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10 estratégias didácticas para usar nas suas aulas

Estratégias didácticas podem ser definidas como a arte de aplicar ou explorar os meios
e condições favoráveis e disponíveis, visando atingir objectivos específicos.

O trabalho docente não trata apenas de um conteúdo, mas de um processo que envolve
um conjunto de pessoas na construção de saberes. Assim, a escolha das estratégias, deve
levar em consideração o conhecimento do aluno, seu modo de ser, de agir, de estar,
além de sua dinâmica pessoal.

Todo conteúdo possui em sua lógica interna uma forma que lhe é própria e que precisa
ser captada e apropriada para sua efectiva compreensão. Para essa forma de assimilação,
que obedece à lógica interna do conteúdo, utilizam-se os processos mentais ou as
operações do pensamento.

As estratégias visam atingir objectivos, portanto, há que ter clareza sobre aonde se
pretende chegar naquele momento com o processo de ensino aprendizagem. Por isso, os
objectivos que o norteiam devem estar claros para os sujeitos envolvidos professores e
alunos – e estar presentes no contrato didático, registrado no Programa de
Aprendizagem correspondente ao módulo, fase, curso, etc…

O professor precisa ser um verdadeiro estrategista, – ainda mais diante de tanta coisa
que compete a atenção dos alunos na aula, como os smartphones – o que justifica a
adopção do termo estratégia, no sentido de estudar, seleccionar, organizar e propor as
melhores ferramentas facilitadoras para que os estudantes se apropriem do
conhecimento.

Mas lidar com diferentes estratégias não é fácil!

Entre os docentes, existe uma rotina de trabalho com uma predominância em exposição
do conteúdo em aulas expositivas ou palestras, uma estratégia funcional para a
passagem de informação.

Essa rotina reforça uma acção de transmissão de conteúdos prontos, acabados e


determinados. Geralmente foi assim que vivenciamos todo o processo escolar como
alunos.

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Além disso, a actual configuração curricular e a organização disciplinar (em grade),
predominantemente conceituais, têm a palestra como a principal forma de trabalho. E os
próprios alunos esperam do professor a contínua exposição dos assuntos que serão
aprendidos.

Sair do habitual envolve sair da zona de conforto, e enfrentar vários desafios para actuar
de forma diferente. Entre eles: lidar com dúvidas, inserções dos alunos, críticas,
resultados incertos, respostas incompletas e perguntas inesperadas (às vezes complexas,
às vezes incompreensíveis para o professor).

Novas estratégias também exigem uma modificação na dinâmica da aula, o que inclui a
organização espacial, com o rompimento da antiga disciplina estabelecida.

E ainda resta a incerteza quanto aos resultados: na estratégia da aula expositiva se


garante a relação tempo/ conteúdo com maior propriedade, porém “dar conta” do
conteúdo programado não é garantia de ensino ou de aprendizagem.

Assistir aulas nulas como se assiste a um programa de TV e dar aulas nulas como se faz
uma palestra não é mais suficiente. A seguir, apresentamos 10 estratégias destacando
a identificação da estratégia, sua conceituação, as operações de pensamento
predominantes, a descrição da dinâmica da actividade, e uma sugestão de
acompanhamento e avaliação.

Estratégia Didáctica 1 – Aula expositiva dialogada

O que é?
É a exposição do conteúdo com a participação ativa dos estudantes, cujo conhecimento
prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto de partida.

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O professor leva os alunos questionarem, interpretarem e discutirem o objecto de
estudo, a partir do reconhecimento e confronto com a realidade. Deve favorecer análise
crítica, resultando na produção de novos conhecimentos. Propões a superação da
passividade e imobilidade intelectual dos alunos.

O que mobiliza?
Estratégias didácticas como essa mobilizam nos alunos a colecta e organização de
dados, interpretação, raciocínio crítico, comparação e capacidade de síntese.

Como funciona
O docente contextualiza o tema de modo a mobilizar as estruturas mentais do aluno para
operar com informações que este traz (conhecimento prévio), articulando-as ás que
serão apresentadas.

A exposição, que deve ser bem preparada, requer a participação dos alunos como ao
solicitar exemplos e buscar o estabelecimento de conexões entre a experiência vivencial
dos participantes, o objecto estudado e o todo da disciplina.

É importante ouvir o estudante, buscando identificar sua realidade e seus conhecimentos


prévios, que podem mediar a compreensão crítica do assunto e problematizar essa
participação.

O forte dessa estratégia é o dialogo*, com espaço para questionamentos, críticas e


solução de dúvidas. É imprescindível que o grupo discuta e reflicta sobre o que está
sendo tratado, a fim de que uma síntese integradora seja elaborada por todos.

Como avaliar os resultados?


A avaliação de estratégias como essa pode ser feita pela observação da participação dos
estudantes contribuindo na exposição, perguntando, respondendo, acompanhando a
compreensão e a análise dos conceitos apresentados e construídos.

Pode-se usar diferentes formas de obtenção da síntese pretendida na aula: de forma


escrita, oral, pela entrega de perguntas, esquemas, portfólio , sínteses variadas,
complementação de dados no mapa conceitual e outras actividades complementares a
serem efectivadas em continuidade pelos estudantes.

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* Vale ressaltar que estratégias como essa, em que o aluno é solicitado falar requer
paciência e muito planeamento. Assim como estamos acostumados a dar aulas
expositivas, os alunos não estão acostumados a ter que participar. Se ambientar a uma
nova forma de aula, mais participativa, pode levar algumas aulas.

Estratégia didática 2: Phillips 66

O que é?
Essa estratégia é uma actividade em grupo em que são feitas análises e discussões sobre
temas/problemas do contexto dos alunos. Pode também ser útil para obtenção de
informação rápida sobre interesses, problemas, sugestões e perguntas.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam nos alunos habilidades de interpretação, análise,
levantamento de hipóteses, organização de dados e explicação.

Como funciona
Os alunos são divididos em grupos de 6 membros, que durante 6 minutos podem
discutir um assunto/tema/problema na busca da proposição de uma solução provisória.
Pode ser feito uma síntese com a solução acordada pelo grupo e explicitada aos demais
durante mais 6 minutos.

O professor dá aos alunos suporte para a discussão com um texto de apoio sobre a
questão discutida e estabelece a forma que os resultados serão explicados.

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Como avaliar os resultados?
A avaliação dessa estratégia pode feita sempre em relação aos objetivos pretendidos,
destacando-se: o envolvimento dos membros do grupo; a participação conforme os
papeis estabelecidos; a pertinência das questões/síntese elaborada em relação ao que foi
proposto; e o processo de auto avaliação dos participante.

Vale ressaltar que toda actividade em grupo precisa de um fechamento do docente. O


grupo precisa de uma devolutiva sobre o que foi discutido, incluindo alguma correcção
caso necessária.

Assim como o desenvolvimento, avanços, desafios e dificuldades enfrentadas variam


conforme a maturidade e autonomia dos alunos e devem ser vistos processualmente.
Trabalho em grupo é outra coisa que talvez seus alunos não estejam habituados e
precisam ser guiados para dar resultados.

Estratégia didáctica 3:Tempestade de ideias (Brainstorming)

O que é?
Essa estratégia é uma possibilidade de estimular novas ideias de forma espontanea e
natural, deixando funcionar a imaginação. Tudo o que for levantado é considerado,
solicitando-se, se necessário uma explicação posterior do aluno para posterior
direcionamento ao assunto que quer ser discutido.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam no aluno a imaginação e criatividade, a busca de
suposições, e habilidades de classificação.

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Como funciona
Ao serem perguntados sobre uma problemática, os alunos expressam palavras ou frases
curtas as ideias sugeridas pela questão proposta. É recomendado registrar e organizar a
relação de ideias espontâneas para que no próximo momento seja feita a seleção das
ideias que serão discutidas conforme critério a ser combinado (estabelecido pelo
professor, o que se pretende trabalhar?*)

Como avaliar os resultados?


Essa estratégia pode ser avaliada pela observação das habilidades dos estudantes na
apresentação de ideias quanto a: capacidade criativa, concisão e pertinência, bem como
seu desempenho na descoberta de soluções apropriadas ao problema proposto. Por uma
questão de tempo, é necessário dar prioridade as ideias que ajudam na discussão que se
pretende fazer. Por isso é importante estabelecer critérios e, apesar disso, ouvir todos.

Estratégia didáctica 4: Mapa conceitual

O que é?
É a construção de um diagrama que indica a relação de conceitos em uma perspectiva
bidimensional, procurando mostrar as relações hierárquicas entre os conceitos
pertinentes a estrutura do conteúdo

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam no aluno habilidades de interpretação, classificação,
organização de informações, resumo e raciocínio lógico.

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Como funciona

O professor poderá seleccionar um conjunto de textos ou de dados, objectos e


informações sobre um tema ou objecto de estudo propondo ao aluno identificar os
conceitos- chave do objecto ou texto estudado. Pode ser solicitados ao alunos:

 Seleccionar os conceitos por ordem de importância;


 Incluir conceitos e ideias mais especificas;
 Estabelecer relação entre os conceitos por meio de linhas e identifica-las com
uma ou mais palavras que explicitem essa relação;
 Identificar conceitos e palavras que devem ter um significado ou expressam uma
preposição;
 Buscar estabelecer relações horizontais e cruzadas e traça-las;

É aconselhável chamar a atenção dos alunos para as várias formas de traçar o mapa
conceitual.
Outra forma de se utilizar essa estratégia, é construir o mapa colectivamente,
possibilitando que o aluno justifique a localização de certos conceitos e verbalize seu
entendimento. A construção colectiva é uma boa opção para ensinar os alunos como
fazer um mapa conceitual.

Como avaliar os resultados?


A avaliação de estratégias como essa pode ser feita pelo acompanhamento da
construção do mapa conceitual a partir da definição colectiva dos critérios de avaliação.
Pode-se usar os seguintes critérios de avaliação: conceitos claros, relação justificada;
riqueza de ideias; criatividade na organização; representatividade do conteúdo
trabalhado.

Uma dica para essa estratégia é o Cmap Tools, um programa gratuito que facilita muito
a construção e organização de mapas conceituais.

Estratégia didáctica 5 : Estudo dirigido

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O que é?
Essa estratégia é um estudo sob a orientação e direcção do professor, visando sanar
dificuldades específicas. É preciso ter claro o objectivo, o roteiro e como é preparada a
actividade.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam nos alunos habilidades como identificação e
organização de dados, levantamento de hipóteses, explicação, argumentação e
generalização.

Como funciona
Pode ser uma actividade individual ou em grupo. O docente apresenta o roteiro de
estudo com a situação problema
resolução e de questões que vão ser resolvidas a partir do material estudado.

Pode-se fazer discussões sobre a situação problema abordada para que os alunos possam
expor seus conhecimentos e posicionamentos frente aos assuntos abordados.

Como avaliar os resultados?


Em estratégias como essa, a avaliação pode ser feito por acompanhamento da produção
que o aluno for construindo; na execução das actividades propostas no roteiro; nas
questões que formula ao docente; nas revisões que lhe são solicitadas, e da interacção e
desempenho no grupo em que pertence.

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Uma avaliação diagnóstica, em que acompanha todo o processo é o mais indicado para
estratégias grupais e actividades longas.

Estratégia didáctica 6: Resolução de problemas

O que é?
É a proposição de um problema, que exige pensamento reflexivo, crítico e criativo para
ser resolvido a partir de dados fornecidos. Demanda a aplicação de conhecimento
científico e de argumentos que fomentem sua explicação.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam no aluno habilidades como: observação, levantamento
de hipóteses, colecta e organização de dados, interpretação, explicação e argumentação.

Como funciona
É apresentado ao aluno um problema sem solução óbvia, em que ele tem que buscar a
solução. O docente precisa orientar os estudante nas etapas de construção do explicação
do problema. Expor as hipóteses, resultados e explicações para que possa haver o debate
de ideias distintas (se houver) sempre conduzindo para o objectivo que se pretendeu.

Vale ressaltar que, aqui como em outras estratégias, é preciso priorizar – por uma
questão de tema, e de foco – hipóteses e explicações que vão de encontro a solução
esperada por você docente ao problema proposto.

Como avaliar os resultados?


Observação das habilidades dos estudantes na apresentação de ideias, bem como seu
desempenho na explicação do problema proposto

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Estratégia didática 7: Estudo de caso

O que é?
É a análise minuciosa e objectiva de uma situação real que necessita ser investigada e é
desafiadora para os envolvidos. Pode ser de um ambiente cotidiano do aluno. Em um
roteiro de trabalho fornecido pelo docente deverá estar descrito os aspectos e categorias
que compõem o todo da situação e as categorias mais importantes que devem ser
analisadas.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam nos alunos habilidades de: análise, interpretação,
pensamento crítico, levantamento de hipóteses, explicação, resumo.

Como funciona
O docente expõe o caso a ser estudado (distribui e lê o problema com os estudantes),
que pode ser um caso para cada grupo ou o mesmo caso para todos os grupos.

O grupo analisa o caso expondo seus pontos de vista e os aspectos do problema que vão
ser enfocados (decisão colectiva). O docente retoma os prontos principais, analisando
colectivamente as soluções propostas. O grupo discute as soluções, elegendo as
melhores conclusões.

O papel do docente é seleccionar o material de estudo, apresentar um roteiro de


trabalho, orientar os grupos no decorrer do trabalho e mediar a argumentação
apresentada pelos alunos, que deverão justificar suas preposições mediante ao
conhecimento científico que dispõe.

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Como avaliar os resultados?
Estratégias como essa podem avaliadas por fichas com critérios a serem considerados
tais como: aplicação dos conhecimentos (a argumentação explicita os conhecimentos
produzidos a partir dos conteúdos); relação entre o argumento do aluno e o problema
proposto e riqueza na argumentação (profundidade, variedade de informações,
capacidade de síntese.

Estratégia didáctica 8: Juri simulado

O que é?
É a simulação de um júri em que, a partir de um problema, são apresentados argumentos
de defesa e de acusação pode levar o grupo a analise e avaliação de um fato proposto
com objectividade e realismo, á critica construtiva de uma situação e a dinamização do
grupo para estudar profundamente um tema real.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam nos alunos habilidades como: interpretação,
comparação, análise, levantamento de hipótese, argumentação, explicação.

Como funciona
Partir de um problema concreto e objectivo, estudado e conhecido pelos participantes.

Um aluno fará o papel de juiz e outro o papel de escrivão. Os demais componentes da


classe serão divididos em quatro grupos: promotoria: de um a quatro aluno; defesa: com
igual número; conselho de sentença: com sete alunos; e o plenário com os demais.

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A promotoria e a defesa devem ter alguns dias para a preparação dos trabalhos, sob
orientação do docente. Cada parte terá 15 min para apresentar seus argumentos.

O juiz manterá a ordem dos trabalhos e formulará os quesitos ao conselho de sentença,


que após ouvir os argumentos de ambas as partes, apresenta sua decisão final.

O escrivão tem a função de fazer o relatório dos trabalhos. O plenário fica encarregado
de observar e avaliar o desempenho da promotoria e da defesa.

Como pode ser avaliado os resultados?


Estratégias como essa podem ser avaliadas pela avaliação formativa ou fichas de
avaliação, considerando o processo de formulação do
debate, a apresentação concisa, clara e lógica das idéias, a profundidade dos
argumentos e embasamento de conhecimento científico.

Estratégia didáctica 9: Fórum

O que é?
É um tipo de reunião em que todos os membros do grupo têm a oportunidade de
participar da discussão de um tema ou problema determinado pelo docente.

Pode ser utilizado após um filme, um livro, a leitura de um artigo científico, problema
ou fato – histórico ou atual, notícia de jornal, uma excursão, etc. Todos os membros
apresentam pontos de vista sobre o assunto abordado.

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O que mobiliza?
Estratégias didácticas como essa mobilizam nos alunos habilidades como: observação,
levantamento de hipóteses, colecta e organização de dados, interpretação, explicação,
argumentação e capacidade de síntese.

Como funciona
O docente explica os objectivos do fórum, delimita o tempo total e o tempo parcial de
cada participante e define funções dos participantes. O coordenador: que organiza a
participação, dirige o grupo e selecciona as contribuições dadas para a síntese final
(recomenda-se que esse papel seja feito pelo docente dependendo do público em que
essa estratégia for utilizada);

O grupo de síntese: que faz as anotações que irão compor o trabalho final
O público participante: cada membro do grupo se identifica ao falar e dá sua
contribuição, fazendo considerações e levantando questionamentos.
Ao final um membro do grupo de síntese relata o resumo elaborado colectivamente.

Como avaliar os resultados?


Estratégias como essa podem ser avaliadas com auto avaliação dos alunos, e critérios
pré estabelecidos como: a participação dos alunos; a habilidade de atenção e
concentração; a síntese de ideias apresentadas; os argumentos apresentados, a produção
escrita final.

Estratégia didáctica 10: Ensino com pesquisa

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O que é?
É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa. Trabalha com a
concepção de conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica, assim como a
construção colectiva do conhecimento, são elementos fundamentais.

O que mobiliza?
Observação, interpretação, classificação, resumo, analise, levantamento de hipóteses,
decisão, comparação, planeamento, colecta e organização de dados, generalizações

Como funciona
Desafiar o estudante como investigador – diante de uma situação a ser investigada, o
aluno cumpre etapas como em uma pesquisa científica. O docente norteia os alunos
durante o desenvolvimento da pesquisa que tem como etapas:

Construção do projecto: delimitação do problema a ser estudado, quais conhecimentos


se baseiam a introdução, qual a hipótese de trabalho;

Metodologia: como os dados serão colectados (ou se serão fornecidos pelo docente),
definição de como analisar os dados, teste de hipóteses e análise dos dados;

Resultados: interpretação e apresentação dos resultados, discussão argumentando para a


explicação do problema;

Considerações finais: o que se concluiu, explicação para o problema investigado.

Como avaliar os resultados?


Estratégias didácticas como essa podem ser avaliadas com o acompanhamento do
cronograma, observando e corrigindo cada uma das etapas da pesquisa.

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As pesquisas podem ser apresentadas para a discussão, e assim a avaliação além de
levar em conta o processo de produção, o produto final – do trabalho escrito, também a
argumentação oral de defesa das ideias defendidas pelos alunos.

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