;

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REGRAS BÁSICAS DE ERGONOMIA E ORGANIZAÇÃO
DO LAYOUT:
• Reduzir ao mínimo os movimentos das pessoas:
• Movimentos em excesso- desperdício de energia em
atividades sem valor produtivo;
• Deve-se ajustar o posicionamento das pessoas de acordo
com sua interdependência no trabalho, a subordinação e
interdependência entre setores deve ser previsto e
facilitado o máximo as suas comunicações;
• Evitar contatos do corpo com partes da máquina;

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O estudos dos segmentos para cada máquina, afim de
que as partes móveis não atinjam o operador

• AS BORDAS PRÓXIMAS AO OPERADOR DEVEM SER


ARREDONDADAS
• Trabalho intelectual deve ser realizado longe de ruas
movimentadas, oficinas mecânicas;
• Providenciar vidros duplos a vácuo para garantir a eficiência do
trabalho;
• Evitar luz do sol direto no posto de trabalho...
• Ambientes cobertos e persianas, se for o caso;

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O estudos dos segmentos para cada máquina, afim de que
as partes móveis não atinjam o operador:

• Faixas demarcatórias...
• Áreas industriais bem demarcadas, de forma a preservar a
organização, limpeza e a segurança no ambiente de trabalho;
• Mesa de supervisão:
• VISÍVEL PARA OS TRABALHADORES

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FATORES ECOLÓGICOS:

• Ambientação: Iluminação, níveis de ruído, cores, ventilação e


temperatura;
• Iluminação: Produtividade Iluminação
• Corredores: 25 watts/salas de espera: 50 watts/áreas de digitação e
arquivos: 75 watts/áreas de contabilidade: 100 watts/desenho: 125
watts.
• NÃO PROVOCAR OFUSCAMENTO- evitar superfícies , espelhadas,
polidas,brilhosas.

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REGRAS BÁSICAS DE ERGONOMIA E ORGANIZAÇÃO
DO LAYOUT:

• Ruídos: Ruídos Produtividade


• -Ruídos externos
• -Ruídos internos: movimentação de pessoas, campainhas, sirenes...
• Substituição de campainhas por sinais óticos;
• Abafamento parcial das campainhas de telefone;
• Colocação de feltro nas máquinas de escrever e de contabilidade;

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REGRAS BÁSICAS DE ERGONOMIA E ORGANIZAÇÃO
DO LAYOUT:

• Colocação de fechadores automáticos nas portas e lubrificação nas


fechaduras e dobradiças;
• Uso de guarnições de borracha nos pés das cadeiras;
• Uso de materiais acústicos;
• Som ambiente – VARIAÇÕES NA CONCENTRAÇÃO( irritação x
relaxamento);
• Proibido em atividades que exijam o mínimo de concentração;

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Cores: Ilusão de ótica:

• Cores de escritório: cores frias- branco, creme, tonalidades claras


do azul,verde e cinza;
• Importância da cor no bem estar das pessoas;
• Segundo a ABNT, em relação aos postos de trabalho:
• Vermelho: Indica Perigo( caixas de alarme, extintores);
• Alaranjado: partes móveis, perigos de máquinas e equipamentos;
• Amarelo: indica cuidado( partes baixas de escadas portáteis,
corrimão);

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Cores: Ilusão de ótica:

• Verde: Indica Segurança (caixas de equipamentos de urgência,


boletins, avisos de segurança);
• Azul: Indica cuidado- elevadores, caldeiras, tanques;
• Branco: corredores de circulação por meio de faixas;
• Preto: coletores de resíduos, pode substituir o branco.

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Ventilação e Temperatura:

• Ventilação Natural

• Ventilação Artificial

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Estudos comprovam que para atingir o máximo de rendimento
humano:

• TRABALHOS MUITO ATIVOS: 18˚ E 20˚C;

• TRABALHOS DE ESCRITÓRIO: 20˚E 22˚ C.

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CAPÍTULO 8 - BIOMECÂNICA

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BIOMECÂNICA

É o estudo dos movimentos


corporais e suas forças. Quando
levado para o ambiente de trabalho
definimos como: Biomecânica
Ocupacional parte da biomecânica
geral que se ocupa dos movimentos
corporais relacionados ao trabalho.

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TRABALHO MUSCULAR

O corpo humano assemelha-se a um sistema de


alavancas movido pela contração muscular.

Formado por:
• Ossos
• Músculos
• Tendões
• Articulações

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TRABALHO MUSCULAR

Ele não se desliga,


continua funcionando e
consumindo energia,
mesmo em repouso, para
manter a temperatura
corporal mais ou menos
constante, durante o
metabolismo basal.

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TRABALHO MUSCULAR

• Se o esforço começar repentinamente, os músculos


trabalham em vantagem, com débito de oxigênio que
duram 20 segundos, pois essas contrações são
anaeróbicas, usando uma pequena reserva de energia das
células, disponível.
• A atividade deve começar com intensidade leve e ir
aumentando gradativamente ou deve ser realizado um
aquecimento antes de iniciar a atividade, pois os
músculos necessitam de 2 a 3 minutos de adaptação para
suprir a demanda de oxigênio na tarefa.

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ESFORÇO FÍSICO

Os músculos funcionam como um motor térmico,


oxidando o glicogênio e liberando ácido lático e ácido
racêmico, que aumentam o teor de acidez do sangue.
Essa acidez estimula a dilatação dos vasos e aumenta o
ritmo da respiração, que contribuem para levar mais
oxigênio aos músculos.

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OFERTA E A DEMANDA DE OXIGÊNIO

O aquecimento aumenta a temperatura interna do


músculo e acelera o ritmo respiratório e cardíaco,
aumentando a irrigação e prevenindo as distensões
musculares. No trabalho muscular muito intenso o rim
deixa de funcionar, cessando a produção de urina. A
irrigação sanguínea no aparelho digestivo também reduz
por isso não se deve fazer esforço com o estômago cheio.
O trabalho muscular intenso ativa a eliminação de calor e
a musculatura se desenvolvem pelo aumento da
espessura das fibras musculares, embora a quantidade
delas permaneça constante.

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BENEFÍCIO DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA O
ORGANISMO

• Aumento da espessura do músculo


• Melhora irrigação sanguínea pelos capilares
• Melhora abastecimento de Oxigênio
• Deixa o coração mais fortalecido e diminui seu ritmo,
mesmo assim em cada batida passa a bombear um
volume maior de sangue

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TIPOS DE TRABALHO

• TRABALHO DINÂMICO
• TRABALHO ESTÁTICO

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TRABALHO DINÂMICO

No trabalho muscular dinâmico,


o músculo sofre contração e
relaxamento, geralmente, de
uma forma rítmica, produzindo
movimento, por exemplo, o ato
de girar uma roda.

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TRABALHO ESTÁTICO

• No trabalho muscular estático o


músculo sofre contração, a fim de
manter o corpo em uma postura,
como por exemplo, ficar em pé.
Normalmente, essa forma de
trabalho produz mais rapidamente
a fadiga muscular, exigindo um
tempo maior para se recuperar. O
papel da ergonomia, neste
sentido, é diminuir ao máximo o
trabalho estático.

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CAPÍTULO 09 - RISCOS ERGONÔMICOS

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RISCOS ERGONÔMICOS
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento
de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade,
situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de
trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de
rotina intensa.
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente
recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de
trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia
como " a aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto
com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o
ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos
resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar
no trabalho".

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CONSEQÜÊNCIAS

Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e


fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque
produzem alterações no organismo e no estado emocional,
comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como:
cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do
sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho
digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de
coluna, etc.

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MEDIDAS DE CONTROLE

Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e


a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as
condições de trabalho e o homem sob os aspectos de
praticidade, conforto físico e psíquico por meio de:
melhoria no processo de trabalho, melhores condições no
local de trabalho, modernização de máquinas e
equipamentos, melhoria no relacionamento entre as
pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas
adequadas, postura adequada, etc.

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TABELA DESCRITIVA DOS RISCOS AMBIENTAIS
Gp Riscos Cor de Descrição
identificação

1 Físicos Verde Ruído,


calor,
frio,
pressões,
umidade,
radiações ionizantes e não ionizantes,
vibrações,
etc.

2 Químicos Vermelho
Poeiras,
fumos,
gases,
vapores,
névoas,
neblinas,
etc.

3 Biológicos Marrom
Fungos,
vírus,
parasitas,
bactérias,
protozoários,
insetos,
etc.

4 Ergonômicos Amarela Levantamento e transporte manual de


peso,
monotonia,
repetitividade,
responsabilidade,
ritmo excessivo,
posturas inadequadas de trabalho,
trabalho em turnos,
etc.

5 Acidentes ou Azul
Arranjo físico inadequado,
Mecânico. iluminação inadequada,
incêndio e explosão,
eletricidade,
máquinas e equipamentos sem
proteção,
quedas e animais peçonhentos.

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02.1 - TABELA DESCRITIVA DOS RISCOS AMBIENTAIS
TIPO DE Químico Físico Biológico Ergonômico Mecânico
RISCO
COR Vermelho Verde Marrom Amarelo Azul
Agentes Má postura
do Equipamentos
Causadores Fumos Microorganismos
Ruído e ou inadequados,
metálicos (Vírus, bactérias, corpo defeituosos
som muito em relação ao
e vapores alto protozoários) ou posto
inexistentes
de trabalho
Gases Máquinas e
asfixiantes Oscilações Lixo hospitalar, Trabalho
e doméstico e de estafante equipamento
H, He, N
eCO2 vibrações animais e ou excessivosem Proteção e
ou manutenção
mecânicas
Risco de queda
Pinturas Falta de de nível,
e Ar rarefeito Esgoto, sujeira,
e ou vácuo dejetos Orientação lesões por
névoas em e treinamento impacto de
geral objetos
Jornada dupla Mau
Solventes Objetos e
planejamento
contaminados ou do layout e ou
(em especial Pressões
trabalho sem
elevadas os voláteis) do espaço físico
pausas
Ácidos, Frio e ou calor Contágio pelo Cargas
bases, e radiação ar e ou Movimentos e
sais, insetos repetitivos transportes
alcoóis, Lixo em geral, em geral
éters, etc. Risco de
Picadas de animais fezes de Equipamentos fogo,
animais, inadequado e detonação de
(cães, insetos,
repteis, animais,
fezes e urina não explosivos,
Reações de
roedores, contaminação
químicas ergonômicos quedas de
aracnídeos, etc.) do
solo e água objetos
Fatores
Alergias, psicológicos Risco
Aerodispersóides
intoxicações e (não gosta do de
Ingestão no ambiente
de queimaduras trabalho, choque
(poeiras de
produtos pressão do elétrico
vegetais e causadas por
durante chefe, etc.) (correte
minerais) vegetais
pipetassem contínua e
alternada)

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Estudo Ergonômico de postos de
Manipulação Manual de Cargas em
Linhas de Embalagem
• Aplicação da Equação do Método
• de NIOSH 91

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Sumário

• Equação Niosh
• Restrições e limites
• Posição Standard e Multiplicadores
• Folha de Cálculo da Equação NIOSH
• Equação Simples - Estudo de caso I
• Equação Composta - Estudo de caso II e III
• CONCLUSÃO

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Introdução
• National Safety Council” refere que entre 1972 e
• 1994 os custos das lesões quadriplicou, atingindo
• 120 biliões de dólares (EUA)
• • Lesões mais frequentes
• Lesões na coluna (Hérnias) e Pescoço
• Entorse e esforços intensos
• Fracturas, contusões e cortes
• Tensão dos músculos cardíacos

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• Equação de NIOSH 91

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Equação NIOSH 91 - Restrições e
Limites
• Só deve ser aplicada nas seguintes condições:
• Elevação feita com suavidade, isto é, sem
• movimentos bruscos
• Condições térmicas e visuais favoráveis
• Boas condições mecânicas - piso plano e sem
• obstruções oferecendo boa aderência ao
calçado

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A equação também não é aplicável a:

• tarefas de elevação de objetos com uma só mão,


na posição de sentado ou agachado, ou ainda
elevações em espaços confinados que obriguem a
posturas desfavoráveis;
• Não contempla a elevação de pessoas, de objetos
muito quentes ou frios, sujos ou contaminados;
• Assume que a superfície de contacto do calçado com o
solo;
• tem um coeficiente de fricção estática, no mínimo, de
0.4 (de preferência 0.5).

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• Não inclui circunstâncias imprevistas;
•Assume que as tarefas de levantamento e de
abaixamento de pesos têm idêntico potencial para
causar lesões lombares;
• Se o ambiente físico for desfavorável (temperatura ou
umidade relativa inferiores
aos intervalos 19º a 26ºC ou 35% a 50%HR)
•Não estão incluídas tarefas que impliquem a
elevações rápidas de objetos (>15 elev./min).

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Definição da Posição Standard

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•Distância vertical percorrida com
a carga: < 25cm;
• Distância horizontal à carga: < 25cm
• Altura da carga: 70 a 80cm do chão
• Assimetria: 0º e Pega Boa
• Estabelecimento da Constante de
• Peso :23kg

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Multiplicadores

• HM - Multiplicador Horizontal
• VM - Multiplicador Vertical
• DM - Multiplicador da Distância Percorrida
• AM - Multiplicador de Assimetria
• CM - Multiplicador da Pega
• FM - Multiplicador da Frequência

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Multiplicador Horizontal

• HM = (25/H) H corresponde à distância


horizontal

• H= (He + Hd) / 2
• Em que He é a distância à mão esquerda
• e Hd a distância à mão direita

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Multiplicador Vertical

• VM = (1 – 0.003 ½V - 75½)
• V corresponde à distância
• vertical em centímetros

• V = (Ve + Vd) / 2 Em que Ve é a altura


na vertical da mão
• esquerda e Vd altura da mão direita

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Multiplicador da Distância Percorrida

• DM = (0.82 + (4.5/D)) D corresponde


à distância vertical
• Percorrida em centímetros

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Multiplicador da Pega

• A elevação de uma carga com boa pega, reduz


a probabilidade de queda da carga

• A pega pobre não deve ultrapassar os 10% da


capacidade de elevação do operador.

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