Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Capítulo III:
As teorias psicodinâmicas
delinquentes;
2
Teorias da personalidade criminal
Perspetivas diferenciais:
▪ “Personalidade Criminal” → personalidade específica dos delinquentes
▪ “Passagem ao ato”
▪ A teoria do Nó Central de Pinatel.
Perspetivas fenomenológicas:
▪ Sujeito-autor, processo, sentido e vivido
▪ E. De Greeff e o estudo dos homicidas passionais.
3
Abordagens diferenciais da personalidade
criminal
4
Abordagens diferenciais da
personalidade criminal
▪ Personalidade criminal – estrutura específica da
personalidade; descrita através de traços psicológicos
agrupados num nó central, e de variantes
▪ Há uma interação entre aqueles traços (conceção
dinâmica).
→ determinadora da passagem ao ato
5
Abordagens diferenciais da personalidade criminal
Teoria do Nó Central de J. Pinatel
Traços de personalidade Variantes
• labilidade
Nó central
• agressividade
• indiferença afetiva
8
Abordagens diferenciais da
personalidade criminal
2 – Labilidade - é a instabilidade de caráter,
desorganização no tempo e a imprevidência,
elementos que anulam o efeito dissuasor da sanção
no delinquente.
→ As consequências a longo prazo são preteridas
face às do momento. Domina o “aqui e agora”.
9
Abordagens diferenciais da
personalidade criminal
3 – Agressividade - é a energia que permite que os
obstáculos que se possam interpor durante o processo
de passagem ao ato sejam ultrapassados.
10
Abordagens diferenciais da
personalidade criminal
11
Abordagens diferenciais da personalidade
criminal
Teoria do Nó Central de J. Pinatel
Conclusões:
▪ E a delinquência ocasional?
13
Abordagens diferenciais da personalidade criminal
14
1.3. As teorias psicossociológicas
❑ Não podemos só olhar para a personalidade dos delinquentes, mas
para o seu modo de vida e contextos onde estão inseridos.
15
1.3. As teorias psicossociológicas
Exemplo:
❑ O estudo dos Glueck. Dizem-nos que os delinquentes reincidentes
têm características de personalidade que se devem a carências
cognitivas que podem ser explicas não na matriz da personalidade,
mas em determinados contextos familiares;
❑Os Glueck dizem que os delinquentes têm fortes lacunas educativas;
❑Os pais também podem ter atitudes de rejeição e as crianças não
sentem vinculação afetiva aos pais.
16
DeGreeff e Debuyst
e as Teorias
Fenomenológicas
17
Abordagens fenomenológicas da
personalidade criminal
▪ Análise do vivido do sujeito
▪ Compreensão do sentido da transgressão na vida do sujeito
(tempo)
▪ Como se inscreve a transgressão na relação do sujeito consigo,
com os outros e com o mundo
▪ O sentido
▪ O quadro de referências
▪ A visão do mundo
▪ Valores e ética
18
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
▪ Domínio da Criminologia francófona entre 1935-1960
▪ Médico e antropólogo na prisão de Louvain (desde 1926);
▪ Professor e investigador de antropologia criminal na Univ. de
Louvain (desde 1929)
▪ Forte crítico das teorias positivistas
▪ Compreender o delinquente a partir da forma como este se vê a
si próprio
19
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
❑ O delinquente não é qualitativamente diferente do não
delinquente
20
Abordagens fenomenológicas da
personalidade criminal
E. De Greeff
21
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
Resumindo:
22
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
Prática clínica
23
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
24
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
▪ Identidade e valores
▪ Homem é ser ambivalente:
Instinto de simpatia
Instinto de defesa
25
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
“O conjunto de instintos de defesa que contribuem para a conservação
do eu, que funcionam sob o signo do sentimento de justiça e da
responsabilidade de outrem, está na base da agressividade e tem como
resultado uma redução progressiva do homem a um entidade abstrata,
que obedece a leis morais concebidas como mecânicas”
(De Greeff, 1947, p.31)
26
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
27
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
28
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
▪ A inserção no tempo
29
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
E. De Greeff
▪ Estudo dos processos psicológicos dos homicidas
▪ A passagem ao ato desenvolve-se no tempo
Estádios:
1 - Assentimento ineficaz
2 - Assentimento formulado
3 - Crise e passagem ao ato
▪ Processo suicida
▪ Processo de reivindicação
30
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
Debuyst
❑ Tem a sua teoria do ator social: faz desde logo críticas ao conceito de
personalidade criminal.
❑ O delito é algo muito mais complexo do que sabermos se individuo é mais ou
menos agressivo, mais ou menos egocêntrico.
❑ Situação que o individuo ocupa na sociedade.
31
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
Debuyst
32
Abordagens fenomenológicas
da personalidade criminal
Conclusão:
❑ Mas também há que fazer entrar a questão da reação social e do poder, da criação
das leis, da aplicação das leis.
33
Sutherland – Teoria da
Associação Diferencial
E. Sutherland (1883-1950)
❑ Sociólogo americano
Sobre a Criminologia:
Processos
Situação
Situação: oportunidade para delinquir
Processos: experiências prévias do indivíduo
Influências da T.A.D
Interaccionismo • Construção de definições da situação
Simbólico (Mead) • Significados derivam das experiências
• Desorganização social
Escola de Chicago
• Transmissão de valores criminais
Teoria da
• Personalidade humana é um “eu
Personalidade
(Cooley, 1902)
social”
G. Tarde • Imitação
T.A.D e a delinquência
O que é a delinquência? Aprendizagem que os indivíduos realizam de
condutas e valores criminais
T.A.D e a
❑ Indivíduo vai usar processos psicológicos para
delinquência
selecionar definições e motivações para a escolha
das definições;
Teoria geral:
❑ Não estratificada (não se constrói a partir da análise da estrutura social)
❑ Incompleta e não exaustiva
T.A.D.
Homem de negócios vs. Ladrão profissional
❑Estrutura de classes
❑Alternativas ao crime
❑Perceções
❑Organização
❑Profissão e crime
❑Reação formal
❑Impunidade
Balanço
❑ Teoria geral da criminalidade ❑ Não explica a origem do crime
Teorias do
controlo A importância dos constrangimentos ou forças
social de controlo
• Elemento emocional
• Laços emocionais com os outros integrados e próximos
• “If a person does not care about the wishes and expectations of other people
then he is to that extent not bound by the norms. He is free to deviate”.
Empenho
• Elemento racional
• Compromisso em actividades da sociedade convencional
• “The idea then, is that person invests time, energy, himself, in a certain line of
activity. When or whenever he considers deviant behavior, he must consider
the costs of this deviant behavior, the risk he runs of losing the investment he
has made in conventional behavior”
Teorias dos vínculos sociais
Envolvimento
Crença
• Validação moral
• Convicções favoráveis face a valores estabelecidos
• “There is variation in the extent to which people believe they
should obey the rules of society, and, futhermore, that the less a
person believes he should obey the rules, the more likely he is to
violate them”
Teorias dos vínculos sociais
Dados empíricos
❑Inquérito de delinquência auto-revelada (4000 indivíduos)
❑Jovens com mais vínculos aos pais → reportam menos actos delinquentes