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No processo de desenvolvimento e maturação dos linfócitos T, o timo é

fundamental. Isso ocorre porque a maturação acontece quando o os timócitos –


um pré-linfócito T – entram em contato com células epiteliais corticais e
medulares encontradas no córtex e medula do timo, respectivamente.

Durante o processo de maturação no timo, ocorremos seguintes eventos:

 Geração de diversidade de receptores de linfócitos T;


 Seleção positiva: seleciona os linfócitos T restritos ao próprio MHC;
 Seleção negativa: indução de tolerância central de linfócitos T  timo
seleciona o que é útil e induz a apoptose o que não é e também o
potencialmente perigoso para os tecidos do corpo.

As células do timo atraem os timócitos e, com isso, eles adquirem o seu


receptor, o TCR. Quando o timócito não expressa TCR nem CD4/CD8, ele é
denominado timócito duplo-negativo. Após a expressão do TCR, os timócitos
tornam-se duplo-positivos, pois expressam tanto CD4 quanto CD8.

O fator de transcrição AIRE faz com que o timo expresse antígenos


provenientes de outros órgãos. Isso ocorre, pois é uma espécie de teste para o
timócito e, desta maneira, sabe-se se ele consegue distinguir o próprio do não
próprio. A deficiência em AIRE leva a uma síndrome denominada APECED,
que faz com que linfócitos T auto reativos consigam sobreviver.

Há também o desenvolvimento de linfócitos B, que ao contrário dos linfócitos T,


ligam-se diretamente a antígenos e, portanto, não necessitam de passar pela
seleção positiva. Essa maturação ocorre na medula óssea e as células do
estroma determinam o rearranjo da cadeia pesada, sendo a primeira
imunoglobulina arranjada a IgM, que marca a fase aguda de uma infecção. A
expressão da IgM inibe o rearranjo dos genes que codificam outras cadeias
leves e transforma o linfócito pré- B em linfócito B imaturo. A seleção negativa
ocorre da mesma forma que ocorre nos linfócitos T. Quando os linfócitos B
expressam IgM e IgD, são considerados maduros.

No baço, os linfócitos B podem se localizar na zona marginal ou folicular,


estando os localizados na zona folicular em contato íntimo com os linfócitos T e
os localizados na zona marginal, sem contato com linfócitos T, isso faz com
que eles possuam apenas IgM, já que eles não tiveram contato com os
linfócitos T.

Na COVID-19, o sistema imunológico reage à presença do vírus produzindo


anticorpos, como a imunoglobulina M (IgM) e, posteriormente, a imunoglobulina
G (IgG). Desta maneira, a partir do teste sorológico, é possível identificar qual
indivíduo já contraiu o vírus e está curado e qual indivíduo ainda está infectado
através da presença de IgG e IgM, respectivamente.

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