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CONCEITOS BÁSICOS DE ANTROPOLOGIA
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 3
2. AS ORIGENS DA ANTROPOLOGIA E SEU CAMPO DE PESQUISA ........................ 3
3. LÉVI-STRAUSS E AS FASES DO ESTUDO ANTROPOLÓGICO ............................... 7
4. REVISÃO DA AULA .................................................................................................. 9
5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 10
Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato.
AULA 3
CONCEITOS BÁSICOS DE
ANTROPOLOGIA
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1. INTRODUÇÃO
Nessa aula você verá um pouco mais do processo de surgimento dos Estudos
Socioantropológicos, retomará alguns conceitos da antropologia apresentados na primeira
aula e compreenderá melhor as suas aplicações. Ao final da aula, você entenderá o que é
cultura em seu sentido antropológico, as fases de seus procedimentos metodológicos e a
importância da linguagem para tais estudos.
Como você viu nas aulas anteriores, a antropologia surgiu em um momento em que as
potências europeias tinham o objetivo de ampliar seus domínios. Sendo assim, esse campo
do conhecimento serviu, em muitos momentos, de embasamento teórico e epistemológico
para a construção de uma visão eurocêntrica, segundo a qual os povos europeus seriam mais
“evoluídos” que os demais, principalmente indígenas e africanos, reforçando assim
preconceitos e estereótipos.
É sabido que o pesquisador deve buscar não interferir no modo de vida do objeto
pesquisado, a fim de não comprometer seu trabalho. Porém, é necessário perguntar: é
possível ser totalmente neutro? Quem de nós está livre de pré-noções e julgamentos
antecipados? Sendo assim, podemos dizer que os primeiros antropólogos desbravaram um
caminho até então desconhecido, mas mantendo em suas pesquisas um olhar eurocêntrico
e até mesmo etnocêntrico a respeito dos agrupamentos humanos por eles observados.
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FIQUE ATENTO
Eurocentrismo – visão que coloca o que existe ou vem da Europa como sendo
superior ao que tem origem em outras partes do mundo, em especial das
nações subdesenvolvidas ou emergentes.
Etnocentrismo – tendência a considerar os valores e as normas da própria
sociedade como superior aos dos demais grupos, sendo assim aplicáveis a
todos.
O ser humano cresce habituado a enxergar o que acontece em sua volta tendo como
base as pessoas próximas e crendo que essa é a vida “normal”, como se só pudesse existir
esse modo de ser, que as coisas sempre foram e serão da mesma forma. No entanto, essa é
uma visão permeada pelo juízo de valor, a qual nos faz acreditar que só o modo de viver com
o qual estamos acostumados é o correto e que nenhuma outra maneira de convivência
coletiva é possível.
EXEMPLIFICANDO
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como ferramentas e utensílios domésticos tão comuns no cotidiano da
sociedade industrial. Seu modo de vida, baseado na caça e na coleta, além de
uma agricultura rudimentar, representa um sistema social mais simples em
comparação ao das sociedades industriais e tecnológicas, como as
modernas metrópoles do Japão ou Estados Unidos. No caso dos Ianomâmis,
sua sobrevivência depende dos meios naturais, pois sua estrutura social é
fundamentada na relação com a natureza. Não existe desperdício, nem
competição, todas as formas de existência se completam, sejam elas
humanas ou advindas dos recursos naturais. Em caso de destruição do meio
natural, aquela estrutura social também se desfaz.
Como você viu na primeira aula, para não incorrer em falhas na sua pesquisa ou
desvios de análise que podem comprometer o seu trabalho, o pesquisador-antropólogo deve
ter um olhar relativista sobre o outro e seu modo de viver, por mais distante que sua existência
esteja de seu cotidiano habitual.
EXEMPLIFICANDO
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populares, houve diversos movimentos de cooptação e apropriação, como
nos casos de artistas e movimentos musicais como Carmem Miranda e a
Bossa Nova, que foram influenciados pelo samba, mas se apresentavam
mais palatáveis ao gosto da classe dominante, por amenizarem as suas
características de origem.
Sendo assim, a antropologia nos ensina que aquilo que consideramos como natural e
imutável é, na verdade, resultado de processos culturais que possibilitaram aquele modo de
vida, suas regras e diretrizes coletivas. Mesmo gestos, mímicas, relações afetivas, hábitos
alimentares, vestimentas, ritmos musicais, festividades e constituição familiar derivam de
características do ambiente e da sociabilidade que os possibilitaram.
EXEMPLIFICANDO
SAIBA MAIS
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3. LÉVI-STRAUSS E AS FASES DO ESTUDO ANTROPOLÓGICO
A primeira etapa é a etnografia, que pode ser definida como a ação de colher dados
sobre um grupo humano, em outras palavras, a pesquisa de campo propriamente dita. Nesse
momento o mais importante é a observação e a descrição – por vezes detalhada – da
experiência social dentro de um determinado grupo.
Uma vez recolhidos os elementos descritos acima, o antropólogo pode seguir para
outra etapa, a etnologia, que produzirá uma síntese dos dados obtidos na etnografia, levando
em conta algumas considerações:
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A etapa final desses estudos configura a Antropologia propriamente dita. Essa é a fase
de estudos sobre os grupos humanos em seus contextos universais e particulares sendo, por
isso, capaz de estabelecer padrões de caráter global acerca dos homens em sociedade.
Assim seria possível chegar a conclusões comuns a sociedades em espaços (contexto
geográfico) e tempos (contexto histórico) diferentes, de agrupamentos indígenas às tribos
urbanas contemporâneas.
FIQUE ATENTO
SAIBA MAIS
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4. REVISÃO DA AULA
Nesta aula você reviu o contexto do surgimento da antropologia, suas definições para
a cultura e a intencionalidade por trás desse contexto, o qual envolveu processos de
etnocentrismo e eurocentrismo.
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5. REFERÊNCIAS
GONÇALVEZ, Alicia Ferreira. Etnografia, etnologia & teoria antropológica. Revista de Ciências
Sociais, n. 44, jan.-jun. 2016, pp. 247-261. Disponível em
www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/23396/16479 Último
acesso: 28 jun. 2018.
OLIVEIRA, José Lisboa Moreira de. A evolução como processo cultural. In: Introdução ao
pensamento antropológico. Disponível em:
http://www.ucb.br/sites/000/14/introducaoaopensamentoantropologico.pdf. Último acesso:
28 jun. 2018.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de. COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do
século XXI. 4º ed. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo: Ática, 2004.
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apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das
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