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Discentes:
Introdução ................................................................................................ 3
Objetivo ................................................................................................ 8
Materiais e Reagentes ................................................................................................ 8
Procedimentos ................................................................................................ 8
Resultados ................................................................................................ 10
Discussão ................................................................................................ 17
Conclusão ................................................................................................ 19
Bibliografia ................................................................................................ 20
2
Introdução
As propriedades coligativas, também conhecidas como efeitos coligativos, ocorrem
quando é possível verificar alterações no comportamento de um líquido qualquer devido à
(1)
presença de um soluto adicionado a esta substância. Essas propriedades coligativas
são aquelas que percebemos quando é adicionado um soluto não volátil a um solvente. A
intensidade com que essas propriedades se apresentam depende somente da quantidade
de partículas do soluto na solução, mas não depende da natureza do soluto(2). Um
exemplo da aplicação das propriedades coligativas no cotidiano é a adição de sal em um
recipiente com água e o aquecimento essa mistura. (1)
Eq. (1)
3
𝜇º(𝑇, 𝑝) + 𝑅𝑇 ln 𝑥 = 𝜇𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜(𝑇, 𝑝) ln 𝑥 = − 𝜇 ∗(𝑇, 𝑝) − 𝜇𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 𝑅𝑇
𝜇 (𝑇, 𝑝) − 𝜇 ó (𝑇, 𝑝)
ln 𝑥 = −
𝑅𝑇
Eq. (2)
𝛥𝐺
ln 𝑥 = −
𝑅𝑇
Eq. (3)
1 1 ∂(ΔGfus /T) ∂T
= −
𝑥 𝑅 ∂T ∂x
1 𝛥𝐻 ∂t
=
𝑥 𝑅𝑇 ∂x
Eq. (4)
𝑑𝑥 𝛥𝐻
= 𝑑𝑇
𝑥 𝑅𝑇
Eq. (5)
𝛥𝐻 1 1
ln 𝑥 = − −
𝑅 𝑇 𝑇
Eq. (6)
Essa equação pode ser resolvida para o ponto de solidificação T ou, o que é mais
conveniente, para 1/T.
1 1 𝑅 ln 𝑥
= −
𝑇 𝑇 𝛥𝐻
Eq. (7)
Tal expressão irá relacionar o ponto de solidificação de uma solução ideal com o
produto de solidificação do solvente puro, T0 , o calor de fusão solvente e a fração molar
do solvente na solução, X.
Em soluções bem diluídas, uma simplificação pode ser aplicada na relação acima.
Para começar, é conveniente expressar o abaixamento crioscópico (−𝑑𝑇), em termos da
molalidade total dos solutos presentes (𝑚), onde 𝑚 = 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑖 . sejam 𝑛 ou M o
número de moles e a massa mollar do solvente, respectivamente. Sendo assim então a
massa do solvente pode ser escrita como o produto do número de mols e a massa molar
(4)
(𝑛𝑀𝑀) . Assim, 𝑚2 = 𝑛2 / 𝑛M; 𝑚3 = 𝑛3 / 𝑛M; ...; ou 𝑛2= 𝑛M𝑚2; 𝑛3= 𝑛M𝑚3; ...A fração
molar do solvente será dada por (4),
𝑛 𝑛
𝑥= =
𝑛+𝑛 +𝑛 +⋯ 𝑛 + 𝑛𝑀(𝑚 + 𝑚 + ⋯ )
1
𝑥=
1 + 𝑀𝑚
Eq. (8)
𝑀 𝑑𝑚
𝑑 ln 𝑥 = −
1 + 𝑀𝑚
Eq. (9)
5
Assim a equação (4) pode ser reescrita como:
𝑅𝑇
𝑑𝑇 = 𝑑 ln 𝑥
𝛥𝐻
𝑀𝑅𝑇 𝑑𝑚
𝑑𝑇 = −
∆𝐻 (1 + 𝑀𝑚)
Eq. (10)
𝜕𝑇 𝑀𝑅𝑇
− = =𝐾
𝜕𝑚 , ∆𝐻
Eq. (11)
𝜕𝑇 𝑀𝑀𝑅𝑇 ∗
− =
𝜕𝑚 , → ∆𝐻
𝑀𝑀𝑅𝑇 ∗
𝐾 =
∆𝐻
Eq. (12)
𝜕∆𝑇
= 𝐾 ∴ ∆𝑇 = 𝐾 𝑚
𝜕𝑚 , →
Eq. (13)
6
𝑚
𝑚=
𝑚 𝑀𝑀
Eq. (14)
𝐾𝑚
𝑀𝑀 =
∆𝑇 𝑚
Eq. (15)
Digamos então que essa relação final seja a mais importante pois a partir dela será
possível determinar experimentalmente as massas molares da acetona, hexano e etanol.
Isso devido ao abaixamento crioscópico destes solutos orgânicos em terc-butanol.
7
Objetivo
Determinar a massa molar de substâncias por meio do abaixamento da temperatura de
congelamento.
Materiais e Reagentes
Materiais:
Béquer 600 ml
Béquer 50 ml
Tubos de ensaio
Micropipeta
Pipeta volumétrica
Pipetador
Termômetro
Reagentes:
Terc-butanol
Álcool etílico
Acetona
Hexano
Água destilada
Gelo
Procedimentos:
1. É necessário que o béquer de 50 ml esteja dentro do de 600 ml.
2. Pipetar 5 ml de terc-butanol e adicionar no tubo de ensaio.
3. Colocar o tubo de ensaio dentro do béquer de 50 ml sem que ele encoste nas
paredes do béquer.
4. Colocar o termômetro dentro da solução presente no tubo de ensaio.
5. Diminuir a temperatura adicionando água e gelo no béquer maior.
6. Anotar a temperatura quando o terc-butanol começar a passar de líquido para
sólido.
8
7. Aquecer o tubo de ensaio para que o sólido retorne ao estado líquido.
8. Adicionar 20 μL de acetona ao terc-butanol.
9. Introduzir novamente o tubo de ensaio no béquer menor, introduzir o termômetro e
diminuir a temperatura.
10. Anotar a temperatura quando a fase sólida começar a se formar.
11. Reaquecer a solução para desfazer a parte sólida e adicionar mais 40 μL a
solução.
12. Repetir os processos de resfriamento, anotar a temperatura, reaquecer e adicionar
acetona até que o volume total de soluto seja de 140 μL.
13. O mesmo processo que foi realizado com a acetona será realizado com o hexano e
com o etanol.
9
Resultados
O experimento informa a temperatura de congelamento do terc-butanol puro (24 ±
0,1°C) e das misturas do solvente com acetona, hexano e etanol. A Tabela 1 relaciona
esses valores de temperatura e volume, conforme os solutos foram acrescidos.
Δ𝑇𝑓 = 𝑇∗ − T
Para a acetona.
1)
2)
3)
10
𝑒= 0,1 + 0,1 = 0,1414 = 0,1
4)
Para o hexano:
1)
2)
3)
4)
1)
2)
3)
4)
Acetona
9
8
7
y = 31,5x + 3,73
Δ𝑇𝑓 (± 0,1 °K)
6
5 R² = 0,9764
4 Delta T
3
Delta T (linear)
2
1
0
0 0,05 0,1 0,15
V(±0,06ml)
Gráfico 1: Acetona
Hexano
6
5
y = 17,5x + 2,8
Δ𝑇𝑓 (± 0,1 °K)
4
R² = 0,9211
3
Delta T
2
Delta T (linear)
1
0
0 0,05 0,1 0,15
V(±0,06ml)
Gráfico 2: Hexano
13
Etanol
9
8
7
Δ𝑇𝑓 (± 0,1 °K) 6 y = 45,5x + 1,41
5 R² = 0,9935
4 Delta T
3
Delta T (linear)
2
1
0
0 0,05 0,1 0,15
V(±0,06ml)
Gráfico 3: Etanol
MMB = Δ
MMB = ∆
Agora, isolando ∆𝑇 , que tem semelhança com a equação da reta dada por y=ax +
b, temos que:
𝐾 𝑑 𝑉
∆𝑇 =
𝑀𝑀 𝑑 𝑉
14
𝑎=
, , ( , )
Kc = ∆
= .
= 8,184 K.Kg.mol-1
MMB = α
Para a acetona:
A partir do gráfico da acetona, podemos extrair a inclinação da reta 𝑎 = 31,5 𝑘. 𝑚𝑙−1. Cuja
densidade é 784 𝑘𝑔. 𝑚−3 = 7,84 × 10−4 𝑘𝑔. 𝑚𝑙−1 . Os valores de 𝐾𝑐 𝑒 𝑑𝐴𝑉𝐴, 8,184 𝐾. 𝑘𝑔.
𝑚𝑜𝑙−1 𝑒 3,905 × 10−3𝑘𝑔, respectivamente.
.
, , ×
MMacetona = α
.
= = 0,05216 = 52,16
, ( ,
Para o hexano:
15
Para o etanol:
Dados: 𝑎 = 45,5 𝐾. 𝑚𝑙−1; 𝑑𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = 789 𝑘𝑔. 𝑚−3 = 7,89 × 10−4 𝑘𝑔. 𝑚𝑙; 𝐾𝑐 = 8,184 𝐾.
𝑘𝑔/𝑚𝑜𝑙;𝑑𝐴𝑉𝐴 = 3,905 × 10−3𝑘𝑔.
.
, , ×
MMetanol = α
.
= = 0,03634 = 36,34
, ( , )
Agora na Tabela 3, terá uma comparação das massas molares experimentais com
as massas da literatura.
16
Discussão
O composto dado, possui o grupo funcional OH, ou seja, sendo uma hidroxila,
fazendo parte do grupo dos álcoois. O terc-butanol possui massa molar 74,12 gmol-1,
apresentando características de um líquido comum, sem coloração a temperatura
ambiente. Sua fórmula estrutural, é apresentada na Figura 1 .
17
Por fim, o que pode ter como “erro” peso é que os cálculos para as amostras foram
considerando que ambas eram ideias, e como no experimento não é possível acontecer
usando esse tipo de solução, fazendo essa consideração pode ter sido outro fator de erro.
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Conclusão
Após a realização dos resultados, concluiu-se que a determinação da massa
molecular pelo método de abaixamento crioscópico é valido, porém complexo, se não
houver meios de determinar a fonte das amostras. Dessa forma as massas molares da
acetona, hexano e etanol foram calculadas experimentalmente por meio do gráfico do
abaixamento crioscópico vs. volume de soluto, e foi possível analisar através dos gráficos
apresentados que as retas são aceitas pelos padrões. Entretanto, pode-se dizer que
alguns erros foram encontrados nas massas molares devido, ao comportamento ideal das
soluções. Esse é um caso comum em cálculos desse tipo.
Vale lembrar ainda que algumas das vantagens do terc-butanol (álcool terc-butílico
ou 2-metil-2- propanol) como solvente em medidas de crioscopia são: (i) facilidade de
purificação; (ii) facilidade de acesso; (iii) são relativamente barato; (iv) temperatura de
fusão de 298,3 K (25,1 ºC) ou seja, basta o calor da mão para fundí-lo e banho de água
fria para congelá-lo; (v) baixa massa molar (74,12 g/mol); (vi) constante crioscópica (8,3
K.kg/mol) quatro vezes maior que a da água; (vii) baixa toxicidade e; (viii) solubilidade
com uma grande variedade de compostos. Sendo assim esse solvente nesse tipo de
experimento e muito mais vantajosos devido as suas característica e preço de custo.
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Bibliografia
NEVES, J. Propriedades Coligativas. Educa Mais Brasil, 2019. Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/propriedades-coligativas (1)
CRC Handbook of Chemistry and Physics, 84th edition. CRC Press, Inc., Cleveland,
Ohio, 2003 – 2004.
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