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DIREITO ADM I – Dezembro 2021/Abril 2022

1.Noções Introdutórias e Regime Jurídico Administrativo (Princípios da Administração


Pública). 2. Poderes da Administração Pública. 3. Atos administrativos. 4. Processo
administrativo. 5. Serviços Públicos. 6. Administração indireta e terceiro setor.

Cap. 1 – Noções iniciais


1. Aponte e explique três semelhanças e três distinções entre o funcionamento (aplicação)
do Direito Público e do D. Privado no ordenamento jurídico pátrio.
2. Estabeleça distinções entre funções jurídicas e funções materiais do Estado.
3. Explique e exemplifique os critérios de distinção das funções do Estado:
subjetivo/orgânico, objetivo formal e objetivo material.
4. Direito administrativo: conceito, objeto, elementos subjetivos, elementos objetivos.
5. Aponte e explique 3 vetores de interpretação do D. Administrativo.
6. Discorra sucintamente sobre 3 fontes do D Administrativo.
7. Administração Pública: sentidos objetivo/material/funcional e subjetivo/formal/
orgânico
8. Pilares do RJA (regime jurídico administrativo)
9. Discorra sobre a) Releitura e ressignificação da supremacia do IP sobre o interesse
particular; b) Processualização (Lei nº 9784/99 e outras) e c) Consensualização e revisão
da postura adversarial como tendências do Direito Administrativo.
10. Relacione e exemplifique UMA tendência do Direito Administrativo com TRÊS
princípios e garantias da conciliação e mediação judiciais elencados no anexo da Res.
125/2010 do CNJ (Confidencialidade, decisão informada, competência, imparcialidade,
independência e autonomia, compliance, empoderamento, validação).

Cap. 2 – Princípios

1. Qual a natureza jurídica e a finalidade dos princípios jurídicos?


2. Discorra sobre “privilégios” e posição superior da Administração como decorrência da
Supremacia do interesse público.
3. Em que consiste e qual o fundamento da indisponibilidade do interesse público no
Direito administrativo?
4. Explique e exemplifique aplicações do princípio da Legalidade (Juridicidade).
5. Explique e exemplifique a isonomia, a imputação volitiva e a objetivação como
desdobramentos do princípio da impessoalidade administrativa.
6. Relacione moralidade, probidade e legalidade (juridicidade). Exemplifique.
7. Qual o fundamento do princípio da publicidade? Explique.
8. Em que consiste o dever de eficiência na administração pública? Discorra sobre 2
aspectos deste princípio.
9. Relacione o poder/dever geral de cautela administrativo com o princípio da eficiência,
exemplificando.
10. Explique e exemplifique Necessidade, Adequação e Proporcionalidade estrita, no que
tange ao princípio da razoabilidade.
11. Estabeleça a distinção entre motivo, motivação e princípio da motivação,
exemplificando.
12. Em que consiste a Teoria dos Motivos determinantes? Ilustre com um caso objeto de
julgamento em processo judicial/administrativo.
13. A que princípio se vincula a presunção de legitimidade do ato administrativo? Explique e
exemplifique, relacionando com o poder hierárquico da Administração.
14. Relacione imparcialidade e eficiência. Exemplifique.
15. Quais as diferenças e semelhanças entre os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade? Exemplifique.
16. Considerando o artigo 5º da nova lei de licitações, lei nº 14.133, de 01 de abril de 2021,
explique, relacione e exemplifique os seguintes princípios: probidade administrativa,
planejamento, segregação de funções, vinculação ao edital, julgamento objetivo,
competitividade e desenvolvimento nacional sustentável.
17. Elabore 3 questões sobre princípios não citados acima.
18. Relacione a norma abaixo com a autotutela administrativa, explicitando na resposta se o
rol abaixo é exemplificativo ou taxativo e justificando sua resposta.

Lei 9784/99
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas,
que, neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que
reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados.
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da
respectiva ata ou de termo escrito.

Cap. 3 – Poderes da AP

1. Qual a natureza jurídica e a finalidade dos denominados poderes da Administração


Pública?
2. Relacione abuso, desvio e excesso de poder. Exemplifique.
3. Comente a seguinte afirmação:
“Poder regulamentar é a prerrogativa concedida à Administração Pública de editar atos gerais
para complementar as leis e permitir sua efetiva aplicação. “
4. Relacione discrição, vinculação e conceitos jurídicos indeterminados.
5. Exemplifique cada uma das hipóteses de legitimidade do exercício do poder
regulamentar/normativo da Administração Pública segundo Celso Antônio Bandeira de
Mello:
Em síntese: os regulamentos serão compatíveis com o princípio da legalidade quando, no
interior das possibilidades comportadas pelo enunciado legal, os preceptivos
regulamentares servem a um dos seguintes propósitos:
(I) limitar a discricionariedade administrativa, seja para
(a) dispor sobre o modus procedendi da Administração nas relações que necessariamente
surgirão entre elas e os administrados por ocasião da execução da lei;
(b) caracterizar fatos, situações ou comportamentos enunciados na lei mediante conceitos
vagos cuja determinação mais precisa deva ser embasada em índice, fatores ou elementos
configurativos a partir de critérios ou avaliações técnicas segundo padrões uniformes,
para garantia do princípio da legalidade e da segurança jurídica;
(II) decompor analiticamente o conteúdo de conceitos sintéticos, mediante simples
discriminação integral do que neles se contém.
6. Explique três decorrências do poder hierárquico.
7. Estabeleça duas semelhanças e duas distinções entre delegação e avocação.
8. Pode-se afirmar que há tipicidade rígida na descrição das hipóteses de exercício de poder
disciplinar, no que tange às infrações administrativas?
9. Relacione princípio da sindicabilidade e poder disciplinar.
10. Explique dois elementos conceituais do poder de polícia.
11. Explique as fases do chamado “ciclo do poder de polícia”.
12. Em que consiste e de que forma se expressa o Poder Hierárquico?
13. Existe Hierarquia dentro do Poder Legislativo e dentro do Poder Judiciário? Justifique e
exemplifique.
14. Qual a natureza jurídica das relações de subordinação e coordenação na estrutura
hierárquica da Administração Pública?

15. Estabeleça entre 2 distinções e 2 semelhanças entre delegação e avocação como


decorrência do Poder Hierárquico da Administração Pública.
16. Explique e exemplifique a autotutela e Poder Disciplinar como expressões da hierarquia
na função administrativa.
17. Estabeleça a relação entre Poder Disciplinar e Poder Hierárquico.
18. Relacione Poder de Polícia e Poder Disciplinar.
19. Relacione processo administrativo, poder disciplinar, administração concertada e
preâmbulo da CFRB.
20.Em que consiste o Poder Polícia na concepção ampla e na concepção restrita?
21. Explique os meios de expressão do Poder de Polícia: atos normativos originários (CR e
lei), atos normativos derivados (ato adm normativo), atos administrativos concretos,
atos materiais.
22. Explique e exemplifique quatro atributos do Poder de Polícia.
23. Explique e exemplifique razoabilidade e proporcionalidade como limites ao Poder de
Polícia.
24. Estabeleça entre 2 distinções e 2 semelhanças entre Polícia Administrativa e Polícia
Judiciária.

QUESTOES CAP. ATO ADMINISTRATIVO

1. O que é a executoriedade do ato administrativo? Qual o seu fundamento? Em que se


distingue da exigibilidade?

2. Entre os atos concretos e abstratos, quais são excluídos do conceito restrito de ato
administrativo por Celso Antônio Bandeira de Mello? Em que se distinguem os referidos
atos?

3. O ingresso em estabelecimento oficial de ensino na qualidade de aluno constitui....


Conceitue a espécie de ato administrativo em tela.

4. Considerando o ato administrativo abaixo, conceitue e identifique seus elementos (conteúdo


e forma) e pressupostos (objeto, pertinência, sujeito, motivo).
Art. 84 L.12529/11 e art. 52 da Lei 8.884/94

Medida preventiva do caso AMBEV1

Razões de Fato:
1º. O Processo de fusão, cuja análise iniciou-se em 02 de julho de 1999, deverá levar no mínimo 120
(cento e vinte) dias para ser apreciado pelo CADE. Durante este espaço de tempo poderão ocorrer
significativas alterações do mercado e na concorrência do setor de bebidas;
2º. Caso ocorra algum fato que venha a prejudicar a concorrência do mercado de forma irreversível,
qualquer decisão do CADE, ao final do processo, poderia não atingir plenamente os objetivos da Lei.
Razões de Direito:
1º Dentre os fundamentos do Estado Democrático de Direito está o da livre iniciativa (artigo 1º, CF) que
serve de suporte para os princípios informadores da ordem econômica, com destaque para o da livre
concorrência e da defesa do consumidor, previstos no artigo 170, incisos IV e V da Constituição Federal.

1
BRASIL. Ministério da Justiça. Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Medida Preventiva. Ato de Concentração nº
08012.005846/99-12. Fundação Antônio e Helena Zerrenner – Instituição Nacional de Beneficência e outros (Ref.: Fusão
Antarctica e Brahma). Conselheira-Relatora: Hebe Teixeira Romano.
2º Para concretizar tais princípios, a Constituição, em seu artigo 173, § 4º, determina que " a Lei
reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros".
Obedecendo o comando constitucional, o legislador impõe a obrigação da prevenção e da repressão às
infrações contra a ordem econômica, justamente para proteger a coletividade, que é a titular dos bens
jurídicos protegidos pela Lei nº 8884/94.
Para dar concretude a esse comando a referida lei confere, aos Conselheiros do CADE, competência para
" determinar as diligências que se fizerem necessárias ao exercício de suas funções" bem como adotar
medidas preventivas, fixando o valor da multa diária pelo seu descumprimento.
Tais dispositivos legais conferem ao Conselheiro o poder cautelar para preservar as relações de mercado
inalteradas até a decisão final do Processo, garantindo a perfeita instrução do feito a ser realizada pela
Secretaria de Direito Econômico e (pela) Secretaria de Acompanhamento Econômico.
Invoco, ainda, o disposto no artigo 83 da Lei nº 8884/94, que determina a aplicação subsidiária das
disposições do Código de Processo Civil e das Leis 7347/85 e 8078/90, como fundamento para submeter
a este Plenário, que tem competência para ordenar providências que conduzam à cessação de violação
da ordem econômica, deliberação de adoção de medida cautelar com a finalidade de evitar danos
irreparáveis à concorrência.
Ao socorrer-me do Código de Processo Civil, verifico, no livro do Processo Cautelar, que sempre que o
julgador vislumbrar riscos de danos jurídicos, em razão de demora no julgamento do processo, poderá
determinar medidas cautelares para evitar que uma parte, antes do julgamento, cause ao direito da outra
lesões graves ou de difícil reparação, podendo autorizar ou vedar a prática de determinados atos. A isto
se chama, em Direito, de poder geral de cautela, em que o julgador, por cuidado e para evitar danos em
razão da demora, adota medidas suficientes garantindo a integridade do direito e bom andamento do
processo. O poder cautelar é corolário necessário do poder de decidir.
A aplicação do poder geral de cautela não é estranho (sic) à lei. Pelo contrário, a prevenção está
contemplada de forma genérica, ampla e expressa nos artigos 1º e 9º inciso IV da Lei 8884/94.
Evidente, e até desnecessário ressaltar, que não se trata aqui de pré-julgamento do mérito ou qualquer
intenção de atropelar a instrução processual. Ao contrário, o que aqui se pretende é dar celeridade ao
feito e auxiliar os órgãos responsáveis pela referida instrução .
Em face do exposto, submeto a este Plenário a determinação de adoção de medida cautelar, até a
decisão final deste feito, com o seguinte teor:
1 - que as empresas se abstenham, a partir da publicação deste despacho, de praticar quaisquer atos
decorrentes do contrato já realizado que modifiquem a estrutura, condições ou características do
mercado até agora vigorante, cuja reversibilidade seja onerosa para a coletividade, tais como:
A - o fechamento ou desativação parcial de fábricas;
B - demissão de pessoal como estratégia da integração;
C - cessação do uso de marcas e outros ativos;
D - alteração das estruturas e práticas de distribuição e comercialização;
E - alteração de relações contratuais com terceiros;
F - integração das estruturas administrativas das empresas;
G - adoção de políticas comerciais uniformes .
2 - pelo descumprimento da presente decisão determino a fixação de multa diária de 100.000 ( cem mil)
UFIR(s), nos termos do artigo 25 da Lei n.º 8884/94.
3 – extraiam-se cópias do despacho, para remessa às empresas requerentes, à Secretaria de
Acompanhamento Econômico, à Secretaria de Direito Econômico e à Comissão de Valores Mobiliários.
Determino, ainda, que seja o presente despacho imediatamente encaminhado para publicação no Diário
Oficial da União, para que surtam os efeitos legais.
À consideração do Plenário do CADE,
Brasília, 14 de julho de 1999.
Hebe Teixeira Romano Pereira da Silva
Conselheira-Relatora
Decisão: O Plenário, por unanimidade, declarando-se impedido o Conselheiro João Bosco Leopoldino,
referendou os termos do despacho proferido pela Conselheira Hebe Romano.
Gesner Oliveira - Presidente do CADE.

CAP 5 PROCESSO ADMINISTRATIVO

1. Qual o âmbito de incidência da lei nº 9.784/99?


2. Diferencie órgão, entidade e autoridade administrativa.
3. Quais são os princípios explícitos na lei? Explique sucintamente cada um deles.
4. Quais são os direitos dos administrados/destinatários das decisões no processo
administrativo federal?
5. Quais são os deveres do administrado/destinatário das decisões no processo administrativo
federal?
6. Como pode ser instaurado o processo administrativo? Explique.
7. Quais são os requisitos formais do pedido?
8. Qual a razão da recusa do recebimento do pedido?
9. Podem os pedidos de múltiplos interessados serem formulados em um só requerimento?
Qual o princípio aplicável?
10. Quem pode figurar como interessado no processo administrativo?
11. A quem a lei atribui capacidade, para fins de processo administrativo?
12. Quais são as hipóteses de impedimento e suspeição no processo administrativo?
13. Discorra sobre a forma, o tempo e o lugar dos atos do processo.
14. Em que consiste e quais são os requisitos da intimação no processo administrativo?
15. Sobre recursos no processo administrativo, responda:
a) Qual o objeto possível?
b) Quais são os efeitos dos recursos?
c) Quanto ao juízo de admissibilidade, discorra sobre cabimento e tempestividade,
considerando os princípios da verdade material, impulso oficial e formalismo
razoável/moderado.
d) Existe possibilidade de reformatio in pejus (reforma para pior) de decisão não-punitiva?
Explique.

Administração Indireta, terceiro setor e serviços públicos

Relatório Palestra Daniela Almeida Campos.

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